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Sou Bi...sensual E Você?
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Sou Bi...sensual E Você?
E-book427 páginas3 horas

Sou Bi...sensual E Você?

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Sobre este e-book

Os acontecimentos narrados neste livro são frutos da criatividade do Autor que, ao observar os acontecimentos que são apresentados diariamente pelos jornais televisivos, num momento quase psicográfico, decidiu registrar o que possivelmente ocorre nos mais diversos ambientes da nossa tão conturbada sociedade. Além do mais, o Autor submeteu o rascunho para a apreciação dos vários amigos portadores de diversas formações intelectuais para, antes de tomar a iniciativa de publicá-lo, levar em consideração as críticas advindas da leitura do futuro livro. Pois,tomado de surpresa, o seu conteúdo foi reconhecido e considerado passível de realidade. Assim, depois de consultar legalmente e juridicamente os efeitos que poderiam advir da sua publicação, e não tendo nada que pudesse obstar o ato, decidiu publicá-lo. Na esperança das críticas do leitor(a) Att. O Autor Agradeço ao meu grande amigo que muito admiro e estimo, RAFAEL TADEO CAMARA, que muito me incentivou e me apoiou.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de jan. de 2016
Sou Bi...sensual E Você?

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    Pré-visualização do livro

    Sou Bi...sensual E Você? - Romeu R. De Lima

    O Julgamento precoce pode

    alterar o sentido da razão. (O Autor)

    1

    SOU BI...SENSUAL E VOCÊ?

    Caros leitores, como vocês poderão

    observar o relacionamento sexual dos seres

    humanos é extravagante, atrevido e

    desconcertante.

    (págs. 205 a 211).

    2

    Esse livro não tem a intenção de ferir, ofender ou

    denegrir a religiosidade de quem quer que seja. Provocar

    qualquer tipo de debate ou discussão ou, ainda, ofender a

    moral e os costumes da sociedade como um todo.

    Vale dizer que a livre expressão do pensamento é

    um direito garantido pela nossa Carta Magna em seu artigo

    5º que consolida o pensamento liberal. E mais, o artigo 13

    item I do Pacto de São José de 1969 advindo da Convenção

    Americana dos Direitos Humanos a qual o Brasil

    recepcionou em 1992 afirma: "Toda pessoa tem o direito à

    liberdade de pensamento e expressão". Esse direito inclui a

    liberdade de procurar, receber e difundir informações e

    idéias de qualquer natureza, sem considerações de

    fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma

    impressa ou artística ou por qualquer outro meio de sua

    escolha.

    Romeu R. de Lima – O Autor

    3

    Dados Internacionais de Catalogação na

    Fonte.

    R103 R. de Lima, Romeu.

    Sou Bi...Sensual e Você? / Romeu R. de Lima. – 2013

    301 p.; 21cm.

    ISBN 978-14-9973-387-7

    1. usp, sonhos, sexo. I. Título

    CDD: B869.3

    CDU: 82.7

    4

    REGISTRADO NA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA

    NACIONAL DE DIREITOS AUTORAIS SOB N° 450.615

    - LIVRO 846 – FOLHA 275 DE 27/JANEIRO/2009

    SOU BI...SENSUAL E VOCÊ?

    1 ª EDIÇÃO

    2013

    São Paulo

    Romeu R. de Lima

    5

    6

    Sou Bi... Sensual e Você?

    Portanto, sou completa.

    Segundo alguns estudiosos:

    A bissexualidade consiste na atração física,

    emocional e espiritual por pessoas tanto do mesmo sexo

    quanto do oposto e à identidade correspondente de cada

    um.

    Bissexual é, portanto, o termo aplicado às pessoas

    que se sentem atraídas por ambos os sexos, servindo de um

    quase meio-termo entre o hetero e o homossexual. O

    número de indivíduos que apresentam comportamentos e

    interesses de teor bissexual é maior do que se suporia à

    primeira impressão, devendo-se a pouca discussão desta

    situação essencialmente a uma tendência geral para a

    polarização da análise da sexualidade, tanto no meio

    acadêmico como, muito mais marcadamente, no seio

    popular entre a heterossexualidade e a homossexualidade.

    7

    ''Biológica e culturalmente, nascemos homens e

    mulheres, seres fisicamente diferentes e definidos aos olhos

    da sociedade. Feitos um para o outro, homem e mulher

    seriam as metades da mesma laranja. A sociedade ensina

    que homem tem que se relacionar com mulher e vice-versa.

    Entretanto, o comportamento de cada um vai se moldando

    ao longo do tempo e sofre influências psicossociais.

    Resultado: nem oito nem oitenta.

    A explanação acima se faz necessária na medida em

    que diversas são as correntes de entendimento a esse

    respeito.

    Muito bem. Mas vamos aos fatos.

    Com 36 anos, independente, situação financeira bem

    definida, psicanalista e psicoterapeuta voltada para o

    atendimento a pré-adolescentes, adolescentes e jovens,

    atendo esporadicamente casais e adultos quando indicados

    por colegas Sou casada com um arquiteto inteligente e

    compreensivo. Temos dois filhos, a filhota com 12 anos e

    um rapagão com 14 anos.

    Nascida em São Paulo, mais propriamente na região do

    bairro do Bexiga, meus pais decidiram ir para a fazenda

    Nova Itália, no interior do estado.

    Apenas como registro, muitas foram as famílias

    italianas convidadas pelo governo brasileiro para ocupar

    terras para o desenvolvimento da lavoura no Brasil

    8

    mediante pagamento de bônus do tesouro nacional. Pelo que

    eu saiba poucas foram as que trocaram as tais cédulas

    representativas do tesouro por dinheiro. Por outro lado,

    imagina-se que os brasileiros não tinham aptidões

    suficientes para serem reconhecidos pelo seu próprio

    governo. Senão, por que convidar estrangeiros para cultivar

    a terra? Quem sabe os porquês serão respondidos dias

    desses!

    Perceba como acabamos nos enveredando pelos

    caminhos cavernosos da administração pública e da política

    quase que automaticamente.

    E antes que isso aconteça e esse livro acabe se tornando

    um péssimo informante sobre tais questões, voltemos ao seu

    propósito, isto é, contar como me tornei bissexual,

    agradando as gregas e aos troianos.

    A família de italianos, proprietários da fazenda,

    desenvolveu uma grande lavoura de café. O café era

    rentável e muitos fazendeiros se dedicavam nessa lavoura.

    Paralelamente eles, os italianos, cultivavam diversas

    hortaliças para seu sustento bem como se dedicavam à

    avicultura, apicultura, as suas vinhas e, especialmente,

    trouxeram seus costumes culturais como a alegria de viver e

    cantar. É necessário ressaltar que eles produziam excelente

    vinho caseiro.

    Ao mudarmos para a fazenda com seu ar caipira e de

    sossegadas pessoas, fomos instalados numa casa de madeira

    9

    sem muros, envolvida por uma cerca de bambu ornada por

    chuchuzeiros e buchas. Sim, buchas daquelas de tomar

    banho. Muitos de vocês não sabem que aquelas buchas

    compridas e cheias de vazios são trepadeiras.

    Meu pai, Paolo, filho de pais italianos, homem de

    poucas falas, mas muito legal, conseguiu empreita num

    pequeno pedaço de terra dos italianos de a meia como se

    dizia por lá. Isto é, os proprietários da fazenda forneciam as

    mudas ou sementes e o meu pai cuidava do cultivo e da

    colheita ficando com cinqüenta por cento salvo das

    despesas.

    A casa não era pequena. De forma retangular com uma

    área livre no centro servindo de jardim, toda feita em

    madeira envernizada, possuía três quartos de bom tamanho,

    com duas janelas cada, dando uma para o lado externo e

    outra para o jardim interno. Uma sala de jantar espaçosa e

    cozinha com fogão a lenha bem compostos servia de

    preferencia à família. Um forno de barro do lado de fora

    próximo à janela era utilizado para os assados e o

    cozimento do pão. Se você visualizou então percebeu que o

    meu quarto ficava ao lado do quarto para visitas. O quarto

    dos meus pais e a sala ficavam do outro lado do pátio

    interno, isto é, o meu quarto e o quarto de visitas ficavam de

    frente para a sala e para o quarto dos meus pais. A cozinha

    ficava num dos lados de frente para a despensa que, por

    óbvio, ficava do outro lado do retângulo. O banheiro ficava

    do lado de fora, pois não era costume ter banheiro dentro

    10

    das casas. Lembro a todos que naquela época usávamos

    penico com tampa. O que tínhamos era uma banheira de

    cimento dentro do quarto dos meus pais. Um poço coberto e

    movido por sarilho servia para o serviço da casa. Ao lado

    um tanque duplo para lavar roupas, sendo que um servia

    para a esfrega e lavagem propriamente dita e o outro para

    enxague. Todavia a casa possuía água encanada e luz

    elétrica, pois a fazenda possuía um gerador de energia que

    era ligado às 18h e desligado às 22h somente.

    Minha mãe, Cristina, filha de pai italiano e mãe gaúcha,

    voltava-se aos cuidados com a casa. Costurava e cuidava de

    alguma criação que começava a vingar e uma pequena

    horta. Coisa pouca. Mas que daria para o sustento diário.

    Era uma mulher de pequena estatura, bem torneada e

    viçosa.

    Eu já iniciara os estudos na escola da própria fazenda e

    era considerada uma bola aluna.

    A fazenda, além da cultura do café, assunto

    preponderante da sua subsistência, mantinha diversos

    animais como, gado bovino, gado porcino, eqüinos, muares

    e gado caprino. A galinhada corria solta pelos campos e

    terreiros. Patos, gansos e marrecos era visão comum. Do

    gado bovino a fazenda tinha a produção de queijo, leite e

    doces, e parte para produção de carne e para

    comercialização.

    11

    Gostava de dar meus passeios pelos mangueirões e pelo

    pasto. Acontece que eu tinha preferencial interesse pela

    atividade sexual dos animais. Adorava ver os cães e outros

    animais fazendo sexo. Nada demais nesse meu interesse.

    Apenas curiosidade.

    Todavia, não posso deixar de contar que algumas vezes

    vi um ou outro rapazote filho de colono pegar uma cabrita

    ou uma bezerra. Uma vez, sem querer, vi o tratador da seva

    de engorda fazer coisas que eu não entendia muito bem

    com as mãos. Havia uma égua que, depois fiquei sabendo,

    era barranqueira. Isto é, ela se deixava para ser acariciada na

    coisa dela e um ou outro moleque se debruçava por trás e

    ficava fazendo uns movimentos estranhos. Mas tudo aquilo

    só chamava a minha atenção, não mexia comigo. Nada a

    ver.

    Para mim a iniciação sexual aconteceu de forma

    espontânea e diferente da dos matutos. Aconteceu como

    acontece para a grande maioria das mocinhas.

    Foi assim:

    Certa vez, recebemos a visita da minha tia Neusa, irmã

    da minha mãe, recentemente casada com Zé Roberto. Soube

    depois que estavam em férias trabalhistas. Tinham pouca

    idade. Formavam um belo casal. Como iriam passar uns

    dias para aproveitar a lua-de-mel, ficaram instalados no

    quarto ao lado do meu.

    12

    Foi um momento importante para mim, pois, morando

    há alguns anos na fazenda, ainda não tivera a oportunidade

    de conhecer a cidade mais próxima e, principalmente,

    alguma cidade vizinha. Com eles a oportunidade surgiria,

    pensava eu.

    A fazenda era muito bonita. A maioria das casas de

    colonos era de tijolo a vista, piso com tacos e fôrro. Como

    já comentei a fazenda tinha água encanada e luz graças ao

    gerador que os italianos haviam importado da Inglaterra. Os

    colonos recém-chegados eram instalados em casas de

    madeira. Depois de algum tempo na fazenda e conforme a

    saída de algum colono das casas de alvenaria, os que

    estavam em casas de madeira eram transferidos para as de

    tijolo. Nessa época minha família já havia se instalado nas

    novas residências de alvenaria, porém as divisórias internas

    eram de boa madeira.

    Muito precoce para a minha idade, meus pequenos

    seios já despontavam delineados e durinhos. Era cheinha e

    com pernas roliças e bumbum saliente. Costumava me olhar

    no espelho e gostava do que via. Já tinha pêlos em volta da

    minha vagina que era cheinha e pequenina. Fiquei muito

    interessada na lua-de-mel do jovem casal. Lá sabia eu do

    que se tratava.

    E não demorou para que as coisas acontecessem.

    Uma noite ouvi barulhos estranhos no quarto dos meus tios

    que, como disse, ficava ao lado do meu. Curiosa, levantei-

    13

    me e aproximei meus ouvidos da madeira que separava

    nossos quartos. Entendi logo o que estavam fazendo.

    Estavam namorando. Sussurros, sons e movimentos

    chegavam aos meus ouvidos. Seria a lua-de-mel com

    certeza.

    Resolvi ficar de prontidão. Toda vez que percebesse

    algum movimento no quarto deles eu iria olhar. Queria

    observar bem e entender o que era, exatamente, a tal lua-de-

    mel.

    Durante o dia seguinte comecei a procurar um lugar

    para olhar. A divisória de madeira poderia proporcionar um

    meio de observação e, por conta disso, acabaria

    encontrando um vão maior ou um buraco, pensava. E foi o

    dito e foi o feito. Encontrei um cantinho entre o armário

    onde colocava minhas roupas e a parede que servia

    direitinho para os meus propósitos. Um buraquinho certinho

    que dava para ver a cama inteirinha e um pouco mais.

    Minha vida de voyeur começou ali. Toda vez que

    percebia uma buia no quarto deles, lá corria eu para o

    espiômetro. Eles ficavam sempre deitados, ora ele em

    cima dela e ora ela sentada nele. Ah mas um dia eu pude ver

    direitinho os dois. Quando meus tios foram para o quarto eu

    não esperei para ouvir os barulhos, fui antes e fiquei postada

    no meu canto espião. Então vi minha tia ficar em pé, tirar a

    roupa e ficar peladinha, peladinha. Puxa como minha tia era

    14

    bonita. Meu tio chegou e começou a abraçá-la e passar as

    mãos pelo seu corpo.

    Ela não demorou em começar a tirar a roupa dele.

    Começou pela camisa, depois a camiseta e logo depois tirou

    as calças e a cueca. Foi aí que eu vi, pela primeira vez, o

    pênis. Fiquei assustada. Tive vontade de sair correndo, mas

    a curiosidade foi maior e minha vontade maior ainda.

    Fiquei ali quietinha enquanto olhava minha tia afagar

    aquela coisa dele e a beijá-lo. Notei que aquilo tudo

    mexia com meu corpo. Eu, como disse anteriormente, era

    uma menina precoce e como diziam todos, muito sapeca.

    Continuei olhando e vi quando meu tio deitou minha tia na

    cama e começou a beijar o meio das pernas dela. Ela fazia

    movimentos com o corpo e gemia muito. Ele levantava os

    olhos de vez em quando parecendo me olhar, embora não o

    fizesse, mas na posição onde eu ficava dava de frente para

    ele. Nossa, senti meu corpo se aquecer e uma comichão

    corria pelas minhas entranhas.

    Se você pensar bem verá que até os acontecimentos

    mais banais podem se transformar numa grande história.

    Voltei para minha cama e meus pensamentos voaram.

    Passei a mão pelo meu corpo macio e tenro e acabei

    tocando nela. Sim, nela. A vagina. Coloquei minha mão no

    meio das pernas e comecei a mexer. Não sabia bem o que

    estava fazendo, mas continuei. Era muito gostoso. Senti que

    15

    ela estava molhadinha e aquela lubrificação deixava minha

    pequena coisinha muito macia.

    Claro que embora estivesse sentindo o que não sabia

    explicar, surgiu uma vontade muito grande de conhecer

    mais sobre aquelas coisas que meus tios estavam fazendo.

    Noite após noite continuei assistindo os dois fazerem

    aquilo. Muitas posições, muitas formas e muitas safadezas,

    digamos assim. Estava, sem saber, tendo lições do ato

    sexual.

    Meu tio costumava ajudar meu pai e minha tia

    ajudava minha mãe. Mas, sempre que podiam, já que

    estavam de férias, vagueavam pela fazenda ora sozinhos,

    ora comigo.

    A minha maneira de olhar para eles mudou.

    Observava os dois profundamente quando saíamos para

    passear pela fazenda. Olhava o corpo dela e o dele e

    lembrava aqueles momentos que passavam namorando no

    quarto.

    Um dia, fomos para um sítio de uns amigos dos meus

    familiares e meus tios foram também. Fomos de

    jardineira e fui sentada no colo do meu tio ao lado da

    janela e minha tia do lado do corredor. Não deu outra.

    Aproveitei a oportunidade e, sem que minha tia percebesse,

    comecei a esquecer minha mão esquerda no meio das

    pernas dele. Ele demorou um pouco a perceber, mas,

    quando percebeu, se ajeitou e com a mão esquerda

    16

    começou, levemente, a ajudar a mexer nele. Senti, por

    cima da calça, que o negócio dele cresceu. Tinha visto

    inúmeras vezes pelo meu espiômetro. Agora, sentir na

    minha mão, mesmo que por cima da calça, era uma loucura.

    Fiquei ali, morrendo de medo, mas com uma vontade

    danada de pegar nele de verdade. Minha intimidade ficou

    toda molhada. Como estava de costas para minha tia,

    sentada na perna direita dele, não dava para ela ver o que

    estava acontecendo. Foi daí que ele, bem devagarzinho,

    começou a enfiar a mão no meio das minhas pernas.

    Acontece que naquela época não se usava calça comprida e

    ficava muito fácil fazer as brincadeirinhas. Não agüentei e

    abri um pouco mais as pernas. Ele começou a tocar a minha

    intimidade bem devagarinho e, com muito jeito, afastou um

    pouco a minha calcinha e tocou nela. Que sensação gostosa.

    Fiquei tremendo no colo dele. Deixei-o tocar a vontade e,

    graças aos sacolejos do ônibus, a brincadeira passava

    despercebida. De repente, senti um calafrio pela minha

    espinha e meu corpo tremeu.

    Temi que minha tia percebesse alguma coisa. Ele sentiu

    minha sensação e parou.

    Estávamos chegando. Eu estava toda encabulada.

    Quando a jardineira parou, saí depressa do colo dele e corri

    para, digamos, tomar ar.

    Chegamos por volta das dez horas da manhã. Apeamos,

    aguardamos a carona enviada pelos donos do sitio que não

    17

    tardou a chegar. Eram amigos recentes do meu pai e o

    convite fora feito para participarem dos festejos juninos. O

    povo do interior nunca abandonava esses costumes.

    Fomos levados até o sitio e fiquei encantada com o

    lugar. Era muito bonito. A casa dos donos era feita com

    madeiramento envernizado. Um gramado lindo se espalhava

    em volta da residência e algumas frondosas árvores faziam

    parte do quadro, postadas como guardas de segurança.

    Dois cães se aproximaram com seus latidos, mas logo

    se aquietaram e imediatamente troquei afagos com eles. O

    proprietário, sua esposa e seus três filhos vieram nos

    receber. Aparentavam quarenta e cinco anos e os filhos

    aparentavam minha faixa de idade, a exceção de Flor que

    era menor. (soube seu nome depois).

    Sucederam-se os cumprimentos e fomos convidados a

    entrar. Nos acomodamos numa espaçosa cozinha típica do

    interior. Uma mesa enorme com dois bancos de madeira,

    disposta no centro servia para todos. É bom lembrar que no

    interior é comum ser recebido na cozinha. Tudo se processa

    ali. Tanto que a entrada mais usada é a da cozinha.

    Eu, ainda preocupada com o que aconteceu na viagem,

    e com muita vontade de fazer xixi, pedi para ir ao banheiro,

    pois queria ver a minha calcinha e, claro, a minha

    intimidade. O filho deles mostrou-me o banheiro e entrei

    quase correndo. Tirei a calcinha. Ela estava molhada e

    exalava um odor diferente. Não agüentei e cheirei. Era

    18

    um cheiro meio ácido e meio doce. Gostoso mesmo. Não

    resisti e lambi para saber do

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