A minha poesia é nossa
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Sobre este e-book
Ensaio, prece, filosofia e infância se emaranham nestas páginas, que convidam o leitor (e às vezes o ouvinte) a compartilhar algumas memórias, o futuro e, claro, a palavra, em toda a sua grandeza.
Suélio Francisco de Souza nasceu em Paraíso do Tocantins (TO). Servidor público no município de Goiânia (GO), é um escritor amador — "amador das boas coisas dessa vida", como costuma dizer. Seus poemas brincam com as palavras, com os vazios, enquanto ele se diverte subvertendo pontuações e acordos ortográficos. O autor já realizou outras publicações em coletâneas e antologias coletivas, sendo este o seu primeiro livro solo.
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A minha poesia é nossa - Suélio Francisco de Souza
INFÂNCIA E FAMÍLIA
Meu amigo cocô
Barracão da vovó; aconchego de vovó.
Armário de canto todo arrumadinho, paninho.
Túnel escurinho… meu cantinho.
Meu canto de poucas palavras: Fiz meu amigo cocô!
.
Meninice
O menino no mato coça a barriga. Há quem diga que ele é bom de briga! Se esgueira no capim, fininho… fim de vida de passarinho.
Pula o muro, sobe a mangueira até a telha.
Pedrada no anu, coça o cu. Pendura o penado pela perna: sordidez.
Mas não é maldade, tenha piedade!
Apenas meninice.
Meu pé de manga comum
O vento soprou num estrondo
escorregou da serra
por cima das lajes do muro
meu quintal.
Meu quintal semanal, dominical que seja, tem cereja e uma mangueira pesada, carregada.
O vento soprou num estrondo!
Me escondo, me arrisco
um corisco descalço
e as mangas dão porradas no chão!
O lodo no chão
não é problema, não
sou o menino mais esperto do mundo
.
Pequeno e esguio, escapo ligeiro! Como um capoeiro me safo
e corro pro abraço…
mamãe.
Quintal
um-quinto
minha porção.
Meu canto
cantigas de roda
brincadeiras.
Quintal
meu terreiro
minha religião.
Consolo
fogo
árvore
família
poesia.
Sobre os muros do quintal
Sentado à janela lembrei-me dos tempos
dos muros
do quintal;
da inocência da boa criança
dos tempos de criança
infinito
sobre os muros do quintal.
Sobre os muros do quintal
o menino permanecia observando atentamente a rodovia passar
o tempo, então, desapercebido
também permanecia
sobre os muros do quintal.
Sobre os muros do quintal o menino se equilibrava, se esgueirava e colhia cerejas vermelhas
tão vermelhas quanto a parte mais madura das mangas amareladas.
Na estrada os caminhões carregados passavam; na rua dos fundos os amigos alegres passavam e permaneciam. A brincadeira com certeza
sobre os muros do quintal, sobre as árvores
e na terra de limo.
Limoeiro, abacateiro, cajueiro, e as galhas da mangueira
sobre os muros do quintal.
Eu… vós
Vó… vou aí! Faz pra mim aquele bolo de panela e chá de canela? Vou escrever poesia.
A mãe do