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Canto de Mim Mesmo
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E-book141 páginas1 hora

Canto de Mim Mesmo

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Sobre este e-book

Este é o livro em que, diz Jorge Luis Borges, passamos do deslumbramento à vertigem.
Canto de Mim Mesmo é talvez o poema mais importante da obra mais famosa de Whitman, Folhas de Erva, livro, então ignorado e hoje imortal, que revelou um homem de génio.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de mar. de 2022
ISBN9789897027963
Canto de Mim Mesmo
Autor

Walt Whitman

Walt Whitman (1819-1892) was an American writer famously known for his poetry collection, Leaves of Grass. In addition to his poetry, Whitman was also a prominent essayist, journalist, and humanist with works centering mainly around the topics of transcendentalism and realism. Born in New York in 1819, Whitman worked at a printing press where he then transitioned to a full-time journalist. During his time in journalism, Whitman developed many important beliefs, many of them formed after having witnessed the auctioning of enslaved individuals. Over the course of his career, Whitman remained very politically aware, disavowing the bloody nature of the Civil War and dedicating resources to help the wounded in various hospitals in New York City. Whitman spent his declining years working on revisions for Leaves of Grass, which was largely thereafter referred to as his “Deathbed Edition.”

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    Canto de Mim Mesmo - Walt Whitman

    9789897027963_.jpg

    canto de mim mesmo

    Título original: Song of Myself

    Título: Canto de Mim Mesmo

    Autor: Walt Whitman

    © Guerra e Paz, Editores, Lda, 2022

    Reservados todos os direitos

    A presente edição não segue a grafia do novo acordo ortográfico.

    Tradução: João Moita

    Revisão: S.Amaro

    Design: Ilídio J.B. Vasco

    Isbn: 978-989-702-796-3

    Guerra e Paz, Editores, Lda

    R. Conde de Redondo, 8–5.º Esq.

    1150­-105 Lisboa

    Tel.: 213 144 488 / Fax: 213 144 489

    E­-mail: guerraepaz@guerraepaz.pt

    www.guerraepaz.pt

    índice

    Nota Introdutória Canto de Mim Mesmo e a sua inovação

    Canto de Mim Mesmo

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    Outros textos que nos ajudam a compreender melhor Canto de Mim Mesmo

    Porquê ler o Canto de Mim Mesmo hoje

    Cronologia de Walt Whitman

    Canto de Mim Mesmo e a sua inovação

    Canto de Mim Mesmo , que a Guerra e Paz apresenta aos leitores portugueses em tradução do poeta João Moita, é, talvez, o poema mais importante da obra mais famosa de Whitman, Folhas de Erva .

    Folhas de Erva foi uma obra que Walt Whitman revisitou regularmente, revendo, reeditando e republicando-a como se fosse uma obra aberta, em progresso permanente.

    O próprio título, Folhas de Erva, leva a crer que Whitman via o livro como um projecto experimental, expresso por um trocadilho: «erva» era um termo usado por editores para indicar obras de menor valor e «folhas» é outro nome que se dá às páginas em que estas obras são impressas.

    Esta forma experimental também se reflecte, pensando apenas no «Canto de Mim Mesmo», nas alterações que esta parte foi sofrendo no título, no texto e até na ordem que apresentava no livro – nunca perdendo, contudo, o seu lugar de destaque.

    Na 1.ª edição de Folhas de Erva, de 1855, «Canto de Mim Mesmo» era o primeiro de uma série de 12 poemas sem título, dominando o volume não só pelo seu tamanho e pela sua intensidade, mas também pela sua brilhante exibição de técnicas inovadoras e temas originais, incluindo temas tabus.

    Na 2.ª edição, de 1856, Whitman deu-lhe o título de «Poema de Walt Whitman, um americano», assumindo a autoria e dando-lhe nacionalidade.

    Na 3.ª edição, de 1860, o nome do poema é abreviado para «Walt Whitman», numa ode e afirmação absoluta do «eu».

    Na sua edição final, de 1881, o poema «Canto de Mim Mesmo» (agrupado em 52 secções) apenas é precedido por «Inscrições» e «Ao partir de Paumanok», mantendo o seu lugar de destaque, que também lhe dá vida própria, isolada, passível de sobreviver sozinho e independente como o «eu» de que fala, que é simultaneamente individual e colectivo.

    Em resultado desta sua prática de constante reedição, a poesia de Whitman é vista como estando em constante fluidez, sem prejuízo de ser tão unificada e tão singular quanto o seu autor.

    As suas longas linhas sem rima fazem lembrar versos bíblicos, que ganham ritmo com a repetição frequente de palavras ou frases no início de cada série de linhas, um ritmo que Whitman tem o cuidado de quebrar para que não se torne num padrão, numa estrutura.

    Segundo Whitman, Folhas de Erva é «uma nova e nacional expressão declamatória», cujo crescimento não segue nenhum padrão regular, fruto da crença de Whitman de que a poesia devia ser falada, e não escrita, recorrendo, para isso, a repetições e a elementos da ópera (como a ária¹ e o recitativo²) de que tanto gostava. Esta opção estilística, reflectida no uso de linhas longas e do verso livre ou branco, foi uma inovação que, em conjugação com o paralelismo sintáctico, a repetição e a catalogação retórica³, espelha a sua linguagem expansiva, sensual e frequentemente sexual, conferindo-lhe um efeito por vezes oracular.

    Whitman inovou também na linguagem, trazendo vitalidade e o pitoresco às suas descrições do mundo físico. O uso de expressões coloquiais e de termos técnicos e comerciais, assim como de palavras estrangeiras, pretende dar voz aos outros significados de «erva»: igualdade, democracia e imortalidade, pois a erva não faz qualquer distinção do local onde cresce, crescendo de forma uniforme em qualquer lado, dando assim a todos os mesmos direitos, o mesmo acesso e as mesmas possibilidades de significar algo no grande poema que é a América.

    O seu estilo era novo, concentrando-se na voz que fala directamente com o leitor, na primeira pessoa, num canto de exultação, que pode ser cantado por qualquer indivíduo, homem ou mulher, debruçando-se sobre a beleza e a perfeição do seu corpo e do seu espírito, tratando a parte material como sendo tão divina quanto a parte imaterial e a parte imaterial tão real e divina quanto a parte material.

    Também por isso, Folhas de Erva foi controverso desde a sua publicação, em 1855.

    Em 10 de Novembro de 1855, o crítico Rufus Wilmot Griswold, analisou Folhas de Erva no The Criterion chamando-lhe «uma massa de imundície estúpida», insinuando que Whitman era culpado «daquele horrível pecado que não pode ser mencionado entre os cristãos», uma das primeiras acusações públicas de homossexualidade contra Whitman.

    Em 1865, Whitman perdeu o seu emprego como escriturário no Gabinete do Departamento do Interior da Índia quando o seu supervisor encontrou uma cópia anotada entre os bens de Whitman no trabalho, a qual considerou indecente.

    O poema chegou a ser legalmente banido em Boston na década de 1880 e informalmente proibido nos EUA, com a maioria dos livreiros a concordar com não divulgar nem recomendar Folhas de Erva aos seus clientes.

    Em 1881, o Procurador Distrital de Boston ameaçou a editora de Whitman com uma acção judicial, a pedido da Sociedade para a Supressão do Vício, fazendo com

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