Em um tempo aberto e Camille no exílio
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Em um tempo aberto e Camille no exílio - Patrícia dos Santos Silveira
PREFÁCIO
EM UM TEMPO ABERTO
O rio pode parecer dormir, mas em algum lugar do seu passado ou do seu futuro,
nas terras que o acolhem, há águas que vêm tumultuadas para transformar seu curso.
Os pássaros assistem a tudo e dançam
para distrair seus espectadores. As pedras não ousam ou não podem contar. Em um tempo aberto, Cena III.
Patrícia dos Santos Silveira nos apresenta uma dramaturgia tramada por narrativas líricas em desdobramentos para uma cena poética, revelando, assim, um mundo possível Em um tempo aberto. A autora nos presenteia com um talento impressionante, mas além de qualquer impressão, o seu texto, com sua linguagem, temas, imagens, sonoridades, nos envolve com o poder da poesia, com um canto que os gêneros abarca. Um canto do tempo.
A dramaturga transforma uma duração
, um período
, uma dimensão
, uma categoria de análise
em personagem. De fato, em Em um tempo aberto, o Tempo é a personagem principal. Uma personagem que muda o tempo todo. Alguém já cruzou com o mesmo tempo duas vezes?
. Essa personagem iluminada é enaltecida no hic et nunc do teatro. O aqui e agora, o tempo presente, é figura invisível que tem o poder de deixar marcas visíveis. O tempo é agente.
Ao ler a peça, visualizamos imageticamente uma cena feita de poesia. O que está por trás do exato momento
? A dramaturga trespassa por linguagens densas, sublimes, profundas, poéticas, iluminando o que está por trás dos objetos, dos lugares, das situações, dos fenômenos, das palavras, do que está por trás de cada momento, do que lembramos, do que esquecemos. O tempo traz e leva, constrói e destrói, aproxima e distancia, adoece e cura. O tempo transforma.
Vivemos todos o mesmo tempo? Podemos agir sobre o tempo? Em um tempo aberto as diferentes personagens lutam por alargar o tempo presente
, afinal há tanta coisa para falar
, há tanta coisa para viver, e o tempo não avisa sobre o caminho do rio
. O tempo não para, mas ele se abre, se alarga, se fragmenta, se desdobra e ultrapassa as margens dos rios, ultrapassa essas linhas e páginas, ultrapassa nossos pensamentos, ultrapassa a cena teatral.
A dramaturgia é complexa e se entremeia em nossa subjetividade, tornando a sua leitura uma experiência temporal e poética inesquecível. E neste exato momento o tempo começa a se expandir e a se dilatar além de todos os limites da nossa imaginação
, passa a ser teatro Em um tempo aberto. Merecidamente, o texto de Patrícia Silveira recebeu o Prêmio Ivo Bender de dramaturgia, concedido pela Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Porto Alegre e Goethe-Institut.
No mesmo local, em 25 de maio de 2013, a autora dirigiu a leitura dramática pública do seu próprio texto. A cena no Goethe-Institut contou com a trilha sonora ao vivo de Daniel Soares e a iluminação de Fabiana Santos. Os atores/atuantes foram Anderson Moreira Sales, Celina Alcântara, Franciele Aguiar, José Carlos Peixoto e Tefa Polidoro.
Que venham outras encenações para o texto próprio para a cena poética.
Em um tempo aberto é um canto para a cena, um canto do tempo, lindo e encantador.
Giselle Cecchini
Em um tempo aberto
PERSONAGENS
Homem
Mulher
Mulher jovem
Homem jovem
Criança
Voz de alguém
EM UM TEMPO ABERTO [ 1 ]
Sinopse:
Cinco pessoas de idades e gêneros diferentes lutam por alargar o tempo presente. Todas têm um motivo para querer pará-lo e lutam por se manterem no exato momento em que se encontram. A criança que não quer perder os pais; a mulher que ainda quer ser mãe; o homem que se apaixonou e sabe que será a última vez; a jovem que nunca se sentiu tão feliz; o jovem que começou em seu primeiro emprego. Diante desses desejos, uma experiência temporal se abre para eles. O tempo começa a se desnudar em uma longa viagem por seus mundos e sonhos.
PRELÚDIO
Diante de alguém em depoimento sério, dança alegre ou roda de facas
O tempo é o que arrasta as pessoas que eu amo