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O Assassino de Sem-Teto
O Assassino de Sem-Teto
O Assassino de Sem-Teto
E-book273 páginas3 horas

O Assassino de Sem-Teto

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Sobre este e-book

Os sem-teto de Montreal estão morrendo nas mãos de 'Allan', um assassino em série determinado a livrar a cidade dos moradores de rua... Enquanto o assassino provoca a polícia com um aumento na contagem de corpos, o capitão Dave McCall chama os serviços de Jonathan Addley e Chris Barry. Ao mesmo tempo que, uma luta contra a proposta de lei da cidade que proíbe os sem-teto de permanecerem nos parques do centro da cidade é travada pelo filantropo e ativista William Enright, que também se junta à cruzada policial para capturar o assassino. Mas os esforços combinados da lei e do dinheiro serão suficientes para impedir O Assassino de Sem-Teto?

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento6 de set. de 2022
ISBN9781667441047
O Assassino de Sem-Teto

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    O Assassino de Sem-Teto - Claude Bouchard

    O Assassino de Sem-Teto

    Um romance de

    Claude Bouchard

    Capítulo 1 - sábado, 1 ° de julho de 2006

    Arnie amarrou a última corda, dando-lhe um bom puxão para ter certeza de que o nó estava bem apertado. Satisfeito, recuou alguns passos para admirar sua obra, com um sorriso desdentado se espalhando por seu rosto sujo e enrugado.

    — Hehehee! — Ele riu para si mesmo com prazer. — Lar, doce lar. Você sabe o que dizem sobre os imóveis: localização, localização, localização.

    A nova casa de Arnie era, na verdade, um barraco construído com uma variedade de caixas de papelão, pedaços de madeira que ele havia juntado aqui e ali, uma velha lona 6 x 6 que teve sorte de achar e, é claro, metros de barbante e corda para manter tudo junto enquanto as árvores serviam de base. O interior de sua nova residência era mobiliado com um velho tapete de ginástica, um saco de dormir mais velho ainda, dois caixotes de leite de plástico (um servia para armazenamento, o outro como banquinho) e uma pequena mesa dobrável enferrujada e frágil. Somado a isso tinha seus valiosos utensílios de cozinha; um queimador de popa de acampamento surrado, uma velha panela de ferro fundido, uma tigela de plástico, uma caneca de café (sem alça) e um conjunto completo de talheres para um (que ele ousadamente arrebatou de uma mesa no terraço de um restaurante na St.Denis Street).

    No que diz respeito à localização, Arnie com certeza tinha arranjado um ótimo lugar. Ele havia construído sua casa de verão no lado leste de Mount-Royal, em uma pequena seção plana com vista para o estacionamento traseiro do Royal Victoria Hospital. Cercado por densas árvores e arbustos, sua nova casa era protegida de olhares curiosos e as pessoas raramente se aventuravam pela mata, preferindo passar pela Olmstead ou Le Serpentin. Estava, no entanto, há apenas quinze minutos a pé do centro de Montreal, onde fazia suas caminhadas de catação e mendigava sete dias por semana. Ser sem-teto era um trabalho de tempo integral.

    — Nenhum policial vai me incomodar nesse verão, não senhor! — O sem-teto de 56 anos declarou orgulhoso enquanto se acomodava em seu caixote de leite para fazer uma pausa no meio da tarde. — Arnie arranjou um belo lugar para passar o verão; não precisa dormir nos parques e ser incomodado.

    ~ ~ ~ ~

    Enquanto Chris Barry navegava até o cais de sua casa no Lago Brome em Knowlton com seu mais novo brinquedo, um catamarã Performance Nacra 20 de vinte pés, sua esposa Sandy caminhava pela vasta extensão do gramado. Com um telefone em uma mão e acenando com a outra.

    — Olá, maruja — disse Chris, pulando na doca para amarrar o barco.

    — Olá para você também — Sandy riu enquanto se aproximava. — Dave quer falar com você. Vai querer ligar para ele depois?

    — Não, tudo bem, eu atendo se ele puder esperar um pouquinho — respondeu Chris por cima do ombro, enquanto se movia para a popa e amarrava uma segunda corda.

    Ele caminhou ao longo do cais para se juntar a Sandy, dando-lhe um rápido abraço e um beijo enquanto pegava o telefone dela.

    — Capitão McCall— disse ele ao telefone, enquanto caminhavam de volta para a casa. — A que devo este prazer inesperado?

    — Só estou de olho em um velho amigo — respondeu o capitão da polícia de Montreal. — Como vai a vida no interior?

    — Não poderia estar melhor! Dave, você tem que vir para cá o mais rápido que puder e traga o seu barco!

    Chris decidiu comprar um barco após as férias no Caribe, no último mês de fevereiro, quando se apaixonou por barco a vela. Encomendou um ao fabricante da Califórnia ao retornar, e lhe foi entregue na semana anterior.

    — Bem, certamente terei de aceitar essa oferta — concordou Dave, também entusiasta de esportes. — Talvez Cathy e eu possamos ir no próximo fim de semana. Mas, o motivo da minha ligação foi para ver se você aceitaria uma partida de golfe e jantar amanhã, uma espécie de comemoração de aniversário; isto é, se eu puder arrastar você para longe de seu barco e você estiver interessado em dirigir até Montreal?

    — Claro, sem problema — respondeu Chris, um pouco confuso. — De que aniversário você está falando?

    — Como eles esquecem rápido — disse McCall, com um tom magoado, antes de rir de sua resposta. — Estávamos arquivando alguns antigos casos esta semana e, examinando um deles, me deparei com algumas anotações de campo que havia feito na época; basicamente um resumo da primeira reunião que tive com Chris Barry, então VP e CEO da CSS Inc. Essa reunião ocorreu em 2 de julho de 1996. Amanhã é nosso décimo aniversário, querida.

    — Bem, eu estou ferrado — Chris riu. — Tenho que comprar flores para você ou algo assim? Não estou familiarizado com a etiqueta neste tipo de situação.

    — Não, tudo o que você precisa fazer é perder uma rodada no golfe graciosamente pelo menos uma vez — sugeriu Dave.

    — Acredito que perder uma rodada no golfe de uma vez é o que você quis dizer — rebateu Chris, que sempre conseguiu jogar uma ou duas tacadas sob Dave.

    — Sim, tanto faz — disse Dave. — Sandy é muito bem-vinda para jantar conosco. Cathy não tem nada planejado para a tarde e disse que adoraria sair com sua esposa enquanto nós, meninos, saímos e jogamos.

    — Vou perguntar a ela, mas duvido que consiga — respondeu Chris enquanto olhava para Sandy. — A galeria tem uma mostra que abre segunda-feira e a artista e suas obras chegam amanhã de manhã.

    Sandy acenou com a cabeça concordando enquanto Chris continuava. — Eles têm que pendurar os quadros e estarem prontos para a estreia na segunda-feira, às seis. Sandy está confirmando tudo o que estou dizendo com acenos enquanto falo.

    — Bem, que chato, mas entendo e Cathy também entenderá — assegurou Dave. — Teremos apenas a noite dos meninos e as meninas podem se atualizar no próximo fim de semana. Amanhã, você quer jantar mais cedo, para não voltar tarde demais?

    — Nah, tire a tarde de folga e jantaremos quando der — decidiu Chris. — Eu estava planejando passar alguns dias na cidade esta semana para cuidar de algumas coisas de qualquer maneira. Sandy estará ocupada com a exposição, então dormirei na cidade para fazer algumas coisas antes de voltar.

    — Excelente então — concordou Dave. — É um encontro. Vejo você amanhã, amigo.

    — É isso aí, docinho — Chris respondeu antes de desligar.

    ~ ~ ~ ~

    Por ser o Dia do Canadá, Arnie havia pensado em descer para as festividades noturnas no Velho Porto de Montreal. Turistas e moradores locais se multiplicavam em tais eventos e toda a atmosfera de festa tendia a abrir o senso de generosidade das pessoas. No mínimo, garrafas de cerveja meio cheias, latas e copos podiam ser encontrados em todo o Porto Velho, bem como em todos os lugares ao longo da Place Jacques-Cartier.

    No entanto, Arnie havia trabalhado duro nas últimas duas semanas, além de ter feito suas atividades habituais como mendigar e catar o que achasse necessário, levou os materiais e construiu o abrigo. Também tinha que ficar em alerta caso alguém o localizasse e o denunciasse às autoridades do parque ou pior, tentasse lhe roubar.

    Não, Arnie tinha decidido, este ano comemoraria o Dia do Canadá na paz e na tranquilidade da mata ao redor de sua nova casa de verão. Em pouco tempo, ele provavelmente conseguiria ver alguns dos fogos de artifício do Porto Velho direto do conforto da sua minúscula casa.

    Quando se acomodou a luz de uma vela com meia garrafa de Southern Comfort que orgulhosamente guardara para quando terminasse a casa, sentiu mais do que ouviu um leve farfalhar nas árvores atrás dele na direção da Olmstead Path. Enrijecendo-se, apagou a vela e voltou a tapar a garrafa, deslizando-a na abertura do abrigo, antes de pegar um galho robusto que ele havia escolhido como bengala e proteção. Ouviu com mais atenção, ignorando os sons criados pela brisa, grilos e o núcleo do centro abaixo. Ele ouviu um galho estalando, o estalar de folhas, leve, mas distinto e perto.

    Levantando-se lentamente para evitar fazer barulho, se virou na direção de onde os sons vinham, com o galho firmemente agarrado com ambas as mãos. Nada viu além de escuridão e formas de árvores no início, mas depois identificou um movimento, uma silhueta, mais escura do que o resto. Enquanto o medo e a incerteza o dominavam, ouviu a voz, mais do que um sussurro, mas suave simultaneamente.

    — Olá! Tem alguém aí? — perguntou a voz, quase trêmula.

    — Quem está aí? — perguntou Arnie, parecendo muito mais confiante do que se sentia.

    — Allan — respondeu a voz hesitante. — Eu não queria te assustar.

    — O que você quer? — continuou Arnie, um pouco mais corajoso do que um momento antes. — Não estou fazendo nada de errado aqui.

    — É que gosto de subir aqui e vagar um pouco pela mata — respondeu Allan  do escuro. — Apenas para me afastar das pessoas e estar com meus pensamentos; eu realmente não queria incomodar você. Tudo bem se eu chegar mais perto? Essa conversa com as trevas está me assustando.

    — Acho que sim — disse Arnie, inseguro, desapontado por alguém ter descoberto sua casa de verão. — Mas é melhor você vir devagar e tô avisando, estou armado.

    — Tenho uma lanterna comigo — anunciou Allan. — Geralmente não ligo a menos que seja necessário, porque atrai os policiais em patrulha aqui. Mas ligarei apenas por um minuto para ver aonde estou indo e ...

    — Não, espere — ordenou Arnie. — Tenho uma vela aqui. Você fica parado enquanto acendo, aí você vem devagar.

    Ele acendeu a vela e deu um passo para trás, ainda segurando seu porrete. — OK, vamos, devagar agora.

    Ele ouviu alguns passos triturados no tapete de folhas secas e então viu o homem aparecer à luz fraca das velas, com as mãos estendidas, indicando que não tinha intenção de fazer mal. Allan parecia estar na casa dos cinquenta anos, talvez aproximadamente da mesma idade de Arnie, mas mais em forma, mais bem-vestido. Pela expressão em seu rosto, ele parecia ainda mais assustado do que Arnie.

    — O que diabos você está fazendo aqui? — Arnie exigiu novamente. — Trabalhei duro para deixar tudo pronto aqui e na minha primeira noite você veio e estragou tudo.

    — Sinto muito — respondeu Allan. — Como eu disse, gosto de vir aqui na mata às vezes sozinho.

    — Para fazer o quê? — resmungou Arnie, ainda segurando seu galho robusto. — Vamos, me diga.

    — Hum, só para fugir, você sabe, tomar alguns drinques — explicou Allan, inquieto. — Fumar um baseado e, uh, meio que me soltar.

    — Sim? Soltar como? — insistiu Arnie, agora sentindo-se no controle da situação. — Vamos, senhor, desembucha.

    — Ah, merda — murmurou Allan, parecendo murchar em rendição. — Eu não consigo me soltar tão fácil, ok? Venho aqui na mata, dou um tapa, bebo algo e então me divirto, contente? Posso ir agora?

    Arnie olhou para o homem por alguns segundos antes de abrir um largo sorriso. — Bem, senhor, se isso é tudo que você está fazendo, acho que tá tudo bem. Não quero que você comece a fazer algo assim agora, mas posso entender quando um cara quer alguma diversão.

    — Uh, bem, obrigado pela compreensão — respondeu Allan, sorrindo mansamente. — Acho que sairei da sua frente e encontrarei outro lugar, se estiver tudo bem para você.

    — Espere um segundo, é Allan, né? — disse Arnie. — Já que você tá aqui e nenhum dano foi causado, pode se sentar e talvez começar a trabalhar na diversão que você queira ter. Eu não me importo de me juntar a você para uma bebida ou duas se você tiver algo que valha a pena beber.

    Em resposta, Allan tirou da pequena mochila que usava uma garrafa lacrada de conhaque XO e a estendeu para Arnie.

    — Louvado seja, Senhor! — exclamou Arnie, largando o porrete e agarrando a garrafa com as duas mãos. — Feliz Dia do Canadá.

    Ele olhou para Allan com um sorriso enorme, bem a tempo de ver a arma disparar contra ele, à queima-roupa no rosto. No instante em que a vida deixou seu pobre e maltratado corpo, os primeiros fogos de artifício iluminaram o céu sobre o Porto Velho à distância.

    — Feliz Dia do Canadá, com certeza — disse Allan, enquanto se virava e voltava por onde havia vindo.

    Capítulo 2 - domingo, 2 de julho de 2006

    Enquanto Chris dirigia pela Eastern Townships Autoroute em direção a Montreal em seu 350Z, se lembrou dos últimos dez anos, desde que conheceu Dave McCall.

    Na época, Chris era o segundo no comando da CSS Inc., uma empresa líder em segurança de computadores. Dave, na época o tenente que chefiava a recém-formada Força-Tarefa Especial para Homicídios de Montreal. Ele havia contatado Chris para obter ajuda no rastreamento de alguns e-mails provocadores, enviados aos policiais por um assassino em série conhecido como Vigilante. Com a ajuda de Chris, o caso foi resolvido e os dois se tornaram amigos desde então.

    O que Dave não sabia ainda era que Chris tinha sido realmente o Vigilante, matando criminosos violentos como uma terapia auto prescrita para se vingar dos atos de violência que ele, sua família e sua esposa haviam sofrido anos antes. Chris havia cessado suas atividades como Vigilante após eliminar seu padrasto, a fonte de seus traumatismos de infância e, em seguida, Carl Denver, o último dos três responsáveis ​​pelo assassinato do pai de sua esposa. Denver, na verdade, havia sido elaboradamente incriminado por Chris e, sem dúvida, todos se acreditavam que ele era o Vigilante.

    Logo após a resolução do caso Vigilante, a CSS foi adquirida pela CompuCorp e Chris, que possuía 20% das ações da empresa, de repente se tornou um homem muito rico aos 35 anos. Embora o CEO da CompuCorp tenha implorado para que ele permanecesse na empresa, Chris decidiu encerrar esse capítulo de sua vida também e optou pela pré-aposentadoria ou pelo menos uma longa pausa.

    A pausa foi relativamente curta, embora sua nova carreira não chegasse nem perto de uma posição de gerenciamento convencional. Jonathan Addley, um oficial de alto escalão do Ministério da Defesa, revisou e investigou pessoalmente minuciosamente o caso Vigilante e acreditava que Chris era o verdadeiro assassino.

    Embora o título oficial de Addley fosse Diretor de Relações Policiais, sua função real era chefiar um pequeno grupo de elite geralmente referido como Atividades Discretas pelos poucos que sabiam de sua existência. O grupo trabalhou em estreita colaboração com equipes semelhantes em outros países e seu objetivo era lidar com qualquer motivo de preocupação em relação à segurança nacional de um país membro. Essa definição foi estendida para incluir problemas com grandes organizações criminosas e muitas situações onde a polícia e os sistemas judiciários usuais não oferecem uma solução adequada. Essas equipes e seus membros frequentemente empregavam métodos de resolução de problemas não facilmente reconhecidos ou tolerados por lei.

    Tendo concluído sua investigação e impressionado com as raras e excepcionais qualificações do Vigilante, Jonathan abordou Chris e ofereceu-lhe um emprego. Após uma consideração cuidadosa, Chris aceitou e nunca se arrependeu de sua decisão. Ele assumia um punhado de tarefas a cada ano pelas quais, era generosamente recompensado e, como não precisava do dinheiro, seus ganhos do governo geralmente acabavam nos cofres de instituições de caridade e outras organizações sem fins lucrativos de renome. O horário de trabalho diferenciado deixava-o com bastante tempo para realizar suas atividades de lazer: golfe, pintura, guitarra, viagens e agora, velejar, além de cuidar dos seus negócios financeiros e sentar-se nos concelhos de administração de várias empresas.

    — Não, não há nada de errado com esta vida — Sorriu Chris enquanto saía da Ilha de Nun, perto da Ponte Champlain, onde ele e Sandy mantinham uma cobertura de quase 2.000 metros quadrados, seu pied à terre em Montreal.

    Depois que Sandy concluiu seu curso de belas-artes em 1998, decidiram que a vida no campo seria adequada para suas fantasias e acabaram se estabelecendo em uma propriedade com vários hectares à beira do lago em Knowlton, onde mandaram construir a casa dos seus sonhos. Sandy abriu uma pequena e prestigiada galeria de arte, a Taylor's, que se tornou um grande sucesso, atraindo artistas promissores e consagrados, bem como uma boa clientela para comprar suas obras.

    Knowlton, no entanto, noventa minutos de Montreal em um dia bom, nem sempre era prático em termos de transporte, então seis meses depois de se mudar para lá, adquiriram o apartamento altamente confortável que oferecia vistas magníficas de todos os lados.

    Enquanto Chris guardava os mantimentos que havia trazido, seus pensamentos se voltaram para Dave McCall, seu parceiro de golfe favorito e amigo há dez anos.

    Um homem altamente inteligente e policial dedicado, Dave, agora com quarenta e um anos, poderia ter sido Diretor da Polícia de Montreal agora, se quisesse. Ele havia

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