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Relatos Ambientais
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E-book249 páginas1 hora

Relatos Ambientais

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Sobre este e-book

A finalidade deste livro, é evidenciar com mais clareza o que ocorreu com a Mata Atlântica no Sudeste da Bahia, com relatos ambientais, com verdades e mentiras, de uma região que ao longo do tempo, teve sua exploração com finalidades diversas em épocas distintas. Dividimos para melhor compreensão a área coberta em: Mata Atlântica do Sul e Extremo Sul da Bahia. A do Sul da Bahia com sua exploração da cultura da piaçaveira (piaçabeira) e a introdução da cultura do cacaueiro, que tiveram um destino mais conservador. Já a do Extremo Sul, fora praticamente extinta. Da sua área de mata original total, em 1997 já tinha perdido 95% desta cobertura vegetal, basicamente para introdução da pecuária e a exploração da celulose, através de grandes áreas de reflorestamento com o eucalipto. Também neste livro, relatos de toda uma dinâmica que envolvem os recursos hídricos, solos, vegetações, uso da terra, clima, relevo e o homem que sempre fora praticamente o responsável pelas causas e efeitos destas transformações envolvendo as áreas costeiras com suas praias, manguezais, restingas e campos naturais. O trabalho “45 Anos de Desmatamento do Sudeste da Bahia”, teve uma importância ímpar, que levou o Jardim Botânico de Nova Iorque, publicá-lo a nível internacional. Por fim, a relação e descrição das principais áreas de preservação, ricamente ilustrado com 57 fotos coloridas e 8 em preto & branco. TEMAS: 01.Desmatamento no Sudeste da Bahia – Pag. 07 02.Mata Atlântica sobre o Cacaueiro – pag. 18 03.O Cacaueiro Conservador da Mata Atlântica – Pág. 31 04.Terras Avistadas por Cabral – “500 Anos de Devastação” – Pág. 36 05.Geograficamente Ilhéus – 1534 – Pág. 56 06.Jardim Botânico de Ilhéus – Pág. 69 07.APA da Lagoa Encantada – Pág.103 08.Recursos Hídricos de Ilhéus – Pág. 113 09.Técnica de Coleta e Exposição de Perfis de Solo – Macromonolitos – Pág. 125 10.Unidades de Conservação do Sul da Bahia – Pág. 138 11.Parque Estadual Serra do Conduru e Reserva Biológica de Una/BA – Pág. 142 12.Parque Municipal Marinho – Pedra dos Ilhéus – Pág. 147 13.Terras Indígenas Sul da Bahia – Pág. 148 14.Relato Ecológico das Praias de Ilhéus – Pág. 154 15.Um Relato Ambiental de uma Avenida Costeira – Pág. 164 16.Bairro Teotônio Vilela Fenômeno em Expansão Urbana e o Meio Ambiente – Pág.169
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de jul. de 2021
Relatos Ambientais

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    Relatos Ambientais - José Rezende Mendonça

    RELATOS AMBIENTAIS

    A MATA ATLÂNTICA E O CACAUEIRO

    Verdades & Mentiras

    SUDESTE DA BAHIA

    José Rezende Mendonça

    Ilhéus, Bahia - 2021

    Copyright © 2021

    José Rezende Mendonça

    Ilhéus – Bahia

    DIAGRAMAÇÃO

    José Rezende Mendonça

    CAPA

    José Rezende Mendonça

    FOTOS

    Todas as fotos publicadas neste livro, são do acervo fotográfico eletrônico de José Rezende Mendonça, excetuando as que estão identificadas pela sua autoria e acervo, no próprio texto.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Mendonça, José Rezende. RELATOS AMBIENTAIS - A MATA ATLÂNTICA E O CACAUEIRO - Verdades & Mentiras SUDESTE DA BAHIA/José Rezende Mendonça – Ilhéus: Via AMAZON - 2021.

    185 p

    ISBN: 9798544732419

    1.Literatura brasileira – ambiental. 2. Região Cacaueira da Bahia – 3. Mata Atlântica – 4. Restinga – 5. manguezal –

    6. Solos – 6. Vegetação – 7. Uso do Solo – 8. Relevo – 9.

    Hidrografia – 10. Meio Ambiente.

    ______________________________________________

    Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer meio, total ou parcial, constitui violação da lei nº 9.610/98.

    [ 2 ]

    DEDICATÓRIA

    Dedico este livro a minha

    esposa Eliana. Mulher de fibra,

    coragem, dedicação e amor,

    que sem ela, nada disso seria

    possível.

    Aos meus netos: Jonnas (In

    Memoriam), Isabelle, Enzo,

    Raphael e Davi.

    Eles serão o futuro de amanhã,

    e que aqui nestes registros,

    possam ler, o quanto se faz

    necessário no equilíbrio entre a

    natureza e o progresso

    Que algo os despertem, para

    que um dia possam também,

    relatar

    em

    livros

    suas

    experiências vividas passo a

    passo, na luta pelo bem

    comum, e sempre respeitando

    o limite entre o meio ambiente

    e

    a

    necessidade

    de

    sobrevivência.

    [ 3 ]

    SOBRE O AUTOR

    Falar do Rezende, como comumente o chamamos, não é tarefa difícil, sobretudo nesse mundo de baixos valores e valorização

    dos

    incompetentes,

    agraciados

    pelo

    sobrenome e pelo QI (quem indique) político. Ele é diferente; um vencedor pelos seus méritos próprios.

    Com muita honra e satisfação, enalteço as qualidades desse ceplaqueano de quatro costados que, com muita eficiência, dedicou muitos anos de sua vida na excelência dos trabalhos técnicos de apoio na Divisão de Geociências, do CEPEC, em tempos idos, quando a CEPLAC era uma Instituição padrão. Lembro-me muito bem da sua capacidade em aprender, tornando-se um expert em fotointerpretação, desenvolvendo trabalhos nas áreas de solos e de fitogeografia, sempre com dedicação e eficácia.

    E, pela sua feição eclética, foi meu auxiliar nas pesquisas de manejo dos solos, na Estação Gregório Bondar, sendo agraciado

    em

    coautorias

    em

    publicações,

    independentemente de sua formação de técnico-agrícola, mercê da sua participação efetiva na condução dos trabalhos campo e na coleta de dados.

    Mas, há um outro lado, o do cidadão Zé Rezende, que luta, dá exemplo e elabora documentos reivindicatórios; expõe o seu amor à terra ilheense, através de seus belos escritos, eivados de informações técnicas; chega junto do seu semelhante, pela sua desenvoltura espiritual e humana; e monitora a sua família, tão bem edificada. Por tudo isso, não poderia deixar de ser seu amigo e admirador.

    Luiz Ferreira da Silva – Agrônomo Maceió, 25 de abril de 2007.

    [ 4 ]

    DESMATAMENTO NO SUDESTE DA BAHIA

    Região Extremo Sul

    Região Sul

    Por: José Rezende Mendonça

    [ 5 ]

    INTRODUÇAO

    A terra em si, é de muito bons ares, assim frios e temperados... águas são muitas; infindas. E, de tal maneira, é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem ...

    Assim, em primeiro de maio de 1500, escreveu Pero Vaz de Caminha, expressando a qualidade do ecossistema da Mata Atlântica, no Sul da Bahia, as terras avistadas pela esquadra de Cabral.

    Nessa época e, por um longo período, a floresta fora explorada por nativos, cuja densidade baixa populacional, possibilitava um sistema extrativista sem quaisquer danos ao ecossistema, estendendo-se por todo o período em que se utilizava a agricultura itinerante, também chamada de pousio.

    A mata atlântica começa realmente a ser ameaçada com a extração do pau-brasil pelos portugueses e franceses, estimando-se que esse comércio de madeiras fez desaparecer 6.000 km2 de florestas em todo o país.

    Seguem-se os ciclos da cana-de-açúcar, do café, da pecuária e da garimpagem, dentre outros, aumentando o grau de desmatamento em toda a mata atlântica brasileira.

    [ 6 ]

    Capítulo: 1

    DESMATAMENTO NO SUDESTE DA BAHIA

    Mata Atlântica

    1945

    [ 7 ]

    A mata atlântica, no Sul da Bahia, sofreu um processo de deterioração do seu ecossistema, motivado pelo desmatamento indiscriminado, queima e inadequado manejo agrícola, afetando não só o acervo genético de suas espécies, mas a fisiografia, de um modo geral e, particularmente, o recurso-solo.

    Calcula-se que, nessa região, apenas 5% da cobertura vegetal permanece cuja devastação atingiu também as cristas de morros, as vertentes de captação hídrica e as margens dos rios.

    Discute-se a questão dos malefícios oriundos dessa deterioração ambiental e sugere-se um elenco de medidas visando a revitalização espacial dessa importante região de mata atlântica, contemplando pesquisas, ações tecnológicas e outras medidas congêneres.

    No sudeste da Bahia, objeto principal do presente estudo, a devastação foi extensa e intensa, sobretudo nos últimos 70 anos, ocasionando deterioração do solo e erosão genética do acervo biológico, já existindo imensas áreas em processo de degradação edáfica e desaparecimento de espécies vegetais.

    Nesses 520 anos do Descobrimento do Brasil, pretende-se com esse trabalho alertar sobre a exploração predatória dos ecossistemas, enfocando o mau exemplo da mata atlântica, em uma área de aproximadamente 27.250 km2, na Bahia, de modo a se buscar novos modos e maneiras de se utilizar, sem depredar, os recursos naturais,

    [ 8 ]

    sobretudo

    água

    e

    solo,

    praticando-se

    manejos

    sustentáveis de exploração agropecuária e florestal.

    Em 1945, o extremo sul da Bahia apresentava mais de dois milhões de hectares de florestas, representando 85% da área mapeada. Observa-se que os desmatamentos ocorriam somente nas desembocaduras dos rios principais, devido às características favoráveis ao povoamento através do litoral. A mancha que aparece próxima à cidade de Caravelas representa um Campo Natural e não uma área de mata derrubada.

    [ 9 ]

    Mata Atlântica

    1960

    1960, o levantamento aerofotogramétrico realizado na faixa litorânea revelou que o desmatamento evolui muito pouco. Na realidade, estava restrito à zona costeira e próxima à fronteira com o estado de Minas Gerais, em razão do avanço da pecuária.

    [ 10 ]

    Mata Atlântica

    1974

    O levantamento realizado em 1974 revela o período de maior agressão à Mata Atlântica, quando cerca de 71,58 %

    das matas existentes no período 1960-1974, foram

    [ 11 ]

    devastadas nos três últimos anos, devido à construção da rodovia BR- 101 (que corta ao meio toda a extensão da Mata Atlântica) e à instalação de polos madeireiros nas cidades situadas ao longo da referida rodovia. Neste período apenas duas áreas protegidas foram criadas pelo governo federal: a Estação Ecológica do Pau Brasil (CEPLAC, 1.140 ha.) e o Parque Nacional do Monte Pascoal (IBAMA, 22.500 ha.)

    [ 12 ]

    Mata Atlântica

    1990

    [ 13 ]

    De 1974 a 1990, as imagens de satélites revelaram que restava apenas 164.825 ha, ou seja, 6,04 % do que se constatou em 1945, tendo um desmatamento de 40,89%.

    Lamentavelmente nenhuma outra área destinada à preservação foi criada, apesar da biodiversidade existente na região mapeada, a exemplo de Mangue, Restinga, Brejo, Várzea, Campo Natural, Mata Higrófila e Mata Mesófila, bem como da velocidade da destruição destes ecossistemas

    [ 14 ]

    Município de Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália As duas reservas de Mata Atlântica - Governamental

    [ 15 ]

    Mata Atlântica

    1997

    [ 16

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