Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Na Beira Do Cais
Na Beira Do Cais
Na Beira Do Cais
E-book455 páginas2 horas

Na Beira Do Cais

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

SINOPSE “Se você apagasse todos seus erros do passado, você apagaria toda a sabedoria do seu presente” Autor Desconhecido A finalidade principal com a elaboração deste livro, é mostrar na linha do tempo, sobre praticamente tudo que ocorrera no Cais do Porto do Cacau, e o seu entorno. São recordações da infância a sênior, que envolvem a misteriosa Baía do Pontal, na cidade de Ilhéus. Que é tão antiga quanto, a criação das Capitanias Hereditárias, em registros históricos, relatos individuais e pesquisas faladas ou orais. Os primeiros registros, dão conta do Rio dos Ilhéos, hoje Rio Cachoeira, o principal formador desta baía; e os rios Santana, Fundão (Itacanoeira); Ilha do Frade e o Canal do Jacaré. A história mais importante do Cais do Porto do Cacau, na Baía do Pontal, na cidade de Ilhéus/Bahia, começa com a expansão da lavoura do cacau, no início do século XX, (1910) com a necessidade da instalação de um ancoradouro fluvial na foz do Rio Cachoeira. Em 1911 foi firmado um contrato entre o governo federal e o senhor Bento Berilo de Oliveira, para a construção de uma ponte e um cais. Finalmente, em 17 de maio de 1920, numa parceria entre o município e a iniciativa privada, foram realizadas obras que transformaram o antigo ancoradouro no primeiro porto de Ilhéus. Começa então, a partir daí, o progresso com o crescimento da cidade de Ilhéus e toda região do cacau, entre coronéis, cacau, chocolate, estrada de ferro, violência, lazer, cassino e mulheres.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de out. de 2021
Na Beira Do Cais

Leia mais títulos de José Rezende Mendonça

Relacionado a Na Beira Do Cais

Ebooks relacionados

Ciência Ambiental para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Na Beira Do Cais

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Na Beira Do Cais - José Rezende Mendonça

    NA BEIRA DO CAIS

    Sucessos, Fracassos e Esperanças

    Ilhéus/Bahia - 1921 - 2021

    José Rezende Mendonça

    Ilhéus, Bahia - 2021

    Copyright © 2021

    José Rezende Mendonça

    Ilhéus – Bahia

    DIAGRAMAÇÃO

    José Rezende Mendonça

    REVISÃO

    Josy Sampaio Mendonça

    CAPA

    José Rezende Mendonça

    FOTOS

    Todas as fotos publicadas neste livro, são do acervo fotográfico eletrônico de José Rezende Mendonça, e ou cedidas por diversos amigos, excetuando as que estão identificadas pela sua autoria e acervo, no próprio texto.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Mendonça, José Rezende. NA BEIRA DO CAIS – Sucessos, Fracassos e Esperanças /José Rezende Mendonça – Ilhéus: Via Amazon, Clube de Editores e Livrorama - setembro/2021.

    335 pg.

    ISBN: 9798750754441

    1. Literatura Brasileira, 2. Região Cacaueira da Bahia, 3.

    Porto do Cacau, 4. Chocolate, 5. Estrada de Ferro, 6.

    Navios, 7. Candomblé, 8. Assoreamento, 9. Cabaré, 10.

    Hidrografia,11. Meio Ambiente,12. Turismo

    ______________________________________________

    Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer meio, total ou parcial, constitui violação da lei nº 9.610/98.

    [ 2 ]

    SUMÁRIO

    CAPÍTULO

    PÁG.

    CAPÍTULO

    PÁG.

    Dedicatória

    04

    A Toca do Gringo

    153

    Agradecimento Especial

    05

    Cristo Redentor

    154

    Sobre o Autor

    06

    Flamingo Yate Clube

    165

    Introdução

    07

    Morro de São Sebastião

    169

    Terminal Pesqueiro

    09

    Ponte Lomanto Júnior

    173

    A Boca da Barra

    14

    Ponte Estaiada Jorge Amado

    182

    Os Naufrágios – Navio Itacaré

    24

    Os Pescadores

    194

    Navio Urubatan

    35

    Morro de Pernambuco

    209

    Navio Dois de Abril

    41

    Festa de Iemanjá

    219

    Embarque do Gado

    42

    O Afilhado de Iemanjá

    224

    Navio Jangadeiro (Café)

    48

    Travessia Ilhéus - Pontal

    243

    Navio Sueco

    50

    As Baronesas

    253

    Naufrágio na Pedra do Rapa

    52

    Dunas da Orla do Pontal

    256

    O Descaso – Navio Ludmar

    54

    Nossas Árvores

    260

    Os Hidroaviões

    57

    A Alvorada

    268

    Cais do Porto

    63

    Ponte de Caribé

    270

    A Estrada de Ferro

    71

    Colég. Barão de Macaúbas

    272

    Fábrica de Chocolate

    88

    Assoreamento-Baía Pontal

    277

    Ilhéus Hotel – Misael Tavares

    103

    Mudanças Ambientais

    285

    O Cabaré do Cacau - Bataclan

    111

    Mudanças Arquitetônicas

    285

    Sociedade União Protetora

    120

    Esporte Náutico

    304

    Sindicato dos Estivadores

    121

    Despoluição Baía do Pontal

    312

    Feira Livre do Cais do Porto

    128

    Turismo na Baía do Pontal

    321

    Satélite Esporte Clube Remo

    135

    Atrativos Cultuais

    326

    Instituto Baía do Pontal- IBP-I

    146

    Obras do Autor

    328

    Caranguejo do João

    151

    Final

    335

    [ 3 ]

    DEDICATÓRIA

    Dedico este livro a minha esposa Eliana. Mulher de fibra, coragem, dedicação e amor, que sem ela, nada disso seria possível. Aos meus três filhos: Jean, Josean e Josy. As noras Maria José, Liliane e ao genro Rodrigo. Aos meus netos: Jonnas (In Memoriam), Isabelle, Enzo, Raphael e Davi.

    Que no presente e no futuro, os registros aqui relatados, possam refletir, o quanto se faz necessário no equilíbrio entre a natureza e o progresso.

    Para meus netos e futuros bisnetos, que algo os despertem, para que um dia possam também, relatar em livros suas experiências vividas passo a passo, na luta pelo bem comum, e sempre respeitando o limite entre o meio ambiente a necessidade de sobrevivência.

    [ 4 ]

    AGRADECIMENTO ESPECIAL

    Meus mais sinceros agradecimentos ao amigo Daniel

    Gentili,

    pela

    sua

    colaboração

    importantíssima, para o resgate de inúmeras fotos antigas da cidade de ilhéus, como também, diversos recortes de jornais e revistas,

    colocando-as à nossa disposição; fruto da sua persistência e dedicação em pesquisas pela internet,

    em

    diversos

    órgãos,

    museus,

    bibliotecas e institutos tais como: a Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, IBGE, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Revista LIFE e alguns outros sites estrangeiros.

    Daniel Gentili (1944), é paulista da cidade de Butucatu, e há muitos anos é morador da cidade de Lins. Filhos de italianos (Ulderico Gentili e Deolinda Simometti Gentili. Técnico industrial na área automobilística tendo exercido sua atividade nas empresas, Willys Ford e General Motors.

    Hoje aposentado, aproveita seu tempo para estas pesquisas e também auxiliando sua esposa, que é médica e proprietária de um Laboratório de Patologia, na cidade de Lins.

    Nos conhecemos pela internet, nas nossas pesquisas por fotos antigas, no seu principal hobby a fotografia de aves. E a partir daí não paramos mais em trocas de acervos, principalmente com fotos e documentos das estradas de ferro do Brasil.

    Em uma de suas mensagens por e-mail para mim, assim escreveu:

    "esta é uma colaboração modesta e não muito difícil de fazer, só se gasta um pouco de tempo e paciência e com muita felicidade aproveitada pelo homem apaixonado por Ilhéus, o Rezende

    [ 5 ]

    SOBRE O AUTOR

    Como um cara prestativo, sobretudo de caráter ilibado, além de outras boas qualidades, é fácil observar o apreço que colegas, amigos – e quem o conhece – têm por José Rezende.

    Na vida laboral da Geociências, divisão do Centro de Pesquisa, da CEPLAC, órgão onde trabalhara

    como especialista em fotointerpretação, se aprofundando também em questões do meio

    ambiente, José Rezende fez publicar, como autor e coautor, significativo número de trabalhos técnicos, a exemplo de – só para citar dois – Povoados e Vilas dos Sudeste da Bahia - Ceplac - 1978 e

    Terras Avistadas por Cabral (Mata Atlântica) - 500 Anos de Devastação UESC - 2000. Artigos, mapas e documentos diversos igualmente de sua lavra, são mais peças a se juntarem para credenciá-lo entrar no rol dos profissionais exemplares sem pedir licença. Sim, com o mérito de ter seu nome gravado – por publicações sobre biodiversidade – nos anais do Ministério do Meio Ambiente e no Instituto National Tropical Botanical Garden dos EUA.

    Já aposentado, a sua austera posição em defesa do Pontal, bairro ilheense onde nascera, ao acordar o memorialista que adormecia dentro de si, vem a publicar em 2007, Pontal Ontem & Hoje. Dando seguimento à sua produção literária, outras publicações de diferentes temas saíram do prelo; recentemente, voltando a tematizar seu amado Pontal, foi a vez de Memórias da Infância - Lá vem o Bicho Papão.

    José Rezende ao me ‘intimar’ declarar algo a respeito do autor desta obra, ao intimador fiz ver que não poderia ser sintético, entretanto, ao obedecer à ‘regra do jogo’, radicalizo e termino estas linhas aqui, mas antes sem deixar de lhe pedir vênia para acrescentar que, além da observação, o observador também tem pelo colega ceplaqueano e, amigo, o maior apreço.

    Heckel Januário

    [ 6 ]

    INTRODUÇÃO

    "Se você apagasse todos seus erros do passado,

    você apagaria toda a sabedoria do seu presente"

    Autor Desconhecido

    A finalidade principal com a elaboração deste livro, é mostrar na linha do tempo, sobre praticamente tudo que ocorrera no Cais do Porto do Cacau, e o seu entorno. São recordações da infância a sênior, que envolvem a misteriosa Baía do Pontal, na cidade de Ilhéus. Que é tão antiga quanto, a criação das Capitanias Hereditárias, em registros históricos, relatos individuais e pesquisas faladas ou orais.

    Os primeiros registros, dão conta do Rio dos Ilhéos, hoje Rio Cachoeira, o principal formador desta baía; e os rios Santana, Fundão (Itacanoeira); Ilha do Frade e o Canal do Jacaré.

    A história mais importante do Cais do Porto do Cacau, na Baía do Pontal, na cidade de Ilhéus/Bahia, começa com a expansão da lavoura do cacau, no início do século XX, (1910) com a necessidade da instalação de um ancoradouro fluvial na foz do Rio Cachoeira. Em 1911 foi firmado um contrato entre o governo federal e o senhor Bento Berilo de Oliveira, para a construção de uma ponte e um cais. Finalmente, em 17 de maio de 1920, numa parceria entre o município e a iniciativa privada, foram realizadas obras que transformaram o antigo ancoradouro no primeiro porto de Ilhéus.

    [ 7 ]

    Começa então, a partir daí, o progresso com o crescimento da cidade de Ilhéus e toda região do cacau, entre coronéis, cacau, chocolate, estrada de ferro, violência, lazer, cassino e mulheres.

    Ao longo do tempo, num período aproximado de 30 anos, o porto de Ilhéus, na Baía do Pontal, era o destaque principal. Mas, já a partir dos anos 40, era percebido a necessidade da construção de um novo porto, pois cada vez mais os navios de grande porte, não podiam mais adentrar a boca da barra, para alcançar o cais do porto, tendo que serem carregados em alto mar, num trabalho muito arriscado. Juntaram-se a isso, as deficiências verificadas por falta de dragagem, formação de bancos

    de areia e com um canal de acesso de profundidade irregular.

    Então, era preciso novas alternativas e depois de várias análises, decidiu-se pela construção do novo porto, agora em mar aberto, na ponta do Malhado, na Av. Soares Lopes que veio a ser inaugurado em 1971.

    Em 1977, o antigo Porto de Ilhéus, já totalmente desativado, teve seu patrimônio e controle incorporado à

    Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA).

    Com isso, mais uma perda para a tão admirada Baía do Pontal.

    [ 8 ]

    TERMINAL PESQUEIRO PÚBLICO DE ILHÉUS

    [ 9 ]

    Num dos Armazéns desativado da CODEBA, foi construído o Terminal Pesqueiro Público de Ilhéus, inaugurado em 30.11.2012, na gestão do então governador da Bahia Jacques Wagner e tendo como prefeito de Ilhéus, Newton Lima Silva. Mesmo inaugurado, só efetivamente veio a funcionar em 2013, na gestão do prefeito Jabes Ribeiro.

    O modelo de gestão compartilhada do Terminal Pesqueiro foi aprovado pela Câmara de Vereadores, Bahia Pesca e pelos presidentes das Colônias Z-34, Z-19.

    O Terminal Pesqueiro teve um investimento de dez milhões de reais, recursos dos governos federal e estadual.

    Foi idealizado para estimular a economia local, oferecendo

    [ 10 ]

    aos pescadores da região e visitantes uma área própria para trabalharem adequadamente.

    Adotado de câmaras e túneis de espera, congelamento e estocagem de iscas e refrigerados, sala de higienização, pátio de caminhões, vestiários, sanitários e casa de máquinas. Além disso, conta com uma fábrica de gelo, central de fornecimento de energia, boxes de vendas, oficina de manutenção de embarcações, central de higienização de caixas, lanchonete e estacionamento também compõem a estrutura dos terminais.

    Uma das finalidades para que toda essa estrutura funcionasse adequadamente, foi promover um esforço em conjunto entre governo, cooperativas, associações, federação dos pescadores, empresários do ramo e demais entidades setoriais, para utilizar a capacidade estimada e planejada para os equipamentos. Tudo isso para

    [ 11 ]

    impulsionar a cadeia produtiva da pesca, aprimorar as condições de trabalho, melhorando a qualidade de vida do pescador e de suas famílias.

    Em 2019, O Terminal Pesqueiro, contou com mais um importante serviço. O espaço passou a processar o camarão, pois o crustáceo lavado, resfriado e filetado na unidade de beneficiamento do Terminal, aumentou seu valor de mercado em pelo menos 100%.

    Em 2020, segundo o presidente da Bahia Pesca, Marcelo Oliveira, o Terminal Pesqueiro de Ilhéus atingiu a marca de 300 mil toneladas de pescado desembarcados, número 12% maior que no ano passado. Afirmou também, numa entrevista à imprensa regional, que o crescimento da movimentação é explicado por suas vantagens logísticas, e que o seu o interesse pelo terminal ocorre por conta de sua localização estratégica e pelos descontos oferecidos aos pescadores, a exemplo de gelo com abatimento de 25% em comparação ao valor oferecido no mercado.

    [ 12 ]

    E devido ao trabalho de apoio ao pescador desenvolvido no terminal, Ilhéus se tornou referência no Brasil. Hoje, o Terminal recebe embarcações de diferentes estados, que veem no Terminal um ótimo lugar para descarregar seu pescado antes de voltar ao seu porto de origem

    O espaço conta ainda com outros serviços, como venda de combustível

    para

    embarcações,

    unidade

    de

    beneficiamento

    de

    pescado,

    soprador

    de

    gelo

    (equipamento que coloca o gelo diretamente na embarcação, sem necessidade de esforço físico dos pescadores), estrutura de peixaria, caminhão frigorífico e um píer que comporta cerca de 15 embarcações simultaneamente.

    [ 13 ]

    A BOCA DA BARRA

    Entrada da Barra – ao fundo o Morro de Pernambuco

    Num encontro com um amigo pontalense nato, o Edilson Carvalho Silva, hoje radicado em São Paulo, nossa conversa neste encontro girou sobre a Baía do Pontal. E

    ali na cobertura do abrigo (ALVORADA) das antigas lanchas, que faziam a travessia Ilhéus/Pontal, ficamos por algumas horas contemplando a Baía do Pontal.

    Lembramos dos idos anos de 50 e 60, quando esta baía nos proporcionava uma agitação salutar que achamos difícil um dia voltar ao que era. E para matar a saudade transcrevo aqui algumas lembranças daquela época.

    [ 14 ]

    [ 15 ]

    Vamos começar a falar da entrada ou boca da barra, pois era assim que chamávamos o local onde começava o avanço do mar na foz do Rio Cachoeira. Era o local mais temido por todos os condutores das lanchas, besouros, canoas, saveiros, lanchinhas, rebocadores, alvarengas, navios etc.

    Um Rebocador puxando uma Alvarenga

    Os profissionais que conduziam

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1