O Pequeno Construtor
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Autoajuda para você
35 Técnicas e Curiosidades Mentais: Porque a mente também deve evoluir Nota: 5 de 5 estrelas5/5Massagem Erótica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Seja o amor da sua vida Nota: 4 de 5 estrelas4/5O que os olhos não veem, mas o coração sente: 21 dias para se conectar com você mesmo Nota: 5 de 5 estrelas5/515 Incríveis Truques Mentais: Facilite sua vida mudando sua mente Nota: 5 de 5 estrelas5/5A oração mais poderosa de todos os tempos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Especialista em pessoas: Soluções bíblicas e inteligentes para lidar com todo tipo de gente. Nota: 5 de 5 estrelas5/5A interpretação dos sonhos Nota: 4 de 5 estrelas4/521 dias para curar sua vida: Amando a si mesmo trabalhando com o espelho Nota: 4 de 5 estrelas4/5Ho'oponopono da Riqueza: 35 dias para abrir as portas da prosperidade em sua vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5A arte de ler mentes: Como interpretar gestos e influenciar pessoas sem que elas percebam Nota: 5 de 5 estrelas5/5Manual de Magia com as Ervas Nota: 4 de 5 estrelas4/5O milagre da manhã Nota: 5 de 5 estrelas5/5Diário de uma ansiosa ou como parei de me sabotar Nota: 5 de 5 estrelas5/5Um Poder Chamado Persuasão: Estratégias, dicas e explicações Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Mente Inabalável: Como Superar As Dificuldades da Vida Nota: 4 de 5 estrelas4/5Emoções inteligentes: governe sua vida emocional e assuma o controle da sua existência Nota: 5 de 5 estrelas5/5Minuto da gratidão: O desafio dos 90 dias que mudará a sua vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5A chave mestra das riquezas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Meu livro da consciência: 365 mensagens para nossas boas escolhas de cada dia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Foco: O poder da única coisa: Encontre o seu propósito e obtenha resultados extraordinários Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Manual do Bom Comunicador: Como obter excelência na arte de se comunicar Nota: 5 de 5 estrelas5/5Manhãs Poderosas: 25 minutos de hábitos matinais que vão transformar sua vida Nota: 4 de 5 estrelas4/510 Hábitos de uma pessoa de sucesso Nota: 5 de 5 estrelas5/5Minutos de Sabedoria Nota: 5 de 5 estrelas5/5Lidere como os Grandes Nota: 5 de 5 estrelas5/5
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O Pequeno Construtor - Daisy Silva De Senna
O Pequeno Construtor
Daisy Silva de Senna
INTRODUÇÃO
O Pequeno Construtor é a estória de um jovem, de
suas aspirações espirituais, seu desejo de ver um mundo
mais humano. Ele queria acabar com toda esta onda de
violência que domina o mundo, através da fé, do
reencontro com Deus. Ele sonha com uma roda gigante,
um símbolo de força espiritual que pode transformar o
mundo em que vivemos em algo melhor.
O Pequeno Construtor é o nome que o personagem
dá ao livro que escreve e deseja com isto mostrar que quer
CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR.
É assim que, após vencer o medo e conhecer a
felicidade que vem do encontro total com Cristo, que ele se
torna o Pequeno Construtor e cumpre sua missão com
muito amor.
A estória é uma mensagem sincera e simples para
as pessoas que, em sua trajetória, necessitam de um farol
para iluminar os pontos escuros da mente.
Ela é um apelo do Bem à não-violência, ao perdão,
à justiça, à renovação da fé.
Devemos crer no que nossos olhos não podem ver,
mas o coração pode alcançar... Somente assim estaremos
ajudando o Pequeno Construtor no seu compromisso
definitivo com Deus: CONSTRUIR A PAZ UNIVERSAL.
3
I
O dia amanhece, cobre-se de cinza a cidade do Rio
de Janeiro. Uma névoa fina veste um manto branco na
imagem do Cristo Redentor. A névoa afasta-se lentamente
e a figura majestosa abençoa a cidade que se estende a
seus pés, parecendo silenciosa, lá do alto.
Lá embaixo o burburinho começa a agitar a cidade,
os mendigos erguem-se do seu leito de trapos e asfalto, os
vendedores ambulantes começam a aparecer, carros e
ônibus correm para cima e para baixo, levando destinos
diferentes, esperanças e lamentações.
A cidade acorda para mais um dia de azáfama,
incertezas e opções. Os trens correm velozes, rasgando o
silêncio da manhã, abarrotados de gente que se acotovela,
querendo garantir o seu lugar.
Num modesto subúrbio do Rio de Janeiro começa,
também, o dia para a família Oliveira.
– Gabriela, vá levar esta trouxa na casa de Dona
Almerinda.
Dona Alice vai tirando as roupas sujas da outra
trouxa e separa as peças para começar a lavagem.
– Gabriela, não me ouviu, ou está se fazendo de
surda?
A menina gritou lá do quarto dos fundos:
– Puxa, mãe, logo agora que comecei a enrolar o
cabelo?!... Que droga!
Dona Alice já estava na porta do quarto com as
mãos pingando de água de sabão.
Colocou as mãos na cintura:
– Ora, esta é muito boa! Enquanto eu fico aqui me
matando de lavar roupa para fora, vocês só querem saber
de enrolar cabelo, ir para a casa das amiguinhas bater
papo. Ora bolas, eu já estou de saco cheio! Só eu que
trabalho nesta casa. Eu pra tudo! Como se já não bastasse
o bêbado do teu pai!... E o Bruno? Aquele só quer saber de
jogar bola. E Juliana. Onde está Juliana?...
Mundinho assistia a tudo, calado. Estava sentado na
sala, fazendo os deveres da escola. Ouviu a voz da mãe,
vinda do quarto.
– E o paspalhão do Mundinho, onde se escondeu?
– Estou aqui na sala, mamãe...
Ela chegou perto dele, lançou-lhe um olhar irônico:
5
– Ah, está aí? Pensei que estivesse no quintal,
conversando com as galinhas.
– Não, mãe, estou fazendo os deveres, mas se você
quiser, eu vou à casa da Dona Almerinda levar a trouxa.
– Está doido, menino? Desajeitado como é, faz
como no outro dia que deixou cair toda a roupa na rua e
me deu mais trabalho ainda...
– Gabriela, anda logo, menina!
– Já vou, mãe... Você me irrita!
– E cala a boca, senão te meto uma bordoada!...
Mundinho ergueu-se da cadeira, meio desanimado.
"Puxa vida, mal começa o dia já tem confusão aqui em
casa. E eu que quero sempre ajudar levo coice em cima de
coice. Se pelo menos eu pudesse mudar tudo, mas é tão
difícil..."
Foi até a cozinha, ficou longo tempo parado,
olhando para o teto. Ele estava todo enegrecido de
gordura, os azulejos, de branco, já estavam amarelos, a
toalha encardida e rasgada estava toda amarfanhada na
velha mesinha de madeira, sobre a qual havia uma fruteira
de louça toda lascada nas pontas... vazia...
Sua imaginação começou a trabalhar. Via um Sol
claro e forte entrar pela porta entreaberta, a velha fruteira
quebrada transformou-se ante seu olhar brilhante num
lindo cesto de frutas variadas: bananas, laranjas, caquis,
uvas verdinhas e a toalha que cobria a mesa era um lindo
pano de xadrez com quadradinhos vermelhos e brancos.
Teto azul como o céu e azulejos branquinhos faiscavam
ante seus olhos extasiados. De repente, o clarão do sol
apagou-se, ele voltou à realidade.
Passou as mãos pelo rosto. "Oh, meu Deus, o que
é isto? Às vezes, fujo, vejo tudo diferente. Será que não
estou bom da cabeça?"...
– Mundinho!...
– Sim, mamãe?
– Vá até a casa da vizinha chamar a Juliana para ela
vir me ajudar na cozinha.
– Já vou, mãe...
Enquanto caminhava pela rua, o Sol morno da
manhã de inverno batia em seu rosto, chamando-o
novamente ao seu mundo particular.
"Um dia minha roda-gigante vai ficar pronta! Quero
que ela seja a mais bela roda-gigante do mundo. Ela vai
ser pequena, mas quero colocar nela muitos sinos, luzes e
bonecos, imitando gente. Uma roda-gigante que vai fazer
o mundo ficar mais bonito... Como num conto de fadas...
Gostaria de prepará-la para um Natal. Natal é festa tão
7
bonita... Há muitos anos que minha casa não tem uma
daquelas árvores verdinhas, toda enfeitada com bolas, os
presentes espalhados no chão. E o presépio... que coisa
mais linda... Eu ainda era muito pequeno quando armaram
uma árvore de Natal na casa da vó Ana. Ela gostava muito
de Natal e não deixava de dar presentes a ninguém. Como
ela era boa! Tenho certeza que iria adorar a ideia da roda-
gigante se estivesse viva...
.
O garoto estava tão perdido em seus pensamentos
que passou quase um quarteirão da casa da vizinha. Teve
que retornar tudo. Corria pela calçada, enquanto pensava:
"Ah, meu Deus, minha mãe vai me xingar. Vai pensar que
fiquei sentado em alguma esquina, por aí. Como pude me
distrair tanto..."
– Juliana, Juliana!
A garota apareceu na janela da casa da vizinha.
– Oi mano, o que é?
– A mãe está te chamando para ajudá-la na cozinha.
– É? Que gracinha! E a Gabi? Não pode ajudar?
– Ela foi levar a trouxa de roupa na casa da Dona
Almerinda.
– Olha, diz pra ela que eu estou terminando de pintar
uma blusa pra Cristina e daqui a meia hora eu vou.
– Ela vai brigar comigo. Vai achar que não te
chamei.
– Ora, Mundinho, não amola! Diz isto pra ela e se
está com medo, vá para a cozinha você.
Mundinho entrou em casa aflito. A mãe andava de
um lado para ou outro, agitada.
– Mãe, a Juliana disse que não demora. Está
terminando de pintar uma blusa para a Cristina.
– Ah, é! E você não disse que eu precisava dela
aqui, agora?
– Falei, mas...
– Então, bota a chaleira no fogo e esquenta a água
para fazer o arroz.
Dizendo isso, saiu para o quintal.
Bruno foi entrando, saltitante. Deu um empurrão em
mundinho que foi ao chão. A chaleira rolou, esparramando-
se a água.
Dona Alice que vinha do quintal com uma pilha de
roupas dos braços, parou no meio da cozinha. Bruno
pegara água na geladeira e bebia pelo gargalo na maior
tranquilidade. A mãe deu-lhe um safanão, a garrafa caiu
exatamente em cima de Mundinho, que ficou molhado
9
como um pinto. O garoto estremeceu com o impacto da
água gelada a escorrer pelos cabelos, nos braços e nas
costas.
– Seu sem-vergonha, eu já não lhe ensinei centena
de vezes que não se bebe água na garrafa!
Bruno não se alterou:
– Ora bolas, os copos estão todos sujos dentro da
pia.
– E custava lavar um? Olha só o que você fez! Além
de tudo, é um desastrado. Amassou minha chaleira.
– Eu, por acaso, tenho culpa dele ser um palerma e
deixar a chaleira cair?
Mundinho continuou estendido no chão.
– Ei, seu idiota, levanta daí! Está vendo, toda vez
que peço para me ajudar só atrapalha.
Bruno saiu da cozinha, tranquilo como entrou.
Deixou a mãe descarregar a raiva em Mundinho.
– Anda, levanta logo daí e vai para o quintal. É
sempre assim. Seu eu não falo as coisas, esta casa
apodrece. Ah, que vida!
Mundinho levantou-se com dificuldade, passou a
mão pelos cabelos molhados e