Batalhas Navais No Mediterrâneo No Século Xvi

De André Geraque Kiffer

Como principais características desse período na Guerra Naval destacamos que desde os tempos antigos, a guerra no mar tinha sido travada como em terra, com armas de choque, arcos e flechas sobre plataformas de madeira flutuantes em vez de campos de batalha. Os canhões no século XVI ainda eram considerados em posições fixas, com a intenção de serem disparados de forma independente, em vez de em tiros combinados. Somente a partir da década de 1590 começaram a desenvolver a técnica dos tiros a comando em conjunto ou “broadside” e a tática das “linhas de batalha”. Apoiado no resumo das batalhas, procuro analisar e destacar os fatores decisivos, antes de simular hipóteses “e se...” alternativas por meio de um jogo de tabuleiro. Nas simulações das batalhas navais utilizarei adaptações combinadas entre os jogos de tabuleiro “War Galley” e “Flying Colors” da GMT Games, assim caracterizando bem ter sido um século de transição entre os navios a remo para os navios a vela durante o desenvolvimento da guerra naval no século XVI. Durante a análise e a simulação das guerras, campanhas e batalhas sempre que for aplicável, farei uso dos meus conceitos sobre a Arte e a Ciência da Guerra combinada com o jogo de Xadrez.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 4 de fev. de 2024

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ANDRÉ  GERAQUE  KIFFER

Uma  simulação  histórica  de

batalhas  navais  no  Mediterrâneo

no  século  XVI

Edição  do  Autor

Resende

2020

---  Kiffer,  André  Geraque.

Uma  simulação  histórica  de  batalhas  navais  no Mediterrâneo  no  século  XVI.  André  Geraque  Kiffer.

Edição  do  Autor,  Resende,  2020. Bibliografia:  92  f.  18  il.  21  cm..

1.  História.  2.  Arte  da  Guerra.  3.  Ciência  da  Guerra.  4. Jogos  de  Guerra.  I.  Autor.  II.  Título.

ISBN  978-65-00-07471-0

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3 PRÓLOGO

Apoiado  num  resumo  do  fato  histórico  (guerra, campanha  e/ou  batalha),  procuro  analisar  e destacar  os  fatores  decisivos,  antes  de  simular hipóteses  e  se...  alternativas  por  meio  de  um  jogo de  tabuleiro.  Na  simulação  se  completam  todas  as possibilidades  do  propósito  do  estudo,  quando  o passado  da  história  é  analisado  com  base  na  teoria do  presente  e  projetado  para  situações semelhantes  no  futuro.  Até  aqui  publiquei  as seguintes  séries:  I.  Simulação  Histórica  das Guerras  dos  Primeiros  Impérios  em  2010;  VIII. Simulação  Histórica  da  Primeira  Guerra  Mundial em  2011;  II.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na Grécia  Clássica  em  2012;  III.  Simulação  Histórica das  Guerras  Romanas  em  2016;  e  IV.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Medieval  em  2018. Planejo  publicar  as  seguintes  séries:  V.  Simulação Histórica  das  Guerras  na  Era  Moderna  (1453  a 1774);  "VI.  Simulação  Histórica  das  Guerras  na  Era

das  Revoluções  (1775  a  1860);  VII.  Simulação

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Histórica  das  Guerras  na  Era  Industrial  (1861  a 1913);  IX.  Simulação  Histórica  da  Segunda Guerra  Mundial;  e  X.  Simulação  Histórica  da Guerra  Fria  (1917  a  1989)".  Então,  fundamentado nessa  visão  abrangente  da  História  Militar  desde 1560  a.C.,  nas  minhas  graduações  de  bacharel  em História  em  2019  e  de  doutor  em  Ciências  Militares em  2000,  vou  concluir  o  projeto  ao  criar  e  publicar uma  teoria  própria  sobre  a  Arte  e  a  Ciência  da Guerra. Palavras-chave:  História.  Arte  da  Guerra.  Ciência

da  Guerra.  Jogos  de  Guerra.

5 SUMÁRIO

BATALHAS  NAVAIS  NO  SÉCULO  XVI……………..6 PREVEZA,  1538.…………………………………….13 LEPANTO,  1571.…………………………………….40

ANEXOS..........………………………………………67

6 BATALHAS  NAVAIS  NO  SÉCULO  XVI

Nomes  de  pessoas  e  de  lugares  serão mantidos  nos  seus  idiomas  originais,  a  menos  que exista  uma  forma  aportuguesada  necessária  ao entendimento.  Títulos  ou  termos  técnicos  em  outros idiomas,  quando  não  houver  uma  melhor  tradução em  português,  serão  mantidos  e  explicados  na primeira  vez  em  que  aparecerem.

Fig  1:  Arte  e  Ciência  da  Guerra  no  início  da  Era  Moderna.

Como  principais  características  desse  período na  Guerra  Naval  destacamos  que  desde  os  tempos antigos,  a  guerra  no  mar  tinha  sido  travada  como em  terra,  com  armas  de  choque,  arcos  e  flechas sobre  plataformas  de  madeira  flutuantes  em  vez  de

campos  de  batalha.

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Os  primeiros  canhões  nos  navios  eram pequenas  peças  de  ferro  forjado  montadas  nos conveses  abertos,  exigindo  muitas  vezes  apenas um  ou  dois  homens  para  lidar  com  eles.  Eles  eram projetados  para  ferir,  matar  ou  simplesmente atordoar,  chocar  e  amedrontar  a  tripulação  inimiga antes  de  uma  abordagem.

Com  os  canhões  tornando-se  mais  duráveis, capazes  de  suportarem  cargas  mais  fortes  de pólvora,  aumentaram  seu  potencial  de  causar danos  críticos  à  embarcação,  e  não  apenas  à tripulação.  Como  essas  armas  eram  muito  mais pesadas  do  que  as  armas  antipessoais  anteriores, elas  precisavam  ser  colocadas  em  conveses  mais abaixo  nos  navios  e  disparadas  através  de portinholas,  para  evitar  que  os  navios  se  tornassem instáveis.

Apesar  desta  evolução  técnica,  os  canhões  no século  XVI  ainda  eram  considerados  em  posições fixas,  com  a  intenção  de  serem  disparados  de forma  independente,  em  vez  de  em  tiros

combinados.  Somente  a  partir  da  década  de  1590

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começou-se  a  desenvolver  a  técnica  dos  tiros  a comando  em  conjunto  ou  broadside  e  a  tática  das linhas  de  batalha.

Fig  2:  Jogos  de  tabuleiro.

Nas  simulações  das  batalhas  navais utilizaremos  adaptações  combinadas  entre  os  jogos de  tabuleiro  War  Galley  1

1  e  Flying  Colors  2

2  da GMT