Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

A inteligência artificial é inteligente?
A inteligência artificial é inteligente?
A inteligência artificial é inteligente?
E-book243 páginas3 horas

A inteligência artificial é inteligente?

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

A discussão sobre a inteligência das máquinas fragmenta-se em duas posições: os que não hesitam em demonstrar suas incertezas e aqueles que negam categoricamente a Inteligência Artificial (IA). Entre as duas tendências, pesquisadores buscam definições renovadas e não antropocêntricas de inteligência. A inteligência é uma habilidade sobretudo performática, do modo como se age para o alcance de metas, contanto que passe pelo crivo da ética. A partir da escolha da aprendizagem como mola mestra da inteligência, Santaella aborda neste livro a controvérsia entre a inteligência humana e a dos algoritmos, com recortes objetivos, precisos e claros.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de mar. de 2023
ISBN9786554270540
A inteligência artificial é inteligente?

Leia mais títulos de Lucia Santaella

Relacionado a A inteligência artificial é inteligente?

Ebooks relacionados

Inteligência Artificial (IA) e Semântica para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de A inteligência artificial é inteligente?

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    A inteligência artificial é inteligente? - Lucia Santaella

    CAPÍTULO 1

    PANORAMA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

    Um grande número de textos sobre IA começa com o seu histórico. Apesar de que informações sobre isso possam ser encontradas sem dificuldade, seguirei a praxe, mas de forma muito breve, tomando como referência Holmes et al. (2019, p. 196-206). Tudo deve ter começado no alvorecer das ciências cognitivas, nas conferências realizadas no Dartmouth Center, no s Estados Unidos em 1956. A meta dessas conferências estava direcionada para o estabelecimento das bases que pudessem levar ao desenvolvimento de uma ciência da mente sob o modelo do computador digital. Dessa ideia de que o computador poderia ser tomado como um modelo para entender a mente e o cérebro humanos brotou a IA, cuja expansão interdisciplinar deu origem àquilo que passou a ser chamado de ciências cognitivas ou ciência cognitiva, como querem alguns. No campo da IA, John MacCarthy foi quem ganhou fama por ter insistido com os colegas, todos muito importantes, tais como Marvin Minsky, Allen Newell e Herbert Simon, entre outros, de que o nome do novo campo de conhecimento deveria ser a IA.

    Desde então, o desenvolvimento da IA passou por altos e baixos. Como era de se esperar, quando os ventos sopravam contra, as verbas decresciam e vice versa. Desde o início, a pesquisa concentrou-se no Massachtusetts Institute of Technology (MIT), nas Carnegie Mellon University e Stanford University que, até hoje, se mantêm na liderança no campo, embora as pesquisas em IA não tenham se limitado a esses centros.

    São variadas as vias históricas que podem ser seguidas, mas, para nos mantermos fieis a Holmes et al. (ibid.), seguiremos suas trilhas: 1) sistemas baseados em regras; 2) computadores que jogam games; 3) visão computacional; e 4) processamento de linguagem natural (ver também SANTAELLA, 2019, p. 11-26 e 2022, p. 246-251).

    O exemplo mais citado que foi implementado na trilha do sistema baseado em regras é ELIZA, um programa de conversação que não iria muito longe, mas do qual foi derivada uma nova onda em voga no final dos anos 1980 e início de 90 chamada de Sistemas Especialistas (Expert systems), sempre baseados em regras dedutivas do tipo se...então, as quais, com o tempo, certamente se multiplicaram em sistemas mais robustos, por centenas de se...então. Um ponto positivo nesses sistemas é sua resiliência contra o erro. Mas os sistemas especialistas dependiam da aquisição de conhecimento extraído de pessoas especializadas em áreas específicas. As dificuldades que isso impunha não levaram à extinção da proposta, pois, de acordo com Holmes et al. (ibid., p. 199), agora incrementada por novas técnicas de IA, ela continua a ser utilizada, por exemplo, em contextos como manufatura, agricultura, engenharia

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1