Mensagens Curtas 10
De Silvio Dutra
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Mensagens Curtas 10 - Silvio Dutra
A Melhor Petição da Oração
Geralmente, oramos a Deus pedindo somente proteção e provisão para nós ou para outros.
Livramento de perigos, cura de enfermidades, empregabilidade, melhoria financeira e tudo o mais que se refira a operações divinas para atender às nossas necessidades pessoais e terrenas.
Mesmo quando oramos para os assuntos relativos à alma é comum que o façamos simplesmente para que Deus melhore o nosso comportamento ou para que nos livre de erros.
Estas petições são válidas e importantes mas há uma principal e melhor que todas elas, que comumente esquecemos ou até mesmo desconhecemos, que é a de orar para que haja comunhão entre nós, Deus e nossos irmãos na fé, e especialmente para que desfrutemos da presença do Senhor em união com o nosso espírito gerando aquele precioso sentimento de amor, paz, segurança, esperança, alegria, fortaleza, confiança e tudo o mais que é decorrente da manifestação da Sua santa presença no nosso viver.
É isto que torna a oração deleitosa e que nos incentiva a buscarmos a face do Senhor continuamente, para que não fiquemos privados de tão preciosa comunhão.
Ninguém se Sinta Excluído
Deus demanda de nós a santidade, mas ao mesmo tempo fez a promessa de ser misericordioso para com todos os nossos pecados e iniquidades, e que não se lembrará deles e não os colocará em nossa conta para condenação, desde que nos voltemos para Ele por meio da fé em Jesus Cristo.
Desta forma, quando falamos sobre vida santificada, sobre a necessidade do crescimento espiritual em santificação, ninguém, por maior pecador que seja, deve se sentir excluído da possibilidade de ter todos os seus pecados perdoados e ser reconciliado com Deus para sempre, porque isto é obtido pelo simples arrependimento e fé em Jesus Cristo.
Porque foi para este propósito mesmo que ele veio a este mundo, para morrer em nosso lugar, de modo a satisfazer a exigência da justiça perfeita de Deus, de que não pode haver qualquer culpa naqueles que viverão em comunhão com ele para sempre.
Tendo Jesus removido a nossa culpa na sua morte na cruz, pela fé nele, somos considerados inculpáveis por Deus, que nos dá o selo desta promessa fazendo habitar em nós Espírito Santo para operar a nossa transformação e santificação.
Sempre Ainda Mais Uma Vez
Pior do que o sentimento de verdadeira inutilidade é o pensamento de que se é útil e descobrir por fim que se viveu praticando o que era inútil.
Todavia, todos nós, sem uma única exceção, flutuamos em graus variados entre estes dois pólos, ao longo de todo o curso da nossa existência terrena.
Mas somente aqueles que têm sido comissionados para algum encargo específico que se relacione a servir o próximo em amor haverão de sentir o peso da imensa frustração que se pode experimentar quando falham no desempenho que deveriam apresentar.
Aqueles que têm aprendido da parte de Deus sobre a verdadeira essência e profundidade da sua própria insuficiência acharão algum consolo nisto, mas não poderão achar descanso e paz para as suas almas atribuladas enquanto não forem reerguidos pela graça de Cristo para o devido cumprimento dos deveres para os quais foram encarregados por Ele.
Quantas lágrimas derramadas e suspiros de uma alma aflita serão achados ao longo da caminhada da estrada da vida!
Quantas dores e sofrimentos pela consciência atormentada pela ideia do fracasso.
Frustrações acumuladas que parecem nunca ter um fim.
Todavia persevera, pela exclusiva graça e poder do Espírito que volta a erguer o caído.
A alma responsável não acha sossego na ociosidade e por isso o apóstolo Pedro voltou a pescar, retornou ao seu antigo ofício, quando pensou que jamais voltaria ao exercício do apostolado por ter negado a Cristo.
Voltamos à prática das coisas de pouca ou nenhuma utilidade, pois a alma soçobrará caso fique parada.
Mas já não se tem mais alegria que se sentia antes nestas antigas atividades porque a consciência agora esclarecida e educada pela graça revela a profunda apostasia em que nos encontramos.
Tínhamos uma comissão, mas falhamos.
Entretanto, quando pensamos que a graça não pode suportar tantos extravios, ela se revela quantas vezes necessárias, que está disposta a nos conduzir a patamares mais elevados no divino serviço.
Por ela somos habilitados e animados, renovados em alegria, ao ver que mais uma vez, em tantas ao longo da vida, continuamos sendo usados pela exclusiva misericórdia, graça, amor e poder de Jesus Cristo.
Só Pode Ser Salvo Quem Reconhece que é Pecador
Quem insiste em que o homem pode salvar a sua alma da condenação eterna, pela sua simples aplicação na prática de boas obras, é porque ainda não foi convencido pelo Espírito Santo quanto à real extensão da culpa dos seus pecados; que é infinita e eterna assim como é o castigo divino para todos aqueles que não tiveram a sua dívida de pecados perdoada e cancelada por Cristo.
É nEle e somente nEle que podemos ser aceitáveis a Deus, uma vez que não há quem não peque.
É pela aspiração de se obter a concretização da esperança que temos nEle de sermos aperfeiçoados pelo Espírito Santo, mediante aplicação da Palavra de Deus em nossas vidas, que somos salvos para aquela vida perfeitamente santa, justa e amorosa que teremos na glória celestial.
Somente o próprio Deus pode nos despojar inteiramente da natureza pecaminosa que todos possuímos, enquanto neste mundo, e nos revestir da sua natureza celestial, espiritual e divina.
E este trabalho de justificação, regeneração e santificação do pecador é realizado simplesmente com base na graça de Deus e mediante a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
O Grande Risco em Escolher uma Porta Errada
A salvação da alma, como tudo o mais em nossa vida, possui também a sua porta de entrada.
Esta porta é única, eterna e insubstituível.
Corremos portanto, um sério risco em nos darmos por satisfeitos com alguma porta religiosa, filosófica, ou qualquer outra que tenhamos escolhido como porta para a nossa salvação, e no fim da nossa vida, quando esta for aberta, não nos conduzir para o céu, para o nirvana, ou para outras condições agradáveis em relação ao destino eterno do nosso espírito, uma vez que este tiver deixado o nosso corpo pela morte.
Ora, é bem patente que se fosse deixado por Deus, que por nossa própria escolha, viéssemos a adotar o modo de vida ou pensamento que nos conduzirá ao céu, é bem certo que todos nós nos perderíamos, porque, afinal, Deus é espírito invisível, e seus caminhos não são os nossos caminhos e nem os seus pensamentos os nossos pensamentos.
Se no próprio mundo físico em que vivemos e apalpamos pelo nosso tato, e vemos com os nossos olhos, muitas coisas permanecem encobertas ao nosso conhecimento e entendimento, quanto mais isto não é verdadeiro de modo absoluto quanto ao que se refere ao mundo espiritual, celestial e invisível.
Por isso, Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia para conosco, não nos deixou sem a sua ajuda e direção para nos levar à porta que se abre para o cominho da salvação, do céu, da vida eterna.
Ele não somente nos Deus o Senhor Jesus Cristo para morrer no nosso lugar, pagando o preço exigido pela Sua justiça quanto aos nossos pecados, como também nos atrai para Ele, revelando a Sua pessoa divina, para que pelo poder da Sua graça, possa não somente desvendar os nossos olhos para o mundo espiritual verdadeiramente santo e celestial, como também operar a transformação de nossas vidas, segundo o caráter e virtudes que foram por Ele descritas na Sua Palavra que foi revelada a nós para confirmar o Seu propósito eterno relativo ao modo da nossa salvação.
Assim, as Escrituras não contêm apenas mandamentos de Deus, mas também descrevem as características que passam a existir nas vidas dos que são salvos, pela Sua graça e mediante o arrependimento e fé em Jesus.
Elas, portanto, confirmam se estamos ou não entrando pela única porta e caminho que conduz à salvação, a saber, a pessoa do próprio Senhor Jesus Cristo, que passa a viver em nós em espírito.
É sobretudo neste sentido que Jesus afirma que não fomos nós que o escolhemos, mas Ele que nos escolheu. Não meramente num sentido eletivo, mas revelador, diretivo, instrutivo, operativo, porque se não fosse pelo Seu trabalho de nos trazer para a porta e caminho da salvação, jamais conheceríamos aquela vida espiritual, celestial e divina, que é comum a todos que dela têm participado pela fé nEle.
Então, não é pela escolha que faço de uma determinada filosofia de vida ou de religião, que posso estar seguro de ir para o céu, ou de estar vivendo do modo que seja agradável a Deus.
Não nos foi dado por Deus escolher o modo de vida que me conduzirá à Sua presença, em espírito, pois este caminho já foi estabelecido por Ele desde antes da fundação do mundo, e não há outros caminhos que possam conduzir ao mesmo objetivo.
Posso orar, louvar, ler a Bíblia, ser caridoso, frequentar os cultos de uma igreja, e ainda assim estar fora do caminho, porque posso fazer tudo isto sem ter tido um encontro pessoal com Cristo, e por conseguinte, não ter sido regenerado e santificado pelo Espírito Santo, que é quem testifica com o nosso espírito que fomos tornados filhos de Deus pela nossa comunhão com Jesus Cristo.
João 15:16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
João 15:19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.
O Dever de em Tudo Ser Criteriosos
Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.
(Rom 14.5)
Quanto a este conselho do apóstolo, muitos têm erroneamente pensado que aqui se trata de doutrina clara, diretamente definida na Palavra revelada de Deus.
Jamais, Paulo teria ousado proferir tal blasfêmia, a saber, que cada um definisse segundo sua própria interpretação da Bíblia, qual é a doutrina que lhe convém.
A doutrina revelada é absoluta e imutável.
O que está claramente em foco no contexto desta citação do apóstolo em Romanos 14, era a questão de preferências por hábitos não pecaminosos, para os quais cada um tem a liberdade de escolher o seu, sem que seja julgado por alguém de pensamento diferente.
Mas quando não se trata de doutrina revelada, ou de prática de coisas que ainda que não definidas na Bíblia como sendo pecaminosas, todavia, caso não estejam de acordo com o tom das Escrituras, e que não trazem consigo a aprovação do senso comum daqueles que estão santificados, e sobretudo da testificação do Espírito Santo, é evidente que estas coisas não são lícitas e deveriam ser abandonadas.
Acrescente-se a isto que ainda que fossem lícitas, todavia há que se considerar que nem tudo nos convém.
Há coisas que podem parecer inocentes na superfície trazem nelas o pecado subliminarmente embutido, e faríamos bem em nos preservar delas.
Neste particular, quanto cuidado se deve ter com a mídia secular, não somente impura em si mesma em quase sua totalidade, como também é engenhosamente planejada para explorar e incentivar o que há de pior na humanidade.
E quando estas coisas estão habitando juntamente conosco na casa do nosso coração, dificilmente nosso Senhor Jesus Cristo poderá achar boa acolhida em tais condições.
Não se Acomodando ao Mal
Quando a Bíblia fala da condição caída do homem, e da impiedade que impera no mundo, não há nisto, em uma linha sequer das Escrituras, qualquer insinuação de que esta seja