Batalha De Rethel, Em 1650, Da Fronda Na França
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Batalha De Rethel, Em 1650, Da Fronda Na França - André Geraque Kiffer
ANDRÉ GERAQUE KIFFER
Batalha de Rethel, em 1650,
da Fronda na França.
Uma simulação histórica
Edição do Autor Rio de Janeiro
2023
--- Kiffer, André Geraque.
Batalha de Rethel, em 1650, da Fronda na França. Uma simulação histórica. André Geraque Kiffer.
Edição do Autor, Rio de Janeiro, 2023. Bibliografia: 124 p. 32 il. 21 cm..
1. História. 2. Arte da Guerra. 3. Ciência da Guerra. 4. Jogos de Guerra. I. Autor. II. Título.
ISBN 978-65-00-82924-2
2
3 PRÓLOGO
Como Historiador Militar me apoio em um resumo do fato histórico, analiso e destaco os fatores decisivos, antes de simular hipóteses e se...
alternativas por meio de um jogo de tabuleiro. Na simulação se completam todas as possibilidades do propósito do estudo, quando o passado da história é analisado com base na teoria do presente e projetado para situações semelhantes no futuro. Desde 2010 publiquei as seguintes séries de simulações: I. Simulação Histórica das Guerras dos Primeiros Impérios
; II. Simulação Histórica das Guerras na Grécia Clássica
; III. Simulação Histórica das Guerras Romanas
; IV. Simulação Histórica das Guerras na Era Medieval
; V. Simulação Histórica das Guerras na Era Moderna (1453 a 1774)
; VI. Simulação Histórica das Guerras na Era das Revoluções (1775 a 1860)
; VII. Simulação Histórica das Guerras na Era Industrial (1861 a 1913)
; "VIII. Simulação Histórica
da Primeira Guerra Mundial;
IX. Simulação
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Histórica da Segunda Guerra Mundial;
X. Simulação Histórica da Guerra Fria (1917 a 1991); e
XI. Simulação Histórica das Guerras Contemporâneas (1991 a ...)". Palavras-chave: História. Arte da Guerra. Ciência
da Guerra. Jogos de Guerra.
5 SUMÁRIO
FATO HISTÓRICO……………..…….….……………6 ANÁLISE HISTÓRICA…….……………..…………14 SIMULAÇÃO HISTÓRICA…….……………………43 ANEXOS..........…………………………………….102
REFERÊNCIAS...………………………………….123
6 FATO HISTÓRICO
Guerra Civil na França (1648-1653)
A Europa do século XVII foi dominada pela luta entre os reis Bourbon da França e seus rivais dos Habsburgos na Espanha e no Sacro Império Romano.
Fig 1: Guerra Franco Espanhola.
Conhecidas no todo como A Fronda
, as Guerras Civis na França, entre 1648 e 1653, ocorreram em meio à Guerra Franco Espanhola,
entre 1635 e 1659.
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Nota: a palavra francesa fronde
significa estilingue, pois parisienses usaram-nos para quebrar as janelas dos apoiadores do cardeal Mazarin, sucessor de Richelieu como primeiro- ministro francês e tutor de Luís XIV.
O rei Luís XIV enfrentou a oposição combinada dos príncipes, da nobreza, dos parlamentos provinciais, assim como da maioria dos franceses. A disputa começou quando o governo da França emitiu sete decretos fiscais, seis dos quais para aumentar a tributação. Os parlamentos recuaram e questionaram a constitucionalidade das ações do rei e procuraram frear seus poderes.
A Fronda foi dividida em duas campanhas principais, a Fronda Parlamentar e a Fronda dos Príncipes. O momento da eclosão da Fronda Parlamentar, logo após a Paz de Westphalia (1648) que pôs fim à Guerra dos Trinta Anos, foi significativo.
Os núcleos dos bandos armados, que aterrorizaram partes da França sob lideranças
aristocráticas durante esse período, eram veteranos
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de uma geração endurecida pela guerra na Alemanha, onde as tropas ainda tendiam a operar de forma mais autônoma.
Fig 2: A Fronda.
Luís XIV, impressionado como jovem governante com a experiência da Fronda,
aproveitou para reorganizar o exército francês sob
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uma hierarquia mais rígida, cujos comandantes, em última análise, poderiam ser postos ou depostos à vontade do rei.
A Fronda representou a tentativa final da nobreza francesa de lutar contra os poderes centralizadores de um rei, e eles acabaram humilhados, passando a viverem no palácio de Versalhes como cortesãos de luxo. A longo prazo, a Fronda serviu para fortalecer a autoridade real, com o surgimento da monarquia absolutista, no entanto enfraqueceu a economia até seu desfecho final em 1789.
O Império Espanhol, que tinha promovido a Fronda, a ponto de sem o seu apoio ter tido um carácter mais limitado, beneficiou-se desta guerra interna que a França teve de enfrentar, uma vez que contribuiu para a recuperação militar espanhola na sua guerra com aquela e, assim o ano de 1652 ser considerado um «annus mirabilis» espanhol.
Fronda dos Príncipes
O tratado de Rueil, que pôs fim à Fronda dos
Parlamentos, durou até o final de 1649. Os
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príncipes, novamente recebidos na corte, renovaram suas intrigas contra Mazarin. Em 1650 o cardeal prendeu, repentinamente, Condé, Conti e Longueville.
Fig 3: A Europa após a Guerra dos Trinta Anos.
Dessa vez, então, foi Turenne, antes e depois o soldado mais legalista de sua época, que liderou uma rebelião armada a fim de resgatar aqueles nobres, particularmente Condé, seu antigo companheiro nas batalhas de Freiburg e Nördlingen
na Guerra dos Trinta Anos.
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Turenne esperava fazer isso com assistência espanhola. Um poderoso exército espanhol foi reunido em Artois sob o arquiduque Leopold Wilhelm, governador-geral da Holanda espanhola. Mas os camponeses franceses levantaram-se contra os invasores e o exército real em Champagne estava nas mãos competentes de César de Choiseul, conde du Plessis-Praslin. A pequena fortaleza de Guise, no eixo logístico, resistiu com sucesso ao ataque do arquiduque.
Mazarin, então, recorreu ao exército de Plessis-