Cor de Anacoluto
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Sobre este e-book
Os pontos de vista do autor e seus mais profundos sentimentos, bons ou ruins, são expostos de maneira sui generis, quase rude, mas verdadeira, a forma de ver e expressar sua visão de mundo, demonstram características presentes em grandes pensadores (Gregório de Matos, Augusto dos Anjos).
Às vezes suave, poético, noutras beirando a morbidez, as poesias e crônicas demonstram as muitas nuances de nossas vidas, expressando formas, não tão nobres, com as quais vivemos.
Nada neste livro é trivial, as muitas crônicas aqui apresentadas, não esporadicamente, assustam de tão verdadeiras, trazendo-nos a refletir sobre como somos deuses e demônios no mesmo dia, como nos deslocamos, com maestria, da mesquinharia à nobreza, da extrema hipocrisia à pretensão de pureza.
Assim, numa mistura de encanto e espanto, o livro nos faz viajar pela diversidade do espírito humano.
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Cor de Anacoluto - Francisco Rameiro Jr
Prefácio
Ao prefácio, está reservada a atribuição de revelar, aos curiosos leitores, a impressão que causou a obra objeto de eventual interesse. Nesse caso, devo-me considerar expressivamente impressionado. O perspicaz autor desta obra, embora ainda no frescor da juventude, demonstra impressionante capacidade de imersão nas mais recônditas manifestações da alma humana.
Aborda a intimidade dos sentimentos e a influência destes na forma de agir do ser humano para consigo mesmo, nas relações interpessoais e com o ambiente em que vive. Retrata o humano enquanto pérfido, violento, incrédulo, intolerante, saudoso, melancólico, eminentemente depressivo diante dos fatos da vida. Afinal, a vida é um fardo pesado.
Em essência a ideia expressa nos poemas apresenta a condição de vida deplorável do ser humano, vítima da sua própria ignorância. Ao mesmo tempo conclama formas diversas, reais ou irreais, capazes de subtrair o ser humano do seu Inferno de Dante.
O leitor não deve desanimar. Este livro não tem como referência única e exclusiva o lado tenebroso da vida e os tacanhos sentimentos humanos. Há passagens de venturosa alegria e de louvores aos momentos de aconchego no lar, na família e do saudosismo aos bons costumes de outrora.
Ainda que pareça mais evidenciada a alusão aos sentimentos mais mesquinhos do ser humano, o autor concebeu um afago de luz sobre esta temática, nos oportunizando questões mais amenas e dignas do ser humano superior.
No poema Bem Passado
o autor nos presenteia com uma pérola do nobre sentimento humano ao recomendar que devemos Aprofundar o exercício do respeito
e Colher o melhor de toda podridão
.
Boa leitura!
Raimundo José Martins Rameiro
Cor de Anacoluto
A ânsia
Minha vida é o passado
E amanhã também será mais e um pouco ainda
Adiciono a elas mais gostos, sabores e prazeres
Dores, arrepios e choros
Calafrios e dissabores
Mas nesta tarde me veio o passado
Lembrei a infância
Uma esfirra com suco de manga
Máquina do tempo
Sabores, cheiros e texturas
De olhos fechados, voltei
Bem longe e há muito
Revi meus colegas
Minha pequena paquera
Meus traços juvenis
As vozes sem rugas
Em rostos corados
Um assobio perfeito
E lágrimas escorrem
Percebo-me acordado no presente
Que não é presente
Mas restos do meu querido ontem
A caminhada
Ó meu imenso torpor, por onde andas?
Alucinações do Eu, débil apaixonado, também vós...
Por onde andas?
Nem me resta a grande dor,
Imensa dor do dito amor, odioso.
Euforia mágica de fascinação deslumbrante.
Ó falaciosas tramas de contos de fadas.
Por onde andam multifacetadas sensações?
Por onde andam os drinques de goles distintos?
E os beijos ainda benquistos?
Galopes a percorrer noitadas.
Calafrios da madrugada.
Abandono da jornada.
Ah… A alvorada!
Vigilante, caminho, mas por onde ando?
Que plano tão lúcido…
Por onde escapei do vale?
Ó grandioso escuro vale de todos os vermes,
De onde rastejam meus irmãos de vícios.
Quem és tu, Anjo divino?
Por que fazes de mim tão tranquilo?