Aquarelas da Toca
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Aquarelas da Toca - João Alberto Luiz
A Toca
Nel mezzo del cammin di nostra vita
mi ritrovai per uma selva oscura...
Dante Alighieri, Inferno
Os livros apaixonam. Minha grande paixão, confesso, foi Tao Te Ching, de Lao Tzu. Seu autor, um alto funcionário na corte Zhou, certo dia abandonou seu posto, montou num búfalo e, de mãos vazias, foi viver nas montanhas. No início dos anos oitenta do século passado, uma ideia muito louca começou a germinar em minha cabeça: imitar o sábio chinês. Problemas de saúde e familiares vieram aliar-se a esta ideia e eu resolvi, definitivamente, me aproximar da natureza. Fechei meu escritório de advocacia em Pelotas e, com alguns recursos (talvez meu maior erro), peguei meu Passat (outro desvio de conduta) e fui morar no meio da grande planície sul-americana, a Pampa, numa localidade chamada Toca. Ali recuperaria a saúde, construiria minha casa – um ashram – e ensinaria o Tao àquelas criaturas. Construí um sobrado alto para melhor apreciar a paisagem e poder captar sinais de telefonia. Iria transformar a Toca num local luminoso, mas ninguém me ouviu. Tentando recuperar a saúde, fui rigoroso na observância de preceitos do parvo vivere: não comia carne e não consumia álcool ou bebidas e alimentos industrializados. Tornei-me um ser exótico, cercado de