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Isaías
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E-book373 páginas5 horas

Isaías

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Sobre este e-book

O profeta Isaías realizou o seu ministério por um período extenso cerca de 660 anos antes da manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, em carne, neste mundo, para dar cumprimento a tudo o que havia sido profetizado a seu respeito, não apenas por Isaías, mas por todos os demais profetas do Antigo Testamento. Temos em Isaías uma revelação mais ampla acerca da pessoa de Jesus e da obra que Ele realizaria em nosso favor, de maneira que é conhecido comumente como sendo o profeta evangélico. A profecia é extensa mais muito fascinante e importante, de maneira que gastamos tempo e empenho na produção deste nosso comentário.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de dez. de 2015
Isaías

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    Isaías - Silvio Dutra

    Isaías 1

    O Culto Que Deus Não Aceita

    No início do primeiro capítulo do livro do profeta Isaías, Deus declara que não era conhecido pelo seu próprio povo de Israel.

    "2 Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque falou o Senhor: Criei filhos, e os engrandeci, mas eles se rebelaram contra mim.

    3 O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.

    4 Ah, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! Deixaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás.

    5 Por que seríeis ainda castigados, que persistis na rebeldia? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco." (Isaías 1.2-5)

    Eles haviam recebido suas leis, seus preceitos, seu amor, seus livramentos, e tinham estado por várias vezes debaixo dos seus juízos corretivos por causa do pecado, e em vez de se emendarem, mais se rebelavam contra Ele.

    Isto revela a obstinação da natureza humana decaída no pecado, da qual somente podemos ser livrados pela fé em Cristo, e pelo trabalho da sua graça em nossos corações, trocando-os por corações sensíveis à sua santidade, e que respondam de modo adequado à mesma.

    Disto também se aprende que não é por se ter a doutrina verdadeira, bons líderes como Isaías, e tudo o mais que se refira às revelações de Deus, se nos faltar a presença do próprio Deus em nossa vida, porque é este o único meio pelo qual podemos ter um conhecimento real de quem Ele seja.

    Por isso a aparente religiosidade de Israel nos dias do profeta Isaías, mantendo o culto de adoração no templo, com apresentação de sacrifícios e cumprimento de todos os rituais prescritos na lei, não poderia agradar a Deus, e muito menos produzir um verdadeiro conhecimento do Seu caráter divino.

    Porque, para isto, é necessário ter o nosso próprio caráter transformado à semelhança do Seu.

    A consequência desta falta de verdadeira comunhão com Deus não pode ser outra senão a descrita no verso 5:

    Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco..

    E diante de tal condição Deus pergunta qual seria o efeito do castigo diante de uma tal deliberada rebelião? A correção se faz inócua, porque a repreensão produzirá um endurecimento ainda maior, quando se anda de modo deliberadamente contrário à Sua vontade.

    Em Is 1.10 Deus declara aberta e diretamente que não aceita culto, rituais, cerimoniais, enfim, qualquer forma de ato devocional, quando não há pureza no interior do coração, e quando as ações externas não são de prática de amor, justiça e verdade.

    Ele, na verdade, ordena que o povo pare com tais atos de devoção enquanto não emendar os seus caminhos.

    É melhor não louvar quando o coração não é reto.

    É melhor não ofertar quando há avareza.

    Deus chama a tudo isto de ofertas vãs em Is 1. 13.

    O aborrecimento não era propriamente com o cerimonial determinado na Lei de Moisés para vigorar nos dias do Velho Testamento, que eram ainda os dias do profeta Isaías, mas quanto à condição de coração dos adoradores.

    Quando se anda de tal forma, Deus declara que sequer ouve as nossas orações (v. 15).

    É um dever adorá-lO e se devotar inteiramente a Ele, mas isto deve ser feito com santidade de vida.

    Por isso é ordenado que o Seu povo espiritualmente se lave, se purifique, e que deixe a maldade dos seus atos, deixando de fazer o mal, e não apenas isto, mas sobretudo, aprendendo a fazer o bem e a buscar a justiça, pondo fim a toda forma de opressão e se dando especial atenção aos fracos, desamparados e necessitados, representados naquela época nos órfãos e viúvas (v. 16 a 17).

    O Senhor promete que se for obedecido nisto que nos tem ordenado, nossos pecados serão lavados, de modo que seremos alvejados como a pureza da brancura da neve e da lã (v. 18).

    A consequência desta obediência será uma vida abençoada na terra (v. 19).

    Todavia, em caso de endurecimento na rebeldia, e na falta de arrependimento, por não se dar ouvido ao Senhor, haveria juízo (v. 20).

    No caso de crentes da Igreja cristã, ainda que não para uma condenação final, o juízo de Deus os visitará, tal como fizera com os crentes de Corinto, que não se examinavam a si mesmos, para não serem julgados por Deus, por causa de suas más obras.

    Porque caso se examinassem e emendassem o seu caminhar diante do Senhor, Eles achariam o Seu favor e misericórdia, conforme prometeu aos israelitas dos dias de Isaías, caso se arrependessem. Como se lê nas seguintes palavras que o apóstolo Paulo lhes dirigiu, e que se aplicam também a nós:

    "31 Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados;

    32 quando, porém, somos julgados pelo Senhor, somos corrigidos, para não sermos condenados com o mundo." (I Cor 11.31,32).

    Por isso o Senhor declarou por meio de Isaías, que os rebeldes do Seu povo terão a Sua mão voltada contra eles, não para abençoar com alegria, mas para corrigir com tristeza que é para arrependimento, para que sejam purificados de toda a sua escória e impureza (v. 15).

    Quando este trabalho for feito pelo Senhor, então Ele dará ao Seu povo pastores segundo o Seu coração, que os apascentem com conhecimento e com inteligência, tal como havia prometido dar líderes justos a Israel nos dias de Isaías, em face da purificação que faria neles (v. 26).

    Isaías 1.1 A visão de Isaías, filho de Amoz, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá.

    Isaías 1.2 Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque falou o Senhor: Criei filhos, e os engrandeci, mas eles se rebelaram contra mim.

    Isaías 1.3 O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.

    Isaías 1.4 Ah, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! Deixaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás.

    Isaías 1.5 Por que seríeis ainda castigados, que persistis na rebeldia? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco.

    Isaías 1.6 Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã; há só feridas, contusões e chagas vivas; não foram espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.

    Isaías 1.7 O vosso país está assolado; as vossas cidades abrasadas pelo fogo; a vossa terra os estranhos a devoram em vossa presença, e está devastada, como por uma pilhagem de estrangeiros.

    Isaías 1.8 E a filha de Sião é deixada como a cabana na vinha, como a choupana no pepinal, como cidade sitiada.

    Isaías 1.9 Se o Senhor dos exércitos não nos deixara alguns sobreviventes, já como Sodoma seríamos, e semelhantes a Gomorra.

    Isaías 1.10 Ouvi a palavra do Senhor, governadores de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra.

    Isaías 1.11 De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes.

    Isaías 1.12 Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu de vós isto, que viésseis pisar os meus átrios?

    Isaías 1.13 Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de assembleias ... não posso suportar a iniquidade e o ajuntamento solene!

    Isaías 1.14 As vossas luas novas, e as vossas festas fixas, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer.

    Isaías 1.15 Quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei; porque as vossas mãos estão cheias de sangue.

    Isaías 1.16 Lavai-vos, purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos a maldade dos vossos atos; cessai de fazer o mal;

    Isaías 1.17 aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva.

    Isaías 1.18 Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã.

    Isaías 1.19 Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra;

    Isaías 1.20 mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; pois a boca do Senhor o disse.

    Isaías 1.21 Como se fez prostituta a cidade fiel! ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas agora homicidas.

    Isaías 1.22 A tua prata tornou-se em escória, o teu vinho se misturou com água.

    Isaías 1.23 Os teus príncipes são rebeldes, e companheiros de ladrões; cada um deles ama as peitas, e anda atrás de presentes; não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa da viúva.

    Isaías 1.24 portanto diz o Senhor Deus dos exércitos, o Poderoso de Israel: Ah! livrar-me-ei dos meus adversários, e vingar-me-ei dos meus inimigos.

    Isaías 1.25 Voltarei contra ti a minha mão, e purificarei como com potassa a tua escória; e tirar-te-ei toda impureza;

    Isaías 1.26 e te restituirei os teus juízes, como eram dantes, e os teus conselheiros, como no princípio, então serás chamada cidade de justiça, cidade fiel.

    Isaías 1.27 Sião será resgatada pela justiça, e os seus convertidos, pela retidão.

    Isaías 1.28 Mas os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o Senhor serão consumidos.

    Isaías 1.29 Porque vos envergonhareis por causa dos terebintos de que vos agradastes, e sereis confundidos por causa dos jardins que escolhestes.

    Isaías 1.30 Pois sereis como um carvalho cujas folhas são murchas, e como um jardim que não tem água.

    Isaías 1.31 E o forte se tornará em estopa, e a sua obra em faísca; e ambos arderão juntamente, e não haverá quem os apague.

    Isaías 2

    A Grande Glória Manifestada

    O segundo capítulo de Isaías demonstra de modo muito claro, que a profecia não se aplicava exclusivamente ao povo de Israel em seus dias, e particularmente à Judá e à Jerusalém terrenas, mas ao Israel espiritual de Deus, especialmente a partir da manifestação do Messias e da Sua glorificação, juntamente com todos os salvos, depois da restauração de todas as coisas.

    É disto que trata o 2º capítulo da profecia de Isaías.

    Presente, futuro imediato e futuro distante se misturam numa só visão, porque são como coisas já consumadas à vista de Deus.

    Judá se encontrava em grosseiros pecados nos dias do profeta, conforme descrito no capítulo anterior, mas aqui, é dito que de Judá, de Jerusalém, principal cidade de Judá, procederia a Lei da Nova Aliança, que atingiria a todas as nações da terra.

    Povos e nações viriam a Jerusalém para serem alcançados pela graça do Evangelho, e isto começou a se cumprir especialmente no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado sobre pessoas de várias nações, que se encontravam em Jerusalém, para celebrarem aquela festa judaica.

    A Lei do Velho Testamento havia procedido do Monte Sinai, nos dias de Moisés, mas a Lei do Novo Testamento, ou seja, a Nova Aliança, procederia do Monte Sião, e é principalmente isto que se afirma no início desta profecia.

    Todavia, a abrangência desta profecia é mais ampla, porque será em Jerusalém que o Senhor estabelecerá o Seu governo central no período do milênio.

    Dali partirão para todas as nações tudo o que for ordenado a elas pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores, a partir do Seu trono em Jerusalém.

    Por isso se afirma logo no verso 2 que as coisas que serão ditas neste capítulo se referem àquilo que acontecerá nos últimos dias em que se firmará o monte da casa do Senhor, ao qual concorrerão todas as nações.

    Os que restarem sobre a terra terão prazer em andarem nos caminhos do Senhor, e por isso subirão a Jerusalém, para que sejam ensinados quanto aos seus caminhos, para que andem neles (v. 3).

    E se diz que o Senhor julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. (v. 4).

    Esta é uma clara referência ao período do milênio, que será inaugurado depois da volta de Jesus.

    Mas, tal período de paz e de justiça será estabelecido pela força dos juízos do Senhor contra os ímpios, conforme se descreve nos versos 6 ao 22, que ocorrerão no dia da Segunda Vinda de Cristo, que será um dia de juízo e de assolações terríveis contra a impiedade das nações, conforme se descreve nestes versículos.

    Sabemos que serão juízos voltados especialmente contra o governo do Anticristo.

    Isaías 2.1 A visão que teve Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e de Jerusalém.

    Isaías 2.2 Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor, será estabelecido como o mais alto dos montes e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.

    Isaías 2.3 Irão muitos povos, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor.

    Isaías 2.4 E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.

    Isaías 2.5 Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor.

    Isaías 2.6 Mas tu rejeitaste o teu povo, a casa de Jacó; porque estão cheios de adivinhadores do Oriente, e de agoureiros, como os filisteus, e fazem alianças com os filhos dos estrangeiros.

    Isaías 2.7 A sua terra está cheia de prata e ouro, e são sem limite os seus tesouros; a sua terra está cheia de cavalos, e os seus carros não tem fim.

    Isaías 2.8 Também a sua terra está cheia de ídolos; inclinam-se perante a obra das suas mãos, diante daquilo que os seus dedos fabricaram.

    Isaías 2.9 Assim, pois, o homem é abatido, e o varão é humilhado; não lhes perdoes!

    Isaías 2.10 Entra nas rochas, e esconde-te no pó, de diante da espantosa presença do Senhor e da glória da sua majestade.

    Isaías 2.11 Os olhos altivos do homem serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada, e só o Senhor será exaltado naquele dia.

    Isaías 2.12 Pois o Senhor dos exércitos tem um dia contra todo soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;

    Isaías 2.13 contra todos os cedros do Líbano, altos e sublimes; e contra todos os carvalhos de Basã;

    Isaías 2.14 contra todos os montes altos, e contra todos os outeiros elevados;

    Isaías 2.15 contra toda torre alta, e contra todo muro fortificado;

    Isaías 2.16 e contra todos os navios de Társis, e contra toda a nau vistosa.

    Isaías 2.17 E a altivez do homem será humilhada, e o orgulho dos varões se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia.

    Isaías 2.18 E os ídolos desaparecerão completamente.

    Isaías 2.19 Então os homens se meterão nas cavernas das rochas, e nas covas da terra, por causa da presença espantosa do Senhor, e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra.

    Isaías 2.20 Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem,

    Isaías 2.21 para se meter nas fendas das rochas, e nas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra.

    Isaías 2.22 Deixai-vos pois do homem cujo fôlego está no seu nariz; porque em que se deve ele estimar?

    Isaías 3

    Juízos Preditos

    São descritas, no terceiro capítulo de Isaías, várias assolações sobre os judeus, que lhes sobreviriam da parte do Senhor, por causa da impiedade do Seu povo.

    Esta profecia teve várias aplicações ao longo da história dos judeus, desde que a profecia foi proferida, como por exemplo no cativeiro babilônico, e nas muitas assolações que eles sofreram em outras ocasiões, como a sob os romanos em 70 d.C; sob Antíoco Epifânio, no período dos Macabeus; sob Hitler e em inúmeras outras ocasiões, em que Deus visitou a soberba de Israel com os juízos descritos nesta profecia.

    Jerusalém foi destruída e reconstruída várias vezes, desde então.

    Nem com isso, os judeus se voltaram para o Senhor, e têm ainda resistido à Sua vontade, cometendo o seu maior pecado, que é o da rejeição de Cristo, o Profeta que lhes fora prometido desde os dias de Moisés, e do qual se disse que deveriam ouvir para não serem destruídos.

    Então é crucial não apenas ser justificado pela fé, mas andar na prática da justiça, porque a profecia soa alto e forte:

    "10 Dizei aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas obras.

    11 Ai do ímpio! mal lhe irá; pois se lhe fará o que as suas mãos fizeram."

    Quem quiser ver dias felizes, e viver no óleo de alegria em vez de cinzas, que Jesus veio trazer para os quebrantados de coração do Seu povo, deve viver na prática da justiça.

    Não basta saber que foi justificado pela fé.

    É preciso viver na justiça pela qual fomos justificados, se quisermos contar com a alegria do Espírito Santo em nossos corações, em nosso viver cotidiano.

    De Deus não se zomba. Enganosa é toda prosperidade terrena, sem o temor do Senhor no coração.

    Isaías 3.1 Porque eis que o Senhor Deus dos exércitos está tirando de Jerusalém e de Judá o bordão e o cajado, isto é, todo o recurso de pão, e todo o recurso de água;

    Isaías 3.2 o valente e o soldado, o juiz e o profeta, o adivinho e o ancião;

    Isaías 3.3 o capitão de cinquenta e o respeitável, o conselheiro, o artífice hábil e o encantador perito;

    Isaías 3.4 e dar-lhes-ei meninos por príncipes, e crianças governarão sobre eles.

    Isaías 3.5 O povo será oprimido; um será contra o outro, e cada um contra o seu próximo; o menino se atreverá contra o ancião, e o vil contra o nobre.

    Isaías 3.6 Quando alguém pegar de seu irmão na casa de seu pai, dizendo: Tu tens roupa, tu serás o nosso príncipe, e tomarás sob a tua mão esta ruína.

    Isaías 3.7 Naquele dia levantará este a sua voz, dizendo: Não quero ser médico; pois em minha casa não há pão nem roupa; não me haveis de constituir governador sobre o povo.

    Isaías 3.8 Pois Jerusalém tropeçou, e Judá caiu; porque a sua língua e as suas obras são contra o Senhor, para afrontarem a sua gloriosa presença.

    Isaías 3.9 O aspecto do semblante dá testemunho contra eles; e, como Sodoma, publicam os seus pecados sem os disfarçar. Ai da sua alma! porque eles fazem mal a si mesmos.

    Isaías 3.10 Dizei aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas obras.

    Isaías 3.11 Ai do ímpio! mal lhe irá; pois se lhe fará o que as suas mãos fizeram.

    Isaías 3.12 Quanto ao meu povo, crianças são os seus opressores, e mulheres dominam sobre eles. Ah, povo meu! os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas.

    Isaías 3.13 O Senhor levanta-se para pleitear, e põe-se de pé para julgar os povos.

    Isaías 3.14 O Senhor entra em juízo contra os anciãos do seu povo, e contra os seus príncipes; sois vós que consumistes a vinha; o espólio do pobre está em vossas casas.

    Isaías 3.15 Que quereis vós, que esmagais o meu povo e moeis o rosto do pobre? diz o Senhor Deus dos exércitos.

    Isaías 3.16 Diz ainda mais o Senhor: Porquanto as filhas de Sião são altivas, e andam de pescoço emproado, lançando olhares impudentes; e, ao andarem, vão de passos curtos, fazendo tinir os ornamentos dos seus pés;

    Isaías 3.17 o Senhor fará tinhosa a cabeça das filhas de Sião, e o Senhor porá a descoberto a sua nudez.

    Isaías 3.18 Naquele dia lhes trará o Senhor o ornamento dos pés, e as coifas, e as luetas;

    Isaías 3.19 os pendentes, e os braceletes, e os véus;

    Isaías 3.20 os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, as caixinhas de perfumes e os amuletos;

    Isaías 3.21 os anéis, e as joias pendentes do nariz;

    Isaías 3.22 os vestidos de festa, e os mantos, e os xales, e os bolsos;

    Isaías 3.23 os vestidos diáfanos, e as capinhas de linho, e os turbantes, e os véus.

    Isaías 3.24 E será que em lugar de perfume haverá mau cheiro, e por cinto, uma corda; em lugar de encrespadura de cabelos, calvície; e em lugar de veste luxuosa, cinto de cilício; e queimadura em lugar de formosura.

    Isaías 3.25 Teus varões cairão à espada, e teus valentes na guerra.

    Isaías 3.26 E as portas da cidade gemerão e se carpirão e, desolada, ela se sentará no pó.

    Isaías 4

    Purificados Para a Vida do Céu

    O quarto capítulo de Isaías revela que no dia da volta do Senhor Jesus Cristo, muitos homens de Israel morrerão, porque os ímpios serão desarraigados da terra.

    E tal será a redução da população de homens, por causa das perseguições que eles sofrerão da parte do Anticristo, e que serão mortos na batalha do Armagedom, que os que sobrarem em Israel, serão disputados numa proporção de sete mulheres para um; e ainda que estas tenham provisões, pedirão que se casem com elas, não com todas, mas escolhendo uma dentre cada sete, para que seja retirado o opróbrio a que ficaram sujeitas em razão do terrível juízo que veio da parte do Senhor sobre o pecado do Seu povo.

    Dar-se-á assim cumprimento ao que foi profetizado no verso 25 do capítulo anterior:

    Teus varões cairão à espada, e teus valentes na guerra.

    Então a profecia tem o propósito de alertar os judeus a emendarem o seu modo de caminhar se convertendo ao Senhor e à santidade que Lhe é devida, porque é dito que há esperança para os que restarem por causa da piedade deles, quando do retorno do Senhor, porque Ele será como um renovo cheio de beleza e de glória para eles.

    Este remanescente que será poupado no final da Grande Tribulação será chamado de santo, porque são eleitos, e seus nomes estão inscritos no Livro da vida, e serão selados por Deus como se vê no livro de Apocalipse, para que se convertam.

    Isto sucederá porque serão purificados pelo espírito de justiça e de ardor, que é o Espírito Santo, que nos purifica com o Seu fogo espiritual, por causa da justiça de Cristo, que nos é atribuída e implantada (v. 4).

    E quando isto ocorrer, a condição não será mais de juízo, mas de bênção, sob a proteção do Senhor, que será um refúgio eterno contra toda forma de condições adversas, que possam se levantar contra o Seu povo (v. 5,6).

    Desde que Jesus se manifestou em carne, e tendo derramado o Espírito Santo depois de ter morrido, ressuscitado e subido ao terceiro céu, a condição de todo aquele de Israel, cujo véu de cegueira for removido de diante dos seus olhos, por causa da sua conversão a Cristo, é descrita na parte final do quarto capítulo de Isaías, que é a de se estar debaixo da glória e da proteção de Deus.

    Isto terá a sua culminância quando todo Israel for salvo, por ocasião da Segunda vinda de Jesus, a saber, daqueles que em Israel estão selados para a salvação.

    Há, portanto, da parte de Deus, esperança e promessas de paz e de segurança para aqueles que verdadeiramente O temem e que se voltam para Ele abandonando os seus pecados, lavando-se de sua imundície, pela fé no sangue de Jesus.

    Isaías 4.1 Sete mulheres naquele dia lançarão mão dum só homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos de nossos vestidos; tão somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio.

    Isaías 4.2 Naquele dia o renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória, e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel.

    Isaías 4.3 E será que aquele que ficar em Sião e permanecer em Jerusalém, será chamado santo, isto é, todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém;

    Isaías 4.4 Quando o Senhor tiver lavado a imundícia das filhas de Sião, e tiver limpado o sangue de Jerusalém do meio dela com o espírito de justiça, e com o espírito de ardor.

    Isaías 4.5 E criará o Senhor sobre toda a extensão do monte Sião, e sobre as assembleias dela, uma nuvem de dia, e uma fumaça, e um resplendor de fogo flamejante de noite; porque sobre toda a glória se estenderá um dossel.

    Isaías 4.6 Também haverá de dia um pavilhão para sombra contra o calor, e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e a chuva.

    Isaías 5

    Fazendo Mau Uso dos Tratos Culturais

    No quinto capítulo de Isaías o Senhor diz que plantou Israel para ser uma vinha que lhe desse bons frutos, para que os usasse no lagar que construiu para ali depositar e espremer o seu fruto.

    Tudo o que era necessário fazer para a Sua vinha, que era a casa de Israel, especialmente a de Judá, foi feito por Ele.

    Não lhes faltou trato e cuidado. E nem chuvas de bênçãos nas épocas apropriadas.

    O que fizeram os israelitas com toda esta provisão que eles receberam de Deus?

    Não lhe deram por devolvido bons frutos, mas produziram as uvas bravas do pecado e da injustiça.

    Então, o Senhor prometeu que destruiria aquela vinha imprestável e que produzia continuamente maus frutos.

    Veja o que é dito nos versos 8 e 9:

    "8 Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra!

    9 A meus ouvidos disse o Senhor dos exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão desertas, e até casas grandes e lindas sem moradores."

    Eles confundiram o fruto de bênção de Deus em suas vidas com prosperidade material.

    É este o grande problema da maior parte da Igreja de Cristo em nossos dias.

    Eles transformaram a glória espiritual e durável de Deus em suas vidas, por uma glória terrena e passageira.

    Eles amaram o mundo e não a Deus.

    Bem sabemos o que fazem aqueles que dispõem seus corações a enriquecer com coisas materiais, por amarem o dinheiro.

    Eles ficam expostos a muitas tentações, inclusive à prática de subornos e de impiedades, conforme se descreve neste capítulo, para manterem e aumentarem suas riquezas e propriedades.

    Não podem ficar satisfeitos somente com a graça do Senhor, porque a sua alma tem uma sede insaciável, porque o desejo de enriquecer é enganoso, porque quanto mais se tem mais se quer, porque não se pode satisfazer ao espírito com aquilo

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