Batalha De Argel, 1956-1957

De André Geraque Kiffer

A batalha de Argel foi uma campanha de guerrilha urbana travada pela FLN (Frente de Libertação Nacional da Argélia) contra as autoridades coloniais francesas da Argélia do final de 1956 ao final de 1957, incluindo policiais, soldados regulares e veteranos da Guerra da Indochina. Fracassos na insurgência rural forçaram os descontentes a encontrarem novos caminhos para a ação, destinados a criar publicidade máxima, provocando os regimes visados à repressão excessiva e, assim, incitando a população em geral a aderir a uma luta revolucionária mais ampla. Tentar simular a possibilidade de uma vitória estratégica militar da Argélia seria irreal, considerando a situação militar à época. Imaginemos, então, outras possibilidades para a inexorável derrota argelina nos anos 1956 e 1957, antecipando o uso de técnicas e táticas da década de 1960.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 2 de fev. de 2024

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ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

Batalha  de  Argel,  1956  e  1957.

Uma  simulação  histórica

Edição  do  Autor Rio  de  Janeiro

2022

---  Kiffer,  André  Geraque.

Batalha  de  Argel,  1956-1957.  Uma  simulação  histórica. André  Geraque  Kiffer.

Edição  do  Autor,  Rio  de  Janeiro,  2022. Bibliografia:  100  f.  50  il.  21  cm..

1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

ISBN  978-65-00-43052-3

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3 PRÓLOGO

Como  Historiador  Militar  apoio-me  em  um  resumo do  fato  histórico,  analiso  e  destaco  os  fatores decisivos,  antes  de  simular  hipóteses  e  se... alternativas  por  meio  de  um  jogo  de  tabuleiro.  Na simulação  se  completam  todas  as  possibilidades  do propósito  do  estudo,  quando  o  passado  da  história é  analisado  com  base  na  teoria  do  presente  e projetado  para  situações  semelhantes  no  futuro. Desde  2010  publiquei  as  seguintes  séries  de simulações:  I.  Simulação  Histórica  das  Guerras dos  Primeiros  Impérios;  II.  Simulação  Histórica das  Guerras  na  Grécia  Clássica;  III.  Simulação Histórica  das  Guerras  Romanas;  IV.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Medieval;  V. Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era  Moderna (1453  a  1774);  VI.  Simulação  Histórica  das Guerras  na  Era  das  Revoluções  (1775  a  1860); VII.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era Industrial  (1861  a  1913);  "VIII.  Simulação  Histórica

da  Primeira  Guerra  Mundial;  IX.  Simulação

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Histórica  da  Segunda  Guerra  Mundial;  X. Simulação  Histórica  da  Guerra  Fria  (1917  a  1991); e  XI.  Simulação  Histórica  das  Guerras Contemporâneas  (1991  a  ...)". Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

5 SUMÁRIO

GUERRA  DAARGÉLIA..……………….....……....…6 BATALHA  DE  ARGEL.....……………....…....….….10 ANÁLISE  HISTÓRICA…….………………....….….21 SIMULAÇÃO  HISTÓRICA...….………………....…26 ANEXOS..........………………………………………95

REFERÊNCIAS..…………………………………….99

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Fig  1:  Teatro  da  Guerra.

GUERRA  DAARGÉLIA

Também  conhecida  como  Revolução  da  Argélia ou  Guerra  da  Independência  da  Argélia,  foi  travada entre  a  França  e  a  Frente  de  Libertação  Nacional da  Argélia  (em  francês:  Front  de  Libération Nationale  -  FLN)  de  1954  a  1962,  o  que  levou  a Argélia  a  conquistar  sua  independência  da  França.

Uma  guerra  de  descolonização  importante,  foi um  conflito  complexo  caracterizado  pela  guerra  de

guerrilha  e  o  uso  de  tortura.  O  conflito  também  se

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tornou  uma  guerra  civil  entre  as  diferentes comunidades  e  dentro  delas.  A  guerra  ocorreu principalmente  no  território  da  Argélia,  com repercussões  na  França  metropolitana.

Iniciado  efetivamente  por  membros  da  Frente de  Libertação  Nacional  (FLN)  em  1  o  de  novembro de  1954,  durante  o  Toussaint  Rouge  (Dia  de  Todos os  Santos  Vermelho),  o  conflito  levou  a  graves crises  políticas  na  França,  causando  a  queda  da Quarta  República  (1946  –58),  a  ser  substituída  pela Quinta  República  com  uma  presidência  mais  forte.

A  brutalidade  dos  métodos  empregados  pelas forças  francesas  não  conseguiu  conquistar corações  e  mentes  na  Argélia,  alienou  o  apoio  na França  metropolitana  e  desacreditou  o  prestígio francês  no  exterior.  À  medida  que  a  guerra  se arrastava  o  público  francês  lentamente  se  voltou contra  ela  e  muitos  dos  principais  aliados  da França,  incluindo  os  Estados  Unidos,  deixaram  de apoiar  a  França  e  passaram  a  se  abster  no  debate da  Organização  das  Nações  Unidas  (ONU)  sobre  a

Argélia.

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Após  grandes  manifestações  em  Argel  e  em várias  outras  cidades  a  favor  da  independência (1960)  e  uma  resolução  das  Nações  Unidas reconhecendo  o  direito  à  independência,  Charles de  Gaulle,  o  primeiro  presidente  da  Quinta República,  decidiu  abrir  uma  série  de  negociações com  a  FLN.  Estas  concluíram  com  a  assinatura  dos Acordos  de  Évian  em  março  de  1962.

Um  referendo  teve  lugar  em  8  de  abril  de  1962 e  o  eleitorado  francês  aprovou  os  Acordos  de Évian.  O  resultado  final  foi  de  91%  a  favor  da ratificação  deste  acordo  e  no  dia  1  o  de  julho,  os Acordos  foram  submetidos  a  um  segundo  referendo na  Argélia,  onde  99,72%  votaram  pela independência  e  apenas  0,28%  contra.

A  planejada  retirada  francesa  levou  a  uma  crise de  estado.  Isto  incluiu  várias  tentativas  de assassinato  contra  De  Gaulle,  bem  como  algumas tentativas  de  golpes  militares.  A  maior  parte  das primeiras  foram  realizadas  pela  Organização