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Ii Coríntios
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E-book89 páginas2 horas

Ii Coríntios

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Sobre este e-book

Nós apresentamos o comentário sobre a Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios no livro que escrevemos sob o título Filosofia Espiritual, também publicado aqui no Clube dos Autores. Agora estamos apresentando o comentário relativo à Segunda Epístola aos Coríntios, abrangendo cada um dos treze capítulos da referida epístola.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de dez. de 2015
Ii Coríntios

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    Ii Coríntios - Silvio Dutra

    II Coríntios 1

    Consolados Para Consolar

    Quando Paulo escreveu a Segunda Epístola aos Coríntios, ele se encontrava na Macedônia (numa das três cidades daquela região em que havia fundado igrejas, a saber, Filipos, Tessalônica ou Bereia).

    Ele havia evangelizado Corinto durante sua segunda viagem missionária juntamente com Silas e Timóteo, estivera em Éfeso durante sua terceira viagem e não havia ainda ido a Corinto, e já lhes havia escrito a sua primeira epístola quando se encontrava em Éfeso, e cerca de um ano após lhes escreveu esta segunda carta quando se encontrava na Macedônia, um pouco antes de ir ter pessoalmente com eles em Corinto.

    A importância de saber estas informações está ligada ao fato de melhor compreendermos  os motivos da escrita desta segunda epístola, em face das repreensões e instruções que Paulo havia dado àquela Igreja em I aos Coríntios.

    Pelo que se infere do conteúdo desta segunda epístola, houve uma resistência às exortações e repreensões que haviam sido dadas anteriormente pelo apóstolo, para que repreendessem e excluíssem da comunhão dos santos alguém que havia feito um grande agravo público, provavelmente o incestuoso citado no quinto capítulo da primeira epístola, que agora havia demonstrado sincero arrependimento, e por isso Paulo lhes pediu que lhe perdoassem em face do arrependimento que havia demonstrado, para que não fosse consumido por amargurada tristeza.

    Este era o apóstolo cujo exemplo devemos seguir na obra do evangelho, porque tudo fazia não pelo que era afetado em si mesmo, mas por zelo da causa de Cristo, de modo que dilatou seu coração para aquele que lhe fizera a ofensa, de forma que fosse restaurado à comunhão dos santos.

    Esta epístola foi destinada não somente à igreja de Corinto, mas também a todos os santos da Acaia, que era o nome antigo da Grécia, região onde se localizava a cidade de Corinto.

    Como era comum em todas as suas epístolas, o apóstolo lhes recomendou à graça e à paz de Deus Pai  e de Jesus Cristo, porque são as grandes marcas do Senhor na Sua Igreja, sendo que a paz é filha da graça, uma vez que não pode existir verdadeira paz onde a graça não estiver reinando nos corações.

    Paulo bendisse o nome de Deus Pai porque é o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; que demonstra o Seu grande amor para conosco nas tribulações e aflições que sofremos, porque por elas somos também aperfeiçoados no mesmo amor do Senhor, para que possamos nos tornar sensíveis, atenciosos, afetuosos e consoladores para com aqueles que estiverem passando por alguma tribulação, por termos aprendido por experiência  própria, que podemos contar com o amor, a misericórdia, e a consolação do Senhor em nossas tribulações, lhes encorajando portanto a também esperarem em Deus, de quem vem o nosso socorro e auxílio na tribulação (v. 3).

    Aqueles que tiverem sido provados em muitas aflições por causa do seu amor a Cristo, também terão muitas consolações por meio do próprio Cristo (v. 4), de forma que sejam habilitados a serem seus instrumentos na consolação dos que estão atribulados; de modo que não somos atribulados e consolados somente por nossa própria causa e interesse, mas por causa e para o interesse de muitos, para que também sejam consolados e salvos através da nossa instrumentalidade nas mãos do Senhor.

    De sorte que é necessário suportar com paciência as aflições para que a consolação seja eficaz; porque é certo que Deus não consolará murmuradores que se queixam dEle.

    A principal razão de Paulo ter iniciado o seu discurso com estas palavras, possivelmente se deveu ao fato de terem os coríntios sido consolados por Deus depois da muita tristeza que tiveram que suportar por causa das repreensões que receberam tanto da parte de Deus quanto do apóstolo, em face do seu arrependimento.

    A tristeza que haviam experimentado havia afinal sido transformada em óleo de alegria, porque foi uma tristeza segundo Deus, pelo constrangimento do Seu Espírito, para que deixassem o modo errado pelo qual vinham caminhando até então.

    Eles estavam sofrendo agora e teriam ainda muito que sofrer por causa do evangelho, e por isso Paulo lhes encorajou com o seu próprio exemplo de paciência nas aflições por amor de Cristo e da obra do evangelho, citando a tribulação que havia experimentado na Ásia, tanto na região da Galácia, quanto em Éfeso, a ponto de ter sido afligido além da sua própria capacidade de suportar, tendo chegado mesmo a perder a esperança de continuar vivo (v. 8).

    Mas como tinha aprendido a não estar apegado à sua própria vida, senão ao Senhor, pela total confiança nEle, sabendo que ainda que viesse a morrer seria ressuscitado, foi livrado pela graça de Deus de tão grande morte, como ainda vinha sendo livrado dela em muitas ocasiões, sabendo portanto que continuaria sendo livrado até que completasse o ministério que lhe fora dado para ser cumprido (v. 9, 10).

    Nestes livramentos, estava plenamente convicto de que haviam contribuído as orações das Igrejas em seu favor, para que pela misericórdia que lhe fora feita pelas intercessões de muitas pessoas, também fossem dadas graças a Deus por ele, por muitos, e não somente por ele próprio (v. 11).

    Esta era portanto a sua glória, saber que contava com a estima de muitos por causa da boa consciência que possuía, e da simplicidade e sinceridade com que vivia, e que provinham de Deus, e não com sabedoria carnal, mas vivendo na graça de Deus neste mundo, particularmente para com as Igrejas (v. 12).

    De forma que o próprio Paulo era motivo de glória para eles, isto é, em quem poderiam se gloriar em razão do modo despojado como viveu entre eles, e em grande sinceridade e simplicidade para lhes pregar o evangelho; assim como seriam a glória de Paulo no dia da volta do Senhor, por causa da recompensa que receberia por tê-los ganho para Ele (v. 13, 14).

    Ele estava lhes escrevendo da Macedônia, informando-lhes que em breve iria ter com eles, e de novo retornaria à Macedônia, e mais uma vez voltaria a visitá-los, quando então pretendia seguir em viagem para Jerusalém (v. 15, 16).

    Alguns estavam colocando em dúvida a sua palavra de que lhes visitaria para colocar em ordem as coisas na Igreja de Corinto no seu

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