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Batalha De Tuiuti, 1866
Batalha De Tuiuti, 1866
Batalha De Tuiuti, 1866
E-book118 páginas53 minutos

Batalha De Tuiuti, 1866

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Sobre este e-book

A Batalha de Tuiuti foi a maior e mais sangrenta batalha campal de toda a Guerra do Paraguai e do continente sul-americano, por ter envolvido mais de 55 mil homens. Foi travada no dia 24 de maio de 1866, em uma região pantanosa, arenosa e de difícil locomoção chamada Tuyutí, no sudoeste do Paraguai. Historiadores paraguaios sustentam que a má coordenação e a falta de planejamento detalhado transformaram uma vitória certa de suas armas em uma derrota devastadora. Sem uma cadeia de comando conjunto bem definida e sem conhecer direito o terreno, por conta da ausência de mapas, a Tríplice Aliança encontrou dificuldades no início da ação. Vamos considerar nesta nossa simulação histórica uma hipótese na qual, tanto o ataque paraguaio tivesse sido melhor coordenado, quanto a defesa aliada tivesse sido melhor orientada – ainda que esta mantivesse sua expectativa para uma próxima ofensiva.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de fev. de 2024
Batalha De Tuiuti, 1866

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    Batalha De Tuiuti, 1866 - André Geraque Kiffer

    ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

    Batalha  de  Tuiuti,  1866. Uma  simulação  histórica

    Edição  do  Autor Rio  de  Janeiro

    2022

    ---  Kiffer,  André  Geraque.

    Batalha  de  Tuiuti,  1866.  Uma  simulação  histórica.  André Geraque  Kiffer.

    Edição  do  Autor,  Rio  de  Janeiro,  2022. Bibliografia:  113  f.  52  il.  21  cm..

    1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

    ISBN  978-65-00-46832-8

    2

    3 PRÓLOGO

    Como  Historiador  Militar  apoio-me  em  um  resumo do  fato  histórico,  analiso  e  destaco  os  fatores decisivos,  antes  de  simular  hipóteses  e  se... alternativas  por  meio  de  um  jogo  de  tabuleiro.  Na simulação  se  completam  todas  as  possibilidades  do propósito  do  estudo,  quando  o  passado  da  história é  analisado  com  base  na  teoria  do  presente  e projetado  para  situações  semelhantes  no  futuro. Desde  2010  publiquei  as  seguintes  séries  de simulações:  I.  Simulação  Histórica  das  Guerras dos  Primeiros  Impérios;  II.  Simulação  Histórica das  Guerras  na  Grécia  Clássica;  III.  Simulação Histórica  das  Guerras  Romanas;  IV.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Medieval;  V. Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era  Moderna (1453  a  1774);  VI.  Simulação  Histórica  das Guerras  na  Era  das  Revoluções  (1775  a  1860); VII.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era Industrial  (1861  a  1913);  "VIII.  Simulação  Histórica

    da  Primeira  Guerra  Mundial;  IX.  Simulação

    4

    Histórica  da  Segunda  Guerra  Mundial;  X. Simulação  Histórica  da  Guerra  Fria  (1917  a  1991); e  XI.  Simulação  Histórica  das  Guerras Contemporâneas  (1991  a  ...)". Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

    da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

    5 SUMÁRIO

    FATO  HISTÓRICO…...……………………………….6 ANÁLISE  HISTÓRICA……………….....…....….….13 SIMULAÇÃO  HISTÓRICA…….………………....…30 ANEXOS………….…………………………………109

    REFERÊNCIAS….…………………………………112

    6 BATALHA  DE  TUIUTI,  24  DE  MAIO  DE  1866

    Recomendo  ao  leitor,  como  ambientação  para a  guerra  da  qual  fez  parte  esta  batalha,  a  leitura  de meu  livro  Guerra  do  Paraguai,  1864  a  1870.  Uma simulação  histórica  .

    Fig  1:  A  guerra.

    7

    Tuyutí  (do  guarani  lama  branca),  na  confluência dos  rios  Paraná  e  Paraguai,  era  um  terreno  arenoso e  pantanoso,  cercado  por  juncos  e  palmeiras  que serviam  como  camuflagem  para  aproximações.

    Os  aliados  estavam  acampados  em  uma  parte seca  da  região,  pequena  se  comparada  com  o número  total  de  soldados,  que  chegava  a  quase  33 mil.  O  espaço  tinha  quatro  quilômetros  de comprimento  por  2,4  km  de  largura.  Foi  neste  local, devido  a  superpopulação,  à  má  qualidade  da  água e  aos  inúmeros  sepultamentos  que  iniciou  uma contaminação  por  cólera,  epidemia  que  viria  a assolar  o  exército  da  Aliança  pelos  próximos  anos.

    No  lado  sul  ficava  o  estero  (esteiro  ou  braço estreito  de  rio,  terra  adentro)  Bellaco  Sur;  a  oeste estava  a  laguna  e  o  potreiro  (campo  fechado  com aguada  para  a  criação  de  cavalos)  Piris  ou  Pires;  a norte,  o  estero  Bellaco  Norte  ou  Rojas;  e  a  leste, bem  como  a  oeste,  nas  margens  de  outros  esteros menores,  áreas  de  banhados.  A  informação  de posse  dos  aliados  era  a  atual  e  visual,  pois  não

    dispunham  de  mapas  desse  território.

    8

    Sem  saber,  os  aliados  estavam  diante  de  uma forte  posição  defensiva  do  inimigo,  as  trincheiras  do Sauce,  mais  ao  norte,  na  direção  de  Humaitá.  A posição  era  muito  bem  organizada  sobre  tábuas, tinha  cerca  de  1.500  metros,  26  plataformas  para canhões,  alojamento  para  três  mil  homens  e  fossos camuflados  para  atiradores.  A  seis  quilômetros dessa  posição  se  encontrava  o  Paso  Pucú,  região onde  López  estava  instalado.

    Entre  os  dias  22  e  23  de  maio,  os  aliados fizeram  um  reconhecimento  da  região  à  frente  das posições  defensivas  paraguaias.  Ao  analisar  as informações  obtidas,  o  alto-comando  aliado  decidiu por  um  ataque,  no  mais  tardar  em  25  de  maio,  uma vez  que  as  tropas  que  estavam  fazendo  o reconhecimento  não  o  haviam  finalizado.

    López  percebeu  as  intenções  dos  invasores  e decidiu  agir  antecipadamente.  Ele  reuniu  seus subordinados  em  Paso  Pucú  e  expôs  seu  desejo  de esmagar  definitivamente  os  inimigos  de  nossa pátria.  O  presidente  paraguaio  disse  que  reuniria

    todos  os  recursos  nesta  batalha  e  atacaria  o

    9

    exército  aliado  por  todos  os  lados,  empurrando-os de  volta  para  o  rio  Paraná.  O  plano  foi  bem recebido  pelos  seus  oficiais,  pois  o  consideraram praticável  e  engenhoso.

    Fig  2:  A  campanha  de  Humaitá  e  a  batalha  de  Tuiuti.

    Na  manhã  do  dia  24,  a  cerração  e  neblina  que se  estendiam  no  acampamento  foram  substituídas pela  fumaça  negra  resultante  dos  tiros  de  canhões e  dos  foguetes  vindos  dos  paraguaios.

    O  ataque  paraguaio  tinha  por  objetivo  flanquear

    e  cercar  as  posições  aliadas,  bloqueando-lhes  o

    10

    acesso  ao  rio  Paraná.  A  cavalaria  paraguaia,  que somava  8.500  contra  pouco  mais  de  1.700  dos aliados,  cujos  animais  estavam  maltratados,  foi empregada  desde  a  fase  inicial.

    De  início  muita  confusão  no  acampamento aliado,

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