Olhos De Menta
De Ac De Paula
()
Sobre este e-book
Leia mais títulos de Ac De Paula
A Dama De Azul Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlfredo Gomes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstradas & Canções Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Olhos De Menta
Ebooks relacionados
Anatomia Do Abismo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Desafortunados Animais De Circe Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Livro Dos Delírios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGabinete de Curiosidades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVersos, Poemas, Pensamentos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemitos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre O Lixo E O Paraíso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHomeomerias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDa Arte Da Sobrevivência No Sertão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre Os Vivos E Os Mortos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuero Que Você Me Veja Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntologia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQualquer outro lugar Nota: 5 de 5 estrelas5/5Meninos Das Quebradas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÀ revelia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCerração Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAdversos E Outros Momentos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPó Ético Nota: 0 de 5 estrelas0 notas62 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVoo solidário e solitário Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFotesias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFausto Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para Uns, Cannabis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNo Farol de meus Dias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesignificados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAqueles Que Vieram Com As Névoas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFeixes De Luz Em Fatias Finas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVampiras De Amores! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma Oração Da Fronteira Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ficção Geral para você
A Arte da Guerra Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para todas as pessoas intensas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poesias Nota: 4 de 5 estrelas4/5MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5Palavras para desatar nós Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Sabedoria dos Estoicos: Escritos Selecionados de Sêneca Epiteto e Marco Aurélio Nota: 3 de 5 estrelas3/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Onde não existir reciprocidade, não se demore Nota: 4 de 5 estrelas4/5O corpo desvelado: contos eróticos brasileiros (1922-2022) Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Morte de Ivan Ilitch Nota: 4 de 5 estrelas4/5Invista como Warren Buffett: Regras de ouro para atingir suas metas financeiras Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para todas as pessoas apaixonantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Gramática Escolar Da Língua Portuguesa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Prazeres Insanos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Melhores crônicas de Rubem Alves Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mata-me De Prazer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra você que ainda é romântico Nota: 4 de 5 estrelas4/5Noites Brancas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Novos contos eróticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSOMBRA E OSSOS: VOLUME 1 DA TRILOGIA SOMBRA E OSSOS Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Casamento do Céu e do Inferno Nota: 4 de 5 estrelas4/5100 dias depois do fim: A história de um recomeço Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dom Quixote Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Categorias relacionadas
Avaliações de Olhos De Menta
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Olhos De Menta - Ac De Paula
1
OLHOS DE MENTA
AC DE PAULA
verso – reverso - prosa - poesia
2
A saudade e o absurdo
Quando choveu nos meus olhos
Alinhamento
Pássaros
Phatos e Phadas
Disparate
Fala serio
A pedra branca de Marte
Atitude
Olhos de menta
Sonhar, sonhar e sonhar
Marcas
Eu, ilha
Foco
O sol daquela noite
Tábua das marés
Retalhos
Para derreter corações
Anjos etílicos
Amanhã talvez
Veleiro coração
Você é o alvo
O jogo continua
Entulhos mentais
Onde há paixão
Eu e você
3
Anúncio classificado
Triste tristeza
Pra dizer coisas de amor
Promessa é dívida
Sorriso aberto
Entremeio
A brisa e o vento
Limiar
Lá vem o trem
A pantera de olhos de estrelas
Relógio de sol
Entendeu?
Durma bem
Nem Neruda nem Drummond
Alfazema
Rosa dos Tempos
Sorriso aberto
Eu também quero
Aquele que ainda sonha
Polêmica
Eu gosto
Quem acordou o gigante
Éramos todos jovens
Carnavalia do lirismo comum
Vilarejo estranho
Flor da paisagem
Apelação II
4
Quando eu enxugava gelo
ISBN 9 788581 971674
CONTATOS AUTOR
acdepaula09@gmail.com
antonio.carlosdepaula@bol.com.br
www.baudopoeta.lojavirutalnuvem.com.br facebook :
bau do poeta/antonio carlos de paula
5
A SAUDADE E O ABSURDO
quando a poeira baixar
e a saudade passar!
nada será como antes,
ninguém vai se admirar
se a noite o sol brilhar,
e sem pudor bronzear
o marfim dos elefantes!
ser diferente ou igual
não vai fazer nenhum mal
não vai fazer diferença,
já quebrei a minha lança
Don Quixote ou Sancho Pança
sem vitória ou recompensa !
se da canção, o acorde,
meio sem querer, acorde
o dormente sentimento,
eu nem sequer me iludo,
e de poeta do absurdo
podem até me chamar
sem nenhum constrangimento!
6
e muito além de bereberê, pra lá de láialáia,
lua e estrela marinha
por certo vão se encontrar
num lugar que talvez fique
junto ao Cruzeiro do Sul!
avisem lá pro astronauta
que nem só a Terra é azul!
7
QUANDO CHOVEU NOS MEUS OLHOS!
quando choveu nos meus olhos,
não me questione as razões,
surgiu no meu horizonte
um arco-íris de ilusões,
a roupa pulou do aquário,
o peixe saiu do armário,
quem ao pote vai com sede
e põe as mãos pelos pés,
não compra lebre por gato,
o bom senso é um desacato
e enfrenta qualquer revés!
quando choveu nos meus olhos,
de noite não teve lua,
e até o olho da rua
surpreso se arregalou,
e aquele poste da esquina
lamentou a sua sina,
de viver ali inerte
sem nada que lhe desperte
da eterna concretude!
quando choveu nos meus olhos,
me lembrei de tanta coisa,
que nem sei como é que pude!
8
ALINHAMENTO
tudo na vida acontece
e se o imprevisto aparece
sempre existe solução,
se o instinto prevalece
além do além da razão,
é no porão da memória
que se esconde a história
na gaveta da ilusão!
e quando a alma flutua
na rima pobre de um verso,
feito uma réstia de lua
perdida no universo,
as ideias se alinham,
planetas em desalinho
ensaiam a revolução!
e no círculo de dois lados,
no espanto do momento,
de repente e sem demora,
a dupla emoção aflora,
uma do lado de dentro,
outra do lado de fora!
9
PÁSSAROS
são criaturas aladas
que enfeitam a natureza
canto e cores encantadas
deslumbrantes de beleza!
seres mágicos e sedutores
puro encanto e magia
inspiram compositores
e os amantes da poesia!
símbolos de liberdade
cantados em prosa e versos
alegres e multicores!
fazem alarido, alarde,
leves, soltos e dispersos,
e seguem beijando flores!
10
PHATOS E PHADAS !
Era uma vez um país em algum
lugar do passado, do presente ou do phuturo, onde ninguém sabia ao certo o motivo, mas o povo vivia sorrindo.
Várias pesquisas haviam sido pheitas
no intuito de desvendar o mistério da origem de tal phato, no entanto, as respostas a pergunta que não queria calar , eram as mais diversas, variadas e inimagináveis possíveis.
Uns
achavam
que
o
povo
pendurava um sorriso no rosto pheito aquelas máscaras de carnaval, pra dispharçar a realidade de tanta tristeza, ou seja, tapar o sol de uma angústia com a peneira de uma ilusão, ou simplesmente pra esquecer o ônibus lotado, o título no cartório, o nome no SPC, a phila da previdência, o imposto compulsório, ou o valor de um tal salário mínimo, que na realidade era o máximo de desrespeito.
Outros ainda achavam que o povo
sorria devido a uma cãimbra causada por ocasião em que o bobo da corte contara uma piada muito sem graça, e para que o maioral não lhe cortasse a cabeça, as pessoas deram aquela risadinha amarela e phorçada, que acabara se perpetuando.
11
Alguns aphirmavam, e eram capazes de assinar embaixo, que o motivo do riso permanente era pura e tão somente as mirabolantes e phantasiosas promessas dos políticos em véspera de eleição.
Com toda a certeza, dephendiam
veementemente aqueles da ala religiosa, era porque Deus era oriundo daquela santa terrinha, com cédula de identidade, cadastro de contribuinte, conta no banco do povo, e tudo mais, e sentiam-se phelizes pelo phato de terem um compatriota globalizado e mundialmente conhecido, muito embora por muitas e muitas vezes completamente ignorado.
Juravam
alguns,
em
nome
do
compatriota phamoso, que o riso era resultado do epheito de phrases de epheito, soltas e esparsas ouvidas no dia a dia tais como:
"A justiça é cega!; Quem ri por último ri-tardado!; Mais vale um pássaro na mão do que uma jararáca no meio das pernas! ; Eu prometo...! Vamos apurar as responsabilidades! O nosso compromisso é com o povo!; Não me deixem só! ; Vamos coibir as impunidades! Este assunto é prioritário!; A melhor dephesa é o ataque! Tem dia que de noite é assim mesmo!; Quem espera sempre alcança!; Eu disse que não ia dar certo!; Ah! Se eu phosse mais novo!; No meu 12
tempo era dipherente!; Vamos zerar a inphlação!; Ante o orgasmo esporádico da atual conjuntura!; Avisem os desavisados que hoje não tem aviso!; Se correr o bicho pega , se phicar...!
E
outras
tantas
pérolas
semipreciosas
do
linguajar
popularesco.
Por ser maravilhoso o tal país era pródigo em conversa phiada , boatos, patuás e talismãs, (tinha um que phora ídolo da Gaviões!) , duendes, desempregado padrão, orixás, torcidas uniphormizadas, CPIs, maracutáias, vigaristas de carreira, inimigos número um, monopólio estatal, conexões de trambiques, greves, gnomos, gigantes e anões como o João Phelizardo, phigura do alto escalão, um cara de pau consumado que alardeava ser detentor de uma sorte tamanha, mas inegavelmente suspeita, ou o Anão Tagarela, petulante e convencido atleta da seleção de phrescobol, que queria porque queria jogar, e apesar de pegar o avião andando, chorava pois queria ir sentando na janelinha!
Tantos phatos, poucas phadas e
muito pano pra manga! Phantasioso país de sorridentes phiguras- talvez dissesse Cervantes!! E
enganando os desenganos no desphile principal, pelas 13
esquinas da vida, nos becos do desespero, nos mares da hipocrisia do social abandono, vagando nas ondas do rádio esparsas pelo espaço, sem direção nem compasso, prisioneiros sob os grilhões de modernos bucaneiros, Peter Pans e Sininhos morriam de overdose, de pico, pedra de crack, ou de pó de pirimplimplim, pois para eles a esperança era uma phaca de dois gumes, sonho no phio da navalha, e se vivia ou se morria sorrindo!
Havia uma porrada de dragões,
muito cacique pra pouco índio, nenhuma princesa encantada ou cavalo de qualquer cor! Naquele