Da roça e outros cantos

De Antonio Fernando Mattza

Semente doce silo da vida. Na letra de Armandinho encontrei o que esta obra quer dizer: 'Semente, semente, semente, semente, semente. Se não mente fale a verdade. De que árvore você nasceu? Eu sou a terra, você minha semente, na chuva a gente se entende, é na chuva que a gente se entende. Oh semente!'Esse livro é semente rica, que brota e, quando desabrocha, traz histórias inteiras para dentro de nós. É lição de terra molhada, chão de plantar emoção, é roça doce, área vasta capinada, é palavra de encantar cidade e campo, é alimento de palavra e emoção.Um livro que canta a literatura que alimenta um país, é doce alimento, pontuado de bem dizer, é a lavoura rica e verde, é palavra que podemos comer.Cada linha vem completa, traz o sabor do que brota no chão, vem repleta de raízes que se entrelaçam em nossas mãos.Da porteira pra dentro é lavoura, pasto e canção, é viola que nos toca por inteiro, palavra de livro, livro-plantação.

• Idioma: Português
• Editora: Quártica Editora
• Data de lançamento: 10 de mar. de 2022
• ISBN: 9788578015206

Antonio Fernando Mattza

Nasceu no dia 6 de janeiro de 1945, em Recife, Pernambuco, mas mora no Rio de Janeiro desde 1952. Em 1966, logo após servir ao Exército, ingressou no serviço público federal onde exerceu vários cargos. Nas décadas de 70 e 80, em horários compatíveis com suas tarefas públicas, trabalhou como sonoplasta e iluminador em peças de teatro e, paralelamente atuou como discotecário em boates da Barra da Tijuca. Em 1983, foi Destaque Especial do IV Concurso Nacional de Poesias editado pela Revista Brasília/DF, e, daí em diante, participou de várias antologias e coletâneas poéticas. É autor dos livros Das Cores e dos Véus, de 2012; Aos Vivos, de 2013; Para Que a Infância Legue a Adolescência Um Adulto Feliz, de 2016, e Da Roça e Outros Cantos, de 2018, todos publicados pelo selo Quártica Editora. É também desenhista artístico e publicitário, tendo vários dos seus trabalhos divulgados no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Brasília.

Pré-visualização do livro

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Copyright desta edição © 2018 by Antonio Fernando Mattza

Direitos em Língua Portuguesa reservados a QUÁRTICA ® EDITORA. 

ISBN - 978-85-7801-520-6 (2019) 

ISBN - 978-85-7801-454-4 (versão impressa) 

Conversão: Cevolela Editions 

440

QUÁRTICA ® EDITORA 

CNPJ 32.067.910/0001-88 - Insc. Estadual 83.581.948

Av. Marechal Floriano, 143 sala 805- Centro

20080-005 - Rio de Janeiro - RJ

Tel: [phone]-3141

www.litteriseditora.com.br

Sumário

Capa

Apresentação

Ida

Volta

O que a Roça Tem

Conselho I

Conselho II

Boa Ideia

Macho Não Bate em Mulher

Modinha

Pelo Cheiro do Café

Prece Sertaneja

Quem Ora

Apelo

Se

Pai Nosso do Campo

Ave Maria da Roça

É Fácil Acontecer

Entrave Nordestino

Canção a Tribufu

Renovação

Calos

Trabalho

Sentir

Homem de Verdade

Faca Cega

Canção de um Matuto

Lida

Chore Não

Viola

Pai

Mãe

Para Maria Roceira

Simples Versos

Fartas Sementes

Besteiradas do Zé da Roça

Tudo tem Fim

Realidade

Roça Espírita

Poesia Doida

Desabafo

Cadê a Justiça?

Toada

Que Dia é Hoje?

Mulher do Interior

Espanto

Solo Fértil

Intimidade

Comida da Roça

Bichos da Roça I

Bichos da Roça II

Noite na Roça

Pela Paz

Natural

Aflições Nordestinas I

Aflições Nordestinas II

Rapadura

Era uma Vez um Quintal

Sugestões

Cachaça

Absurdo

É Absurdo Sim

Será Mesmo Absurdo?

Dúvidas

Mosaico Rural

Pranto I

Pranto II

Em Frente

Chuva

Galo Doido

Coisas do Chico Roceiro

Da Roça Uai!

Mineirês I

Mineirês II

Mineirês III

Gauchês I

Gauchês II

Gauchescas I

Gauchescas II

Gaúcho é Rei

Pernambuquês I

Pernambuquês II

Molduras

Quadras I

Quadras II

Embromação

Nosso Tempo

Raças

Na Luta pela Terra

Roça

Prazeres do Campo

Jardineiro

Cidade Maravilhosa

Rio Lindo de Janeiro

No Mais

Fim

Sobre o Autor

Apresentação

Os poemas deste livro são simples manifestações de vivências felizes referentes ao campo farto desse nosso País maravilhoso chamado Brasil. São poemas-sementes que germinam além das fazendas e dos assentamentos, onde mãos rurais e calejadas não só revolvem a terra como também tocam o gado – mãos duras e firmes com os instrumentos agrícolas, e suaves e calmas com as violas que enfeitam paredes. São poemas nascidos dos ‘falares’ que reverberam canções e interjeições, meras identificações inerentes ao povo brasileiro.

Os poemas deste livro são poemas-músicas que divido com os compositores das porteiras e dos aramados em seus momentos criativos cheios de bis, e refrões, além de pingas e risadas. São poemas-cifras da peonada arrojada com seus berrantes altaneiros nas travessias do gado campeiro, e são poemas-mimos para as mocinhas que querem ser presas no nylon dos caubóis ariscos e dos boiadeiros de laço que gostam de arrancar poeira do chão. Os poemas deste livro são, por assim dizer, reflexos das minhas experiências nas lides agrárias, e das vivências in loco em roças elaboradas por gente da ‘terra’ em seu contexto bucólico. Por fim, os poemas deste livro são homenagens a todos aqueles que curtem amizades campeiras.