Metacriminologia
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Metacriminologia - Carlos Araujo Carujo
METACRIMINOLOGIA
Carlos Araujo Carujo
METACRIMINOLOGIA
A Holística do Crime
2023
© 2023 Carlos Araujo Carujo
Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução.
Copyright © 2023
By Carlos Araujo Carujo
Capa do Autor
Edição publicada em Julho de 2023
IMPRESSO NO BRASIL - PRINTED IN BRAZIL
C257t Carujo, Carlos Araujo
METACRIMINOLOGIA - A Holística do Crime/ Carlos Araujo Carujo — 2023.
281f.
1. Criminologia. 2. Crime. 3. Violência. 4. Holismo. 5. Holístico. 6. Direito. I. Título.
ISBN 978-985-11-2129-4 CDU 000
Gerada automaticamente pelo módulo ficha.net
mediante dados fornecidos pelo autor.
O LADO OCULTO DA SOCIDADE
O perfil do crime mudou e se modernizou, com a infotecnologia, obtendo maior peso os crimes violentos, o crime organizado e o tráfico de drogas. O sistema de justiça, envelhecido, permanece aprisionado ao que se fazia há décadas.
DEDICATÓRIA
Ao grupo de terapeutas que defende a tese de que a criminalidade é uma doença biopsicossocial. Eles conhecem que crime, criminoso e criminalidade são fenômenos humanos, ainda que apresentem um quadro indigno.
RESUMO DA OBRA
ESTADO DE ALERTA!
Violência no Brasil equivale à de um país em guerra
INTRODUÇÃO
A Visão Holística do Crime
Capítulo 1
O DIREITO ESMAGADO
A Terceira Onda atinge o Judiciário
Capítulo 2
A FICÇÃO DO DIREITO
A Criminologia do Século XXI.
Desmascarada a Velha Ordem Social.
Capítulo 3
METACRIMINOLOGIA
Um estágio além da Criminologia.
Capítulo 4
HOMEM SIM, CRIMINOSO NÃO
Negação terminológica da existência de criminosos.
Capítulo 5
PSICANÁLISE CRIMINOLÓGICA
O Poder do Crime. A responsabilidade do delito.
Capítulo 6
PSICOTRÔNICA FORENSE
Do Pré-crime à Investigação Parapsíquica
Capítulo 7
EFEITO E NÃO CAUSA
O crime e as relações sociais desumanas
Capítulo 8
CLIMA E CRIMINALIDADE
A Natureza como fator positivo da criminalidade
Capítulo 9
TEMPERAMENTO CRIMINOSO
e as ciências do Cérebro e da Mente
Capítulo 10
SEM MEDO DA PRISÃO
Uma Extensão da Impunidade
Capítulo 11
INFOTÁTICAS CRIMINOSAS
Os cyber-crimes e suas soluções
Capítulo 12
QUANDO A MÍDIA É CRIMINOSA
Violação da Imagem e Crime Contra a Honra.
Capítulo 13
IMPRENSA SANGRENTA
O Jornalismo Sanguinário (bloody media)
Capítulo 14
TRUCULÊS
Linguagem da Imprensa Sangrenta
Capítulo 15
CRIME RELIGIOSO
Rituais sangrentos e crime de ódio
Capítulo 16
O CRIME DA BOA MORTE
Eutanásia e morte assistida
Capítulo 17
O NARCOTRÁFICO
A Guerra do Tráfico Internacional de Drogas
Capítulo 18
FRONTEIRAS DA PEDOFILIA
Entre o crime, o pecado e a doença.
Capítulo 19
CRIANÇAS ASSASSINADAS
Vítimas de infanticídio e de homicídio
Capítulo 20
CRIMINOSO ATRÁS DAS GRADES
... e depois?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sugestões de leitura
Carlos Araujo Carujo
TRAÇOS BIOGRÁFICOS
Alerta Máxima
Violência no Brasil equivale à de um país em guerra
A violência já matou, no Brasil, 553 mil nos últimos 12 anos. Pessoas foram mortas sem distinção de classe social, idade, raça e sexo. As pesquisas foram divulgadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA – junto com o Fórum de Segurança Pública.
Isto vem impor o Atlas da Violência 2018 que demonstra números maiores do que os de mortos na Guerra da Síria, que chegaram a 500 mil, só nos últimos 7 anos, levando em conta que foi costurado um acordo em 2020.
Nesse período o Brasil empobreceu rapidamente e mergulhou na violência e na criminalidade.
O número de jovens mortos, na faixa etária de 15 a 29, cresceu 23% de 2006 a 2016, com 33.590 vítimas. Em 8 estados o crescimento foi de mais de 100%, mas só no Rio Grande do Norte o número de jovens mortos avançou para 382%.
Isto significa que em 12 anos, no Brasil, foram enterrados 324.967 jovens assassinados — sete vezes o número de rapazes americanos mortos na Guerra do Vietnã.
O combate repressivo à violência, feito há décadas no Brasil, é ineficiente, embora o número de presos, no país, tenha crescido 700% nos últimos 20 anos.
Na região metropolitana de Belém do Pará no ano de 2018 ocorriam, em média, 6 mortes violentas por dia. Motivo para tanto sangue, segundo as investigações, é que no Estado havia disputa entre facções, atuação de grupos de extermínio e de milícias. Agentes de segurança, que combatem o crime, durante a folga ficam vulneráveis e se tornam alvos. Nesse fogo cruzado está a população.
Mas, ano passado (2022), Belém deixou o ranking de cidades mais violentas do mundo.
A crueldade, no entanto, aumenta. Os crimes severos crescem. A impunidade e a degradação nos cárceres refletem esse cenário. Os presídios são domínios de confrarias criminosas cada vez mais fortes.
O Governo Federal gastou R$ 285 bilhões, em 2015, com segurança pública. Isto corresponde a 94% do investido na educação em todo o país, no mesmo período.
Este prejuízo é apontado no Relatório de Custos Econômicos da Criminalidade no Brasil, realizado pela Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República no ano de 2018. Estas despesas envolvem sistema carcerário, previdência, tratamento médico de vítimas, seguros, despesas materiais.
O relatório, apresentado durante a cerimônia de sanção da lei do Sistema Único da Segurança Pública (SUSP), explica o atual cenário de emergência na área. O SUSP servirá para integrar ações de segurança no estados, por 10 anos e ampliar o poder do governo federal sobre as atividades.
O perfil do crime mudou e se modernizou, com maior peso dos crimes violentos, do crime organizado e do tráfico de drogas. O sistema de justiça, envelhecido, permanece aprisionado ao que se fazia há décadas.
O homem pobre, ao ir para o presídio, é apresentado ao crime organizado. Não existe garantia alguma de reabilitação ao condenado.
Para a edição deste livro o Autor elaborou uma revisão detalhada, atualizou os temas e acrescentou novos elementos.
Recomendação importante: leia devagar, para absorver a densidade do texto e apreender as entrelinhas!
INTRODUÇÃO
A Visão Holística do Crime
Minha vocação é escrever e publicar, o que pratico ininterruptamente há 37 anos. Pesquisar é um dever, para juntar conteúdo.
Um dia, querendo juntar conteúdo
, me vi envolvido nos estudos sobre o método de vida natural, obtendo graduação em diagnósticos auxiliares, tratamentos naturistas e terapias holísticas. Participei de congressos, cursos, oficinas, seminários, de uma residência clínica e cumpri estágio em laboratório-escola de manipulação. O objetivo era vivenciar as técnicas, conviver com os expertos da área, obter formação profissional, não para exercer a clínica ou fabricar fitoterápicos, mas para produzir livros sobre o assunto.
Especializei-me em técnicas avançadas, em exames auxiliares do diagnóstico clínico, executando vasta pesquisa de campo durante a qual reuni um acervo estatisticamente convincente. Examinei a íris, a caligrafia, as mãos, o rosto e o campo eletromagnético e bioenergético de pessoas originárias de quase todos os estados do Brasil, obtendo os devidos cadastros e armazenando os resultados em formulários apropriados. Não deixei de utilizar os recursos da computação avançada, por meio de software de inteligência artificial simulada.
Passei a cobiçar, junto à comunidade de terapeutas naturistas, respostas para as causas das enfermidades físicas e psíquicas, diagnóstico, tratamento e cura.
A primeira experiência marcante, dessa trajetória, foi minha atuação no diagnóstico auxiliar, em uma clínica médica de Fortaleza – a Vitae Clínica – onde os tratamentos convencionais, da medicina sintomática acadêmica, eram associados aos métodos alternativos. Ali pude me deparar com aidéticos, cancerosos, diabéticos e outras vítimas de doenças crônicas irreversíveis
que buscavam, de forma dramática, a cura definitiva.
O segundo momento especial foi durante o curso de formação quando, fazendo parte dos internos em tratamento, como parte de minha residência clínica, deparei com pessoas travando a última batalha contra a doença, em estágio terminal. O Instituto Vida Natural, anexa à Faculdade Hipocrática de Curitiba, atual denominação da antiga Open University International, era a última esperança de vida para pessoas desenganadas
pela Medicina.
Os fracassos na busca da cura, os efeitos colaterais dos medicamentos e a imperícia médica foi o que motivou, essa gente, a ir tão longe à procura de soluções alternativas. A medicina galênica moderna oferece auxílios cada vez maiores para os sintomas, enquanto se distancia, cada vez mais, da cura efetiva.
Formei-me como terapeuta holístico, especializado em Naturologia Aplicada ao Tratamento Clínico Profissional, com extensão em Psicanálise e Parapsicologia. Portanto, não queira encontrar, neste ensaio, algo da criminologia tradicional.
A começar porque, no contexto em que apresento o tema, crime, criminoso e criminalidade são elementos de uma mesma realidade anômala. Faço parte do grupo de terapeutas que sustenta a tese de que a criminalidade é uma doença biopsicossocial
.
A criminalidade, como fenômeno humano, apresenta um quadro indigno, com os seus fatores de origem bem definidos e é suscetível de apreciação sob o ponto de vista da terapêutica holística. O tratamento coletivo é auto-terapêutico, embora o criminoso possa submeter-se a sessões de Psicanálise ou Bioenergética, por exemplo, ou ainda albergado em uma clínica de Naturologia.
Iniciei-me na pesquisa sobre Criminologia quando me vi envolvido pelos altos índices de ocorrências criminais. Vivenciei, naquela fase, o consequente combate, absolutamente inócuo, das autoridades repressoras. Percebi que, de lá para cá, o crime cresceu na proporção em que se intensificou a repressão. O sistema caminha com a criminalidade, mas ao largo das soluções integrais.
À medida que pesquisava escrevia artigos, crônicas, ensaios e os postava em blog especializado. Tal acervo foi revisado e enfeixado neste livro.
Logo nas primeiras páginas, desta obra, hão de perceber que minha abordagem é dinâmica, estrutural, humanística e trilógica (Psicanálise Integral). Apliquei-me em obter a visão holística do crime. Minha atenção está voltada, principalmente, para as fronteiras da Criminologia, sobre o que pesquisei muito. Tenho dado preferência aos avanços. Sou adepto da evolução do conhecimento e para isso acho necessária a controvérsia minuciosa.
Atento às fases de desenvolvimento da ciência, resolvi buscar recursos no Holismo. Para compreender o fenômeno do crime e da criminalidade é preciso entender que o todo é maior do que a simples soma das suas partes – o princípio da sinergia, segundo Aristóteles. Isso quer dizer que A+B não é simplesmente A+B, mas gera um terceiro elemento denominado C, que tem suas próprias características. Exemplo: ácido sulfúrico/nítrico + glicerina = dinamite.
Ao percorrer a bibliografia atinente pude inferir, claramente, que o pensamento criminológico, assim como aquilo que ocorre em ciências sociais, representa o subjetivismo de cada autor. Não existe um pensamento unificado. É exatamente isto que tem promovido a desconstrução da técnica de investigação cartesiana, que domina as ciências criminais por séculos. Daí a necessidade das discussões, histórica e crítica, em torno do assunto, como apropriadamente estão sendo feitas no último momento do pensamento que predomina neste campo. O fator determinante está sendo a Criminologia Crítica – A Nova Criminologia.
Neste momento estou convencido de que a sociedade, em si, está repleta de valores banais, de atarracado cartesianismo e de hábitos arcaicos oriundos da cultura judaico-cristã.
O Cristianismo e o Judaísmo são os alicerces da ética ocidental. Esta ética influiu grandemente na ordenação jurídica da sociedade, nos Direitos Fundamentais do Ser Humano, na Constituição Federal. Estes elementos, sob o ponto de vista psicanalítico, são profundamente danosos, mas persistem enraizados da dinâmica dos relacionamentos.
O Tribunal Penal, corte permanente que julga os acusados de crimes como genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e agressões, se baseia num estatuto consignado por 106 países. Mas ainda não é um sistema de justiça que atenda à diversidade, visando o humanitarismo, mesmo que sua retórica diga que o promove.
Os juristas declaram que o direito penal brasileiro, em particular, é anacrônico, atrasado e passa por profunda crise. De várias formas está claro que a instituição não consegue, hoje, identificar o crime de forma objetiva, nem atuar efetivamente nas raízes da coletividade criminosa.
Como subscritor desta monografia, partindo da pesquisa comportamental, vejo que o criminoso tem uma estrutura psicológica absoluta, integral e não pode ser detido em sua fúria.
O agente de um crime, para mim, não deve ser dividido e subdividido, como artigos expostos em prateleiras. Antes de tudo, deve-se estabelecer uma análise com base na unidade trilógica, própria ao ser humano (corpo, mente e espírito). No lugar de ser penitenciado, o infrator deve ser assistido com uma linha de trabalho multidisciplinar, holística. No momento histórico em que vive a sociedade, de barbárie, este pensamento tende e se confundir com mais uma utopia.