Laranjas Amareladas

De J. Aprijo

Sinopse “Laranjas Amareladas” é o seu primeiro romance e devido a insistência de pessoas queridas, decidiu publica-lo. O mesmo é totalmente fictício, de linguagem simples e clara, com riquezas de detalhes, parágrafos longos que expressam o cotidiano da personagem principal, Drª Allison, residente em dos melhores hospitais de sua cidade, conhecida pela sua competência, vive um relacionamento com Marke desde a sua adolescência. Atualmente ambos moram em cidades distantes, e lutam para que esse amor não se esfrie com a distância, pois estão em busca da realização profissional, o que Allison, também com conhecida por Ally, não esperava é a presença do novo residente de família muito rica, Drº Allan Nicollas, e sente que ele poderá ser uma ameaça ao seu trabalho, que lutou tanto para chegar onde estar, então gera um conflito, e esse conflito é totalmente recíproco, vindo a balançar não somente a profissão de Ally, mas quem sabe o seu renascimento. Allison, é uma mulher batalhadora, tudo que conquistara foi diante de muitas lutas, sem apoio familiar, trilhou e imaginou o seu futuro, porém a vida nem sempre é justa, e o universo muda a sua vida em lindo dia, neste momento, Ally não se sente a mesma pessoa, cansada, triste e se sentindo sozinha, a vida ou a morte, lhe oferece uma segunda chance.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 17 de dez. de 2021

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laranjas

amareladas.

J. Aprijo.

Dedico este romance a minha família, aos amigos, estudantes e leitores, que diretamente e ou indiretamente ajudaram-me no incentivo, nas correções e opiniões. Em especial, a Kezia R. de Souza, ao Ercedílio Guedes Júnior, Erick Rito e Roberta Kelly.

Sendo meu primogênito é com grande carinho e alegria apresento o meu mais novo Romance:

Laranjas Amareladas

– Escrevo, para não morrer afogada nas palavras.

J. Aprijo.

Setembro de 2021

Laranja

QUARTAS FEIRAS

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Adoro as quartas feiras de fevereiro e setembro, são as semanas e os meses mais preguiçosos e chuvosos, e isso dá uma alegria no peito e uma vontade de viver.

Ele saiu bem cedo enquanto eu estava dormindo, senti somente o cheiro do seu perfume favorito e o mais engraçado é senti-lo nos meus sonhos, e de alguma maneira, mesmo dormindo, eu sabia que ele havia saído para trabalhar e que eu teria mais vinte minutinhos, para dormir. Escutava lentamente seus movimentos no quarto e no banheiro, às cinco horas da manhã o despertador toca a sua música favorita. O balanço da cama quando ele se levanta, o bocejo, a tosse, o perfume, o beijo gelado e o cheiro do creme dental de menta, de uma marca bem vagabunda, que segundo ele o importante é a limpeza.

O silêncio tomou conta do quarto, e ouvi de longe o barulho da fechadura e do molho de chaves, e antes de eu voltar a dormir, meu despertador tocou, como em todas as manhãs, mais uma vez eu estava cansada, a vontade de ficar na cama são pesos que carrego em todas as manhãs, e hoje, não seria diferente, sinto que a carga está mais pesada que o normal, ontem eu tive a mesma sensação e não era o mesmo peso: era carregável.

Acordei no mesmo horário, com o mesmo barulho do despertador, com o beijo gelado, o cheiro e o gosto do creme dental de menta e do perfume, como se fosse um ritual de todas as manhãs.

Adoro as manhãs, minha mãe sempre falava que eu acordava cedo, somente para ficar olhando o céu – as manhãs – as nuvens mudavam de posições e de desenhos, aquilo era incrível, o latido do cachorro do vizinho e o cheiro, aquele cheiro de café sendo passado na hora. Aquela sensação tomava conta do meu corpo, e eu tinha certeza que poderia voar.

Em um belo dia bem cedo de uma segunda feira do mês de janeiro e não fevereiro ou setembro como eu gostaria que fosse, o tempo estava estranho, o silêncio ensurdecedor, sentei na varanda para ver as nuvens, o cachorro latiu e cheiro lentamente tomou conta da varanda, e de repente tudo começou a ficar agitado e as coisas aconteciam em uma velocidade fora do normal, como se estivesse em um filme que no qual o telespectador apertou o botão de mover o cursor para acelerar aquele momento, senti algo estranho e ouvi a minha mãe chorando em desespero, pessoas estranhas sentadas na sala e o cheiro do café, sumindo no ar e tudo ficou lento e audível.

Lento e audível, foi a aquela segunda de manhã.

Laranja

LENTO E AUDÍVEL, FOI AQUELA SEGUNDA DE MANHÃ.

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Hoje estou cansada, sinto as minhas forças se esvaindo dos meus poros, é como se eles denunciassem todo o meu desespero. O meu celular tocou, logo de manhã, um número desconhecido, mas este era diferente, eu já tinha visto-o antes. Enquanto passava o café, e colocava a xícara na mesa, o celular não parava de tocar, com muita insistência, resolvi atender com quem não quer nada e que não estava nem um pouco interessada na ligação e muito menos de chegar no horário no trabalho. Espero que hoje seja um dia