Quando as luzes se apagarem…
De Heidi Betts
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Sobre este e-book
8:00 - Telefonar para a biblioteca e dizer que estou doente.
8:01 - Procurar o número de uma esteticista de emergência.
10:00 - 12:00 + Cabeleireira. Adeus ao aborrecido cabelo castanho, olá ao ruivo.
12:00 - 17:00 + Manicure. Maquilhagem. Roupa.
22:00 - Chegar ao bar como se estivesse acostumada a frequentar esse tipo de sítios.
23:00 - Defender-se das insinuações dos "colas" e da sensação de ter fracassado.
23:30 - Refugiar-se nos braços de Ethan Banks. Não permitir que o cavalheirismo do lindíssimo proprietário do bar impeça o sucesso da sua missão.
Quando as luzes se apagarem: perder a virgindade... finalmente.
Heidi Betts
USA Today bestselling author Heidi Betts writes sexy, sassy, sensational romance. The recipient of several awards and stellar reviews, Heidi's books combine believable characters with compelling plotlines, and are consistently described as "delightful," "sizzling," and "wonderfully witty."
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Quando as luzes se apagarem… - Heidi Betts
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2005 Heidi Betts
© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Quando as luzes se apagarem…, n.º 702 - Julho 2015
Título original: When the Lights Go Down
Publicado originalmente por HSilhouette® Books.
Publicado em português em 2006
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7125-0
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Epílogo
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Capítulo Um
A partir do momento em que Gwen Thomas abriu os olhos, soube que aquela não seria uma típica sexta-feira de Setembro. Oh! Com certeza que se iria levantar, vestir e iria para o trabalho como noutro dia qualquer, mas… Olhou para o tecto, para tentar compreender por que é que se sentia tão estranha, quase deprimida.
Então lembrou-se. Era o seu dia de aniversário. E não era um aniversário como os outros, fazia trinta e um anos.
Com mau humor, destapou-se e saiu disparada para a casa de banho. Trinta e um anos. Mas sentia-se como se tivesse cinquenta. Como é que era possível que tivesse passado tanto tempo? E quando é que se tinha transformado em nada mais do que um hamster que dá voltas numa roda, a fazer todos os dias a mesma coisa, sem mudar, nem sequer o cenário?
Os vinte e nove anos tinham chegado e tinham ido embora. Mal se tinha apercebido dos trinta, sobreviveu-lhes sem uma única sombra de crise de meia-idade. Mas trinta e um…
Andava mal-humorada há semanas, só de pensar na ideia de fazer trinta e um anos.
E agora o seu aniversário tinha chegado e era oficialmente uma virgem de trinta e um anos.
Uma espécie de solteirona.
Oh, meu Deus! Só lhe faltava ter a casa cheia de gatos. Por sorte, o prédio onde morava não permitia ter animais domésticos, senão, provavelmente tinha cumprido também esse requisito, para preencher o estereótipo. Apesar disso, tinha uns quantos «gatos bibelot» espalhados por casa.
Como é que era possível que uma mulher de trinta e um anos, mais ou menos atraente, nunca tivesse ido para a cama com um homem? – perguntou Gwen. – Apertou o tubo de dentífrico sobre a escova e começou a lavar os dentes.
Não a surpreendia. Os seus pais tinham sido demasiado protectores com ela quando era pequena, e ela sempre foi tímida e um pouco rato de biblioteca durante a escola. Tinha saído com alguns rapazes bastante engraçados durante a época da universidade. Mas nenhum deles tinha conseguido provocar uma reviravolta no seu coração, nem que batesse aceleradamente ao ponto de lhe saltar do peito. E supunha que nunca tinha correspondido às suas investidas eróticas precisamente por isso.
Depois de enxugar a boca, lavou e secou a cara. Depois levantou a cabeça e olhou-se ao espelho.
Voltou ao quarto e olhou para o guarda-roupa. Pela primeira vez, apercebeu-se de que toda a sua roupa era praticamente igual. Vestidos de motivos quase infantis estampados com flores! Meu Deus! Eram tão abonecados!
Fechou o armário e suspirou, desgostosa. Tinha trinta e um anos e ainda se vestia como na altura da escola. E sabia, sem os ver, que todos os seus sapatos eram rasos e pretos ou castanhos. Continuava a usar o cabelo liso e comprido até meio das costas, com uma franja cortada com precisão militar.
Era suficiente para que qualquer pessoa se refugiasse debaixo do cobertor e não voltasse a sair nunca mais.
Gwen sentiu-se mal-disposta. Não ia deixar que passasse mais um ano sem uma tentativa para aproveitar a vida.
Deu uma volta na cama e agarrou no telefone. Telefonou para a Biblioteca Pública de Georgetown. Quando atendeu Marilyn Williams, a chefe dos bibliotecários, e a sua chefe, Gwen fingiu que estava rouca e pediu esse dia de folga.
Marilyn ficou surpreendida com o seu pedido, tendo em conta que Gwen nunca tinha pedido um dia de folga por doença, mas concedeu-lhe imediatamente o dia e disse-lhe que pediria a algum dos bibliotecários a tempo parcial que a substituíssem, se houvesse demasiado trabalho.
Quando desligou, Gwen tirou a camisola verde menta, também estampada com pequenas flores, e vestiu uma túnica tristemente passada de moda e uns sapatos. Agarrou na lista telefónica e procurou salões de beleza e lojas de moda, para começar.
Não sabia exactamente qual é que era o seu plano, mas com sorte, aquele seria o seu último dia de virgem em trinta e um anos.
Nalgumas noites, Ethan Banks ficava no escritório que tinha por cima da pista de dança, a sentir o ritmo da música a vibrar através da estrutura de aço inoxidável enquanto trabalhava no seu escritório, ou via, através das janelas de vidro duplo, como se divertiam os clientes do seu bar. Outras vezes, como naquela noite, descia e ajudava ao balcão, para se misturar com as pessoas.
O Hot Spot era um dos bares nocturnos mais importantes de Georgetown, e motivo de orgulho e de alegria para os seus habitantes.
Tinha alugado e renovado completamente o edifício há cinco anos. E desde então, estava cheio todas as noites.
Jack e Karen Banks amavam muito os seus três filhos e tinham-nos apoiado em tudo o que tinham querido fazer. Mas Ethan não quis que os seus pais financiassem a sua nova empresa. Queria que fosse exclusivamente seu o sucesso ou o fracasso de qualquer projecto pessoal que empreendesse.
Até então não tinha conseguido levar um projecto a cabo de forma bem sucedida devido a Susan. Razão pela qual se tinham divorciado.
O divórcio não tinha entrado nos seus planos, mas estar solteiro tinha as suas vantagens, sobretudo para um homem que era o dono do bar mais popular da cidade.
Uma loura de formas sinuosas e grandes brincos, vestida com um fato cor-de-rosa bem justo, decotado quase até ao umbigo, apoiou os seus peitos no balcão. O modo como o olhou enquanto ele lhe preparava o cocktail, fê-lo suspeitar que teria grandes possibilidades de a levar para a sua casa, se quisesse.
Graças ao Hot Spot, e à sua personalidade, queria acreditar, a sua cama só estava vazia quando ele assim o desejava.
Deu o copo à loura. Ia inclinar-se para a frente, para fazer a sua primeira investida quando um reflexo de ouro no final do balcão lhe chamou a atenção. Virou a cabeça e viu o casaco verde-seco de poliéster, o cabelo preto brilhante e as excessivas jóias de um dos clientes habituais do seu bar. O homem, um tipo de má fama, tinha o costume de estar alerta a todos os movimentos do bar, sobretudo se se tratassem de mulheres.
Normalmente, Ethan considerava-o inofensivo. Ou, pelo menos, pensava que se uma mulher era suficientemente tola ao ponto de sair com um gigolo, merecia-o. Mas Ethan olhou para a sua acompanhante daquela noite e descobriu algo na sua atitude que o chocou e o fez suspeitar de que não pertencia à sua clientela habitual.
O seu aspecto era o de uma mulher das que vinham ao seu bar. Tinha um vestido preto cintado e curto, o cabelo avermelhado, volumoso e com laca. Mas não a tinha visto a dançar. Não se misturava com a multidão, e não parecia estar interessada no que aquele homem lhe dizia ao ouvido. Estava a olhar fixamente para a sua bebida e mexia-a com uma palhinha. Observou o homem a deslizar um dedo pelo braço nu da rapariga, e como ela levantou o olhar, surpreendida, como se acabasse de acordar de um sonho confuso. Depois viu-a a baixar o olhar e fixá-lo nos dedos que a acariciavam, engolir em seco e consentir com a cabeça.
O homem de cabelo com brilhantina levantou-se do banco do bar imediatamente. A mulher