Imagens e Narrativas no Ensino de História: Uma Representação dos Povos Nativos do Brasil no Livro Didático
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Imagens e Narrativas no Ensino de História - Chrislaine Janaina Damasceno
Sumário
CAPA
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL NO BRASIL E A QUESTÃO INDÍGENA
1.1 AS TEORIAS RACIAIS NO BRASIL: SÉCULOS XVIII E XIX
1.2 INTELECTUAIS BRASILEIROS E QUESTÕES RACIAIS NO SÉCULO XX
1.3 AS NOVAS PERSPECTIVAS HISTORIOGRÁFICAS E O ESTUDO DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS
CAPÍTULO II
A DIVERSIDADE CULTURAL E OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E A LEI N° 11.645/08
2.1 AS MUDANÇAS OCORRIDAS NO ENSINO DE HISTÓRIA ENTRE O FINAL DO SÉCULO XIX ATÉ O SÉCULO XXI
2.2 QUAIS AS PROPOSTAS DE ENSINO E COMO ELAS SE ARTICULAM NO TEMA TRANSVERSAL PLURALIDADE CULTURAL E NA LEI N° 11.645/08
CAPÍTULO III
A ANÁLISE DA TEMÁTICA INDÍGENA NO LIVRO DIDÁTICO DO 7° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
3.1 POR QUE ESTUDAR O LIVRO DIDÁTICO?
3.2 O LIVRO DIDÁTICO E AS PROPOSTAS EDUCACIONAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FONTES
REFERÊNCIAS
AGRADECIMENTOS
SOBRE A AUTORA
CONTRACAPA
Imagens e narrativas no
ensino de história:
uma representação dos povos nativos
do Brasil no livro didático
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.
Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Chrislaine Janaina Damasceno
Imagens e narrativas no
ensino de história:
uma representação dos povos nativos
do Brasil no livro didático
Dedico este trabalho à Isis e Leandro.
INTRODUÇÃO
A educação brasileira tem, historicamente, sido marcada como um espaço em que perduram desigualdades sociais e raciais. A constatação desta situação, especialmente na década de 1980, durante o processo de redemocratização do país, pressionou o Estado com uma nova forma de atuação política dos brasileiros¹, por meio de movimentos sociais, trazendo novas formas de atuação e reivindicação política, especialmente as de caráter identitário.²
Tanto na Constituinte quanto na elaboração da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (lei n.9394/96), houve a participação marcante da militância negra nos anos 1980. No entanto, [...] nem a Constituição de 1988 nem a LDB incluíram, de fato, as reivindicações desse movimento em prol da educação. Os debates em torno da questão racial realizados entre o Movimento Negro e os parlamentares revelam um processo de esvaziamento do conteúdo político de tais reivindicações. Essas acabam sendo inseridas de maneira parcial e distorcidas nos textos legais. Compreendendo esse processo, é possível entender o significado genérico do art.26 da LDB, que só foi revisto e alterado quando ocorre a sanção da lei n. 10639/03 (obrigatoriedade do ensino de História da África e das culturas afro-brasileiras nas escolas públicas e particulares dos ensinos fundamental e médio).³
Em resposta a essas exigências, o Ministério da Educação elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1995, tratando a questão de diversidade de maneira generalizante, sendo, em 1996, adicionado ao texto o tema transversal Pluralidade Cultural, o qual apresentou um posicionamento explícito de superação do racismo e da desigualdade racial na educação
⁴. No entanto, somente a partir de 2003 é dedicada maior atenção a esse debate⁵:
No tocante a educação, é nesse contexto que, finalmente, é sancionada a lei n.10.639, em janeiro de 2003, alterando a lei n.9.394/96- Lei de Diretrizes e bases da Educação. Em 2004, o Parecer CNE/CP 03/2004 e a Resolução CNE/CP 01/2004 são aprovados pelo Conselho Nacional para a Educação das Relações étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Em 2009, é lançado pelo Ministério da Educação e pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Plano Nacional de Implementação das referidas diretrizes curriculares.⁶
Diante desse quadro, o debate sobre diversidade começa a ocupar um lugar de destaque, gerando questões e desafios de como introduzir essas novas práticas indicadas pelo Ministério da Educação no ensino efetivo das escolas, dessa maneira, surge a proposta do estudo sobre a representação veiculada no livro didático de história⁷ do 7° ano do ensino fundamental II, nas narrativas e imagens das populações nativas do território brasileiro anteriores à colonização e seu desenrolar na história do Brasil.
Para alcançar o eixo central desta pesquisa será necessário compreender a construção histórica da identidade nacional no Brasil, que se inicia no século XIX.
Em meio a este processo de imaginar a comunidade nacional, é notório o destaque que atribuído ao tema da diversidade – seja através das noções de miscigenação racial ou hibridismo cultural, ou ainda da ideia de que o Brasil é um país plural, multifacetado etc.-, que parece ter sido compreendido, sobretudo e em diferentes momentos, em termos de raça
, cultura e etnicidade⁸.
Discutindo o tema diversidade sob a ótica do significado e sentido da constante reinvenção da identidade nacional, a partir de situações históricas específicas que levam à permanência desse debate e à implantação de políticas públicas na educação até o século XXI.
Pretendo, ainda, analisar como a Lei n° 10.639/03, alterada em 2008 pela Lei n° 11.645, e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – Pluralidade Cultural impactam na elaboração dos livros didáticos