Qual a voz e o discurso que as inteligências artificiais precisam ter para te manipular melhor?
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Qual a voz e o discurso que as inteligências artificiais precisam ter para te manipular melhor? - João Vicente Duarte Martins
AGRADECIMENTOS
Gostaria de dedicar essa obra inteira aos meus pais, João e Neide, que sempre priorizaram minha educação, apesar de todos as dificuldades, e que foram fundamentais para que eu, garoto do interior de São Paulo, longe das tecnologias de ponta, conseguisse hoje estar escrevendo sobre a vanguarda das discussões da sociedade.
Pai, eu tenho muito orgulho de ser seu filho.
Mãe, eu tenho muito orgulho de ser seu filho.
Sem vocês, eu, literalmente, nada seria.
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 A INFLUÊNCIA DO GÊNERO SOBRE A INTERPRETAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS
2.2 FORMA DE LINGUAGEM E PERSUASÃO
2.3 GÊNERO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
2.4 GÊNERO E CONTEXTO
3 RESUMO DOS ESTUDOS
3.1 ESTUDO 1
3.1.1 Metodologia
3.1.2 Objetivo
3.1.3 Amostra
3.1.4 Procedimento
3.1.5 Resultados
3.1.6 Discussão
3.2 ESTUDO 2
3.2.1 Metodologia
3.2.2 Objetivo
3.2.3 Amostra
3.2.4 Procedimento
3.2.5 Resultados
3.2.6 Discussão
4 DISCUSSÃO GERAL E CONCLUSÃO
4.1 LIMITAÇÕES E FUTURAS PESQUISAS
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A: PERGUNTAS DO EXPERIMENTO 1 PARA INDUZIR O PARTICIPANTE A ACHAR QUE ESTAVA TENDO UMA ANÁLISE SOBRE SEU PERFIL DE INVESTIMENTO
APÊNDICE B: ÁUDIOS TRANSCRITOS DO EXPERIMENTO 1
APÊNDICE C: PERGUNTAS DO EXPERIMENTO 2 PARA INDUZIR O PARTICIPANTE A ACHAR QUE ESTAVA TENDO UMA ANÁLISE SOBRE SEU PERFIL DE INVESTIMENTO
APÊNDICE D: ÁUDIOS TRANSCRITOS DO EXPERIMENTO 2
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
1 INTRODUÇÃO
A interação entre o ser humano e um computador equipado com inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais frequente por conta do amadurecimento da tecnologia e da popularização de produtos dessa natureza (SMITH, 2019). Essas IAs possuem vários nomes na literatura e no mercado como assistentes virtuais, assistentes pessoais inteligentes, assistentes pessoais digitais e assistentes de celular. São, no entanto, nada mais que algoritmos e modelos matemáticos que permitem aos usuários usar a interface de um dispositivo físico, seja um celular, um smart speaker ou qualquer aparelho dotado de inteligência artificial. As tarefas desempenhadas por estes algoritmos vão desde consultas a clima, criação de alarmes, realização de ligações telefônicas até escrita de mensagens e execução de músicas (MCTEAR; CALLEJAS; GRIOL, 2016).
Atualmente, várias empresas de tecnologia já vendem equipamentos eletrônicos (smart speakers) equipados com IA. Por exemplo, a Google produz e comercializa o Nest, enquanto a Amazon comercializa a linha Echo, equipados, respectivamente, com Google Assistente e Alexa. Outras empresas possuem apenas os assistentes virtuais embarcados em celulares, como a Siri, da Apple e Bixby, da Samsung. Todos eles são acionados por voz e, consequentemente, a interação se dá primariamente pela fala, sem a necessidade de interagir fisicamente com os dispositivos, apesar de alguns permitirem a interação física também (MCTEAR; CALLEJAS; GRIOL, 2016).
O número de dispositivos com assistentes digitais cresce no mundo todo. Em 2019, havia 3,25 bilhões de dispositivos e a expectativa é que haja 8,4 bilhões em 2024 (VAILSHERY, 2021). Estimou-se que, ao final de 2021, haveria 1,8 bilhão de usuários únicos utilizando assistentes virtuais (ALI, 2018).
A interação entre o ser humano e a máquina é tema que vem sendo estudado desde o século XX na literatura (ORCUTT; ANDERSON, 1974), mas a capacidade de comunicação das IAs melhorou muito desde a época em que se iniciaram esses estudos (GUZMAN, 2019) e as conclusões obtidas anteriormente podem não explicar o novo cenário de popularização dessas tecnologias (MCLEAN; OSEI-FRIMPONG, 2019).
Uma das linhas de pesquisa desse tema refere-se ao gênero que uma IA apresenta ao usuário. O gênero da IA é sempre uma variável identificada como relevante pelo usuário ao lidar com a interface por voz (NASS; MOON; MORKES, 1997) e, portanto, essa interação humano-computador também parece estar sujeita aos estereótipos de gênero existentes nas interações humanas (REEVES; NASS, 1996; NASS; MOON; MORKES, 1997; NASS; MOON, 2000).
A voz é considerada a próxima mudança chave na interação entre humano-máquina (EADICICCO, 2017) e as vozes das atuais IAs do mercado são majoritariamente femininas (HABLER; SCHWIND; HENZE, 2019; WOODS, 2018; WALKER, 2020; COSTA, 2018; BERGEN, 2016). A Alexa da Amazon, a Siri da Apple, a Bixby da Samsung e a Cortana da Microsoft são exemplos práticos de assistentes virtuais com vozes femininas. O Google Assistente, por sua vez, começou o produto com uma voz feminina e hoje possui a opção de troca por uma voz masculina, apesar da voz feminina ser a padrão. Também vale notar que sistemas de navegação de carro (GPS) começaram com vozes femininas, apesar de hoje também terem opções com vozes masculinas (HABLER; SCHWIND; HENZE, 2019).
Como dito, as vozes das IAs são predominantemente femininas mesmo que as IAs possuam distintos usos no mercado, como recomendações simples e complexas (por exemplo: uma sugestão de filme ou uma recomendação de investimento), ou um sistema de navegação de GPS. Seria, portanto, a voz feminina realmente a ideal para as IAs? Ou será que a voz masculina pode se sair melhor em determinadas situações? Por exemplo, o sistema de navegação de GPS da marca de carros BMW começou com uma voz feminina, mas teve que alterar para uma voz masculina devido aos usuários não aceitarem instruções de rotas e caminhos de uma voz feminina (NASS, 2010).
Além do gênero da IA, o gênero do usuário também parece ser relevante. Por exemplo, existem estudos que mostram que homens respondem de forma diferente das mulheres ao lidarem com a presença física de robôs (SCHERMERHORN; SCHEUTZ; CROWELL, 2008; CROWELLY et al., 2009). Também há evidências de que