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O medo, os barcos e o espaço fronteiriço
O medo, os barcos e o espaço fronteiriço
O medo, os barcos e o espaço fronteiriço
E-book133 páginas1 hora

O medo, os barcos e o espaço fronteiriço

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Sobre este e-book

Esta obra temo como grande objetivo a análise do romance "O barco do encante", de autoria da escritora brasileira Kátia Fernanda Amorim (2010) e o conto "El sartaren fantasma", de autoria da escritora boliviana Gabby Cuellar Camacho (2017), destacando-se as construções das paisagens do medo no híbrido espaço da fronteira Brasil/Bolívia. Desse modo, o estudo dessa temática se deu para mostrar como o medo é construído na fronteira Brasil/Bolívia e como a literatura produzida nessa fronteira é afetada pelas histórias de assombração. Dessa forma, compreendemos que este trabalho contribuiu para a valorização da literatura produzida na região de fronteira e para o registro, o reconhecimento e a valorização das narrativas da região norte do Brasil, mais especificamente o Vale do Guaporé/Mamoré, rios que cortam grande parte do Estado de Rondônia. Focamos esta obra no estudo sobre as paisagens do medo que compõem as relações entre a literatura fronteiriça de expressão amazônica e o imaginário coletivo, pois esse imaginário é permeado por histórias, inclusive de assombração. Os resultados da pesquisa evidenciam que a constituição das paisagens do medo na fronteira Brasil/Bolívia, por meio das histórias de assombração, é muito presente e mostra a necessidades do estudo dessa temática.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de out. de 2023
ISBN9786527002727
O medo, os barcos e o espaço fronteiriço

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    O medo, os barcos e o espaço fronteiriço - JP. Antelo

    Capítulo 1

    Primeira Noite de Lua Cheia: os barcos e os relatos sobre suas aparições

    Para a construção desse capítulo, utilizamos como aporte teórico: Loureiro (2014, 2015), Reis (2013), Candido (2006), Chevalier (1997) em diálogo com Tuan (2005). Conforme Reis (2013, p. 248), Os textos narrativos levam a cabo um processo de exteriorização, porque neles procura-se descrever e caracterizar um universo autônomo, integrado por personagens, espaços e ações. Para o autor, este universo autônomo configura-se a partir da ação do narrador, o estudioso considera que a narratividade é [...] uma condição específica dos textos narrativos.

    1.1 O barco do encante e o Sartaren fantasma; Erotismo, Encantaria

    Esta saga narrativa exacerba a imaginação, serve ao mistério amazônico, no registro de uma memória que arma enredos e os transfigura, tomando como tangível não o que aconteceu, mas o que poderia ter acontecido. (AMORIM, 2010, p. 18).

    A primeira noite de lua cheia já chegou. Nela, os barqueiros se reservam e ficam no porto. Os barcos do Encante e Sartaren podem aparecer a qualquer momento: um como o barco que transporta os mortos para o além vida, e o outro como presságio de tempestade.

    Assim, a noite de lua cheia é dividida em dois momentos: no primeiro, apresentamos os barcos e, no segundo, a partir da epígrafe, mostramos nossas interrogações sobre o medo e, por meio das construções narrativas, podemos notar como os enredos transcendem e mostram a região fronteiriça. Na narrativa, Amorim (2010) fala da falta de comprometimento que o estrangeiro tem com a cultura e região que ele desconhece: A cidade de Porto Velho continuava sob ataques morais à medida que nela o progresso se solidificava e as transformações havidas alteraram a vida de todos (AMORIM, 2010, p. 119). Dessa forma, a autora nos mostra que o progresso que exclui a cultura existente em um lugar e impõe a cultura dos que

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