100 poemas escolhidos
De Mauro Mota
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100 poemas escolhidos - Mauro Mota
© 2015 Mauro Mota
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*
Mota, Mauro, 1911 - 1984
100 poemas escolhidos / Mauro Mota ; prefácio:
Luzilá Gonçalves Ferreira. – Recife : Cepe, 2015.
1. Poesia brasileira – Pernambuco. I.
Ferreira, Luzilá Gonçalves, 1938-. II. Título.
*
ISBN: 978-85-7858-326-2
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Mauro Mota:
a grandeza humilde do canto
Luzilá Gonçalves Ferreira
Organizar uma Antologia é tarefa difícil, sobretudo quando os poemas a serem escolhidos nos acompanharam por muito tempo de vida e leituras, tornaram-se sangue, olhar, gesto, em nós, como escrevia Rainer Maria Rilke a propósito das lembranças, quando essas esplêndidas experiências não se distinguem mais de nós.
Tarefa ainda mais difícil quando se conheceu de perto o poeta. E se privou de sua amizade, de sua abertura à vida, aos amigos, seu senso de humor nunca esmaecido. E quando se soube o lugar da poesia em sua existência, uma vocação cedo revelada, na descoberta da riqueza do cotidiano da província, no caso a cidade de Nazaré da Mata, com o cheiro do mel dos engenhos em torno, no perfume das flores humildes do jardim familiar, no desenrolar dos dias se fazendo em personagens que se cumprem, aceitando sem muitos questionamentos, o tempo sem remédio na farmácia: o almofadinha cheirando a perfume barato, seu lenço no bolso, a beata mexeriqueira, o farmacêutico cercado de boiões, ao lado do peixe da Emulsão de Scott. As chuvas da infância, vindas de que tempo? E a poesia intensa da noite branca de Natal, no pátio da matriz, com a Banda Euterpina presentificando melodias antigas. Um mundo de lembranças, que a poesia recupera.
Poeta do cotidiano, poeta sob cuja inspiração o amor se diz, um amor que atravessa o tempo, refaz pessoas e coisas. O pai, a avó sentada no marquesão da sala, a mãe cujos passos no corredor anunciam o chá de eucalipto, consolo para o menino e para o poeta. Um amor que encontra palavras para falar da morte, esse acontecimento a cada momento inserido no vivido, e que não se deve temer, pois tudo já aconteceu e a dama branca de Bandeira, ao chegar pouco encontrará de nós, como diz o poeta em Morte Sucessiva
.
Nós, que morremos um pouco cada dia, com a partida dos seres amados, que fazem conosco a perigosa travessia, nós sempre às voltas com a consciência da precariedade dos objetos que nos cercam.
O homem que se dizia apenas um poeta suburbano do Recife
, cantou sua cidade como poucos o fizeram antes dele. Recupera seu passado, nas procissões que os fiéis andejos de outros tempos há 303 anos carregam hoje, o Senhor Bom Jesus dos Passos. Como o fizeram antes dele Joaquim Cardoso e Faria Neves, o poeta lamenta as demolições que desfiguram a cidade e chora com