O medo, os barcos e o espaço fronteiriço
De JP. Antelo
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O medo, os barcos e o espaço fronteiriço - JP. Antelo
Capítulo 1
Primeira Noite de Lua Cheia: os barcos e os relatos sobre suas aparições
Para a construção desse capítulo, utilizamos como aporte teórico: Loureiro (2014, 2015), Reis (2013), Candido (2006), Chevalier (1997) em diálogo com Tuan (2005). Conforme Reis (2013, p. 248), Os textos narrativos levam a cabo um processo de exteriorização, porque neles procura-se descrever e caracterizar um universo autônomo, integrado por personagens, espaços e ações.
Para o autor, este universo autônomo configura-se a partir da ação do narrador, o estudioso considera que a narratividade é [...] uma condição específica dos textos narrativos
.
1.1 O barco do encante e o Sartaren fantasma; Erotismo, Encantaria
Esta saga narrativa exacerba a imaginação, serve ao mistério amazônico, no registro de uma memória que arma enredos e os transfigura, tomando como tangível não o que aconteceu, mas o que poderia ter acontecido. (AMORIM, 2010, p. 18).
A primeira noite de lua cheia já chegou. Nela, os barqueiros se reservam e ficam no porto. Os barcos do Encante e Sartaren podem aparecer a qualquer momento: um como o barco que transporta os mortos para o além vida, e o outro como presságio de tempestade.
Assim, a noite de lua cheia é dividida em dois momentos: no primeiro, apresentamos os barcos e, no segundo, a partir da epígrafe, mostramos nossas interrogações sobre o medo e, por meio das construções narrativas, podemos notar como os enredos transcendem e mostram a região fronteiriça. Na narrativa, Amorim (2010) fala da falta de comprometimento que o estrangeiro tem com a cultura e região que ele desconhece: A cidade de Porto Velho continuava sob ataques morais à medida que nela o progresso se solidificava e as transformações havidas alteraram a vida de todos
(AMORIM, 2010, p. 119). Dessa forma, a autora nos mostra que o progresso que exclui a cultura existente em um lugar e impõe a cultura dos que