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Fabrizio D. E A Beleza: Paixões - 1
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Fabrizio D. E A Beleza: Paixões - 1
E-book38 páginas27 minutos

Fabrizio D. E A Beleza: Paixões - 1

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Sobre este e-book

Ao chegar aos 42 anos, Fabrizio D. olha-se ao espelho e não gosta de si mesmo: não é realmente feio, mas muito comum, e como lhe parece que possuir a Beleza significa pertencer a uma categoria privilegiada decide tornar-se belo, não importa o custo ou os sacrifícios físicos. Mas o que acontece, quando um ser humano consegue entrar no mundo dos semideuses?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de dez. de 2021
ISBN9781667421315
Fabrizio D. E A Beleza: Paixões - 1

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    Fabrizio D. E A Beleza - Franco Mimmi

    Franco Mimmi

    Fabrizio D. e a Beleza

    Paixões – 1

    Tradução de Adelia Vitari

    PRIMEIRA PARTE

    Ao chegar aos quarenta e dois anos, Fabrizio D. decidiu tornar-se bonito. Não que fosse feio: era como muitos outros, sem esplendor no rosto e no corpo, e sem malícia excessiva em sua natureza. E já que seu entusiasmo inato e uma certa genialidade nos negócios se encontraram na passagem dos quarenta anos num golpe de sorte, ele encontrava-se muito rico e sem mais nenhuma necessidade – uma vez que ele amava o dinheiro apenas pelo conforto e por ser  libertador, e tinha suportado apenas com essa finalidade os problemas dos negócios – de trabalhar para viver.

    Mas havia seu entusiasmo inato que também tinha que dar vazão, e foi justamente enquanto ele se perguntava sobre isso que numa manhã, apalpando no espelho seu queixo a ser barbeado, admitiu pela milésima vez, mas viu pela primeira vez, como aquele queixo e toda a cabeça que estava acima dele e todo o corpo que estava abaixo dele fossem desprovidos de beleza, e decidiu dar a eles esplendor.

    O primeiro exame ele mesmo fez, imediatamente, partindo do alto, e constatou que os cabelos, apesar de pentear-se com algum cuidado com a separação à esquerda, pareciam opacos e grossos sobre a testa, mas já um pouco esparsos no topo. Um esforço do pescoço e dos olhos permitiu-lhe, na verdade, constatar que se tratava de uma verdadeira clareira, e portanto deveria consertar.

    Quanto ao rosto, embora não totalmente nos padrões estéticos, Fabrizio D. entendia que tinha que trabalhar nele. As sobrancelhas eram grossas, ainda mais por causa da proeminência dos arcos, que escureciam fortemente os olhos. Estes não eram feios, longe disso. Uma cor – castanha – bastante comum, mas de uma intensidade e brilho que não só afastavam a banalidade, mas alcançavam a beleza. Se realmente eram o espelho da alma, a alma de Fabrizio D. já reivindicava o corpo que ele queria adquirir. O nariz era reto mas um pouco grosso, e as asas nasais muito largas, as narinas muito grandes. A boca era reta mas os lábios eram muito finos, ironizavam assim as outras proporções do rosto. Os dentes, precisavam ser revistos sem dúvida: estavam todos lá, é verdade, mas dois ou três irregulares, todos um pouco amarelados, as

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