O Vinho do Místico: O Rubaiyat de Omar Khayyam – Interpretação Espiritual
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Sobre este e-book
O Rubaiyat de Omar Khayyam, na tradução de Edward FitzGerald, tem sido por muito tempo um dos mais apreciados e menos compreendidos poemas em língua inglesa. Lançando luz sobre o texto com uma nova interpretação, Paramahansa Yogananda – renomado autor da Autobiografia de um Iogue e de outras obras, e amplamente reverenciado como um dos grandes santos contemporâneos da Índia
Paramahansa Yogananda
Paramahansa Yogananda (1893-1952) es mundialmente reconocido como una de las personalidades espirituales más ilustres de nuestro tiempo. Nació en el norte de la India, y en 1920 se radicó en Estados Unidos, donde enseñó, durante más de treinta años, la antigua filosofía y la ciencia de la meditación yoga, originarias de la India, así como el arte de vivir en forma equilibrada la vida espiritual. Fue el primer gran maestro del Yoga que vivió y enseñó durante un prolongado periodo en Occidente. Él viajó extensamente impartiendo conferencias en Estados Unidos y en el extranjero, disertando en auditorios de las más importantes ciudades, que registraban siempre un lleno total, y en los cuales revelaba la unidad fundamental que existe entre las grandes religiones del mundo. A través de la célebre historia de su vida, Autobiografía de un yogui, y de sus originales comentarios sobre las escrituras de Oriente y Occidente, así como por medio del resto de sus numerosos libros, él ha inspirado a millones de lectores. Self-Realization Fellowship —la organización internacional que Paramahansa Yogananda fundó en 1920 con el fin de diseminar sus enseñanzas en todo el mundo— continúa llevando a cabo su obra espiritual y humanitaria.
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O Vinho do Místico - Paramahansa Yogananda
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O nome Self-Realization Fellowship e o emblema (mostrados acima) aparecem em todos os livros, gravações e demais publicações da SRF, sendo, para o leitor, a garantia de que a obra provém da sociedade estabelecida por Paramahansa Yogananda e transmite fielmente seus ensinamentos.
Primeira edição, 1998. E-book edição, 2023.
ISBN: 978-0-87612-995-1
ePub edição
978-1-68568-021-3
A Respeito deste livro
A interpretação espiritual, elaborada por Paramahansa Yogananda, do Rubaiyat de Omar Khayyam, segundo a tradução de Edward FitzGerald, foi originalmente publicada em capítulos, em forma seriada, há mais de oitenta anos, pela Self-Realization Fellowship, em sua revista Inner Culture (agora conhecida como Self-Realization). A série foi publicada de 1937 a 1944. Uma versão ampliada, com material adicional que não fora incluído na primeira publicação, apareceu na revista Self-Realization de 1971 a 1990 e agora está disponível pela primeira vez em forma de livro. Para a Self-Realization Fellowship, é um prazer apresentar os comentários completos feitos por Paramahansa Yogananda a este tão apreciado clássico da literatura universal.
Reconhecemos agradecidos o trabalho dos artistas Helen Marie, Kevin Miller e de monges e monjas da Ordem da Self-Realization Fellowship, que criaram as ilustrações originais e bordas decorativas deste livro, e o trabalho de Massoud Valipour, que compôs a caligrafia do texto persa do poema. Agradecemos, também, ao professor Alexandre S. da Rocha por autorizar o uso de sua tradução das quadras de FitzGerald.
Índice
Introdução
Prefácio
Quadra
Desperta! o Alvorecer no Graal da Noite atira
No Céu, a Mão Esquerda da Alvorada; eu sonho
Quando o Galo cantou, os que esperavam fora
Revivendo o Ano Novo os Desejos antigos
Iram se foi co’a Rosa, e a Taça, de Jamshyd
Davi selou seus Lábios. Mas na Flauta aguda
Anda, enche o Copo! No Fogo da Primavera
E vê: mil Flores despertaram com o Dia
Segue o velho Khayyam! Esquece da Fortuna
Vem tu comigo à Faixa Verde que se espalha
Debaixo de um Arbusto, um Pão e uma Garrafa
Ser Rei entre os mortais é o desejo de alguns
Olha a Rosa que brota ao nosso derredor
A Esperança Mundana em que os homens repousam
E aqueles que o Grão Dourado guardam cautos
Reflete. Neste Caravançarai batido
Do Lagarto e do Leão são os Pátios que um dia
A Rosa nunca é tão vermelha se não brota
E a Relva deleitosa, de um terno verdor
Ah! Bem-amada minha, enche o Copo que apaga
Eis que alguns dos que amamos, dentre os mais queridos
E nós, que ora brincamos nesse Espaço aberto
Façamos o que é mais do que inda há por fazer
A quem se preparou para o Hoje e, por igual
Ora, os Santos e os Sábios que falaram, todos
Vem co’o velho Khayyam, deixa os Sábios falarem
Eu, jovem, discussões de Santos e Doutores
Com eles a Semente do Saber semeei
Entrado no Universo, sem saber por quê
Hein? Sem perguntar de onde vem com tanta pressa?
Do Centro da Terra, pela Sétima Porta
Uma Porta existia, e a Chave eu não achei
Então, ao próprio Céu que gira eu perguntei
Depois, volvi meu Lábio ao Cântaro de barro
Eu creio que esse Vaso, que me respondeu
Pois, ao Crepúsculo de um Dia, no Mercado
Ah! enche o Copo! De que serve repetir
Um Momento no Vácuo da Aniquilação
Por quanto, quanto tempo, na Busca Infinita
Sabeis, Amigos meus, que há muito, em minha Casa
Porque
Ser e
Não-ser co’as Regras bem defino
E, mais tarde, chegou, à Porta da Taverna
A Uva, que a poder de Lógica perfeita
Senhor vitorioso, o grande Mahmud
Mas deixa que se batam Sábios, que prossiga
Pois dentro e fora, e acima, em volta e abaixo há apenas
E se o Vinho que bebes, o Lábio que oprimes
Enquanto a Rosa flora pela Orla do Rio
É tudo um Tabuleiro de Noites e Dias
A Bola não pergunta se é Sim ou se é Não
O Dedo que se Move escreve, e, tendo escrito
E ao Côncavo invertido que se chama o Céu
Já do Barro primevo o Homem Final moldaram
Isto te conto a Ti: a começar da Meta
A Vinha foi tocar na Fibra em que o meu Ser
E disso eu sei: se a Luz Verdadeira, uma só
Ó Tu que utilizando Arapucas e Laços
Ó Tu que o Homem do Barro ínfimo fizeste
Ouve de novo. Ao terminar do Ramadã
E, estranho que pareça, no Bando Terroso
E um outro disse: – Eu creio que não seja em vão
E disse um outro: – Até o Menino impertinente
E ninguém respondeu, mas depois de um Silêncio
E um disse: – Assim falais de um rude Taverneiro
E, então, um outro disse num Suspiro fundo
E estavam a falar os Vasos, de repente
Co’a Uva abastece minha Vida esvaecente
Minhas Cinzas sepultas serão Armadilha
Os Ídolos que tanto tempo eu adorei
Jurei me arrepender por muitas, muitas vezes
E tanto quanto o Vinho se fez de Infiel
Pena que a Primavera vá junto co’a Rosa!
Que bom, Amor, se tu e eu e o Fado, em trama
Lua de meu Deleite que não minguas nunca
E quando, Pés radiantes, vás entre os Convivas
Adendo
O vinho onírico do amor de Omar Khayyam
O Rubaiyat de Omar Khayyam (quadras 1-75)
A respeito do autor
Paramahansa Yogananda: um iogue na vida e na morte
Objetivos e ideais da Self-Realization Fellowship
Image: SRF logoO Legado Espiritual de Paramahansa Yogananda
Todos os seus escritos, conferências e palestras informais
Paramahansa Yogananda fundou a Self-Realization Fellowship, em 1920, para disseminar seus ensinamentos em escala mundial e preservar-lhes a pureza e a integridade para futuras gerações. Conferencista e escritor prolífico, desde seus primeiros anos nos Estados Unidos, ele produziu um compêndio reputado e volumoso sobre a ciência da meditação iogue, a arte da vida equilibrada e a unidade fundamental de todas as grandes religiões. Hoje, esse legado espiritual, único e extenso, mantém-se vivo, inspirando milhões de buscadores da verdade no mundo inteiro.
De acordo com os desejos expressos do grande mestre, a Self-Realization Fellowship tem dado prosseguimento à permanente tarefa de divulgar e manter sempre publicadas As Obras Completas de Paramahansa Yogananda
, que incluem não apenas as edições finais de todos os livros que ele publicou em vida, porém muitos novos títulos que permaneciam inéditos na época de seu falecimento, em 1952, ou que foram, durante anos, publicados em série, mas de forma incompleta, na revista da Self-Realization Fellowship, e, ainda, centenas de conferências e palestras informais profundamente inspiradoras, que foram gravadas, mas não impressas, antes de sua morte.
Paramahansa Yogananda pessoalmente escolheu e instruiu seus discípulos imediatos que formaram o Conselho de Publicações da Self-Realization Fellowship, e lhes deu diretrizes específicas para a preparação e publicação de seus ensinamentos. Os membros do Conselho de Publicações da SRF (monges e monjas que fizeram votos vitalícios de renúncia e serviço altruísta) zelam por essas diretrizes como um patrimônio sagrado, a fim de que a mensagem universal desse bem-amado instrutor de todo o mundo se mantenha viva com a força e a autenticidade originais.
O emblema da Self-Realization Fellowship (mostrado acima) foi criado por Paramahansa Yogananda para identificar a sociedade sem fins lucrativos que ele fundou como a fonte autorizada de seus ensinamentos. O nome e o emblema da SRF aparecem em todas as publicações e gravações da Self-Realization Fellowship, garantindo ao leitor que o trabalho vem da organização fundada por Paramahansa Yogananda e transmite seus ensinamentos do modo que ele próprio idealizou.
Self-Realization Fellowship
Introdução
Paramahansa Yogananda
Há muito tempo, na Índia, conheci um venerável poeta persa que me disse ter a poesia da Pérsia, amiúde, dois significados: um interno e outro externo. Recordo-me da grande satisfação que produziram em mim suas explicações a respeito do duplo significado de vários poemas persas.
Um dia, quando me encontrava profundamente concentrado nas páginas do Rubaiyat de Omar Khayyam, vi, de súbito, as paredes do seu significado externo desmoronarem, e a imensa fortaleza interna de áureos tesouros espirituais ofereceu-se, aberta, ao meu olhar.
Desde então, tenho admirado a beleza do castelo de sabedoria interior, antes invisível, no Rubaiyat. Tenho sentido que esse castelo onírico da verdade, que pode ser visto por qualquer olho perspicaz, haveria de ser um porto seguro para muitas almas que, invadidas pelos exércitos inimigos da ignorância, estivessem a buscar refúgio.
Profundos tratados espirituais, por misteriosa lei divina, não desaparecem da Terra mesmo após séculos de incompreensão, como é o caso do Rubaiyat. Nem mesmo na Pérsia, é a profunda filosofia de Omar Khayyam compreendida em sua integridade como procurei apresentá-la.
Em razão de seu oculto alicerce espiritual, o Rubaiyat tem resistido às devastações do tempo e das más interpretações dos diversos tradutores, permanecendo uma perpétua mansão de sabedoria para as almas que amam a verdade e que buscam consolo.
Na Pérsia, Omar Khayyam sempre foi considerado um mestre místico muito avançado, e o seu Rubaiyat, reverenciado como uma inspirada escritura sufi.¹ O primeiro grande escritor sufi foi Omar Khayyam
, escreve Professor Charles F. Horne, na Introdução ao Rubaiyat que aparece no vol. VIII da coleção The Sacred Books and Early Literature of the East
(Parke, Austin & Lipscomb, Londres, 1917). "Infelizmente, Omar veio a ser considerado, por um número muito grande de leitores ocidentais, como um poeta pagão erótico, um ébrio, interessado apenas no vinho e nos prazeres mundanos. Isso é típico da confusão que existe em todo o tema do sufismo. O Ocidente tem insistido em julgar Omar conforme seu próprio ponto de vista. Entretanto, se quisermos de fato compreender o Oriente, devemos tentar ver como o povo oriental encara seus escritos. Para muitos ocidentais, é uma surpresa quando lhes dizem que na própria Pérsia não há qualquer discordância acerca dos versos de Omar e de seu significado. Ele é aceito, com absoluta tranquilidade, como um grande poeta religioso.
"Que dizer, então, de todo o seu louvor apaixonado ao vinho e ao amor? Esses são apenas metáforas perfeitamente estabelecidas do sufismo; o vinho é a alegria do espírito, e o amor é a devoção extasiante a Deus. […]
Omar mais velou que exibiu seu conhecimento. É um absurdo que um homem assim fosse considerado pelo mundo ocidental como um farrista ocioso. Tanta sabedoria unida a tal superficialidade é autocontraditória.
Omar e outros poetas sufis usaram símiles populares e representaram as alegrias ordinárias da vida para que o homem do mundo pudesse comparar as alegrias comuns da vida mundana com as alegrias superiores da vida espiritual. Para o homem que habitualmente bebe vinho a fim de esquecer temporariamente as tristezas e aflições insuportáveis da vida, Omar oferece um néctar mais delicioso de iluminação e êxtase divino, que tem o poder de, ao ser usado pelo homem, suprimir permanentemente as dores. Certamente Omar não se daria ao trabalho de escrever tantos versos primorosos apenas para dizer às pessoas que escapassem da tristeza entorpecendo seus sentidos com vinho!
J. B. Nicolas, cuja tradução para o francês de 464 rubaiyat (quadras) apareceu em 1867, poucos anos após a primeira edição de Edward FitzGerald, opôs-se à opinião deste último, de ser Omar um materialista. FitzGerald refere-se a esse fato na introdução à sua própria segunda edição, como segue:
O Sr. Nicolas, cuja edição me tem recordado de várias coisas e instruído em outras, não considera Omar como o epicureu materialista que eu, de um modo literal, considerei, mas um místico que prefigura a Divindade sob a imagem do vinho, daquele que traz o vinho etc., como se supõe ser o caso de Hafiz; em suma: um poeta sufi, como Hafiz e os demais. […] Como existe alguma conjectura tradicional, e certamente a opinião de alguns estudiosos, a favor de ser Omar um sufi – até mesmo um santo –, aqueles que quiserem poderão interpretar assim o seu vinho e o que traz a taça.
Omar afirma claramente que o vinho simboliza a embriaguez do divino amor e da divina alegria. Muitas de suas estrofes são tão puramente espirituais que dificilmente pode-se derivar delas algum significado material; é o caso, por exemplo, das quadras XLIV, LX e LXVI.
Com a ajuda de um erudito persa, traduzi o Rubaiyat original para o inglês. Mas descobri que, embora literalmente traduzido, ele carecia do espírito ardente do original de Khayyam. Depois que comparei essa tradução com a de FitzGerald, compreendi que esta última fora divinamente inspirada para captar com exatidão, em inglês, a alma dos escritos de Omar em palavras gloriosamente musicais.
Portanto, decidi interpretar o significado interno oculto dos versos de Omar a partir da tradução de FitzGerald, e não da minha ou de qualquer outra que houvesse lido.²
A fim de captar facilmente a lógica e a profundidade das Interpretações espirituais
, espero que todo leitor leia essas oferendas juntamente com o Glossário. Nas seções de Aplicação prática
, os leitores que quiserem encontrarão diversas sugestões sinceras e úteis a respeito de como essas verdades podem ser, de maneira benéfica, aplicadas à vida diária.
Visto que o real vinho onírico de Omar era o vinho jubilosamente inebriante do amor divino, escrevi, como Adendo, alguns parágrafos a respeito do Amor Divino, os quais recebi no sagrado templo de minhas percepções internas. Esse Amor Divino é o que Omar recomenda como panaceia para todas as dores e questionamentos humanos.
Enquanto trabalhava na interpretação espiritual do Rubaiyat, este me conduziu a um infinito labirinto de verdade, até que me perdi, extaticamente, em arrebatamento. A maneira em que Khayyam ocultou sua filosofia metafísica e prática nestes versos recorda-me o Apocalipse de São João Evangelista
. O Rubaiyat poderia denominar-se, com muita propriedade, o Apocalipse de Omar Khayyam
Prefácio
Este volume, que apresenta os comentários completos de Paramahansa Yogananda ao Rubaiyat de Omar Khayyam, reúne as intuições poéticas e espirituais de três homens de grande renome, cujas vidas abrangem um período de mais de novecentos anos. Os versos de Omar Khayyam, que datam do século 11, e sua tradução, feita por Edward FitzGerald no século 19, têm deleitado os leitores há muito tempo. Todavia, o verdadeiro significado do poema tem sido objeto de muita controvérsia. Em sua luminosa interpretação, Paramahansa Yogananda revela – por trás do véu enigmático da metáfora – a essência mística deste clássico literário.
Aclamado por sua Autobiografia de um Iogue e outros escritos, Paramahansa Yogananda é amplamente reverenciado como um dos grandes santos contemporâneos da Índia. Sua interpretação do Rubaiyat foi um dos aspectos do esforço de toda a sua vida no sentido de despertar as pessoas, tanto do Oriente quanto do Ocidente, para uma percepção mais profunda da divindade inata, latente em cada ser humano. Tal qual os sábios iluminados de todas as tradições espirituais, Sri Yogananda percebeu que subjacente às doutrinas e práticas das diversas religiões está uma só Verdade, uma só Realidade transcendente. Essa perspectiva universal e essa amplitude de visão é que o capacitaram a elucidar a profunda afinidade entre os ensinamentos da antiga ciência indiana da Yoga e os escritos de um dos maiores e mais incompreendidos poetas místicos do mundo islâmico: Omar Khayyam.
O mistério de Omar Khayyam
Na história da literatura mundial, Omar Khayyam é um enigma. Certamente, nenhum outro poeta, de qualquer época, alcançou uma fama tão extraordinária por meio de tão colossal equívoco na interpretação de sua obra. Apreciada hoje no mundo inteiro, a poesia de Khayyam muito provavelmente ainda estaria mofando desconhecida nos arquivos da antiguidade, não fossem as belas traduções de seu Rubaiyat feitas pelo escritor inglês Edward FitzGerald. O paradoxo é que FitzGerald interpretou mal tanto o caráter quanto a intenção do poeta persa a cuja obra ele conferiu a imortalidade.
FitzGerald incluiu em suas edições do Rubaiyat um esboço biográfico intitulado: Omar Khayyam: O Poeta-Astrônomo da Pérsia
, no qual expõe a convicção de ser Khayyam um materialista antirreligioso que acreditava que o único significado da vida seria encontrado no vinho, na canção e nos prazeres mundanos:
Tendo (embora equivocadamente) deixado de encontrar qualquer Providência a não ser o Destino, e qualquer outro mundo a não ser este, ele se dispôs a aproveitá-lo ao máximo, preferindo antes confortar a alma por meio dos sentidos, em condescendência com as coisas conforme as via, do que torná-la perplexa com vã inquietude, buscando determinar o que elas talvez fossem. […] Ele sente um prazer perverso ou