O Garimpeiro Na Amazônia
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O Garimpeiro Na Amazônia - Emanuel Marcos Cruz E Prado
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA
AUTOR EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO
TEL 49 999833769
www.clubedeautores.com.br
LAGES SC - BRASIL
O GARIMPEIRO
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA
AUTOR
EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO
DATA DE NASCIMENTO - 09/11/1956
LOCAL DE NASCIMENTO - LAGES, SC
www. Clubedeautores.com.br
TEL ( 49 -999833769)
REVISÃO: EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO
DIAGRAMAÇÃO: EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO
CATÁLOGO
PRADO, EMANUEL MARCOS CRUZ E
O GARIPEIRO NA AMAZÔNIA - LIVRO DE
ROMANCE E HISTÓRIA COM FATOS E NARRATIVAS DO
MOVIMENTO MIGRATÓRIO OCORRIDO NAS DÉCADAS DE
OITAVA E NOVENTA DO SÉCULO 20 EM DIREÇÃO AO
ESTADO DE RONDÔNIA E TODA AMAZÔNIA.
LAGES, SC, - 2021 - 4ª EDIÇÃO EM PORTUGUÊS
2
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA
ALGUMAS OBRAS DO AUTOR
VOCÊ ENCONTRA NO SITE - CLUBE DE AUTORES
AUTOR EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO
3
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA 4
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA DEDICATÓRIA
Escrevi O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA
, motivado pela riqueza de informações existentes na época em que morei em Porto Velho.
Não poderia deixar de registrar os fatos que me foram transmitidos por aqueles que viveram a grande corrida do ouro no rio Madeira.
Sou observador de acontecimentos e, nas histórias contadas como lembrança de uma época passada, busquei subsídio para descrever com mais precisão os detalhes dos acontecimentos ocorridos.
Para que isso fosse possível, recorri a algumas pesquisas em livros que cito na bibliografia consultada e nos depoimentos anônimos dos garimpeiros que deixaram suas histórias registradas nas conversas das tabernas e até mesmo em manuscritos que sobreviveram ao tempo.
Os personagens são fictícios, mas muitos casos realmente aconteceram, outros foram criados para dar mais emoção na história e exemplificar os acontecimentos.
Os objetivos deste trabalho estão ligados a aspectos culturais, literários e de preservação da memória de uma época da vida nacional.
Aproveito para registrar questões relacionadas a grandes temas da atualidade como movimentos migratórios internos, ecologia, situação social e cultural do índio no Brasil, e outros de importância regional, como a preservação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o desenvolvimento do potencial turístico da região e da beleza das corredeiras e cachoeiras do rio Madeira.
5
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA Como toda obra literária traz em sua concepção temas polêmicos e de grande interesse para a população, trago à consideração questões relacionadas ao aborto, à pena de morte e outros.
Espero que você possa estar contribuindo para o desenvolvimento da cultura com.
Dedico-me a todos os mineiros anônimos que estiveram na mineração e deram sua vida e sua contribuição para o desenvolvimento e manutenção da Amazônia.
Dedico-o aos índios que vivem na região amazônica e foram os primeiros habitantes do lugar, que contribuíram para a manutenção da floresta e de seu meio ambiente de forma saudável e permanente.
Dedico-me a todos os leitores e alunos que buscaram conhecimento para terem uma opinião verdadeira sobre o que aconteceu naquela região.
6
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA ÍNDICE
AUTOR E CATÁLOGO
2
ALGUMAS OBRAS DO AUTOR
3
DEDICATÓRIAS
5
ÍNDICE
7
NOTA DO AUTOR
9
CAPÍTULO UM - OURO E ILUSÃO NA AMAZÔNIA 11
CAPÍTULO DOIS - CONHECENDO A REGIÃO
33
CAPÍTULO TRÊS - PREPARANDO-SE PARA O GARIMPO
49
CAPÍTULO QUATRO - VIAGEM AO GARIMPO
59
CAPÍTULO CINCO - BATISMO NO GARIMPO
71
CAPÍTULO SEIS - O PILOTO
77
CAPÍTULO SETE - REALIZANDO UM SONHO
85
CAPÍTULO OITO - REUNIÃO
99
CAPÍTULO NOVE - BOA VISTA
107
CAPÍTULO TEM - O ENGAJAMENTO
111
CAPÍTULO ONZE - RECOMEÇANDO O TRABALHO
117
CAPÍTULO DOZE - CRUZAMENTO
123
CAPÍTULO TREZE - ATAQUE
113
CAPÍTULO QUATORZE - JONAS
143
CAPÍTULO QUINZE - CASAMENTO
149
CAPÍTULO DEZESSEIS - A GRANDE BATALHA 159
CAPÍTULO DEZESSETE – O SEQUESTRO
169
CAPÍTULO DEZOITO - ENCONTRANDO A PISTA 183
CAPÍTULO DEZENOVE – DESENLACE INFELIZ
197
CAPÍTULO VINTE - ENCERRAMENTO
213
CAPÍTULO VINTE E UM - EPÍLOGO
223
DICIONÁRIO DE TERMOS DO GARIMPO
229
BIBLIOGRAFIA
237
7
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA 8
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA NOTA DO AUTOR
Escrevi O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA
, motivado pela riqueza de informações existentes na época em que morei em Porto Velho.
Não poderia deixar de registrar os fatos que me foram transmitidos por aqueles que viveram a grande corrida do ouro no rio Madeira.
Sou observador de acontecimentos e, nas histórias contadas como lembrança de uma época passada, busquei subsídio para descrever com mais precisão os detalhes dos acontecimentos ocorridos.
Para que isso fosse possível, recorri a algumas pesquisas em livros que cito na bibliografia consultada e nos depoimentos anônimos dos garimpeiros que deixaram suas histórias registradas nas conversas das tabernas e até mesmo em manuscritos que sobreviveram ao tempo.
Os personagens são fictícios, mas muitos casos realmente aconteceram, outros foram criados para dar mais emoção na história e exemplificar os acontecimentos.
Os objetivos deste trabalho estão ligados a aspectos culturais, literários e de preservação da memória de uma época da vida nacional.
Aproveito para registrar questões relacionadas a grandes temas da atualidade como movimentos migratórios internos, ecologia, situação social e cultural do índio no Brasil, e outros de importância regional, como a preservação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o desenvolvimento do potencial turístico da região e da beleza das corredeiras e cachoeiras do rio Madeira.
Como toda obra literária traz em sua concepção temas polêmicos e de grande interesse para a população, trago à consideração questões relacionadas ao aborto, à pena de morte e outros.
9
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA Espero que você possa estar contribuindo para o desenvolvimento da cultura com a volta do entendimento das falhas ou imprecisões.
10
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA
CAPÍTULO UM
OURO E ILUSÃO NA AMAZÔNIA
Hoje, peguei um recorte de jornal que trouxe de Rondônia, onde havia a descrição de uma tragédia ocorrida no rio Madeira.
Foi uma verdadeira batalha naval, entre grupos de garimpeiros fortemente armados, que se enfrentaram numa luta cruel, com saldo de mais de cinquenta vítimas fatais.
O mais importante de tudo, é que fui a principal pessoa envolvida na luta, impulsionada pelas circunstâncias a que me refiro neste livro.
Lutei contra um homem de mau caráter, um traficante, que não mediu esforços em matar e que me causou muitos prejuízos, tanto materiais como emocionais.
11
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA Transcrevo aqui a nota do jornal, que trouxe a notícia: TRAGÉDIA NO GARIMPO
NA TARDE DE ONTEM, UMA VERDADEIRA TRAGÉDIA NA REGIÃO DO CALDEIRÃO DO INFERNO, ZONA DOMINADA PELOS GARIMPEIROS, DENTRO DO RIO MADEIRA.
SEGUNDO AS TESTEMUNHAS QUE APRESENTARAM A CENA,
REUNIRAM-SE
DUAS
AULAS
DE
DRAGUEIROS,
ENVOLVENDO-SE POR CERCA DE DOZE DRAGAS E COM MAIS
DE
QUARENTA
VÔOS,
TRIPULADOS
POR
PESADOS
GARISPEIROS ARMADOS.
NESTE REUNIÃO FOI TROCA DE TIROS, FOGO DE
MUITAS DROGAS, VOOS DESTRUÍDOS E NO FINAL, QUANDO
ACABOU A MUNIÇÃO, UM VERDADEIRO CHOQUE DO HOMEM
AO HOMEM, ARMADO COM FACÇÕES E PEDAÇOS DE
MADEIRA, QUE SE PERDIDOS.
NO FRAGOR DA LUTA, OUTRAS DROGAS VIERAM E
ENTRARAM NA PELE. O EQUILÍBRIO DA BATALHA TEM SIDO
MAIS DE CINQUENTA MORTOS E DEZENAS FERIDAS, SENDO
CONSIDERADA A MAIOR TRAGÉDIA DOS ÚLTIMOS ANOS NO
GARIMPO DESDE QUE FOI CRIADO.
TUDO ACONTECEU EM FUNÇÃO DE UMA RUA ANTIGA, ENTRE UM GARIMPEIRO COLOMBIANO E UM GARIMPEIRO
CONHECIDO COMO REI DO GARIMPO.
SUSPEITA-SE QUE O COLOMBIANO ESTÁ ENVOLVIDO
NO TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS, MAS O PRINCIPAL
MOTIVO DA LUTA FOI POR CAUSA DE UMA MULHER.
OS
DOIS
ESTÃO
DESAPARECIDOS,
NÃO
EXISTE
INFORMAÇÃO SE ESTÃO VIVOS OU MORTOS.
A MAIORIA DO AFUNDO MORTO NO RIO E APENAS
DIAS APARECERÃO MAIS TARDE, ANTES QUE MUITOS NÃO
APAREÇAM, OU SUA IDENTIFICAÇÃO NÃO SERÁ POSSÍVEL.
AS POLÍTICAS DA CIDADE ESTÃO REALIZANDO AS
INVESTIGAÇÕES, MAS ATÉ ESTE MOMENTO NÃO TÊM
INFORMAÇÕES A DAR.
OS SOBREVIVENTES DESAPARECERAM SÓ SÃO AS
LESÕES
MAIS
GRAVES
HOSPITALIZADAS
EM
ALGUNS
HOSPITAIS DA CIDADE, MAS AINDA NÃO PODEM FALAR.
AGUARDAMOS AS PRÓXIMAS HORAS, NOVAS NOTÍCIAS QUE
PODEM ESCLARECER MELHOR OS FATOS.
12
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA
BOA VISTA - RORAIMA
Estou em Boa Vista, capital do estado de Roraima, extremo norte do Brasil.
Cheguei aqui de outra mina em Porto Velho, Rondônia, da mesma forma que chego toda vez que troco a minha; às vezes sozinho, quase sem dinheiro, ferido pela vida e pela perda de entes queridos; angustiado e com uma enorme vontade de desaparecer.
Desta vez com muito mais razão, porque vivi intensamente todos os sentimentos mais populares na sua forma mais intensa e completa, como podem ver através desta história.
Sentimentos como amor, paixão, ódio, fama, poder, riqueza e também vaidade, loucura, vingança, decepção e dor, tudo embrulhado em um ambiente de aventura e mistério, trazido à tona pela magia do ouro.
13
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA Nesses dois anos que passei na selva, dentro de uma draga do rio Madeira, muita coisa aconteceu comigo; coisas boas e coisas tristes, mas melhor do que quando estive em Serra Pelada, no estado do Pará, onde passei quase três anos.
Como você pode ver, sou um garimpeiro errante; vou aonde dizem que é mineração, seja nos rios, na selva ou nas terras dos índios.
Meu objetivo é ir para a selva até a Venezuela, ou quem sabe desistir dessa vida errante e buscar a paz nas coisas simples e normais, que só o tempo pode apresentar.
Por enquanto, estou me recuperando de uma malária mal curada e aproveitando a oportunidade para contar um pedaço da minha história, morando em um quarto mau conservado de uma pensão barata.
Trago comigo alguns gramas de ouro, que serão meu sustento até que reencontre o caminho para o meu, ou outro que a vida ofereça.
Assim passo os meus dias, relembrando com tristeza e amargura o que me aconteceu naquela mineração, mas também com as memórias dos bons tempos vividos ao lado de um grande amor.
É só o que me resta, além da experiência das outras minas e a sorte de ainda estar vivo.
Pretendo ficar aqui neste quarto de pensão, até terminar de contar a minha história, depois comprar insumos e equipamentos para uma nova aventura, se houver outra oportunidade e licença de saúde.
O garimpeiro vive perambulando pelo país, meio gente civilizada, meio bichos selvagens, mas só vê a cor do ouro e nada mais. Depois de conhecer sua magia, você não faz mais nada na vida, perdendo o controle do valor das coisas. Quando o ouro acaba, ele emigra para outro lugar onde estaria minerando e assim por diante, passando os anos e a vida.
14
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA O meu nome é Carlos Amarildo Fioravante, mas também sou conhecido como Carlão, pela minha constituição atlética e pelo rosto de artista televisivo.
Na mineração, ninguém gosta de ser chamado pelo primeiro nome, pois muitas vezes temem ser reconhecidos por terem cometido um crime em sua terra natal. Pelo contrário, tenho orgulho do meu nome e da minha terra.
Ainda sou jovem, não completei trinta anos, mas ao contrário dos meus irmãos garimpeiros, tive a sorte de vir de uma boa família e terminar o ensino médio, o que me deu muita ancestralidade e liderança na mineração.
Por um período, fui professor de academia na minha cidade, tendo feito alguns cursos.
Devido à grande responsabilidade e ao baixo salário, desisti de continuar naquela vida reta. Sei que é uma profissão digna e importante, mas meu espírito de aventura me impulsionou para o mundo exterior.
Só fui chamado pelo meu próprio nome quando ginguei no rio Madeira, ou seja, quando a sorte grande me fez encontrar muito ouro, tendo sido conhecido como Rei do Garimpo.
Eu tinha tanto ouro nas mãos que, se quisesse, não teria mais que trabalhar; até parecendo inconsistente, reclamando da miséria e dizendo que eu tinha tanto ouro.
Como diz o ditado na mineração - ouro vem fácil, ouro vai fácil
- assim aconteceu comigo, eu facilmente ganhei muito ouro, mas perdi tão rápido quanto ganhei.
Se estou com fome hoje, posso ter tanto dinheiro amanhã que posso comprar um mercado inteiro. Nas minas de ouro, as lacunas financeiras flutuam muito rapidamente, tanto para cima quanto para baixo.
Não me arrependo do que fiz ou deixei de fazer, porque para mim o que conta é o que se vive e não o sonho ou a fantasia.
15
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA Nestes dois anos vivi no garimpo do rio Madeira, convivi com gente de todos os tipos; pobres e ricos, analfabetos e educados; onde o ouro nivelou a todos, destacando apenas aqueles que o possuíam.
Pude ter alguns amigos de verdade; poucos têm certeza, mas sempre me acompanharam e não me decepcionaram.
Eu também tive mulheres, porque eu tinha uma boa aparência, sempre fui desejado, mas como era tímido e solitário, não me entregava facilmente.
Uma mulher foi o maior amor da minha vida.
Na mineração de ouro todos sabem que ouro e mulher não combinam, uma acaba com o outro, como rivais cruéis que não se suportam.
Neste mundo mágico e fantástico, tive a felicidade eterna de conhecer uma pessoa maravilhosa, tremendamente bela e de uma ternura que nunca imaginei que pudesse existir. Foi a minha paixão e o grande golpe que o destino reservou para mim.
Não pretendo falar muito de Serra Pelada, talvez em outra oportunidade, porque os anos que lá passei trouxeram muito mais sacrifícios e dores do que qualquer outra coisa.
Aquela multidão de homens enlameados, sem identidade ou características pessoais, escondidos atrás do barro, vivendo como formigas organizadas em um andar constante, carregando fardos nas costas o tempo todo, parecendo o inferno de Dante, da Divina Comédia.
Ainda hoje, agradeço a Deus por ter acabado com aquele purgatório, embora ainda haja tantos outros, nas cidades e nos campos.
Refiro-me aos pobres deste país rico, que vivem em favelas, não têm trabalho para trabalhar e, quando têm, são mal pagos e explorados, não tendo oportunidades de crescer com saúde e dignidade, presos em um mundo injusto e insensível .
16
O GARIMPEIRO NA AMAZÔNIA É como a mineração, com milhares de pobres caminhando em cima do ouro, carregando nas costas a riqueza misturada com lama, para enriquecer alguns com o sacrifício de suas próprias vidas.
Peço desculpas pela explosão, mas com o sofrimento aprendi a ver um pouco mais do que a cor do ouro, embora ainda esteja enfeitiçado por ela.
A história que vou contar é cheia de emoções, curiosidades e romance. É a síntese da história de muitos garimpeiros, que vieram ao norte do Brasil em busca de riquezas fáceis e iludidos pela própria miséria em que viveram.
Por meio dela poderei transmitir, um pouco do sentimento de quem abandonou a família, a terra e os ideais, porque não tem mais esperança na sociedade, nos governos e no trabalho.
Procurarei
enriquecê-la
com
detalhes
históricos,
geográficos e outros mais técnicos, a fim de preservar um pouco da memória daqueles dias, para que no futuro possamos tirar lições positivas e homenagear as pessoas que, de uma forma ou outra, sempre buscando suas próprias soluções, quando perde a esperança.
Há dois anos cheguei a Porto Velho, assim como cheguei aqui em Boa Vista, com a alma endurecida para o sacrifício, mas com a ilusão de encontrar felicidade, riqueza e amor.
Vim junto com um companheiro mineiro da Serra Pelada, o Raimundo, que mais que amigo, o considerava irmão.
Procuramos um lugar para nos instalar e, indicaram uma pensão barata perto do mercado municipal, onde tantos outros mineiros se hospedavam.
A dona era uma senhora idosa chamada Dona Maria, que logo se compadeceu de mim e nos cedeu o melhor dos quartos, que reservava apenas para os filhos, quando viessem visitá-la.
Depois de instalado, resolvi caminhar pelas ruas da cidade, para conhecer um pouco de