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Desaparecidos
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E-book167 páginas2 horas

Desaparecidos

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Sobre este e-book

Todos os dias, centenas de pessoas desaparecem em circunstâncias muito estranhas. Embora algumas delas sejam encontradas, as suas mortes permanecem por vezes inexplicáveis e misteriosas. A polícia, que está habituada a resolver homicídios e crimes, não consegue apresentar uma conclusão definitiva nestes casos.

Três faroleiros que nunca mais foram vistos, um grupo de caminhantes encontrados assassinados em circunstâncias atrozes na Sibéria, um piloto de avião que desaparece com a sua aeronave sobre as águas australianas, uma família francesa que desaparece na estrada numa véspera de Natal, ou um adolescente que se evapora em plena natureza enquanto conversa ao telefone com o pai...

Todas estas histórias são verdadeiras e fizeram manchetes na sua própria época. Alguns continuam a ser procurados pela polícia e/ou pelas suas famílias. Depois de relatar os factos de cada caso, a autora expõe as várias hipóteses, oficiais e não oficiais. Em alguns casos, são avançadas teorias sobrenaturais, como o rapto por extraterrestres, o encontro com o Dogman ou os corredores assombrados de um hotel. Cada um de nós terá de fazer a triagem, de acordo com as suas próprias crenças, e formar a sua própria opinião, na esperança de se aproximar o mais possível da verdade.
 

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento7 de set. de 2023
ISBN9781667462837
Desaparecidos

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    Desaparecidos - ESTHER HERVY

    Quando morrer, não quero deixar restos. Queria desaparecer. As pessoas não diriam

    «ele morreu hoje», diriam «ele desapareceu».

    Andy Warhol

    Esther Hervy

    Desaparecidos

    histórias verdadeiras e misteriosas

    2020

    AVISO

    Está prestes a entrar no universo de Desaparecidos, histórias verdadeiras e inexplicáveis. Todas estas histórias resultam de leituras de artigos da Web ou de recortes de imprensa, da escuta de podcasts e de documentários... Tentei cingir-me  estritamente aos factos relativos a  cada caso, e se, algumas vezes, poderei ter  partilhado  os meus sentimentos pessoais quanto às hipóteses que me pareciam as mais plausíveis ou prováveis, estes, apenas a mim me comprometem e em caso algo algum põem em causa as conclusões  oficiais feitas pelas autoridades. Gostaria de deixar claro que ao escrever o livro houve sempre o maior respeito pelas vítimas, pelas respetivas famílias e amigos.

    Esther Hervy

    PREFÁCIO

    Já enfrentou alguma situação de desaparecimento? Está de férias e decide ir sozinho fazer aquele passeio que tanto deseja, mas que adia ano após ano.

    Hoje, vai.

    Contemplará o horizonte a partir do trilho que a natureza esculpiu no granito da falésia.

    Já lá está.

    Tira o telemóvel e dispara ao longe, depois, entra em modo selfie para construir memórias inesquecíveis....e de repente, sem saber como,  cambaleia. A sua mão agarra o parapeito metálico que o separa do vazio, e respira fundo durante muito tempo. Tem medo. « Se cais aqui, nunca ninguém te encontrará, nunca ninguém saberá o que aconteceu, o teu desaparecimento será um mistério para a eternidade».

    Com estas dez histórias verdadeiras e misteriosas Esther Hervy leva-nos até ao  âmago do mistério, ao caso não resolvido.  Acontecimentos que nunca ficarão esclarecidos e serão um enigma talvez para sempre. Ninguém viu nada, ninguém ouviu nada. A polícia faz o trabalho dela, e depois? Será que uma entidade suprema provoca estes acontecimentos trágicos? Haverá um deus

    que nos protege e outro que nos faz desaparecer? Onde estão estes jovens?  Por que  aquela rapariga não fica no elevador? Tantos desaparecimentos inexplicáveis forçosamente dão origem a  uma série de hipóteses das mais incríveis. Como se não bastasse, os adeptos do paranormal acrescentam uma dose suficiente de sobrenatural para que subsista  a escuridão e para que o enigma se cale para sempre. Esther Hervy não desconhece o facto de que é difícil sair de um túnel sem ficar  cegado pela luz, sabe que há sempre este milésimo de segundo que permite aos nossos olhos domar a  claridade repentina. Mas aqui não há nenhuma claridade, o túnel é comprido, a saída não existe, o mistério permanece por inteiro. Com«Desaparecidos» a sua mão de leitor não largará o parapeito mas a autora mesmo assim fará com que se aventure....sobre o gradeamento do desconhecido.

    Albert Spano

    Os desaparecidos do Farol de Flannan

    Ilha de Eilean Mor, 1900

    A história começa assim...

    ––––––––

    Recuemos no tempo para esta primeira história e teletransportemo-nos até ao início do século 20, em 1900. Estamos a oeste de Highlands, na Escócia, na pequena ilha de Eilean Mor. Uma igreja solitária e construída por um santo irlandês chamado Flannan (século VII) domina a natureza hostil e selvagem deste minúsculo pedaço de terra perdido no meio das águas atlânticas. Esta capela foi durante muito tempo utilizada como abrigo por pastores que vinham apascentar os seus rebanhos em pastos que o clima chuvoso tinha tornado abundantes e verdejantes. No entanto, e por causa de certas crenças locais, os pastores retiravam-se todos antes do anoitecer, e nunca arriscavam a passar a noite neste lugar com a fama de ser assombrado. Não nos alargaremos aqui sobre essas histórias e lendas do passado, mas é interessante saber que as superstições permanecem e que, algumas pessoas  que estão de passagem vêm ainda curvar-se diante da igreja em ruínas como forma de ritual, para partir antes que o sol se ponha. Se a misteriosa reputação da ilha data, portanto, de muito antes do preocupante desaparecimento dos três guardas do farol, o tempo e a racionalidade da nossa época moderna não contribuíram, aparentemente, para a enfraquecer...

    O Farol de Flannan foi construído na ilha de Eilean Mor em 1989 para orientar os numerosos marinheiros que navegavam nestas águas muito frequentadas. Desde a capela, nada mais havia sido construído naquele lugar, e os pastores tinham desertado pouco a pouco da ilha, completamente desabitada no final do século 19. Foi decidido que três homens permaneceriam neste novo farol e que seriam adotados turnos rotativos, a fim de que cada um deles pudesse deixar a ilha a cada seis semanas, para duas semanas de merecido descanso.

    Foi nesse dia a seguir ao Natal de 1900, no dia 26 de dezembro,  que o navioHesperus dirigido pelo capitão James Harvey segue em direção à ilha d'Eilean Mor, com o intuito de proceder à mudança de um dos três guardas. Joseph Moore faz parte da comitiva já que é o designado para assumir o posto no Farol  de Flannan. Mas, para grande surpresa deles, embora o barco se aproxime das falésias, a luz que deveria guiá-los para atracar não perfura o céu escuro do inverno. Intrigado, o capitão tocou a sua buzina de nevoeiro  para sinalizar a chegada deles, mas a noite permanece  escura e silenciosa como se as trevas tivessem pousado uma tampa sobre as terras emersas. Posto isto, tira com sua arma de alarme, mas mais uma vez, ninguém desce ao pé das rochas para vir recebê-los.

    Os marinheiros, sem ajuda e obrigados a desenrascar-se sozinhos, conseguem mesmo assim atracar o navio, e Joseph decide subir os degraus até a plataforma enquanto James o espera lá em baixo. Os dois homens olham um para o outro, ao perceber no ar frio uma atmosfera pesada, sem ousar verbalizar o mau pressentimento que acabam de ter. Apesar da estranha sensação que o invade, Joseph sobe rapidamente os degraus e dirige-se ao farol para saber a razão pela qual nenhum dos três guardas veio ao seu encontro.

    Não há viva alma.

    Ao chegar à entrada do farol, José vai descobrir vários indícios estranhos, reforçando a angústia que se apoderou dele ao desembarcar na ilha. Logo de início , quando entra no interior do edifício, o silêncio é completo. Na entrada, há um único casaco pendurado no cabide, as outras duas peças de roupa estão a faltar. Com cautela, continua a avançar e  quando entra na cozinha, acha a situação cada vez mais estranha. De facto, os pratos estão em cima da mesa e ainda contêm comida. Uma cadeira encontra-se derrubada no chão, como se a pessoa que estava sentada nela a tivesse empurrado violentamente para sair dali. Como se um perigo repentino a tivesse levado a fugir e o terror a tivesse feito saltar de seu assento de maneira

    precipitada. Pendurado na parede, um relógio, cujos ponteiros deixaram de correr, paralisou o tempo na sala. Moore tem a estranha impressão de ser a testemunha tardia de acontecimentos preocupantes que ocorreram aqui. O guarda substituto continua a vasculhar o farol, mas não encontra nenhum vestígio que o possa colocar na pista dos seus três colegas.

    «Corri até ao farol mas, ao chegar à frente do portão, encontrei-o fechado. Fui até a porta principal e também a encontrei fechada», escreve Moore numa carta dois dias depois. «Apenas a porta da cozinha estava aberta. Na sala de estar, as cinzas

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