Soldado 4.600:
De Helton Costa
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Soldado 4.600: - Helton Costa
Idealização:
Helton Costa
Redação e pesquisa:
Helton Costa
Revisão:
Josiane Aparecida Franzo
Capa e projeto Gráfico:
Helton Costa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Soldado 4.600: vida e luta do Pracinha Manoel Castro Siqueira/Helton Costa –
Curitiba: Matilda Produções, 2022.
Bibliografia.
ISBN: 978-65-86392-07-4
1. História Militar; 2. Força Expedicionária Brasileira; 3. Segunda Guerra Mundial CDD: 978-65-86392-06-7
Soldado 4.600
Vida e luta do pracinha
Manoel Castro Siqueira
Por Helton Costa
Ponta Grosa/PR
2022
Senhor MANOEL CASTRO SIQUEIRA, um veterano da Força Expedicionária Brasileira – FEB, um Pai Herói
Wellington Corlet dos Santos (*)
Apesar da 2ª Guerra Mundial (1939-1945) ter sido um grande marco na História Contemporânea, infelizmente, por ter produzido violência e destruição em proporções jamais vistas antes, deixou, também, um grande legado de ensinamentos, mormente nos relacionamentos humanos, entre as nações e, também, entre Estados.
A guerra, antes de tudo, veio para reivindicar o preço que a humanidade deveria pagar pela LIBERDADE, pela IGUALDADE, pela FRATERNIDADE, pela DEMOCRACIA e pela própria PAZ. E, como sabemos, ela cobrou muito caro: aproximadamente 50 milhões de vidas humanas, inclusive, muitos brasileiros.
Em termos de História, na linha do tempo, o evento é até bem recente, dado que são passados apenas 76 anos do final da guerra, e tudo foi muito bem registrado.
Por isso, muitas memórias chegaram até a nossa geração por meios orais, fotografias, jornais, revistas, películas cinematográficas, registros escritos, monumentos, cemitérios, etc.
Podemos afirmar, sem dúvida alguma, que aquela geração que enfrentou as dificuldades da guerra nos anos 40, foi uma geração de pessoas fortes, uma geração de verdadeiros heróis e heroínas.
E, pelos mesmos motivos, podemos afirmar que a nossa geração é uma geração de muita sorte, por desfrutar dos benefícios conquistados pelas gerações anteriores, inclusive a dos nossos avós, e porque tivemos, e ainda temos, o privilégio de ainda poder conviver com os últimos heróis e heroínas que viveram o flagelo da 2ª Guerra Mundial.
Paradoxalmente, nessa nossa mesma geração, muitas pessoas nascem, crescem, vivem e morrem sem saber o verdadeiro preço da LIBERDADE, da IGUALDADE, da FRATERNIDADE, e da DEMOCRACIA. Nada se pode esperar do futuro se não se conhece o próprio passado.
Como um alento, muito além das já citadas fontes ou de um simples livro didático, que por sinal, para prejuízo da juventude e das gerações futuras, pouco ou quase nada exploram sobre o assunto, restaram à nossa geração os testemunhos dos pouquíssimos remanescentes da FEB que lograram vencer até mesmo as dificuldades da vida, da idade avançada e o próprio tempo.
No seleto ambiente da Associação Nacional dos Veteranos de Força Expedicionária Brasileira – ANVFEB, desde muito jovem, antes que como cidadão e como militar, mas primeiramente como pessoa, eu tive o privilégio de conviver com diversos desses veteranos da FEB, em especial, os de Mato Grosso do Sul, a partir do ano 2000.
Ali, conheci vários deles e suas belíssimas histórias de heroísmo, de resistência, de fé e dedicação.
Hoje, mais velho, posso dizer que tive e tenho tido o privilégio de ouvir a história, em primeira pessoa, de quem fez a História, dos próprios protagonistas que participaram daqueles eventos.
Lamentavelmente, tenho consciência que eles estão nos deixando, de que a minha geração é a última que está tendo esse privilégio porque, a partir de agora, os nossos filhos e netos só conhecerão esse passado pelas letras frias dos livros de História, e isso só ocorrerá se nós que as ouvimos, as escrevermos.
Direi aos meus filhos e netos que conheci e convivi com heróis verdadeiros, com pracinhas da FEB, como o Sr. Manoel Castro Siqueira, que integrou a Força Expedicionária Brasileira - FEB como Soldado (9G - 33233), no 6º Regimento de Infantaria (6º RI) de Caçapava – SP. Que ele embarcou para a Itália no 1º escalão da FEB, em 02 de julgo de 1944, e lá permaneceu até 18 de julho 1945, participando ativamente de diversas batalhas contra os nazistas alemães e fascistas italianos, dentre as quais, Monte Prana, Zocca, Camaiore, Montese, Collechio e da rendição da 148ª
Divisão de Infantaria Alemã, em Fornovo di Taro. Que, de volta ao Brasil, após a guerra, ele trabalhou na roça, até ser aproveitado para trabalhar nos correios, em Ponta Porã – MS, e depois, até mesmo guarda noturno ele foi, para reforçar o orçamento e prover melhor sustento a sua família.
Contar-lhes-ei, também, que, como vários outros pracinhas da FEB, ele foi um daqueles heróis que não precisariam receber uma medalha para atestar os seus méritos, mas ao contrário, ele foi um daqueles cidadãos que as autoridades precisariam condecorar para divulgar, valorizar e dignificar uma medalha.
E direi sim, que o Sr. Manoel foi herói na guerra e herói na paz, um PAI HERÓI, que se foi no dia 24 de novembro de 2019, e nos deixou um grande legado de admiração e respeito. Descanse em paz!
E tenho feito isso a vida inteira, por toda a FEB e por todos os seus heróis.
Portanto, oportuno, importante e muito justo é o presente trabalho do nosso
incansável Helton Costa, na busca da verdade histórica e da divulgação dos feitos gloriosos da Força Expedicionária Brasileira – FEB, neste caso, presenteando a posteridade com um pouco da história de vida de um verdadeiro herói contemporâneo, o Sr. Manoel Castro Siqueira.
Com certeza, o presente trabalho me ajudará a contar