O Resgate dos Romanovs - Baseado em Fatos Reais

De Waldon Volpiceli Alves

Rússia 1917. O czar Nicolau II renuncia. O que é pouco divulgado é que ele tentou fugir para a Inglaterra, mas a sua entrada no país foi negada, embora o rei George V a quisesse. Quando Lênin assumiu o poder Nicolau II foi transferido para Ecaterimburgo, uma cidade mais distante. Lá ele ficou prisioneiro junto coma a família e alguns empregados leais a ele, esperando o seu destino. Lá eles foram assassinados em 1918. O que pouca gente sabe é que o serviço secreto britânico, através de um espião chamado Steve Allen, planejou detalhadamente um resgate ousado de todos eles. A tentativa de resgate nunca aconteceu, mas e se tivesse acontecido? Como poderia ter sido? Este livro ficcional tentará responder a esta pergunta, baseado nos planos de resgate revelados. Por que a entrada de Nicolau II foi negada na Inglaterra? Como a Alemanha apoiou Lênin e fez a Revolução Russa acontecer? E como a família Romanov foi assassinada? Tudo isto neste livro. Baseado em fatos reais. Por apenas poucos centavos, aproveite a promoção.

• Idioma: Português
• Editora: Bibliomundi
• Data de lançamento: 29 de abr. de 2020
• ISBN: 9781526020499

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O Resgate dos Romanovs - Baseado em Fatos Reais

Waldon Volpiceli Alves

Obs. As fotos contidas neste livro são de domínio público, podendo ser reproduzidas livremente.

Advertência

    Está é uma obra de ficção baseada em acontecimentos históricos, portanto, mesclando acontecimentos e personagens reais com fictícios. Certos eventos foram simplificados. Embora alguns encontros, algumas cenas e certas conversas aqui sejam ficcionais, não há dúvidas de que os eventos deste romance ocorreram e as informações aqui descritas foram devidamente documentadas e pesquisadas sendo rigorosamente jornalísticas e, por eles, se responsabiliza o próprio autor.

RÚSSIA 1917

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Uma das manifestações de 23 de fevereiro de 1917 (8 de março pelo calendário russo)

    Uma rua coberta de neve. No Dia Internacional da Mulher, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1917/8 de março de 1917, 90.000 mulheres trabalhadoras na cidade de Petrogrado deixaram seus empregos na fábrica e marcharam pelas ruas. No meio delas um grupo de pessoas marchava com vários cartazes:

Долой немку!

(Abaixo a mulher alemã! )

Ниже протопопов!

(Abaixo Protopopov! )

Долой войну!

(Abaixo a guerra!)

Essas mulheres estavam cansadas, com fome e com raiva, depois de trabalhar longas horas em condições miseráveis para alimentar suas famílias porque seus homens estavam lutando na frente. Elas não estavam sozinhas em exigir mudanças; mais de 150.000 homens e mulheres saíram às ruas para protestar no dia seguinte. No sábado, 25 de fevereiro, a cidade de Petrogrado estava praticamente fechada. Ninguém foi autorizado a trabalhar ou queria trabalhar. Ainda que houvesse alguns incidentes de policiais e soldados atirando nas multidões, esses grupos logo se amotinaram e se juntaram aos manifestantes.

A multidão continuava a sua marcha quando chegaram na frente de um grande galpão. Um jovem, por volta de 15 anos, que estava no meio dos manifestantes grita:

- Внутри есть еда! Хлеб! (Lá dentro tem comida! Pão!)

    A multidão tenta invadir o galpão. Na frente um portão que começa a ser arrombado.

    Um grupo de soldados chega ao longe. Eles armam suas espingardas e um dos soldados que estava na frente, grita:

- Стреляйте! (Atirem!)

    Os tiros voam. A multidão começa a correr. O jovem que gritara antes vê a confusão, os mortos caem ao seu lado. Ele olha assustada para os soldados na frente e diz:

- Ivan, é melhor você correr.

    E corre.

RÚSSIA 1914

A eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914 serviu inicialmente para acalmar os protestos sociais e políticos predominantes, concentrando hostilidades contra um inimigo externo comum, mas essa unidade patriótica não durou muito. À medida que a guerra se arrastava inconclusivamente, o cansaço da guerra gradualmente cobrou seu preço. Embora muitos russos comuns tenham participado de manifestações anti-alemãs nas primeiras semanas da guerra, a hostilidade contra os alemães e o desejo de defender suas terras e suas vidas não se traduziam necessariamente em entusiasmo pelo czar ou pelo governo. A guerra contra a Alemanha e também contra a Áustria começou logo nos primeiros dias de guerra. A Primeira Guerra Mundial uniu a Rússia, a Inglaterra e a França contra a Alemanha e a Áustria. Na época a Áustria formava um grande império que se estendia da Hungria aos Balcãs, onde havia uma grande comunidade de eslavos, próximos culturalmente dos russos. A Alemanha também formava um grande império dentro da Europa e disputava hegemonia política e econômica contra a França e a Inglaterra. O conflito entre estes países estourou em 1914. Os primeiros combates da Rússia contra os alemães rapidamente se transformaram em uma derrota, mas os russos continuaram avançando. Uma segunda incursão russa aconteceu contra os austríacos mais ao sul e foi completamente bem-sucedida, com os russos tendo sucessos militares contra os austríacos até o final de 1914, destruindo quatro exércitos austríacos no processo. Graças a esse sucesso os russos invadiram a Polônia chegando perto de Cracóvia.

Esse sucesso inicial da Rússia em 1914 na fronteira austro-russa foi motivo de preocupação para as potências centrais e fez com que forças alemãs consideráveis fossem transferidas para o leste para aliviar a pressão sobre os austríacos. No final de 1914, o foco principal dos combates mudou para a parte central da Polônia. Houve várias batalhas contra os russos que pouco avanço deu os alemães, mas pelo menos mantiveram os russos a uma distância segura de suas fronteiras. A Áustria aproveitou a ajuda da Alemanha e, no começo de 1915, atacou os exércitos russos que se mantiveram firmes em suas posições. Os russos atacaram as tropas austríacas mais a oeste. Eles fizeram algum progresso em fevereiro e março de 1915, mas o socorro alemão ajudou os austríacos a impedir novos avanços russos.

    Apesar destas vitórias o conflito corria mal para a Rússia. Mais de