Estratégias didáticas em educação patrimonial: Icó/CE um lugar de memórias
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Sobre este e-book
local são possíveis por meio de uma educação patrimonial ou educação para o patrimônio. A obra é direcionada para professores da educação básica, mas também se propõe, como instrumento para conhecimento e uso
por diferentes agentes sociais. Tomando como base a cidade de Icó/CE, sua história e seu patrimônio, as estratégias sugeridas podem ser adaptadas para diferentes contextos.
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Estratégias didáticas em educação patrimonial - Antonio José Lima Pereira
APRESENTAÇÃO
A cidade de Icó/CE é um lugar de memórias e possui um conjunto arquitetônico e urbanístico que foi reconhecido como patrimônio cultural. Seus prédios, ruas, praças, objetos mobiliários e de arte sacra, sua história, manifestações populares, dentre outros, compõem um importante acervo identitário.
Reconhecer o valor do patrimônio cultural e perceber as potencialidades para a promoção do desenvolvimento econômico e social local deve ser um ideal buscado por toda a sociedade. Ações preservacionistas não precisam se limitar às reformas, restauros ou recuperações de bens imóveis, mas também, podem acontecer por ações de sensibilização e mediação em educação patrimonial.
Educação patrimonial é uma temática relacionada ao ensino de História, mas possível de utilização por outras áreas do conhecimento e por diferentes mediadores. Quando a temática é desenvolvida utilizando estratégias em formato de oficinas, possibilita aos participantes construírem conhecimentos e pensar estratégias para reconhecer, valorizar e preservar seus marcos de memória.
Como forma de colaborar no processo de mediação em educação patrimonial, tendo como objeto o patrimônio cultural de Icó/CE, elaboramos esta cartilha, como produto didático da dissertação de mestrado intitulada Icó/CE, a cidade e o patrimônio cultural: da trajetória do tombamento às estratégias de mediação em educação
, com informações sobre educação patrimonial, conceitos que podem ser abordados sobre o tema, estratégias didáticas em formato de oficinas e material de apoio.
Esperamos que este produto possa servir para compreensão sobre o tema e sua aplicação em escolas, reuniões de grupos, encontros comunitários, dentre outros.
Boa leitura!
Prof. Me. Antonio José Lima Pereira
1. ICÓ/CE, A CIDADE MONUMENTO E DOCUMENTO
A cidade de Icó/CE foi uma das cidades incluídas no Programa de Cidades Históricas (PCH)¹ do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral (Miniplan) na década de 1970, e até o ano de 1997, quando foi tombada como patrimônio histórico e artístico nacional, foi objeto de levantamentos e projetos de preservação. Contudo, neste período apenas dois prédios foram tombados de forma isolada, a Casa de Câmara e Cadeia em 1975 e o Teatro da Ribeira dos Icós em 1983. Um reflexo do período heroico
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da concepção de preservação baseada em elementos singulares da arquitetura e do valor histórico dos monumentos.
O lapso temporal entre os primeiros estudos para o tombamento e sua concretização, foi permeado por mudanças na concepção sobre o que é patrimônio cultural e a política de preservação². Como elemento principal de mudança, destacamos a concepção de cidade monumento ao privilegiar a eleição de monumentos exemplares da arquitetura, para cidade-documento, ao considerar os aspectos da evolução histórico-urbana com a formação social, econômica e cultural. Com base nesta concepção de cidade-documento, faremos uma breve exposição sobre a cidade de Icó/CE, o conjunto que compõe o patrimônio cultural e os espaços de memória, como recurso para compreensão do lugar como objeto para estudos e práticas em educação patrimonial.
1. Icó: o sertão, o Salgado e a gente
A ocupação do território no Brasil durante os primeiros anos da colonização portuguesa, aponta para diferentes frentes conforme os interesses econômicos. Com relação à colonização da capitania do Ceará, a historiografia ressalta o processo de interiorização como resultado da atividade pecuária. Jucá Neto (2012) afirma que o sertão não oferecia no início do século XVII condições naturais para o plantio de cana-de-açúcar e este seria o motivo para o retardo na exploração. Para Leonardo Cândido Rolim (2012) um dos principais motivos para o atraso na instalação dos currais de criar gado e da ocupação das terras cearenses foi a resistência das tribos indígenas chamadas de tapuia. Com isso, para que pudessem efetivar o projeto de colonização foi necessário combater, exterminar e dominar os povos