Para O Chefe Que Deseja Ser Líder

De Antônio Carlos Macêdo Soares

A maioria das grandes e conhecidas publicações anteriores a respeito do assunto liderança trás muita informação sobre o tema, mas não ensina como se tornar um líder, ou o que fazer para alcançar este objetivo. Neste trabalho, o autor apresenta as qualidades necessárias a uma pessoa para essa se tornar um líder, bem como os princípios de liderança aplicados pelos militares, todos em forma de ações práticas e exequíveis. Assimilando e incorporando no dia a dia as qualidades de um líder e praticando os princípios de liderança, tornar-se um líder será uma consequência natural e descomplicada para os leitores desta incrível obra. Finalmente, um trabalho nos apresenta de uma maneira simples e didática o que fazer e o que não fazer para tornar-se um líder eficaz, principalmente, com a colaboração espontânea dos membros da equipe de trabalho. Leia e confira.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 7 de abr. de 2015

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...o melhor líder é o que tem bom caráter.

O executivo precisa ser íntegro para defender os valores da empresa e também tem que se conectar emocionalmente com as pessoas da organização, em vários níveis hierárquicos. Se as pessoas não acreditam no líder, não vão segui-lo.

Se os outros funcionários não se sentem à vontade, não vão falar com ele com sinceridade sobre os problemas. O líder tem de desarmar esses medos. Para isso, é preciso mostrar interesse real neles. (RODRIGUES, 2013, p. 173).

As pessoas que fazem diferença na sua vida não são as que têm mais credenciais, dinheiro, prêmios. São as que se importam com você. (MALÍZIA, 2013).

Jamais coloque em prática a exclusão proposital. Seja sempre sincero. Seja sempre ético. (MALÍZIA, 2013).

O seu liderado é mais importante que os negócios, pois são eles que fazem o seu negócio. (O autor).

DEDICATÓRIA

Dedico este livro à minha família. Meus adoráveis filhos, Giovanna e Gustavo, e à minha esposa, Cristiane, fontes de inspiração para este e muitos outros trabalhos desenvolvidos. Também, aos meus pais e irmãos. Aos primeiros por terem sidos meus principais e fundamentais orientadores para uma vida honrada, aos demais por terem sido os responsáveis pelas primeiras experiências como aluno e mestre. Por fim, a todos aqueles que desejam uma liderança ética e justa, que valorizam o fator humano como o mais importante e essencial produto de qualquer meio.

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais por terem sido os maiores e mais importantes modelos de liderança de minha vida. Aos meus inúmeros mestres da disciplina de Chefia e Liderança nos mais de 30 anos de serviço ativo no Exército. Aos amigos que me incentivaram na concretização e divulgação deste trabalho. Especialmente, a todos os patrões e empregados que, com muita paciência, disponibilizaram parte de seu precioso tempo de descanso e lazer para, gentilmente, concederem-me uma valiosa entrevista, sem as quais não seria possível concluir este livro.

SUMÁRIO

sumário

CAPÍTULO I

PREÂMBULO

Quando decidi escrever a respeito da aplicação das técnicas da liderança militar no meio corporativo, já estava bastante influenciado e motivado por inúmeros amigos do meio civil. A decisão de fazê-lo havia sida tomada há algum tempo, mas faltava iniciar os trabalhos, dar o ponta pé inicial. Por isso, graças ao empurrão dessas pessoas, esta obra, finalmente, foi concretizada. O maior argumento utilizado por elas foi o fato de que uma experiência de mais de trinta anos liderando tropa no Exército não poderia ser desperdiçada por alguém que foi, também, instrutor, responsável pela formação de muitos outros líderes na caserna.

Nesse sentido, realizei pouca pesquisa em publicações sobre liderança em empresas. A ideia era a de apresentar as ferramentas e os recursos de como se tornar um líder militar, de forma a adaptá-los para o meio empresarial. Estudar e analisar as obras de civis e apresenta-las em minha conclusão, no meu entendimento, não me pareceu muito atrativo. Se assim o fizesse, correria o risco de resumi-lo em mais um a respeito do assunto no mercado. Portanto, apresento aqui as técnicas de liderança militar do Exército Brasileiro, destrinchadas para estudo e fácil aplicação por todo e qualquer chefe que deseja ser um líder de sucesso em sua empresa. No entanto, para entender o meio empresarial e, principalmente, a ideia e a visão de liderança nesse meio, vali-me das entrevistas realizadas com chefes e empregados de diferentes níveis nas firmas de meu município. Para minha surpresa, o que se espera de um líder militar em quase nada se difere daquilo que se espera de um líder civil.

Tal qual como na guerra, hoje, mais do que nunca, o mundo corporativo necessita de líderes cada vez mais capazes e eficientes, com habilidades e técnicas sofisticadas para extraírem o máximo de rendimento de seus liderados, sem tratá-los de maneira desumana e rude. Vou ressaltar para ficar bastante claro: extrair o máximo de rendimento de seus liderados, sem tratá-los de maneira desumana e rude.

Devido à complexidade crescente dos negócios, os lucros dependem cada vez mais das capacidades e competências humanas. Ele, por mais complexo que se torne, será sempre conduzido por homens e lucrará mais aquele que souber conduzir seus liderados da maneira mais positiva e inteligente possível, de modo a extrair o máximo proveito de suas habilidades e características pessoais e profissionais. Nesse sentido, a empresa que não investir em recursos humanos, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento de lideranças, poderá ficar aquém de suas metas de produção, venda e lucratividade. É nesse ínterim que se encaixa o tema Chefia e Liderança, pois a produção e a comercialização dependem diretamente do trabalho do funcionário, do ser humano, por mais automatizada que seja uma empresa. Um trabalhador e um vendedor motivados rendem muito mais, produzem muito mais e erram muito menos. O fator humano é, ainda, e será por muito tempo, o decisivo na produtividade e lucratividade de qualquer empresa.

Por outro lado, a liderança militar tem por objetivo a guerra, fazer o militar combater, cumprir uma ou mais missões (ordens) de combate, mesmo com o risco de perder seu maior bem, a vida. E assim ele o faz porque sabe e entende que o está fazendo em prol de algo maior do que isso: a sua equipe. Estudos recentes a respeito do assunto, em Exércitos mais desenvolvidos e empenhados com mais frequência em conflitos armados, revelaram que o militar luta, arrisca-se e morre pela sua tropa, pelos companheiros do seu dia a dia. Nacionalismo, independência, liberdade, patriotismo e outros aspectos semelhantes têm muito pouca influência no comportamento e na conduta do soldado na batalha. O espírito de equipe é muito