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A filha do seu irmão
A filha do seu irmão
A filha do seu irmão
E-book144 páginas2 horas

A filha do seu irmão

Nota: 4 de 5 estrelas

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Sobre este e-book

Paternidade confidencial>br>

Dominic Roth prestara um grande favor ao seu defunto irmão e agora tinha de pagar o devido preço. O magnata não podia revelar a ninguém que a filha de Cassandra Roth era na realidade sua filha; para todos, Nicole era sua sobrinha. Mas quando surgiu a oportunidade de reclamar tanto a mãe como a menina, Dominic não a deixou escapar.
No entanto, apesar de ter conseguido a mulher que secretamente sempre desejara, sabia que não podia revelar a verdadeira paternidade da criança. Porque o papá milionário não se atrevia a perder aquela ténue possibilidade de ser feliz.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de ago. de 2011
ISBN9788490005958
A filha do seu irmão
Autor

Maxine Sullivan

USA TODAY Bestselling Author, Maxine Sullivan, credits her mother for her love of romance novels, so it was natural for Maxine to want to write them. This led to over 20 years of submitting stories and never giving up her dream of being published. That dream came true in 2006 when Maxine sold her first book to Harlequin Desire. Maxine can be contacted through her website at http://www.maxinesullivan.com

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    A filha do seu irmão - Maxine Sullivan

    Capítulo Um

    – Casar-me contigo? – exclamou Cassandra Roth deixando-se cair no sofá.

    Dominic Roth, de costas para a esplanada e para a cidade de Melbourne, olhou para a sua linda cunhada. Se não a conhecesse quase sentiria pena dela.

    – Isso mesmo. Tu e eu vamo-nos casar.

    Nervosa, Cassandra levantou-se afastando o cabelo loiro da cara.

    – Mas o Liam só morreu há uma semana... Dominic apertou os lábios.

    – Sei muito bem quando o meu irmão morreu.

    E o mês de Dezembro já nunca seria igual para a sua família. O princípio do Verão e os Natais trariam sempre a triste lembrança de Liam.

    – E eu sei quando morreu o meu marido – replicou ela.

    – Só o foi durante menos de três anos. O Liam foi meu irmão durante vinte e oito anos.

    Liam era o mais jovem da família. Adam era o do meio e Dominic dois anos mais velho do que Adam. E nenhum deles imaginara que Liam morreria tão jovem.

    – Isso é um golpe baixo – murmurou ela. Dominic tentou fingir que não sentia qualquer remorso, mas a verdade era que nunca tinha dito isso a nenhuma outra mulher.

    Cassandra tinha-se casado com Liam só para pôr as mãos na fortuna dos Roth e o seu bisavô levantar-se-ia do túmulo se soubesse que Roth’s, a cadeia de grandes armazéns luxuosos, estava a pagar as despesas de uma oportunista.

    Dominic meteu a mão no bolso do casaco para tirar um envelope.

    – Tenho aqui uma carta do Liam. Nela, o meu irmão dá-te uma explicação. Cassandra levantou uma sobrancelha.

    – Uma explicação sobre o quê?

    – Sobre o motivo de querer que te casasses comigo.

    – O meu marido queria que me casasse contigo?

    – Queria que a filha crescesse na família, que fosse sempre uma Roth.

    – Mas a Nicole já é uma Roth. Ele sabia isso melhor do que ninguém.

    – O meu irmão não queria que voltasses a casar-te e pensou que o farias mais tarde ou mais cedo, especialmente considerando a tua aventura com o Keith Samuels.

    Cassandra respirou profundamente.

    – Tu sabes disso?

    – O Liam contou-me.

    – Mas não foi assim, não foi uma aventura.

    – Não me dês explicações, por favor. Não quero saber os detalhes.

    Ela olhou-o, trémula, mas Dominic não pensava deixar-se afectar por aqueles olhos azuis brilhantes. De maneira que lhe deu o envelope fechado e voltou para o seu sítio, observando-a enquanto o abria e começava a ler a carta que havia no interior.

    Como podia uma mulher ser tão incrivelmente bonita e tão falsa ao mesmo tempo? O que atraía os homens?

    O conjunto de calças, camisola e casaco cor-de-rosa projectava uma imagem de elegância e graça. As sandálias de salto davam-lhe estilo, tal como os brincos de ouro delicados e o fio que trazia ao pescoço. A maquilhagem era requintada, a pele perfeita, o cabelo loiro caindo sobre os ombros.

    Mas esse rosto perfeito estava pálido quando terminou de ler a carta.

    – Tu leste-a?

    – Não, mas o Liam contou-me o que dizia. Cassandra levantou-se do sofá.

    – Desculpa, mas não posso fazê-lo.

    – Parece-me que não tens escolha.

    – Porquê?

    – A leitura do testamento de Liam é amanhã e pensei dar-te a carta hoje para evitar uma cena.

    Felizmente, os pais dele estavam a fazer um cruzeiro para afogar a tristeza...

    – Uma cena? Não te entendo.

    – Se não te casares comigo dentro de duas semanas, todas as posses do meu irmão serão para a Nicole quando fizer vinte e um anos. Tu receberás uma pensão anual até então e se precisares de mais dinheiro terás de mo pedir a mim.

    – O quê? Dominic negava-se a sentir compaixão por ela.

    – O Liam falou-me da pensão mensal que recebias e acho que era muito generoso, de maneira que tens muito a perder, não achas?

    – Mas isso era por... isto é ridículo – disse Cassandra então. – Impugnarei o testamento.

    – Podes tentar, mas está tudo muito claro. O Liam podia fazer com o dinheiro dele o que quisesse e foi isso que fez. De maneira que terás dinheiro suficiente para sobreviver... mas podes ir esquecendo o teu estilo de vida antigo – ameaçou-a Dominic, olhando à volta.

    A ampla casa parecia saída de uma revista de decoração. Decorada em tons brancos, com tecnologia de última geração, dispunha de um jardim ideal para receber os amigos. Dominic tinha estado ali só duas vezes, mas sempre pensara que era perfeita para Liam e Cassandra.

    Mas estudando-a agora, notou que aquela não parecia a casa dela. Teria sido decorada por Liam? E por que não ela? A frieza, a brancura, a independência, tudo isso deveria identificar-se com Cassandra mas curiosamente não era assim.

    Dominic fez uma careta. O que lhe importava? Maldito fosse Liam por o envolver naquele assunto. Se não tivesse ido ao hospital durante o processo de inseminação artificial. Se não...

    – Esqueces que esta casa está em meu nome – disse Cassandra então. – Poderia vendê-la.

    – Não, lamento, mas a casa não é tua. O Liam pôs a escritura no meu nome há uns meses. Cassandra ficou ainda mais pálida.

    – Meu Deus ... não queria que ficasse com nada, pois não?

    – Não. O próprio marido a fazer-lhe aquilo, fossem quais fossem as circunstâncias do relacionamento deles, tinha de magoar, pensou ele.

    Naturalmente, nunca amara Liam. Tinha-o demonstrado quando o obrigou a ir para casa dos seus pais para morrer em vez de ser ela a cuidar dele. Chorara quando tudo terminou, mas Dominic sabia que não era uma viúva com o coração partido.

    – Eu diria que não estava no seu perfeito juízo

    – murmurou Cassandra.

    – O advogado dele vai dizer o contrário.

    – E o que pode impedir que me case contigo, levante o dinheiro e saia daqui?

    Dominic soube que era o momento de lhe explicar a situação. Não a queria ver suplicar... a não ser que fosse no quarto.

    Era a mãe de Nicole, a filha de Liam, uma menina de nove meses que, naquele momento, dormia no seu quarto e não sabia o que se estava a passar entre os adultos.

    – Se não te casares comigo ou se te casares comigo e depois quiseres o divórcio, pedirei a custódia da Nicole.

    Quando Cassandra voltou a deixar-se cair no sofá, Dominic esteve a ponto de aproximar-se, mas parou a tempo. Não havia a menor dúvida de que amava a filha, isso era a única coisa que a desculpava aos olhos dele. Mas devia recordar que estava a lutar pelos direitos legais da custódia. Nicole merecia crescer com os Roth.

    Se pudesse contar-lhe a verdade sobre a menina... mas não podia dizer uma palavra até que chegasse o momento. Tinha prometido a Liam mantê-lo em segredo até que o futuro de Nicole estivesse solucionado e só quando Cassandra e ele fossem casados.

    Além disso, tinha de pensar nos seus pais. Devia esperar até que a dor causada pela morte de Liam fosse pelo menos suportável antes de lhes dar a notícia.

    – Olha à tua volta, Cassandra – disse-lhe. – A Nicole e tu vivem uma vida de luxo. Não achas que poderia convencer um juiz de que a menina tem direito a continuar a viver desta forma?

    – O amor de uma mãe é bem mais importante do que o dinheiro.

    – Não sei se conseguirias convencer um juiz disso. Além disso, uma esposa infiel faria com que se questionasse a moral dessa mulher, não achas?

    – Mas eu não fui infiel ao Liam – protestou Cassandra.

    – Poupa-te para o juiz.

    Ela abanou a cabeça num gesto de incredulidade.

    – Isto é absurdo.

    – Estou de acordo – assentiu Dominic, – mas é o que o Liam queria e no que a mim diz respeito vou fazer tudo o que for possível para cumprir o último desejo do meu irmão. Cassandra olhou-o, em silêncio, durante uns segundos.

    – Diz-me lá uma coisa: que consegues tu com isto, além de uma esposa que não te ama e uma menina que não é tua filha? Dominic demorou uns segundos a responder:

    – A satisfação de saber que a minha sobrinha tem um pai.

    – Porquê tu? Por que não o Adam?

    Pensar em Cassandra com Adam não era agradável para Dominic. Gostava muito do seu irmão, mas Adam não tinha intenção de voltar a casar-se depois da morte da esposa há uns anos atrás num acidente. Além disso, ele não estava disposto a partilhar Cassandra com ninguém. Era muito difícil dissimular o desejo que sentia por ela quando ela vivera com Liam e não pensava passar por isso outra vez. Se o casamento era a única opção, e era, casar-se-ia com ele e com mais ninguém.

    – Eu sou o mais velho e farei o que tenho a fazer.

    Notou então que as faces de Cassandra se ruborizavam, mas não sabia se de raiva ou de vergonha.

    – Esqueces-te dos teus pais, Dominic.

    – Os meus pais perderam um filho, mas têm a oportunidade de conservar a neta. Eu acho que vão entender.

    – Mas se nem sequer gostam de mim.

    – Esperas que gostem de ti depois de teres enganado o filho deles? Cassandra fulminou-o com o olhar.

    – Casei-me com o teu irmão por amor.

    – Sim, pois claro – disse Dominic, trocista.

    – Tu sempre pensaste que me tinha casado com ele por dinheiro, não foi?

    – Não só por dinheiro. Ser uma Roth proporciona muitas outras coisas. Ela fez uma careta de desdém.

    – Ah, estou a ver. Como eu não venho de uma família rica, automaticamente isso faz-me desejar o que vocês têm, não é? Pensei que eras mais inteligente.

    – A minha inteligência não tem nada a ver com isto.

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