Sou Bi...sensual E Você?
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Sou Bi...sensual E Você? - Romeu R. De Lima
O Julgamento precoce pode
alterar o sentido da razão. (O Autor)
1
SOU BI...SENSUAL E VOCÊ?
Caros leitores, como vocês poderão
observar o relacionamento sexual dos seres
humanos é extravagante, atrevido e
desconcertante.
(págs. 205 a 211).
2
Esse livro não tem a intenção de ferir, ofender ou
denegrir a religiosidade de quem quer que seja. Provocar
qualquer tipo de debate ou discussão ou, ainda, ofender a
moral e os costumes da sociedade como um todo.
Vale dizer que a livre expressão do pensamento é
um direito garantido pela nossa Carta Magna em seu artigo
5º que consolida o pensamento liberal. E mais, o artigo 13
item I do Pacto de São José de 1969 advindo da Convenção
Americana dos Direitos Humanos a qual o Brasil
recepcionou em 1992 afirma: "Toda pessoa tem o direito à
liberdade de pensamento e expressão". Esse direito inclui a
liberdade de procurar, receber e difundir informações e
idéias de qualquer natureza, sem considerações de
fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma
impressa ou artística ou por qualquer outro meio de sua
escolha.
Romeu R. de Lima – O Autor
3
Dados Internacionais de Catalogação na
Fonte.
R103 R. de Lima, Romeu.
Sou Bi...Sensual e Você? / Romeu R. de Lima. – 2013
301 p.; 21cm.
ISBN 978-14-9973-387-7
1. usp, sonhos, sexo. I. Título
CDD: B869.3
CDU: 82.7
4
REGISTRADO NA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA
NACIONAL DE DIREITOS AUTORAIS SOB N° 450.615
- LIVRO 846 – FOLHA 275 DE 27/JANEIRO/2009
SOU BI...SENSUAL E VOCÊ?
1 ª EDIÇÃO
2013
São Paulo
Romeu R. de Lima
5
6
Sou Bi... Sensual e Você?
Portanto, sou completa.
Segundo alguns estudiosos:
A bissexualidade consiste na atração física,
emocional e espiritual por pessoas tanto do mesmo sexo
quanto do oposto e à identidade correspondente de cada
um.
Bissexual é, portanto, o termo aplicado às pessoas
que se sentem atraídas por ambos os sexos, servindo de um
quase meio-termo entre o hetero e o homossexual. O
número de indivíduos que apresentam comportamentos e
interesses de teor bissexual é maior do que se suporia à
primeira impressão, devendo-se a pouca discussão desta
situação essencialmente a uma tendência geral para a
polarização da análise da sexualidade, tanto no meio
acadêmico como, muito mais marcadamente, no seio
popular entre a heterossexualidade e a homossexualidade.
7
''Biológica e culturalmente, nascemos homens e
mulheres, seres fisicamente diferentes e definidos aos olhos
da sociedade. Feitos um para o outro, homem e mulher
seriam as metades da mesma laranja. A sociedade ensina
que homem tem que se relacionar com mulher e vice-versa.
Entretanto, o comportamento de cada um vai se moldando
ao longo do tempo e sofre influências psicossociais.
Resultado: nem oito nem oitenta.
A explanação acima se faz necessária na medida em
que diversas são as correntes de entendimento a esse
respeito.
Muito bem. Mas vamos aos fatos.
Com 36 anos, independente, situação financeira bem
definida, psicanalista e psicoterapeuta voltada para o
atendimento a pré-adolescentes, adolescentes e jovens,
atendo esporadicamente casais e adultos quando indicados
por colegas Sou casada com um arquiteto inteligente e
compreensivo. Temos dois filhos, a filhota com 12 anos e
um rapagão com 14 anos.
Nascida em São Paulo, mais propriamente na região do
bairro do Bexiga, meus pais decidiram ir para a fazenda
Nova Itália, no interior do estado.
Apenas como registro, muitas foram as famílias
italianas convidadas pelo governo brasileiro para ocupar
terras para o desenvolvimento da lavoura no Brasil
8
mediante pagamento de bônus do tesouro nacional. Pelo que
eu saiba poucas foram as que trocaram as tais cédulas
representativas do tesouro por dinheiro. Por outro lado,
imagina-se que os brasileiros não tinham aptidões
suficientes para serem reconhecidos pelo seu próprio
governo. Senão, por que convidar estrangeiros para cultivar
a terra? Quem sabe os porquês serão respondidos dias
desses!
Perceba como acabamos nos enveredando pelos
caminhos cavernosos da administração pública e da política
quase que automaticamente.
E antes que isso aconteça e esse livro acabe se tornando
um péssimo informante sobre tais questões, voltemos ao seu
propósito, isto é, contar como me tornei bissexual,
agradando as gregas e aos troianos.
A família de italianos, proprietários da fazenda,
desenvolveu uma grande lavoura de café. O café era
rentável e muitos fazendeiros se dedicavam nessa lavoura.
Paralelamente eles, os italianos, cultivavam diversas
hortaliças para seu sustento bem como se dedicavam à
avicultura, apicultura, as suas vinhas e, especialmente,
trouxeram seus costumes culturais como a alegria de viver e
cantar. É necessário ressaltar que eles produziam excelente
vinho caseiro.
Ao mudarmos para a fazenda com seu ar caipira e de
sossegadas pessoas, fomos instalados numa casa de madeira
9
sem muros, envolvida por uma cerca de bambu ornada por
chuchuzeiros e buchas. Sim, buchas daquelas de tomar
banho. Muitos de vocês não sabem que aquelas buchas
compridas e cheias de vazios são trepadeiras.
Meu pai, Paolo, filho de pais italianos, homem de
poucas falas, mas muito legal
, conseguiu empreita num
pequeno pedaço de terra dos italianos de a meia
como se
dizia por lá. Isto é, os proprietários da fazenda forneciam as
mudas ou sementes e o meu pai cuidava do cultivo e da
colheita ficando com cinqüenta por cento salvo das
despesas.
A casa não era pequena. De forma retangular com uma
área livre no centro servindo de jardim, toda feita em
madeira envernizada, possuía três quartos de bom tamanho,
com duas janelas cada, dando uma para o lado externo e
outra para o jardim interno. Uma sala de jantar espaçosa e
cozinha com fogão a lenha bem compostos servia de
preferencia à família. Um forno de barro do lado de fora
próximo à janela era utilizado para os assados e o
cozimento do pão. Se você visualizou então percebeu que o
meu quarto ficava ao lado do quarto para visitas. O quarto
dos meus pais e a sala ficavam do outro lado do pátio
interno, isto é, o meu quarto e o quarto de visitas ficavam de
frente para a sala e para o quarto dos meus pais. A cozinha
ficava num dos lados de frente para a despensa que, por
óbvio, ficava do outro lado do retângulo. O banheiro ficava
do lado de fora, pois não era costume ter banheiro dentro
10
das casas. Lembro a todos que naquela época usávamos
penico com tampa. O que tínhamos era uma banheira de
cimento dentro do quarto dos meus pais. Um poço coberto e
movido por sarilho servia para o serviço da casa. Ao lado
um tanque duplo para lavar roupas, sendo que um servia
para a esfrega e lavagem propriamente dita e o outro para
enxague. Todavia a casa possuía água encanada e luz
elétrica, pois a fazenda possuía um gerador de energia que
era ligado às 18h e desligado às 22h somente.
Minha mãe, Cristina, filha de pai italiano e mãe gaúcha,
voltava-se aos cuidados com a casa. Costurava e cuidava de
alguma criação que começava a vingar e uma pequena
horta. Coisa pouca. Mas que daria para o sustento diário.
Era uma mulher de pequena estatura, bem torneada e
viçosa.
Eu já iniciara os estudos na escola da própria fazenda e
era considerada uma bola aluna.
A fazenda, além da cultura do café, assunto
preponderante da sua subsistência, mantinha diversos
animais como, gado bovino, gado porcino, eqüinos, muares
e gado caprino. A galinhada corria solta pelos campos e
terreiros. Patos, gansos e marrecos era visão comum. Do
gado bovino a fazenda tinha a produção de queijo, leite e
doces, e parte para produção de carne e para
comercialização.
11
Gostava de dar meus passeios pelos mangueirões e pelo
pasto. Acontece que eu tinha preferencial interesse pela
atividade sexual dos animais. Adorava ver os cães e outros
animais fazendo sexo. Nada demais nesse meu interesse.
Apenas curiosidade.
Todavia, não posso deixar de contar que algumas vezes
vi um ou outro rapazote filho de colono pegar
uma cabrita
ou uma bezerra. Uma vez, sem querer, vi o tratador da seva
de engorda fazer coisas
que eu não entendia muito bem
com as mãos. Havia uma égua que, depois fiquei sabendo,
era barranqueira. Isto é, ela se deixava para ser acariciada na
coisa
dela e um ou outro moleque se debruçava por trás e
ficava fazendo uns movimentos estranhos. Mas tudo aquilo
só chamava a minha atenção, não mexia comigo. Nada a
ver.
Para mim a iniciação sexual aconteceu de forma
espontânea e diferente da dos matutos. Aconteceu como
acontece para a grande maioria das mocinhas.
Foi assim:
Certa vez, recebemos a visita da minha tia Neusa, irmã
da minha mãe, recentemente casada com Zé Roberto. Soube
depois que estavam em férias trabalhistas. Tinham pouca
idade. Formavam um belo casal. Como iriam passar uns
dias para aproveitar a lua-de-mel
, ficaram instalados no
quarto ao lado do meu.
12
Foi um momento importante para mim, pois, morando
há alguns anos na fazenda, ainda não tivera a oportunidade
de conhecer a cidade mais próxima e, principalmente,
alguma cidade vizinha. Com eles a oportunidade surgiria,
pensava eu.
A fazenda era muito bonita. A maioria das casas de
colonos era de tijolo a vista, piso com tacos e fôrro. Como
já comentei a fazenda tinha água encanada e luz graças ao
gerador que os italianos haviam importado da Inglaterra. Os
colonos recém-chegados eram instalados em casas de
madeira. Depois de algum tempo na fazenda e conforme a
saída de algum colono das casas de alvenaria, os que
estavam em casas de madeira eram transferidos para as de
tijolo. Nessa época minha família já havia se instalado nas
novas residências de alvenaria, porém as divisórias internas
eram de boa madeira.
Muito precoce para a minha idade, meus pequenos
seios já despontavam delineados e durinhos. Era cheinha e
com pernas roliças e bumbum saliente. Costumava me olhar
no espelho e gostava do que via. Já tinha pêlos em volta da
minha vagina que era cheinha e pequenina. Fiquei muito
interessada na lua-de-mel
do jovem casal. Lá sabia eu do
que se tratava.
E não demorou para que as coisas
acontecessem.
Uma noite ouvi barulhos estranhos no quarto dos meus tios
que, como disse, ficava ao lado do meu. Curiosa, levantei-
13
me e aproximei meus ouvidos da madeira que separava
nossos quartos. Entendi logo o que estavam fazendo.
Estavam namorando. Sussurros, sons e movimentos
chegavam aos meus ouvidos. Seria a lua-de-mel com
certeza.
Resolvi ficar de prontidão. Toda vez que percebesse
algum movimento no quarto deles eu iria olhar. Queria
observar bem e entender o que era, exatamente, a tal lua-de-
mel.
Durante o dia seguinte comecei a procurar um lugar
para olhar. A divisória de madeira poderia proporcionar um
meio de observação e, por conta disso, acabaria
encontrando um vão maior ou um buraco, pensava. E foi o
dito e foi o feito. Encontrei um cantinho entre o armário
onde colocava minhas roupas e a parede que servia
direitinho para os meus propósitos. Um buraquinho certinho
que dava para ver a cama inteirinha e um pouco mais.
Minha vida de voyeur
começou ali. Toda vez que
percebia uma buia
no quarto deles, lá corria eu para o
espiômetro
. Eles ficavam sempre deitados, ora ele em
cima dela e ora ela sentada nele. Ah mas um dia eu pude ver
direitinho os dois. Quando meus tios foram para o quarto eu
não esperei para ouvir os barulhos, fui antes e fiquei postada
no meu canto espião. Então vi minha tia ficar em pé, tirar a
roupa e ficar peladinha, peladinha. Puxa como minha tia era
14
bonita. Meu tio chegou e começou a abraçá-la e passar as
mãos pelo seu corpo.
Ela não demorou em começar a tirar a roupa dele.
Começou pela camisa, depois a camiseta e logo depois tirou
as calças e a cueca. Foi aí que eu vi, pela primeira vez, o
pênis. Fiquei assustada. Tive vontade de sair correndo, mas
a curiosidade foi maior e minha vontade maior ainda.
Fiquei ali quietinha enquanto olhava minha tia afagar
aquela coisa
dele e a beijá-lo. Notei que aquilo tudo
mexia com meu corpo. Eu, como disse anteriormente, era
uma menina precoce e como diziam todos, muito sapeca.
Continuei olhando e vi quando meu tio deitou minha tia na
cama e começou a beijar o meio das pernas dela. Ela fazia
movimentos com o corpo e gemia muito. Ele levantava os
olhos de vez em quando parecendo me olhar, embora não o
fizesse, mas na posição onde eu ficava dava de frente para
ele. Nossa, senti meu corpo se aquecer e uma comichão
corria pelas minhas entranhas.
Se você pensar bem verá que até os acontecimentos
mais banais podem se transformar numa grande história.
Voltei para minha cama e meus pensamentos voaram.
Passei a mão pelo meu corpo macio e tenro e acabei
tocando nela. Sim, nela. A vagina. Coloquei minha mão no
meio das pernas e comecei a mexer. Não sabia bem o que
estava fazendo, mas continuei. Era muito gostoso. Senti que
15
ela estava molhadinha e aquela lubrificação deixava minha
pequena coisinha
muito macia.
Claro que embora estivesse sentindo o que não sabia
explicar, surgiu uma vontade muito grande de conhecer
mais sobre aquelas coisas
que meus tios estavam fazendo.
Noite após noite continuei assistindo os dois fazerem
aquilo. Muitas posições, muitas formas e muitas safadezas,
digamos assim. Estava, sem saber, tendo lições do ato
sexual.
Meu tio costumava ajudar meu pai e minha tia
ajudava minha mãe. Mas, sempre que podiam, já que
estavam de férias, vagueavam pela fazenda ora sozinhos,
ora comigo.
A minha maneira de olhar para eles mudou.
Observava os dois profundamente quando saíamos para
passear pela fazenda. Olhava o corpo dela e o dele e
lembrava aqueles momentos que passavam namorando
no
quarto.
Um dia, fomos para um sítio de uns amigos dos meus
familiares e meus tios foram também. Fomos de
jardineira
e fui sentada no colo do meu tio ao lado da
janela e minha tia do lado do corredor. Não deu outra.
Aproveitei a oportunidade e, sem que minha tia percebesse,
comecei a esquecer
minha mão esquerda no meio das
pernas dele. Ele demorou um pouco a perceber, mas,
quando percebeu, se ajeitou e com a mão esquerda
16
começou, levemente, a ajudar
a mexer nele. Senti, por
cima da calça, que o negócio dele
cresceu. Tinha visto
inúmeras vezes pelo meu espiômetro
. Agora, sentir na
minha mão, mesmo que por cima da calça, era uma loucura.
Fiquei ali, morrendo de medo, mas com uma vontade
danada de pegar nele
de verdade. Minha intimidade ficou
toda molhada. Como estava de costas para minha tia,
sentada na perna direita dele, não dava para ela ver o que
estava acontecendo. Foi daí que ele, bem devagarzinho,
começou a enfiar a mão no meio das minhas pernas.
Acontece que naquela época não se usava calça comprida e
ficava muito fácil fazer as brincadeirinhas
. Não agüentei e
abri um pouco mais as pernas. Ele começou a tocar a minha
intimidade bem devagarinho e, com muito jeito, afastou um
pouco a minha calcinha e tocou nela. Que sensação gostosa.
Fiquei tremendo no colo dele. Deixei-o tocar a vontade e,
graças aos sacolejos do ônibus, a brincadeira
passava
despercebida. De repente, senti um calafrio pela minha
espinha e meu corpo tremeu.
Temi que minha tia percebesse alguma coisa. Ele sentiu
minha sensação e parou.
Estávamos chegando. Eu estava toda encabulada.
Quando a jardineira parou, saí depressa do colo dele e corri
para, digamos, tomar ar.
Chegamos por volta das dez horas da manhã. Apeamos,
aguardamos a carona enviada pelos donos do sitio que não
17
tardou a chegar. Eram amigos recentes do meu pai e o
convite fora feito para participarem dos festejos juninos. O
povo do interior nunca abandonava esses costumes.
Fomos levados até o sitio e fiquei encantada com o
lugar. Era muito bonito. A casa dos donos era feita com
madeiramento envernizado. Um gramado lindo se espalhava
em volta da residência e algumas frondosas árvores faziam
parte do quadro, postadas como guardas de segurança.
Dois cães se aproximaram com seus latidos, mas logo
se aquietaram e imediatamente troquei afagos com eles. O
proprietário, sua esposa e seus três filhos vieram nos
receber. Aparentavam quarenta e cinco anos e os filhos
aparentavam minha faixa de idade, a exceção de Flor que
era menor. (soube seu nome depois).
Sucederam-se os cumprimentos e fomos convidados a
entrar. Nos acomodamos numa espaçosa cozinha típica do
interior. Uma mesa enorme com dois bancos de madeira,
disposta no centro servia para todos. É bom lembrar que no
interior é comum ser recebido na cozinha. Tudo se processa
ali. Tanto que a entrada mais usada é a da cozinha.
Eu, ainda preocupada com o que aconteceu na viagem,
e com muita vontade de fazer xixi, pedi para ir ao banheiro,
pois queria ver
a minha calcinha e, claro, a minha
intimidade. O filho deles mostrou-me o banheiro e entrei
quase correndo. Tirei a calcinha. Ela estava molhada e
exalava um odor diferente
. Não agüentei e cheirei. Era
18
um cheiro meio ácido e meio doce. Gostoso mesmo. Não
resisti e lambi para saber do