Batalha De Pavia, 1525

De André Geraque Kiffer

Foi o engajamento decisivo da Guerra Italiana de 1521 a 1526 entre o Reino Valois da França e o império dos Habsburgos de Carlos V, Sacro Imperador Romano-Germânico e governante da Espanha, Áustria, Países Baixos e Duas Sicílias. A batalha foi travada no parque Visconti de Mirabello di Pavia, fora dos muros da cidade. Numa análise da descrição do fato histórico entendemos que a manobra defensiva francesa foi comprometida pela intrepidez típica das medievais cargas da nobre cavalaria francesa, sem coordenar com a artilharia, prejudicando seus campos de tiro; e também sem coordenar com a infantaria, da qual afastou-se de uma distância mais apropriada para um apoio mútuo, ou seja, os 500 metros do alcance mais efetivo dos arcabuzes. Testar uma hipótese para uma manobra diferente pelos imperiais seria alargar muito o escopo original do plano daqueles. Nesta simulação da batalha de Pavia vamos testar uma hipótese na qual os franceses teriam, estrategicamente se aproveitado de sua situação em linhas interiores; taticamente tivessem estabelecido um sítio seguro tanto no perímetro interno – frente à cidade -, quanto no perímetro externo – os acessos a Pavia (observação: como vimos César no nosso livro sobre “Alésia”); e, tecnicamente, tivessem planejado e treinado as coordenações necessárias entre as diversas forças defensivas.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 4 de fev. de 2024

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ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

Uma  simulação  histórica  da

batalha  de  Pavia,  1525

Edição  do  Autor

Resende

2020

---  Kiffer,  André  Geraque.

Uma  simulação  histórica  da  batalha  de  Pavia,  1525. André  Geraque  Kiffer.

Edição  do  Autor,  Resende,  2020. Bibliografia:  95  f.  30  il.  21  cm..

1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

ISBN  978-65-00-07467-3

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3 PRÓLOGO

Apoiado  num  resumo  do  fato  histórico  (guerra, campanha  e/ou  batalha),  procuro  analisar  e destacar  os  fatores  decisivos,  antes  de  simular hipóteses  e  se...  alternativas  por  meio  de  um  jogo de  tabuleiro.  Na  simulação  se  completam  todas  as possibilidades  do  propósito  do  estudo,  quando  o passado  da  história  é  analisado  com  base  na  teoria do  presente  e  projetado  para  situações semelhantes  no  futuro.  Até  aqui  publiquei  as seguintes  séries:  I.  Simulação  Histórica  das Guerras  dos  Primeiros  Impérios  em  2010;  VIII. Simulação  Histórica  da  Primeira  Guerra  Mundial em  2011;  II.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na Grécia  Clássica  em  2012;  III.  Simulação  Histórica das  Guerras  Romanas  em  2016;  e  IV.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Medieval  em  2018. Planejo  publicar  as  seguintes  séries:  V.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Moderna  (1453  a 1774);  "VI.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era

das  Revoluções  (1775  a  1860);  VII.  Simulação

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Histórica  das  Guerras  na  Era  Industrial  (1861  a 1913);  IX.  Simulação  Histórica  da  Segunda Guerra  Mundial;  e  X.  Simulação  Histórica  da Guerra  Fria  (1917  a  1989)".  Então,  fundamentado nessa  visão  abrangente  da  História  Militar  desde 1560  a.C.,  nas  minhas  graduações  de  bacharel  em História  em  2019  e  de  doutor  em  Ciências  Militares em  2000,  vou  concluir  o  projeto  ao  criar  e  publicar uma  teoria  própria  sobre  a  Arte  e  a  Ciência  da Guerra. Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

5 SUMÁRIO

FATO  HISTÓRICO…………………………...……….6 ANÁLISE  HISTÓRICA………………………………16 SIMULAÇÃO  HISTÓRICA.…………………………35

ANEXOS.............……………………………………82

6 FATO  HISTÓRICO  1

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Nomes  de  pessoas  e  de  lugares  serão mantidos  nos  seus  idiomas  originais,  a  menos  que exista  uma  forma  aportuguesada  necessária  ao entendimento.  Títulos  ou  termos  técnicos  em  outros idiomas,  quando  não  houver  uma  melhor  tradução em  português,  serão  mantidos  e  explicados  na primeira  vez  em  que  aparecerem.

Quando  as  fontes  bibliográficas  disponíveis possuírem  lacunas  nas  organizações  e  manobras históricas,  vou  preenchê-las  da  forma  mais científica  possível,  cruzando  e/ou  mesclando referências,  estabelecendo  uma  média  nos números,  e  assim  atender  às  necessidades  da minha  hipótese  a  ser  estudada.

Guerra  Italiana  de  1521  a  1526

A  batalha  de  Pavia,  em  24  de  fevereiro  de 1525,  foi  o  engajamento  decisivo  da  Guerra  Italiana de  1521  a  1526  entre  o  Reino  Valois  da  França  e  o império  dos  Habsburgos  de  Carlos  V  (1500-1558),

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1  KONSTAM,  Angus.  Pavia  1525:  The  Climax  of  the  Italian

Wars.  Oxford,  England:  Osprey  Publishing,  1996.

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Sacro  Imperador  Romano-Germânico  e  governante da  Espanha,  Áustria,  Países  Baixos  e  Duas  Sicílias. A  batalha  foi  travada  no  parque  Visconti  de Mirabello  di  Pavia,  fora  dos  muros  da  cidade.

Fig  1:  Domínios  imperiais  em  1519.

Os  franceses,  na  posse  da  Lombardia  no  início desta  guerra,  foram  forçados  a  abandoná-la  após derrotados  em  batalha  no  ano  de  1522. Determinado  a  recuperá-la,  o  rei  Francisco  ordenou uma  invasão  da  região  no  final  de  1523,  sob  o comando  de  Guillaume  Gouffier,  senhor  de Bonnivet,  que  também  foi  derrotado  pelas  tropas

imperiais  e  forçado  a  se  retirar  para  a  França.

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Carlos  de  Lannoy  (1487-1527)  –  um  flamengo, vice-rei  imperial  de  Nápoles