A Guerra Mundial De 1756 A 1763

De André Geraque Kiffer

Neste livro vamos expandir o escopo da Guerra dos Sete Anos (1756-1763), conhecida por muitos historiadores, entre os quais me incluo, como a primeira Guerra Mundial, para associá-la, particularmente no capítulo dedicado à Análise e Simulação, com outras duas guerras, estas seculares e latentes. Uma travada pelo controle dos Oceanos, as Anglo Holandesas (1652-1784); e outra pelo controle da Europa Central e do mar Mediterrâneo, as dos Habsburgos contra os Otomanos (1526-1791). A estratégia militar, entre 1648 e 1789, testemunhou a chamada “Kabinettskriege” (do alemão “Guerra de Gabinete” com “soldadinhos de chumbo”), nas quais exércitos regulares disciplinados eram equipados e supridos pelos Estados para conduzirem as manobras em nome dos interesses combinados entre Coalizões. A estratégia operacional priorizava o controle das principais cidades fortalezas, aquelas posicionadas de modo a comandarem as regiões e estradas circundantes. Haviam mais sítios prolongados do que decisivas batalhas campais.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 4 de fev. de 2024

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ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

A  Guerra  Mundial  de

1756  a  1763.

Uma  simulação  histórica

Edição  do  Autor

Resende

2021

---  Kiffer,  André  Geraque.

A  Guerra  Mundial  de  1756  a  1763.  Uma  simulação histórica.  André  Geraque  Kiffer.

Edição  do  Autor,  Resende,  2021. Bibliografia:  150  f.  58  il.  21  cm..

1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

ISBN  978-65-00-18629-1

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3 PRÓLOGO

Apoiado  num  resumo  do  fato  histórico  (guerra, campanha  e/ou  batalha),  procuro  analisar  e destacar  os  fatores  decisivos,  antes  de  simular hipóteses  e  se...  alternativas  por  meio  de  um  jogo de  tabuleiro.  Na  simulação  se  completam  todas  as possibilidades  do  propósito  do  estudo,  quando  o passado  da  história  é  analisado  com  base  na  teoria do  presente  e  projetado  para  situações semelhantes  no  futuro.  Até  aqui  publiquei  livros  nas seguintes  séries:  I.  Simulação  Histórica  das Guerras  dos  Primeiros  Impérios  em  2010;  VIII. Simulação  Histórica  da  Primeira  Guerra  Mundial em  2011;  II.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na Grécia  Clássica  em  2012;  III.  Simulação  Histórica das  Guerras  Romanas  em  2016;  IV.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Medieval  em  2018;  e V.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era Moderna  (1453  a  1774)  em  2019.  Ainda  planejo publicar  as  seguintes  séries:  "VI.  Simulação

Histórica  das  Guerras  na  Era  das  Revoluções  (1775

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a  1860),  particularmente  as  Guerras  Napoleônicas (1803  a  1815);  VII.  Simulação  Histórica  das Guerras  na  Era  Industrial  (1861  a  1913), particularmente  a  Guerra  de  Secessão  Americana (1861  a  1865);  IX.  Simulação  Histórica  da  Segunda Guerra  Mundial;  e  X.  Simulação  Histórica  da Guerra  Fria  (1917  a  1989)".  Então,  fundamentado nessa  visão  abrangente  da  História  Militar  desde 1560  a.C.  no  Egito  Antigo,  e  nos  conhecimentos adquiridos  nos  meus  estudos  para  doutor  em Ciências  Militares  em  2000  e  para  bacharel  em História  em  2019,  vou  concluir  meu  projeto  ao escrever  e  publicar  uma  teoria  própria  sobre  a  Arte e  a  Ciência  da  Guerra. Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

5 SUMÁRIO

CAPÍTULO  1  –  GUERRA  MUNDIAL  DE  1756  A

1763…………………………………………………….6 CAPÍTULO  2  –  ANÁLISE  &  SIMULAÇÃO.............36

ANEXOS..........…………………………………….132

6 CAPÍTULO  1

A  GUERRA  MUNDIAL  DE  1756  A  1763

Nomes  de  pessoas  e  de  lugares  poderão  ser mantidos  nos  idiomas  originais,  do  jogo  e/ou  reais, a  menos  que  exista  uma  forma  aportuguesada  mais conhecida  ou  necessária  ao  entendimento.  Títulos ou  termos  técnicos  em  outros  idiomas,  quando  não houver  uma  melhor  tradução  em  português,  serão mantidos  e  explicados  na  primeira  vez  em  que aparecerem.

Neste  livro  vamos  expandir  o  escopo  da  Guerra dos  Sete  Anos  (1756-1763),  conhecida  por  muitos historiadores,  entre  os  quais  me  incluo,  como  a primeira  Guerra  Mundial,  para  associá-la,

particularmente  no  capítulo  dedicado  à  Análise  e

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Simulação,  com  outras  duas  guerras,  estas seculares  e  latentes.

Fig  1:  Choque  entre  impérios.

Uma  travada  pelo  controle  dos  Oceanos,  as Anglo  Holandesas  (1652-1784);  e  outra  pelo controle  da  Europa  Central  e  do  mar  Mediterrâneo, as  Habsburgos  Otomanos  (1526-1791).  Neste capítulo  resumiremos  os  principais  aspectos  destes dois  conflitos,  enquanto  na  análise  e  simulação cobriremos  somente  as  ações  possíveis  no  período selecionado  de  1756  a  1763.

Pela  maior  expansão  mundial  na  história  do período  vamos,  primeiro,  apresentar  um  quadro

mais  detalhado  relativo  à  Guerra  dos  Sete  Anos,

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para  depois  resumirmos  a  história  das  outras  duas. Na  simulação  as  três  farão  parte  desta  nossa Guerra  Mundial.

Fig  2:  A  Europa  em  1748.

Guerra  dos  Sete  Anos  (1756-1763)  1

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A  chamada  Revolução  Diplomática  2

2  foi  uma grande  mudança  diplomática  desencadeada  pela separação  de  interesses  entre  a  Áustria,  a  Grã- Bretanha  e  a  França.  A  paz  de  Aix-la-Chapelle,

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1  MARSTON,  Daniel.  Essential  Histories:  The  Seven  Years’

War.  Oxford:  Osprey,  2001.

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2  SCHWEIZER,  Karl  W.  War,  Politics,  and  Diplomacy:  The

Anglo-Prussian  Alliance,  1756-1763.  Cambridge:  University

Press  of  Amer,  1991.

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após  a  Guerra  de  Sucessão  Austríaca  (1744- 1748)  3

3  ,  deixou  a  Áustria  ciente  do  alto  preço  que pagou  em  ter  a  Grã-Bretanha  como  aliada.

Fig  3:  Revolução  Diplomática  no  século  XVIII.

Maria  Teresa  da  Áustria  havia  defendido  sua reivindicação  ao  trono  dos  Habsburgos  e  teve  seu marido,  Francisco,  coroado  imperador  em  1745.  No entanto,  ela  foi  forçada  a  renunciar  a  um  território valioso  no  processo.

Sob  pressão  diplomática  britânica,  Maria Teresa  teve  que  desistir  da  maior  parte  da

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3  ARMOR,  Ian.  A  History  of  Eastern  Europe  1740–1918.  New

York:  Bloomsbury  Academic  Press,  2012.

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Lombardia  e  da  parte  ocupada  da  Baviera.  Os britânicos  também  a  obrigaram  a  ceder  a  cidade italiana  de  Parma  (do  ducado  de  Milão)  à  Espanha e,  mais  importante,  a  abandonar  seu  valioso  estado da  Silésia  à  ocupação  prussiana.

Fig  4:  Silésia  até  1742.

Durante  essa  guerra  de  1744,  Frederico  II  da Prússia  havia  conquistado  a  Silésia,  uma  das  terras do  Reino  da  Boêmia,  avançando  ainda  mais  a Prússia  como  uma  grande  potência  europeia  e  uma ameaça  crescente  às  terras  alemãs  da  Áustria  e  à

Europa  Central  como  um  todo.

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Este  crescimento  da  Prússia  foi  bem  recebido pelos  britânicos,  que  a  viam  como  um  meio  de reduzir  a  influência  francesa  na  Alemanha,  que  de