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Negra Palmera, poesia, tambor y mar: de mãos dadas com Mary Grueso Romero
Negra Palmera, poesia, tambor y mar: de mãos dadas com Mary Grueso Romero
Negra Palmera, poesia, tambor y mar: de mãos dadas com Mary Grueso Romero
E-book160 páginas1 hora

Negra Palmera, poesia, tambor y mar: de mãos dadas com Mary Grueso Romero

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Sobre este e-book

Em "Negra Palmera, poesia, tambor y mar: de mãos dadas com Mary Grueso Romero" o chamado do autor é para: valorizar, ao conhecer a poeta afro, da região do Pacífico Colombiano, a produção marginalizada feminina, sobretudo afro, compreendendo que a literatura é lugar de resistência, de sedimentação cultural. Ela, poeta da diáspora do povo africano, aportada no Pacífico Colombiano, de onde, via palavras, faz-se grandiosa como o mar e sonora como os tambores de sua gente. Ele, pesquisador e admirador da obra dela, faz ver não só literário o valor dos escritos, mas também cultural, posto que neles estão no lastro de um povo. O livro de Ricardo é igualmente arte, por todo cuidado com o texto e com a pesquisa apresentada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de ago. de 2022
ISBN9788546216451
Negra Palmera, poesia, tambor y mar: de mãos dadas com Mary Grueso Romero

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    Negra Palmera, poesia, tambor y mar - Ricardo Luiz de Souza

    1. A ESCRITORA E O LOCAL DE ANUNCIAÇÃO DA SUA POÉTICA

    Soy poesía cuando camino

    y me besa el yodo en el manglar

    Es poesía lo que respiro,

    soy poesía negra del mar.

    (Mary Grueso Romero)

    Figura 1. Mary Grueso Romero

    Fonte: Página da Mary Grueso Romero no facebook.

    Mary Grueso Romero – El almanegra del pacífico colombiano

    A História Oficial com suas controvérsias e incoerências pode ainda ser considerada um veículo testemunhal que nos fornece dados sobre os agentes nela implicados. Pode ainda servir como uma ferramenta através da qual adquirimos conhecimento e informações para pesquisar e compreender as realidades que nos rodeiam. Sem os registros históricos, elos que unem, explicam, questionam ou até mesmo reivindicam a vida da humanidade, o lugar do indivíduo, sua realidade, aquilo que ainda é possível saber acerca do que foi vivido, se tornariam muito mais inacessíveis.

    Criações literárias, desejos de contestar e descobrir novos olhares configuram-se como meios atemporais de indivíduos no seu meio social. Produções deste gênero nos possibilitam trocas sobre o modo de vida de sujeitos culturais que transcendem qualquer referência de passado, presente ou futuro histórico.

    Sabemos, há décadas, por meio do que nos foi transmitido em termo de História Oficial que o projeto europeu para a construção do Novo Mundo acarretou dias de dolorosas travessias para os povos negros oriundos da África na condição de escravizados. Em meio a travessias transnacionais e ao mesmo tempo transculturais, homens e mulheres, provenientes de vários países da África, foram forçosamente transplantados para o Novo Mundo e submetidos aos mais altos graus de violência, humilhados, separados das suas famílias e terras de origem, embarcados em viagens sem direito à volta, traumatizados, tratados com açoites e obrigados a duros trabalhos, um capítulo assombroso e vergonhoso dentro da História Oficial, que nos servirá como pano de fundo para marcar a linha do tempo e relacionar os fatos de como os negros foram transplantados para as Américas e as lutas que tiveram e ainda têm que enfrentar.

    No livro Escravidão e Liberdade nas Américas (2013), as autoras Keila Grinberg e Sue Peabody traçam algumas considerações sobre escravidão e lutas pela liberdade desde o período da escravidão até os dias atuais. Segundo elas, raramente pensamos o que cada uma dessas palavras significa em concreto (Grinberg; Peabody, 2013). Elas argumentam que:

    Para as pessoas que viveram no mundo atlântico entre os séculos XVI e XIX – milhões de indivíduos cujas vidas foram formadas pelas relações sociais, econômicas, políticas e culturais entre africanos, europeus e indígenas – a diferenciação entre escravidão e liberdade era algo central para suas experiências de vida. (Grinberg; Peabody, 2013, p.

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