Pernambuco político: Do constitucionalismo à independência
()
Sobre este e-book
Trata-se de um período agitado em Pernambuco, mas menos estudado do que a insurreição de 1817, no qual perpassam os conflitos entre pernambucanos e reinóis e também as relações com as Cortes de Lisboa, por vezes conflituosas também.
Duas figuras políticas sobressaem: o governador Luís do Rego Barreto e o presidente da primeira Junta Governativa, Gervásio Pires Ferreira, e ambos são aqui objeto de uma análise mais demorada.
As províncias do Brasil reagiram de maneira diferente e em momentos distintos quer ao constitucionalismo, quer ao movimento de independência, e Pernambuco é apenas um exemplo dessa diversidade.
Leia mais títulos de Maria Beatriz Nizza Da Silva
Questões que incomodam o Historiador Nota: 0 de 5 estrelas0 notasElites pernambucanas do fim do período colonial Nota: 4 de 5 estrelas4/5Capitania da Paraíba: O Problema da Subalternidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRio Grande do Norte: Subalternidade no período colonial Nota: 5 de 5 estrelas5/5Vida familiar em Pernambuco colonial Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSergipe colonial: Uma Capitania esquecida Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Pernambuco político
Ebooks relacionados
Oliveira Lima: Obra seleta - História Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória da revolução de Pernambuco em 1817 Nota: 0 de 5 estrelas0 notas1821: A "revolução" liberal em Goiana e a queda do general Luís do Rego Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs memórias de Krzysztof Arciszewski : um polonês a serviço da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLiteratura Jurídica no Império Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Brasil como Império Independente: Analisado sob o aspecto histórico, mercantilístico e político - 1824 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemorial do dia seguinte: A Revolução de 1817 em documentos da época Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCipriano Barata: Uma trajetória rebelde na independência do Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notas1817 e outros ensaios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDonas mineiras: do período colonial Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs mártires pernambucanos: vítimas da liberdade nas duas revoluções ensaiadas em 1710 e 1817 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPernambuco na Independência do Brasil: Olhares do nosso tempo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJerusalém colonial Nota: 3 de 5 estrelas3/5Sergipe colonial: Uma Capitania esquecida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDepois da glória: Ensaios sobre personalidades e episódios controversos da história do Brasil e de Portugal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Colônia em Perspectiva: Pesquisas e Análises sobre o Brasil (XVI-XIX) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCaminhos Do Sul Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoderes, cidadania, trocas culturais e socioeconômicas no Oitocentos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Estado do Brasil: Poder e política na Bahia colonial – 1548-1700 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Revolução de 1930: O conflito que mudou o Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória do Brasil sob o governo de Maurício de Nassau Nota: 5 de 5 estrelas5/5"O Primeiro Motor da Independência": Um Patriarca Mineiro Entre a Memória e o Esquecimento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRinkichi: Uma história da imigração japonesa Nota: 5 de 5 estrelas5/5O reino que não era deste mundo: Crônica de uma República Não Proclamada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTapacurá: Viagem ao planeta dos boatos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUnião Ibérica E Restauração Portuguesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
História da América Latina para você
O fantasma da revolução brasileira: 2ª edição Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSonoridades caipiras na cidade: A produção de Cornélio Pires (1929-1930) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasArruaças: uma filosofia popular brasileira Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dicionário dos negacionismos no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória do Brasil: Da Colônia ao Império Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm país chamado Brasil: A história do Brasil do descobrimento ao século XXI Nota: 5 de 5 estrelas5/5Atualidades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstudos de História de Goiás Nota: 0 de 5 estrelas0 notas1932: São Paulo em chamas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Revoluções brasileiras: resumos históricos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Espada, cobiça e fé: As origens do Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBrasil: a última cruzada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Revolução do Haiti e o Brasil escravista: O que não deve ser dito Nota: 0 de 5 estrelas0 notas1964 - o último ato Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEspaço E Cultura Na Religiosidade Afro-brasileira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCHE GUEVARA: O Diário Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDitadura no Brasil e Censura nas Canções de Rita Lee Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória da Amazônia: Do período pré-colombiano aos desafios do século XXI Nota: 5 de 5 estrelas5/5A história do Rio de Janeiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Massacre dos Nativos na Conquista da América Espanhola Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAbdias Do Nascimento: Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA conquista do Brasil Nota: 4 de 5 estrelas4/5Capítulos da história colonial: Premium Ebook Nota: 4 de 5 estrelas4/5365 Dias Que Mudaram A História Do Brasil Nota: 4 de 5 estrelas4/5O império da necessidade: Escravatura, liberdade e ilusão no Novo Mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Pernambuco político
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Pernambuco político - Maria Beatriz Nizza da Silva
Maria Beatriz Nizza Da Silva
PERNAMBUCO POLÍTICO: DO CONSTITUCIONALISMO À INDEPENDÊNCIA
1.ª Edição
São Paulo 2018
Logo da Editora SingularSobre a Autora
Rosto da escritora Maria Beatriz Nizza da SilvaMaria Beatriz Nizza da Silva
Formada em História e Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, fez sua carreira acadêmica na Universidade de São Paulo. Especializada em história do Brasil colonial, suas publicações mais recentes são: Ser nobre na colônia (2005); D. João, príncipe e rei do Brasil (2008); História de São Paulo colonial (2009); Bahia, a corte da América (2010); Cultura letrada e cultura oral no Rio de Janeiro dos vice-reis (2013); Pernambuco e a cultura da ilustração (2013); Vida familiar em Pernambuco colonial (2017); Família e herança no Brasil colonial (2017); Donas mineiras no período colonial (2017); Elites pernambucanas no fim do período colonial (2018); Pernambuco político: do constitucionalismo à independência (2018) e Sergipe colonial; uma capitania esquecida (2019).
Abreviaturas
AHU – Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa
CB – Correio Brasiliense
RIAHGP – Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano
RIHGB – Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Table of Contents
Capa
Folha de rosto
Sobre a Autora
Abreviaturas
Sumário
Introdução
1. Luís do Rego Barreto: governador déspota ou constitucional legalista?
2. A primeira Junta Governativa
As tropas portuguesas e os conflitos entre pernambucanos e reinóis
A Junta e os governadores das Armas
As relações com as Cortes de Lisboa
Os distúrbios na província
O Conselho dos Procuradores e a Constituinte brasileira
A união com o Rio de Janeiro
A destituição da Junta de Governo
3. Gervásio Pires Ferreira na prisão em Lisboa
4. Os deputados às Cortes de Lisboa
5. Uma Junta ilegal?
6. A pedrosada
7. Uma imprensa pouco produtiva
Panfletos publicados no Rio de Janeiro
A imprensa periódica
8. A presença pernambucana na Constituinte Brasileira
9. A questão do federalismo
Concluindo
Cronologia política
I - Documentação manuscrita
II - Documentação impressa
III - bibliografia
Notas
Ficha Catalográfica
Introdução
Com o movimento constitucional em Portugal em 1820 irromperam no Brasil, e nomeadamente em Pernambuco, grupos políticos substituindo as elites simplesmente administrativas do Antigo Regime. Eles tiveram diferentes áreas de atuação: nas Cortes de Lisboa, nas Juntas Governativas e nas Câmaras, e mais tarde na Constituinte brasileira. Todos se diziam constitucionais, mas uma tipografia incipiente e um comércio livreiro pouco atualizado com as publicações saídas dos prelos de Lisboa, do Rio de Janeiro e da Bahia sobre a nova forma política, isolaram inicialmente Pernambuco em relação ao que era teoricamente o constitucionalismo. Ainda não há um estudo que complemente, para este período, o notável trabalho já empreendido por Gilda Verri sobre os livros introduzidos na província até 1807. Não sabemos, por exemplo, se os pernambucanos tinham a possibilidade de conhecer a Constituição dos Estados Unidos, ou as Constituições europeias vigentes na época. De uma falta de informação livresca resultou um conceito um pouco difuso de constitucionalismo e de Constituição que dificultava o planejamento da ação política numa única direção.
Podemos, contudo, agrupar inicialmente os grupos políticos em dois campos bem distintos. De um lado encontravam-se aqueles que não hesitavam, para impor sua vontade política, em recorrer com frequência aos soldados e oficiais inferiores da Tropa de Linha descontentes com o baixo soldo e com os obstáculos às promoções; e que também apelavam às massas populares constituídas majoritariamente por gente de cor. De outro lado deparamos com o grupo dos legalistas que esperaram a adesão de D. João VI à Constituição a ser feita em Portugal para optarem pelo novo sistema político instaurado em Portugal, obrigando-se inicialmente a cumprir as determinações das Cortes de Lisboa e desconfiando daquilo a que o outro grupo denominava movimentos do povo e da tropa.
Em relação ao período pré-independência, o Rio de Janeiro e a Bahia têm atraído mais o interesse dos historiadores, devido em parte a uma abundante produção de folhetos políticos e a uma imprensa periódica muito atuante e polêmica, encontrando-se ali as tipografias mais desenvolvidas na época, a Impressão Régia (depois Imprensa Nacional) e a tipografia da Viúva Serva & Carvalho. Em Pernambuco a situação era diferente e hoje é difícil localizar números dos periódicos anteriores à independência, e os poucos folhetos políticos sobre a província foram publicados no Rio, como se pode constatar pela recente edição em quatro volumes intitulados Guerra Literária, organizados por José Murilo de Carvalho, Lúcia Bastos e Marcelo Basile.
Ao contrário do que se verifica em relação à insurreição de 1817, que gerou abundante historiografia, e até uma mitologia, só podemos contar para este período com o livro de Denis Antônio de Mendonça Bernardes, O patriotismo constitucional:1820-1822, publicado em 2006, cujos três últimos capítulos são de grande valia pelo recurso constante à documentação da época, mas impressa posteriormente em Pernambuco, complementando assim duas obras publicadas em 1973 pelo Arquivo Nacional sobre As Juntas Governativas e a independência e As Câmaras e a independência.
Embora Evaldo Cabral de Melo se preocupe sobretudo com o que denomina o federalismo pernambucano
, ele não deixou de apontar o forte antagonismo entre pernambucanos e reinóis em todo este período que vai do apoio ao constitucionalismo à adesão à independência do Brasil. Tal antagonismo foi denunciado nas Cortes de Lisboa por um deputado português em maio de 1822, ao dizer que os europeus, ou seja os portugueses, eram horrivelmente perseguidos, havendo muitos que fugiam de Pernambuco perdendo suas propriedades. O próprio príncipe regente D. Pedro reconheceu em Pernambuco essa hostilidade aos reinóis em seu manifesto de 1º de agosto de 1822: Amai como irmãos a todos os portugueses pacíficos, que respeitam nossos direitos e desejam a nossa e sua verdadeira felicidade
.
Essa conflitualidade, que se reflete também na hostilidade entre as tropas de Portugal e as tropas locais, é claramente descrita pelos governadores das Armas em sua correspondência com as Cortes ou com D. João VI, e motivou frequentes pedidos para serem transferidos para outra província, ou mesmo o pedido de demissão de tal cargo. Desaprovado pelos deputados pernambucanos nas Cortes de Lisboa o envio de tropas de Portugal para Pernambuco, estas foram reenviadas para o Reino pela primeira Junta de Governo.
Subjacente aos agrupamentos políticos há portanto que levar em conta esse antagonismo em relação aos europeus
, fossem estes militares respeitadores da hierarquia militar e da disciplina, ou uma elite econômica reinol que dominava a atividade mercantil. Nas fases mais agressivas esses europeus eram apupados de marotos, marinheiros e pussas, e suas casas e lojas atacadas, levando à fuga de muitos.
Agitações políticas nesta época em Pernambuco dependiam fundamentalmente da falta de controle dos oficiais inferiores e dos soldados pelos oficiais superiores da tropa da terra, e não de ideias de paisanos
, ou seja, de civis. Frequentemente, quando não eram respeitadas a hierarquia e a disciplina militares, havia lugar para as agitações populares, sobretudo da gente de cor. Os momentos de tranquilidade foram curtos e a instabilidade política quase constante.
No conjunto das províncias brasileiras Pernambuco surge como a mais problemática às vésperas da independência e por isso mesmo como a mais difícil de estudar, exigindo uma pesquisa ao mesmo tempo ampla e profunda, mas concentrada sobretudo no Recife que, apesar de ser um porto, infelizmente teve poucos cronistas estrangeiros. Apenas Maria Graham dedicou algumas páginas do seu Diário aos eventos políticos que se esforçava por entender. Quanto à interpretação dos movimentos políticos pelos cônsules estrangeiros há que recorrer ao estudo de Evaldo Cabral de Melo, enriquecido com a correspondência consular. Esta revela, sem dúvida, o esforço dos cônsules para compreender os eventos políticos à sua volta e poderem informar corretamente seus países.
Este meu estudo baseia-se principalmente na documentação do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa e no valioso Correio Brasiliense sempre bem informado, embora com o devido atraso pela distância entre os dois continentes. Hipólito da Costa estava simultaneamente a par do que se passava em Portugal e do que ocorria no Brasil, nomeadamente em Pernambuco, transcrevendo as sessões das Cortes de Lisboa e dando relevo aos eventos políticos pernambucanos com a publicação de documentos como proclamações e manifestos. Num único ponto ele se mostrou extremamente parcial: o governo de Luís do Rego Barreto. Ele contribuiu deste modo para espalhar no Brasil, onde seu periódico era muito lido, uma imagem negativa a respeito deste governador que não era fruto de uma aprovação da insurreição de 1817. Tratava-se simplesmente de uma figura política de formação militar com a qual não tinha qualquer afinidade.
1
Luís do Rego Barreto: governador déspota ou constitucional legalista?
A lenda negra de Luís do Rego Barreto como governador déspota tem provavelmente origem no fato de ser um militar de carreira que, depois de lutar, no posto de coronel, ao lado dos ingleses contra os franceses em Portugal, saíra do Rio a 4 de maio de 1817 com um comboio de navios transportando uma tropa de 3.000 homens da Infantaria e da Cavalaria, além de um contingente de Artilharia, a fim de combater os rebeldes de Pernambuco. Ocupava então o posto de marechal de campo e, segundo o redator da Gazeta do Rio de Janeiro , era bem conhecido já pelos seus serviços no exército de Portugal
. 1 A 16 de junho de 1817 a gazeta noticiava a chegada ao Rio do ajudante de ordens de Luís do Rego trazendo uma carta do conde dos Arcos, governador da Bahia, datada de 1º de junho, na qual já se referia ao marechal de campo como governador e capitão-general
. Este se propunha entrar no Recife a 4 de junho, tendo os insurgentes se rendido a 20 de maio. 2
No Correio Brasiliense foi divulgada a Narrativa dos brilhantes sucessos de Pernambuco, fielmente escrita por um curioso estrangeiro, que então ali se achava, e que, por via de boas amizades, pôde saber do que aqui se transcreve
. Aí se lê que, a 20 de maio de 1817, o chefe do bloqueio, Rodrigo Ferreira Lobo, procedera à instauração do Senado do Recife, lançando fora os membros feitos pelos insurgentes
. Só mais tarde é que chegara o invicto general
Luís do Rego, e logo a 30 de junho se fizera um cortejo em honra do governador. Este agradeceu o cumprimento do Senado e se comprometeu a bem desempenhar seu governo porque, à exceção de meia dúzia de cabeças esquentadas
, estava certo da fidelidade dos pernambucanos ao rei. Por fim, a 3 de setembro de 1817, os vereadores pediram a D. João VI um perdão geral para sossego e tranquilidade pública
.3
Numa historiografia que muito preza a rebelião pernambucana de 6 de março, Luís do Rego é descrito como o algoz dos insurgentes, daí resultando o epíteto de déspota a ele aplicado enquanto governador de Pernambuco, acompanhado de outro, depois do movimento constitucional em Portugal: o de ser anti-constitucional. Examinemos com atenção seu comportamento depois da chegada das notícias acerca na revolução do Porto a 20 de agosto de 1820.
Rumores vagos chegaram a Pernambuco com um navio inglês a 22 de outubro desse ano. Logo o governador escreveu ao principal ministro de D. João VI., Tomás Antônio Vilanova Portugal, remetendo as proclamações recebidas e uma carta escrita de Lisboa que dava indícios
do espírito ali reinante. Garantia ao ministro estar atento à repercussão dos acontecimentos: A notícia do Porto já se transmitiu aqui, e de necessidade deve propagar-se, mas eu estou sempre atento aos progressos da opinião, a qual é só quem me serve de barômetro
. É nesta época que o conceito de opinião pública vai tomando forma entre os políticos.
A 19 de dezembro as informações já eram mais específicas, e ele comentou com o ministro que o espírito público
tinha tomado uma direção indesejável, comentário que certamente agradaria ao conservadorismo de Tomás Antônio.4 Mas Luís do Rego afirmou ao mesmo tempo ter usado de prudência perante a nova situação: Neste tempo convém ter a força, sem usar muito dela
. Por essa razão não