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No País Do Futebol, Cidade Sem Memória.
No País Do Futebol, Cidade Sem Memória.
No País Do Futebol, Cidade Sem Memória.
E-book243 páginas2 horas

No País Do Futebol, Cidade Sem Memória.

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Sobre este e-book

A nesessidade de se resgatar uma bela história que se apagava com o passar dos anos fez com que esta obra fosse escrita para deixar como subsídio para as próximas gerações, um pouco do passado desta cidade que um dia foi chamada pelo então presidente Getúlio Vargas de Espelho do Brasil.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de abr. de 2010
No País Do Futebol, Cidade Sem Memória.

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    Pré-visualização do livro

    No País Do Futebol, Cidade Sem Memória. - Aristides Leo Pardo (tide)

    2

    ARISTIDES LEO PARDO (TIDE)

    NO PAÍS DO FUTEBOL, CIDADE SEM MEMÓRIA

    A HISTÓRIA FUTEBOLÍSTICA DE

    CAMPOS DOS GOYTACDAZES - RJ

    2010

    3

    PARDO, Aristides Leo

    No país do Futebol, Cidade sem Memória – A história Futebolística de Campos

    dos Goytacazes - RJaneiro / Aristides Leo Pardo – Campos dos Goytacazes :

    2007 137 p.

    1. Futebol. Campos dos Goytacazes 2. Imprensa Esportiva. 3.História

    Contatos com o Autor:

    Aristides Leo Pardo (TIDE)

    tidejor@gmail.com

    tide.76@hotmail.com (MSN)

    (42) 9135 – 0631 (Vivo)

    (42) 9951 – 1678 (Tim)

    (42) 8821 – 3731 (Claro)

    4

    PREFÁCIO

    FUTEBOL E PESQUISA CIENTÍFICA

    Orávio de Campos Soares*

    O advento dos projetos experimentais em jornalismo,

    assumidos, com mais rigor, a partir de 1998, quando a coordenação,

    com o apoio da diretora da FAFIC, professora Ms. Regina Coeli

    Sardinha Silva, supervalorizou o trabalho de conclusão do curso,

    oferecendo à juventude estudiosa, como conseqüência, um precioso

    acervo sobre o levantamento histórico dos meios midiáticos da

    planície goytacaz.

    O trabalho, ao se exigir do alunado, uma pesquisa empírica

    sobre os temas, ganhou impetuosidade com a criação, em 2001, do

    Núcleo de Iniciação à Pesquisa Científica em Comunicação –

    NIPEC -, por inspiração do Dr. José Marques de Melo, titular da

    cátedra da UNESCO, fato que evoluiu para a realização, em

    Campos, da 6ª Conferência Brasileira de Folkcomunicação, em abril

    de 2003, reunindo os mais importantes pesquisadores de cultura

    popular do país e de países de língua portuguesa.

    Pois bem. Muitos têm sido os trabalhos indicados pela banca

    examinadora, para publicação, por considerar que o objetivo dos

    estudos contribui de certa forma, para o enriquecimento da memória

    cultural da cidade ou da região norte fluminense. Com orgulho vêm-

    se recebendo elogios pelo nível das monografias, algumas chegando

    muito próximas das melhores e mais expressivas dissertações de

    mestrado.

    *Secretário de Cultura do Município de Campos dos Goytacazes, Coordenador

    do curso de comunicação Social UNIFLU/FAFIC e orientador da pesquisa

    científica que precedeu esta obra.

    5

    O trabalho "A Imprensa Esportiva de Campos: Glória e Crise

    do Futebol da Velha Província. Da Primeira Bola à Fusão do Futebol

    do Estado do Rio de Janeiro", do agora jornalista Aristides Leo

    Pardo e que originou este livro, tem uma dimensão bastante

    profunda em termos de pesquisa científica, pois o autor, no afã de

    levantar a história pebolística da cidade, acabou por entrar em

    instâncias importantes do esporte da região norte e de todo território

    fluminense, ao lembrar os campeonatos do antigo Estado do Rio e

    seus clubes mais importantes e vencedores.

    Tide percorreu as trilhas de outros historiadores apaixonados

    pelo futebol, como, entre outros, Nilo Terra Áreas, Hélvio Santafé e

    Paulo Ourives, abrindo outras perspectivas no imenso manancial de

    glórias e crises do denominado esporte bretão, tendo como base

    novos paradigmas apreendidos durante o curso de Comunicação

    Social, onde as pesquisas são consideradas, mesmo no nível de

    graduação, uma coisa séria decorrendo do seu novo projeto

    pedagógico.

    Ao mergulhar na dimensão do novo, o pesquisador revive a

    terna polêmica da primeira bola, entre os nossos esportistas. Sem

    criar juízo de valores, obedecendo fielmente à reconstrução da

    história, como preconiza o pensador francês Paul Veyne (Como se

    escreve a História, UnB, Brasília, 1998), oferecendo aos leitores as

    diferentes correntes de pensamento sobre o palpitante assunto. Isso é

    claro, valoriza, o trabalho como verdadeira pesquisa pelo ponto de

    vista epistemológico.

    Orientar a monografia acabou se constituindo em movimentos

    de aprendizado, como se acontecer com a educação, que deve ser

    sempre, uma via de mão dupla, pela qual professor e alunos trocam

    experiências e aprendem juntos, numa perfeita consonância de

    interesses na construção do conhecimento pós-moderno. Hoje,

    podemos considerar que a relação se deu de forma altamente

    produtiva. Acreditamos ter aprendido mais com o aluno pesquisador

    do que ele na relação com o seu orientador.

    Cumpre-nos, ao indicar o livro como leitura obrigatória para os

    que querem estar antenados com a visão atualizada sobre a história

    do futebol campista, de Americano, Goytacaz, Rio Branco, Campos

    6

    AA, Sapucaia, Cambaíba, Municipal, São João, São José, Paraíso

    de Tocos...

    Um agradecimento especial aos integrantes da banca

    examinadora, os Ilmos: Drs. Joel Ferreira Melo, José Wagner

    Ribeiro e a Mestra Adriana Gebara -, por ter dado a devida

    importância à pesquisa e a haver premiado com a nota máxima, certa

    de que o trabalho contribui, de forma determinante, para o

    enriquecimento da história social do município de Campos dos

    Goytacazes.

    7

    DEDICATÓRIA

    Este trabalho é dedicado à Rosa Lopes Leo

    Pardo, minha mãe, que me apoiou em todos os

    momentos de minha vida, inclusive neste, mas que

    não esperou para ver o resultado. Mas tenho certeza

    de que onde ela estiver está olhando por mim e

    satisfeita com o empenho para realização do

    mesmo.

    8

    EPÍGRAFE

    Fazer um gol é um espetáculo no qual o protagonista pode

    escolher qual dos heróis ou mitos da antiguidade quer

    representar.

    Eu já fiz um gol, ainda bem, pois deve ser horrível passar

    toda uma vida sem ter marcado ao menos um.

    Ter dirigido uma Ferrari em Maranello, ter se hospedado

    na suíte presidencial do Copacabana Palace ou ter comido a

    Vera Fischer, isso tudo não é nada, se já tiver feito um gol.

    Um gol é mais que um gol, é uma vitória, um orgulho, que

    nos eleva ao mais alto patamar de nossas vidas, não importando

    se foi na sagrada rede do maior templo do futebol mundial, o

    Maracanã, ou se foi em um campinho de terra batida, com um

    par de chinelos velhos, ou pedras demarcando, de improviso, os

    limites imaginários da baliza.

    Bom, o que realmente importa é que eu fiz um gol, pois

    aquele momento será eterno, pois batemos o inimigo,

    representado pelo time adversário em cumprimento de um antigo

    ritual humano: o de batalhas.

    O Tempo passou e o menino cresceu, mas a paixão pelo

    futebol (Ah!) essa só fez aumentar cada vez mais e mais, apesar

    de distante das quatro linhas, mas nunca afastado do futebol, seja

    uma final de Copa do Mundo ou a última rodada entre dois times

    já eliminados de um campeonato de várzea.

    Mesmo assim aquele menino para sempre pode dizer com

    a alma lavada e o peito cheio de orgulho:

    !Eu Fiz Um Gol.

    Aristides Leo Pardo

    9

    APRESENTAÇÃO

    O presente trabalho se propõe a inventariar e preservar a

    memória futebolística de Campos dos Goytacazes, no norte do

    Estado do Rio de Janeiro, utilizando os métodos do jornalismo

    investigativo, para mostrar uma história que é pouco conhecida até

    mesmo pela maioria da população campista e vai até a longínqua

    década de 10, quando a primeira bola aportou em nossa planície e

    foram fundados os primeiros times, dentre os quais, Americano,

    Goytacaz e o Rio Branco, os três clubes, quase centenários, que

    ainda mantém suas atividades esportivas e são remanescentes de

    uma época de ouro, não só do futebol, mas de toda a cidade, que um

    dia foi chamada de Espelho do Brasil, pelo então presidente

    Getúlio Vargas.

    Nesta obra será apresentada a história do futebol campista

    desde a sua fundação e a vida dos principais clubes, assim como a

    atuação da imprensa esportiva local, citandos os fatos históricos e

    pitorescos, além de reviver a Liga, os grandes campeões e os

    inúmeros craques campistas que fizeram fama na cidade, no estado e

    no mundo.

    O presente estudo irá também analisar o porquê da grave crise

    que assola o futebol de Campos e do antigo Estado do Rio, já que

    havia por aqui grandes clubes, torcedores fiéis, que lotavam os

    estádios, muitos craques, enfim, todos os fatores positivos para que

    nosso futebol continuasse por muitos anos com sua força. Mas quis

    o destino que o mesmo não caminhasse somente com os louros da

    vitória, veremos os fatores que influenciaram diretamente no fim de

    um tempo glorioso, que nosso futebol era um dos mais belos e

    disputados do país.

    Os problemas praticamente tiveram início com a desastrosa

    fusão do futebol do antigo Estado do Rio de Janeiro e do Estado da

    Guanabara.

    10

    SUMÁRIO

    Introdução.....................................................................................11

    1 - Breve história do futebol......................................................... 14

    2 - O futebol como espetáculo...................................................... 18

    3 - Como tudo começou............................................................... 21

    4 - Clubes do futebol campista..................................................... 27

    4.1 – S.C. Aliança – O Show do Grande Tri-Campeão............... 30

    4.2 - Americano F.C. – O Glorioso do Parque Tamandaré.......... 32

    4.3 – E.C. Cambaíba – O forte e valente Cambaíba ................... 38

    4.4 - Campos A.A. – O Roxinho da Coroa ..................................40

    4.5 - Indústrial F.C. – O Gênio Começou na Lapa....................... 43

    4.6 - Itatiaia A.C.. – O Clube da Serra..........................................44

    4.7 - Ggoytacaz F.C. – O Mais Querido da Cidade......................45

    4.8 – E.C. Municipal – O Mercadense foi bom de bola...............51

    4.9 – C.E. Rio Branco – O Rosão da Rua 7, agora em Guarus....53

    4.10 – E.C. São João – O Vovô deixou saudades........................58

    4.11 – E.C. São José – O primeiro campeão profissional............59

    4.12 – E.C. Sapucaia – Taí o grande campeão.............................62

    4.13 - Paraíso F.C. - Tocos também tem história.........................64

    4.14 – G.R.S.E. Vesúvio - O quartel vai a ampo..........................66

    5 – A rivalidade ...........................................................................67

    6 – A Liga Campista e sua história ..............................................69

    7 – O Estado Esquecido................................................................94

    7.1 – Os Fluminenses na Taça Brasil ..........................................97

    8 - A fusão no futebol – a (com) fusão está formada ..................99

    9 – Samba e futebol.....................................................................101

    10 – Nossas meninas deram show...............................................106

    11 – Caixa D’Água – Anjo ou Demônio? ..................................109

    12 - A Imprensa Esportiva Campista .........................................111

    13 - Constelação de craques .......................................................117

    13.1 – A Estrela Maior................................................................122

    14 – Situação Atual ....................................................................126

    Conclusão....................................................................................128

    Referências..................................................................................130

    Webgrafia e Hemerografia..........................................................134

    11

    INTRODUÇÃO

    "A

    História

    registra

    a

    evolução

    da

    humanidade,

    seus

    progressos

    e

    suas

    conquistas técnicas e sociais".

    Waldir Carvalho (2000, p. 09)

    Duas das principais razões para a realização deste trabalho são:

    em primeiro lugar, o fascínio que o futebol exerce em nossas vidas,

    em qualquer lugar do Brasil, até nos mais distantes rincões,

    envolvendo mesmo aqueles que não se interessam pelo esporte que,

    de certa forma, não estão imunes à sua magia e a surpreendente

    possibilidade com relação aos resultados de cada partida. O assunto

    futebol

    não

    fica

    somente

    restrito

    aos

    estádios.

    Está,

    permanentemente, em nossas vidas: na escola, no clube, nos bares,

    em nossa família, nas esquinas, nos meios de comunicação e em

    todos os cantos, nós podemos ver, ouvir e sentir a sua presença.

    E mesmo as pessoas que não têm interesse pelo assunto,

    sempre dizem para qual time torcem, quando indagadas, sem contar

    em épocas de Copa do Mundo, que em dias de jogos da seleção

    brasileira tudo pára, decretando-se feriado nacional.

    Outro motivo e, sem dúvida, tão importante quanto o primeiro

    é a necessidade de se resgatar a riquíssima história do esporte bretão

    na cidade de Campos dos Goytacazes, onde

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