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Olhos De Menta
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E-book268 páginas1 hora

Olhos De Menta

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Sobre este e-book

Neste livro você vai encontrar um verdadeiro desfile de textos em poesia e prosa com variedades temáticas em cuja maioria se evidencia o humor e a ironia fartamente encontrados em sua trajetória de escrita, sem esquecer o romantismo a realidade apresentada sem bula e sem capa de proteção. é um livro que faz rir, entristece, faz pensar, e por vezes quase faz chorar. O autor se expõe na obra, se procura, se completa, se flagela de uma forma natural e por vezes emocionante. São momentos mágicos, poéticos, intrigantes, todo a postos para acertar o alvo, é um verdadeiro campo minado: por mais cuidado e cautela que se possa ter, ninguém ficará impune a essa verdadeira explosão de sentimentos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de abr. de 2020
Olhos De Menta

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    Olhos De Menta - Ac De Paula

    1

    OLHOS DE MENTA

    AC DE PAULA

    verso – reverso - prosa - poesia

    2

    A saudade e o absurdo

    Quando choveu nos meus olhos

    Alinhamento

    Pássaros

    Phatos e Phadas

    Disparate

    Fala serio

    A pedra branca de Marte

    Atitude

    Olhos de menta

    Sonhar, sonhar e sonhar

    Marcas

    Eu, ilha

    Foco

    O sol daquela noite

    Tábua das marés

    Retalhos

    Para derreter corações

    Anjos etílicos

    Amanhã talvez

    Veleiro coração

    Você é o alvo

    O jogo continua

    Entulhos mentais

    Onde há paixão

    Eu e você

    3

    Anúncio classificado

    Triste tristeza

    Pra dizer coisas de amor

    Promessa é dívida

    Sorriso aberto

    Entremeio

    A brisa e o vento

    Limiar

    Lá vem o trem

    A pantera de olhos de estrelas

    Relógio de sol

    Entendeu?

    Durma bem

    Nem Neruda nem Drummond

    Alfazema

    Rosa dos Tempos

    Sorriso aberto

    Eu também quero

    Aquele que ainda sonha

    Polêmica

    Eu gosto

    Quem acordou o gigante

    Éramos todos jovens

    Carnavalia do lirismo comum

    Vilarejo estranho

    Flor da paisagem

    Apelação II

    4

    Quando eu enxugava gelo

    ISBN 9 788581 971674

    CONTATOS AUTOR

    acdepaula09@gmail.com

    antonio.carlosdepaula@bol.com.br

    www.baudopoeta.lojavirutalnuvem.com.br facebook :

    bau do poeta/antonio carlos de paula

    5

    A SAUDADE E O ABSURDO

    quando a poeira baixar

    e a saudade passar!

    nada será como antes,

    ninguém vai se admirar

    se a noite o sol brilhar,

    e sem pudor bronzear

    o marfim dos elefantes!

    ser diferente ou igual

    não vai fazer nenhum mal

    não vai fazer diferença,

    já quebrei a minha lança

    Don Quixote ou Sancho Pança

    sem vitória ou recompensa !

    se da canção, o acorde,

    meio sem querer, acorde

    o dormente sentimento,

    eu nem sequer me iludo,

    e de poeta do absurdo

    podem até me chamar

    sem nenhum constrangimento!

    6

    e muito além de bereberê, pra lá de láialáia,

    lua e estrela marinha

    por certo vão se encontrar

    num lugar que talvez fique

    junto ao Cruzeiro do Sul!

    avisem lá pro astronauta

    que nem só a Terra é azul!

    7

    QUANDO CHOVEU NOS MEUS OLHOS!

    quando choveu nos meus olhos,

    não me questione as razões,

    surgiu no meu horizonte

    um arco-íris de ilusões,

    a roupa pulou do aquário,

    o peixe saiu do armário,

    quem ao pote vai com sede

    e põe as mãos pelos pés,

    não compra lebre por gato,

    o bom senso é um desacato

    e enfrenta qualquer revés!

    quando choveu nos meus olhos,

    de noite não teve lua,

    e até o olho da rua

    surpreso se arregalou,

    e aquele poste da esquina

    lamentou a sua sina,

    de viver ali inerte

    sem nada que lhe desperte

    da eterna concretude!

    quando choveu nos meus olhos,

    me lembrei de tanta coisa,

    que nem sei como é que pude!

    8

    ALINHAMENTO

    tudo na vida acontece

    e se o imprevisto aparece

    sempre existe solução,

    se o instinto prevalece

    além do além da razão,

    é no porão da memória

    que se esconde a história

    na gaveta da ilusão!

    e quando a alma flutua

    na rima pobre de um verso,

    feito uma réstia de lua

    perdida no universo,

    as ideias se alinham,

    planetas em desalinho

    ensaiam a revolução!

    e no círculo de dois lados,

    no espanto do momento,

    de repente e sem demora,

    a dupla emoção aflora,

    uma do lado de dentro,

    outra do lado de fora!

    9

    PÁSSAROS

    são criaturas aladas

    que enfeitam a natureza

    canto e cores encantadas

    deslumbrantes de beleza!

    seres mágicos e sedutores

    puro encanto e magia

    inspiram compositores

    e os amantes da poesia!

    símbolos de liberdade

    cantados em prosa e versos

    alegres e multicores!

    fazem alarido, alarde,

    leves, soltos e dispersos,

    e seguem beijando flores!

    10

    PHATOS E PHADAS !

    Era uma vez um país em algum

    lugar do passado, do presente ou do phuturo, onde ninguém sabia ao certo o motivo, mas o povo vivia sorrindo.

    Várias pesquisas haviam sido pheitas

    no intuito de desvendar o mistério da origem de tal phato, no entanto, as respostas a pergunta que não queria calar , eram as mais diversas, variadas e inimagináveis possíveis.

    Uns

    achavam

    que

    o

    povo

    pendurava um sorriso no rosto pheito aquelas máscaras de carnaval, pra dispharçar a realidade de tanta tristeza, ou seja, tapar o sol de uma angústia com a peneira de uma ilusão, ou simplesmente pra esquecer o ônibus lotado, o título no cartório, o nome no SPC, a phila da previdência, o imposto compulsório, ou o valor de um tal salário mínimo, que na realidade era o máximo de desrespeito.

    Outros ainda achavam que o povo

    sorria devido a uma cãimbra causada por ocasião em que o bobo da corte contara uma piada muito sem graça, e para que o maioral não lhe cortasse a cabeça, as pessoas deram aquela risadinha amarela e phorçada, que acabara se perpetuando.

    11

    Alguns aphirmavam, e eram capazes de assinar embaixo, que o motivo do riso permanente era pura e tão somente as mirabolantes e phantasiosas promessas dos políticos em véspera de eleição.

    Com toda a certeza, dephendiam

    veementemente aqueles da ala religiosa, era porque Deus era oriundo daquela santa terrinha, com cédula de identidade, cadastro de contribuinte, conta no banco do povo, e tudo mais, e sentiam-se phelizes pelo phato de terem um compatriota globalizado e mundialmente conhecido, muito embora por muitas e muitas vezes completamente ignorado.

    Juravam

    alguns,

    em

    nome

    do

    compatriota phamoso, que o riso era resultado do epheito de phrases de epheito, soltas e esparsas ouvidas no dia a dia tais como:

    "A justiça é cega!; Quem ri por último ri-tardado!; Mais vale um pássaro na mão do que uma jararáca no meio das pernas! ; Eu prometo...! Vamos apurar as responsabilidades! O nosso compromisso é com o povo!; Não me deixem só! ; Vamos coibir as impunidades! Este assunto é prioritário!; A melhor dephesa é o ataque! Tem dia que de noite é assim mesmo!; Quem espera sempre alcança!; Eu disse que não ia dar certo!; Ah! Se eu phosse mais novo!; No meu 12

    tempo era dipherente!; Vamos zerar a inphlação!; Ante o orgasmo esporádico da atual conjuntura!; Avisem os desavisados que hoje não tem aviso!; Se correr o bicho pega , se phicar...!

    E

    outras

    tantas

    pérolas

    semipreciosas

    do

    linguajar

    popularesco.

    Por ser maravilhoso o tal país era pródigo em conversa phiada , boatos, patuás e talismãs, (tinha um que phora ídolo da Gaviões!) , duendes, desempregado padrão, orixás, torcidas uniphormizadas, CPIs, maracutáias, vigaristas de carreira, inimigos número um, monopólio estatal, conexões de trambiques, greves, gnomos, gigantes e anões como o João Phelizardo, phigura do alto escalão, um cara de pau consumado que alardeava ser detentor de uma sorte tamanha, mas inegavelmente suspeita, ou o Anão Tagarela, petulante e convencido atleta da seleção de phrescobol, que queria porque queria jogar, e apesar de pegar o avião andando, chorava pois queria ir sentando na janelinha!

    Tantos phatos, poucas phadas e

    muito pano pra manga! Phantasioso país de sorridentes phiguras- talvez dissesse Cervantes!! E

    enganando os desenganos no desphile principal, pelas 13

    esquinas da vida, nos becos do desespero, nos mares da hipocrisia do social abandono, vagando nas ondas do rádio esparsas pelo espaço, sem direção nem compasso, prisioneiros sob os grilhões de modernos bucaneiros, Peter Pans e Sininhos morriam de overdose, de pico, pedra de crack, ou de pó de pirimplimplim, pois para eles a esperança era uma phaca de dois gumes, sonho no phio da navalha, e se vivia ou se morria sorrindo!

    Havia uma porrada de dragões,

    muito cacique pra pouco índio, nenhuma princesa encantada ou cavalo de qualquer cor! Naquele

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