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Um olhar perseguidor
Um olhar perseguidor
Um olhar perseguidor
E-book70 páginas1 hora

Um olhar perseguidor

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Sobre este e-book

Michael foi considerado um dos melhores lutadores de boxe até que algo aconteceu dentro do ringue e que o fez abandonar aquilo que mais amava. A sua relação com a ex-mulher é bastante tensa e ele tem de enfrentá-la, de modo a ver o seu filho Jeremy. Michael torna-se um alcoólatra e viciado no jogo apenas para sentir o que sentia quando estava a lutar no interior do ringue e a combater com outros lutadores. Michael queria voltar a lutar, mas cada vez que pensava nisso começava a ser assolado pelo fantasma do passado e pelo que aconteceu naquela noite há cinco anos atrás.

Dara é uma mulher jovem com 25 anos e que tem convivido com uma tragédia que tem assolado a sua vida e as suas decisões. Ela sente-se atraída para o mundo da competição no interior do ringue, mas todas as pessoas com quem fala lhe dizem que ela precisa de um treinador capaz de a ajudar a atingir esse patamar. A sua pesquisa leva-a a conhecer Michael, mas não acha que bater à porta desse homem seja a atitude mais correta a tomar. Eles acabam por treinar juntos e, depressa, deixam que a paixão que ambos nutrem pela competição seja transportada para o relacionamento amoroso entre os dois.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento10 de nov. de 2018
ISBN9781547555185
Um olhar perseguidor

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    Um olhar perseguidor - Jodie Sloan

    UM OLHAR PERSEGUIDOR

    CAPÍTULO 1

    Um jovem está sozinho num bar sombrio a beber uma cerveja e sentado num banco que já viu muitos outros alcoólatras esquecerem as suas preocupações tomando várias cervejas umas atrás das outras.

    Ele olha para o reflexo no espelho e vê um homem a dirigir-se para uma estrada com muitos demónios atrás dele. Olha para a tatuagem que tem no braço e percebe que a vida passou por ele. Segura o copo entre os dedos que tremem e leva-o até à boca onde um líquido frio escorre livremente no interior da sua boca, lábios e língua.

    -  Michael, começo a ficar preocupado contigo porque vens aqui todas as noites e ficas até ao amanhecer. Não podes afogar os teus problemas na bebida e ambos sabemos que não tiveste culpa do que aconteceu naquela noite. É a natureza do negócio e vais ter de ultrapassar o que aconteceu nessa noite. Há cinco anos que te vejo a passar de um vício para outro.

    Jack era, na altura, o melhor amigo e treinador pessoal de Michael, mas agora estava reformado e era dono deste bar chamado Tap Out.

    -  Não preciso de ouvir os teus sermões. Tudo o que preciso é que me sirvas uma bebida, Jack. Não tens nada a ver com isto, mas fiquei surpreendido com o facto de seres capaz de juntar os cacos depois daquela noite. Não sei como o fizeste e sinto-me a afogar. Novamente conseguia ver o seu reflexo no espelho e era como se tivesse envelhecido 15 anos. - Não consigo simplesmente tirar aquela noite da minha cabeça e tenho a certeza que poderia ter feito algo para impedir que aquilo acontecesse. Não consigo parar de pensar sempre no mesmo.

    Michael era um homem com 40 anos, mas precocemente envelhecido na testa, com ombros largos que pareciam rasgar o seu casaco de cabedal a qualquer momento.

    Até a iluminação daquele lugar lhe dava um ar desgrenhado e estava tão escuro dentro do bar que não se conseguiam ver os raios de sol através dos vitrais.

    Há cinco anos que ele estava no octógono a competir, mas consolava-lhe o facto de ter continuado com o seu intenso regime.

    Beber, jogar e trabalhar em demasia era a sua forma de tentar obter o mesmo tipo de sentimento que tinha no interior do ringue.

    -  Tentei chamar-te à razão, mas talvez tenhas de cair no fundo do poço antes de fazer qualquer coisa em relação a isso. Acho que devias falar com alguém, mas tu nem sequer pensas em consultar um terapeuta ou um psiquiatra. Não sei o que dizer e tudo o que posso fazer é estar lá para apoiar-te e esperar que não te autodestruas.

    Aos 65 anos Jack era um homem velho, ainda bastante bonito e charmoso para a sua idade, a ponto de ter qualquer mulher que entrasse à noite no seu bar. Essa foi a principal razão que o levou a comprar o lugar e estava prestes a tornar-se na sua galinha de ovos de ouro.

    Michael era o seu parceiro e a única fonte de rendimento nos últimos dias, mas não era o suficiente para manter o seu hábito de jogo.

    -  Disse-te que apenas preciso de mais tempo.

    Michael sentiu que o mundo tinha parado no tempo e que não era capaz de passar para o outro lado.

    Passou a mão pelos cabelos pretos e grisalhos, colocando uma nota de 20 dólares no balcão, lugar onde se podia sentir a viscosidade de muitas bebidas que tinham sido pousadas naquele mesmo lugar.

    Havia o cheiro de tabaco no ar, misturado com o giz da mesa de bilhar, mas era como se sentisse em casa.

    -  Michael, já se passaram cinco anos, então quanto tempo mais precisas?

    Essa pergunta pairava sobre a cabeça de Michael como a espada de Damocles prestes a descer e a eliminar a sua razão de viver.

    Ele tinha pensado em suicídio, mas sempre que segurava um frasco de comprimidos, encontrava sempre a vontade de continuar a viver.

    Casualmente fez a longa caminhada em direção à frente do bar. Abriu a porta com o sol quase a cegá-lo e teve que proteger o rosto com as mãos, apenas para poder andar sobre as suas pernas instáveis de regresso ao seu apartamento. Tornou-se dolorosamente óbvio que ele não podia conduzir, porque a maioria das vezes já estava bêbado e não conseguia sair do caminho mesmo que quisesse.

    Ele não precisava de se arriscar em ser apanhado a beber e a conduzir e era obvio que não queria matar ninguém porque decidiu colocar a chave na ignição.

    Foi mero acaso o facto de terem comprado o bar a apenas alguns quarteirões de distância do seu apartamento, um sótão construído para satisfazer as suas necessidades básicas e só isso. Ele não dava importância a bens materiais e levava um estilo de vida minimalista. Nem mesmo considerava que deveria receber parte do lucro dos bares, porque nunca lá trabalhou e era, desde o início, apenas um parceiro silencioso. Outros lutadores vinham, de tempos em tempos e olhavam para ele como se fosse uma desgraça e, muitas vezes, ele tinha que lutar apenas para sentir qualquer coisa.

    Não interessava se eles estavam apenas a

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