Guerra Dos Trinta Anos, 1618 A 1648
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Guerra Dos Trinta Anos, 1618 A 1648 - André Geraque Kiffer
ANDRÉ GERAQUE KIFFER
Uma simulação histórica da Guerra dos Trinta Anos,
1618 a 1648
Edição do Autor
Resende
2020
--- Kiffer, André Geraque.
Uma simulação histórica da Guerra dos Trinta Anos, 1618 a 1648. André Geraque Kiffer.
Edição do Autor, Resende, 2020. Bibliografia: 227 f. 83 il. 21 cm..
1. História. 2. Arte da Guerra. 3. Ciência da Guerra. 4. Jogos de Guerra. I. Autor. II. Título.
ISBN 978-65-00148-26-8
2
3 PRÓLOGO
Apoiado num resumo do fato histórico (guerra, campanha e/ou batalha), procuro analisar e destacar os fatores decisivos, antes de simular hipóteses e se...
alternativas por meio de um jogo de tabuleiro. Na simulação se completam todas as possibilidades do propósito do estudo, quando o passado da história é analisado com base na teoria do presente e projetado para situações semelhantes no futuro. Até aqui publiquei as seguintes séries: I. Simulação Histórica das Guerras dos Primeiros Impérios
em 2010; VIII. Simulação Histórica da Primeira Guerra Mundial
em 2011; II. Simulação Histórica das Guerras na Grécia Clássica
em 2012; III. Simulação Histórica das Guerras Romanas
em 2016; e IV. Simulação Histórica das Guerras na Era Medieval
em 2018. Planejo publicar as seguintes séries: V. Simulação Histórica das Guerras na Era Moderna (1453 a 1774)
; "VI. Simulação Histórica das Guerras na Era
das Revoluções (1775 a 1860)", particularmente as
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Guerras Napoleônicas (1803 a 1815); VII. Simulação Histórica das Guerras na Era Industrial (1861 a 1913)
, particularmente a Guerra de Secessão Americana (1861 a 1865); IX. Simulação Histórica da Segunda Guerra Mundial
; e X. Simulação Histórica da Guerra Fria (1917 a 1989)
. Após, então, estar fundamentado nessa visão abrangente da História Militar desde 1560 a.C. no Egito Antigo, e nos conhecimentos adquiridos nos meus estudos para doutor em Ciências Militares em 2000 e para bacharel em História em 2019, vou concluir o projeto ao escrever e publicar uma teoria própria sobre a Arte e a Ciência da Guerra. Palavras-chave: História. Arte da Guerra. Ciência
da Guerra. Jogos de Guerra.
5 SUMÁRIO
FATO HISTÓRICO.…………………………......……6 ANÁLISE HISTÓRICA………………………………34 SIMULAÇÃO HISTÓRICA………………...............41
ANEXOS..........…………………………………….202
6 Descrição da capa do livro na Fig 23. FATO HISTÓRICO
A Paz de Augsburgo (1555), assinada por Carlos V, Sacro Imperador Romano-Germânico, confirmou o resultado da Dieta de Speyer (1526), encerrando a guerra entre luteranos e católicos alemães e estabelecendo que:
Fig 1: Fragmentação religiosa e social na Europa em 1618.
- Os governantes dos 224 Estados alemães poderiam escolher a religião (Luteranismo ou Catolicismo) de seus reinos. Seus súditos tinham que seguir esta decisão ou emigrar (o princípio de
cuius regio, eius religio).
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- Os bispados e outros Estados governados pelo clero católico foram excluídos e deviam permanecer com a mesma religião. Bispos príncipes que se converteram ao Luteranismo foram obrigados a abandonar seus territórios (o princípio chamado reservatum ecclesiasticum).
- Os luteranos poderiam manter os territórios que haviam tomado da Igreja Católica desde a Paz de Passau em 1552.
Embora a Paz de Augsburgo tenha criado um fim temporário às hostilidades, ela não resolveu o conflito religioso subjacente, que se tornou ainda mais complexo pela propagação do Calvinismo em toda a Alemanha nos anos que se seguiram. Esta nova religião não foi reconhecida pelos termos de Augsburgo, nos quais apenas o Catolicismo e o Luteranismo foram partes.
Os governantes das nações vizinhas ao Sacro Império Romano-Germânico também contribuíram para o início da Guerra dos Trinta Anos 1
1 :
1
1 HELFFERICH, Tryntje, ed. The Thirty Years' War: A
Documentary History. Indianapolis: Hackett, 2009.
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- A Espanha estava interessada na situação dos Estados alemães porque possuía territórios nos Países Baixos e na península da Itália, nas fronteiras ocidental e meridional do Império. Os holandeses revoltaram-se contra o domínio espanhol durante a década de 1560, levando a uma prolongada guerra de independência até uma trégua em 1609.
- A França estava quase cercada por territórios controlados pelos dois Estados dos Habsburgos - a Espanha e o Sacro Império Romano-Germânico - e, sentindo-se ameaçada, estava ansiosa por exercer seu poder nos Estados alemães mais fracos. Esta preocupação dinástica ultrapassou as causas religiosas e levou à participação da França católica no lado protestante da guerra.
- A Suécia e a Dinamarca-Noruega estavam interessadas em obter controle sobre os Estados do norte da Alemanha que fazem fronteira com o mar Báltico.
O Sacro Império Romano-Germânico era uma
coleção de Estados independentes, uma
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fragmentação que a Paz de Westfália, assinada em 24 de outubro de 1648, consolidaria.
Fig 2: Fragmentação política na Europa.
A posição do Sacro Imperador era principalmente nominal, porém, sendo da Casa de Habsburgo, governava diretamente (heranças dinásticas) uma grande parte do território imperial, como o Arquiducado da Áustria, o Reino da Boêmia e o Reino da Hungria, reunindo mais de oito milhões de súditos.
Além destas terras dinásticas dos Habsburgos, o Sacro Império Romano-Germânico continha várias potências regionais, como o Ducado da
Baviera, o Eleitorado da Saxônia, o Margraviato
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(Marquesado) de Brandemburgo, o Eleitorado do Palatinado e o Landgraviato (Condado) de Hesse.
Outro vasto número de ducados, bispados, cidades livres, abadias e pequenos senhorios (cuja autoridade às vezes se estendia a não mais que uma única vila) completavam o império. Além da Áustria e talvez da Baviera, nenhuma dessas entidades era capaz de fazer política em nível nacional germânico.
O outro grande ramo da Casa de Habsburgo governava a Espanha e seu império, que incluíam parte dos Países Baixos (Bélgica e Luxemburgo), parte da França (o Condado da Borgonha), o sul da Itália, as Filipinas e grande parte das Américas.
Para grande consternação de seus primos espanhóis, os imperadores Habsburgos após Carlos V - especialmente Ferdinando I e Maximiliano II, como também Rodolfo II e seu sucessor Matias -, permitiram que os chefes de Estados dentro do Império escolhessem suas próprias políticas religiosas e, assim, evitaram
guerras por causa de crenças cristãs diferentes.
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Enquanto isso, Suécia e Dinamarca-Noruega, ambos reinos luteranos, procuravam ajudar a causa protestante no Império, querendo ganhar influência política e econômica.
Em 1617, era evidente que Matias, Sacro Imperador Romano-Germânico e Rei da Boêmia, morreria sem herdeiro, com suas terras indo para o parente mais próximo, seu primo arquiduque Ferdinando II da Áustria, também príncipe herdeiro da Boêmia. Filipe III da Espanha concordou com esta sucessão.
Ferdinando, educado por jesuítas, queria impor uniformidade religiosa em suas terras. Isto o tornou altamente impopular na Boêmia protestante (principalmente hussita). A nobreza boêmia rejeitou Ferdinando, que havia sido eleito príncipe herdeiro deste reino em 1617, eles preferiam o protestante Frederico V, eleitor do Palatinado - sucessor de Frederico IV, o criador da União Protestante. Representantes de Ferdinando foram atirados de uma janela em Praga, desencadeando a Guerra
dos Trinta Anos em 1618.
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A guerra pode ser dividida em cinco fases principais: a Revolta da Boêmia, a Invasão do Palatinado, a Intervenção Dinamarquesa, a Intervenção Sueca e a Intervenção Francesa.
Fig 3: Fragmentação militar na Europa.
Primeira Fase
A Revolta da Boêmia 2
2 (em tcheco České stavovské povstání, de 1618 a 1621) contra o domínio da dinastia Habsburgo foi causada por disputas religiosas e dinásticas. Este Estado era quase inteiramente protestante, principalmente
2
2 WALLBANK, T. Walter; TAYLOR, Alastair M.; BAILKLEY,
Nels M.; Jewsbury, George F.; LEWIS, Clyde J.; HACKETT, Neil J.. 15. The Development of the European State System: 1300–1650
(1992). In Bruce Borland (ed.). Civilization Past & Present Volume II. New York: Harper
Collins Publishers, 2008.
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Hussita Utraquista, além de possuir também uma população alemã substancial que endossava o Luteranismo.
Fig 4: Primeira Fase da Guerra.
No leste, o príncipe húngaro protestante da Transilvânia, Gabriel Bethlen, liderou uma campanha na Hungria com o apoio do sultão otomano Osman II, tornando-se o único aliado com status de grande potência, o qual o Estado rebelde da Boêmia pôde reunir, depois de ter eleito Frederico V do Palatinado como rei protestante.
Entretanto, esse apoio não chegou a tempo de evitar a batalha da Montanha Branca, em 8 de novembro de 1620, próxima da cidade de Praga, onde os boêmios sofreram uma derrota decisiva
para as forças leais ao imperador Ferdinando II.
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Iniciou-se uma contrarreforma religiosa nas terras tchecas, a qual também expandiu o escopo da Guerra dos Trinta Anos.
Os espanhóis, procurando flanquear os holandeses na preparação para a renovação da Guerra dos Oitenta Anos, tomaram as terras de Frederico V