Como e Porque Sou Romancista
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Como e Porque Sou Romancista - L P B Edições
APRESENTAÇÃO
A cada dia mais me convenço de que nada mais deveria ser escrito por escritor algum, até que tenhamos lido tudo o que os escritores que nos antecederam já escreveram. Já não me surpreendo mais ao ler um texto antigo e vê-lo tão moderno, como se acabasse de ser publicado. Não me refiro aqui a autores do século passado apenas, ou de 500 anos atrás, mas autores de dezenas de séculos atrás. É óbvio que a natureza humana não muda, não importa o quanto a ameaça do inferno ou as promessas do céu possam ser incutidas em sua mente. Ele é e continuará sendo o pecador original e oportunista que, à primeira oportunidade, subverte tudo que lhe foi imposto ou adquirido. Mas esta é outra seara.
Desconhecia o texto de José de Alencar que apresento aqui. Escrito em 1873, a despretensiosa carta desse autor é tão atual como a última notícia que se ouviu no noticiário local ou que tenha sido lida na última edição de um jornal qualquer.
Além de sua atualidade quanto aos percalços enfrentados por um escritor brasileiro, o texto é uma aula sobre a arte de escrever, descrevendo passo a passo a formação do escritor e as qualidades exigidas para tal mister, a saber: a leitura, a observação, a persistência e a dedicação ao seu ofício apesar de tudo e de todos.
José de Alencar não nasceu escritor consolidado. Fez-se a custa do esforço pessoal. Enfrentou há mais de um século os mesmos problemas que afetam os escritores atuais: falta de incentivo e de reconhecimento, concorrência contra a literatura estrangeira e a crítica destrutiva, para citar os principais.
É uma leitura altamente recomendada para os novos escritores, como incentivo para enfrentar as barreiras que lhes surgirão fatalmente, por isso merece ser feita com calma e reflexão.
Procurei atualizar o texto quanto a sua ortografia, mas preservando a estrutura e as construções do autor, já que uma leitura atenta permitirá entender sua crítica aberta aos revisores da época.
Pensei em não fazê-lo, mas cedi ao apelo da sugestão velada fornecida pelo autor, mais como exemplo aos novos autores, incluindo algumas notas sobre termos que eu próprio desconhecia. Assim como o fez o autor e, por isso, recomendo: a leitura de qualquer texto deve ser obrigatoriamente acompanhada de um dicionário. Isso é da máxima importância.
Deixei de incluir notas sobre eventos históricos mencionados no texto, deixando-os à curiosidade dos leitores. Uma busca na Internet poderá situar todo o período histórico do texto e fica aqui como sugestão.
L P Baçan
COMO E PORQUE SOU ROMANCISTA
Como e porque sou romancista faz parte da coleção de trabalhos inéditos, mais ou menos incompletos, que mais tarde, sob o título geral de Obras Póstumas, hão de vir à luz da publicidade.
Todavia, sendo essa publicação muito morosa e difícil, entendi não dever por mais tempo conservar ocultos aos leitores certos trabalhos que naturalmente satisfazem a curiosidade pública. Assim, antecipo hoje o aparecimento desta autobiografia literária, em que sob a forma de carta, José de Alencar expõe, singela e sinceramente, todas as circunstâncias da sua vida que, influindo-lhe o espírito, despertaram a sua extraordinária e vigorosa vocação de escritor e principalmente de romancista.
Rio, abril de 93.
MARIO ALENCAR.
I
Meu amigo,
Na conversa que tivemos, há dias, exprimiu V. o desejo de colher acerca da minha peregrinação literária, alguns pormenores dessa parte íntima de nossa