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Anjo da Escuridão: Anjos Caídos
Anjo da Escuridão: Anjos Caídos
Anjo da Escuridão: Anjos Caídos
E-book306 páginas4 horas

Anjo da Escuridão: Anjos Caídos

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Sobre este e-book

Meu nome é Frank. Eu me juntei à força policial para fazer a diferença, mas desde o primeiro dia no trabalho, tudo que eu fiz tornou a vida de todos ao meu redor pior.

Durante vinte e cinco anos, procurei dar sentido à minha vida, mas nunca encontrei nenhuma resposta.

Justamente quando decido dar as costas ao trabalho da minha vida, descubro uma conspiração mais sinistra do que qualquer coisa que já imaginei.

Ao investigar, percebo que, mesmo que eu pare os conspiradores, o sangue de inocentes estará em minhas mãos: milhares morrerão. Se eu não os parar, toda a humanidade sofrerá uma era de escuridão ...

IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de mai. de 2022
ISBN9781071504659
Anjo da Escuridão: Anjos Caídos
Autor

Valmore Daniels

Valmore Daniels has lived on the coasts of the Atlantic, Pacific, and Arctic Oceans, and dozens of points in between. An insatiable thirst for new experiences has led him to work in several fields, including legal research, elderly care, oil & gas administration, web design, government service, human resources, and retail business management. His enthusiasm for travel is only surpassed by his passion for telling tall tales.

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    Pré-visualização do livro

    Anjo da Escuridão - Valmore Daniels

    Table of Contents

    Anjo do Escuridão

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Capítulo Nove

    Capítulo Dez

    Capítulo Onze

    Capítulo Doze

    Capítulo Treze

    Capítulo Quatorze

    Capítulo Quinze

    Capítulo Dezesseis

    Capítulo Dezessete

    Capítulo Dezoito

    Capítulo Dezenove

    Capítulo Vinte

    Capítulo Vinte e Um

    Capítulo Vinte e Dois

    Capítulo Vinte e Três

    Capítulo Vinte e Quatro

    Capítulo Vinte e Cinco

    Capítulo Vinte e Seis

    Capítulo Vinte e Sete

    Capítulo Vinte e Oito

    Capítulo Vinte e Nove

    Capítulo Trinta

    Capítulo Trinta e Um

    Capítulo Trinta e Dois

    Capítulo Trinta e Três

    Epílogo

    Sobre o Autor

    Sobre o Tradutor

    Anjo do Escuridão

    por Valmore Daniels

    Isto é uma obra puramente de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produto da imaginação do autor ou são usados ficticiamente. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência. Este livro não pode ser revendido ou distribuído sem permissão por escrito do autor. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, copiada ou distribuída de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico passado, presente ou futuro.

    Copyright © 2011-14 por Valmore Daniels. Todos os direitos reservados.

    Anjos Caídos

    Anjo do Fogo

    Anjo do Ar

    Anjo da Terra

    Anjo da Água

    Anjo do Escuridão

    O Livro Completo

    Visite-o em: ValmoreDaniels.com

    Distribuído por Babelcube, Inc.

    www.babelcube.com

    Babelcube Books e Babelcube são marcas comerciais da Babelcube Inc.

    Capítulo Um

    E aconteceu depois que os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas, elegantes e belas.

    E quando os anjos, os filhos dos céus, viram-nas, e cobiçaram-nas, dizendo uns para os outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos.

    –Livro de Enoque 6:1-3

    Era para ser uma prova de fogo. Pelo menos, foi isso que o sargento falou quando entregou a tarefa para nós quatro em nosso primeiro dia na delegacia no Brooklyn.

    Agora, sete horas depois, minha excitação havia desaparecido, substituída por uma vaga sensação de desapontamento. A antecipação pela ação tinha sido entorpecida por pensamentos de como meus pés estavam doloridos.

    Como a maioria dos outros que acabaram de sair da academia de polícia, minha primeira missão era o que os supervisores chamaram de Operação Impacto: patrulha a pé em um dos bairros mais violentos da cidade. Cada um de nós pegou um quarteirão, e nossas ordens foram: tornar a nossa presença conhecida, estar à procura de qualquer perturbação e estarmos prontos para ajudar qualquer um dos outros oficiais em caso de problemas.

    Minha patrulha consistia em um pequeno parque, várias lojas e restaurantes, e dois complexos de apartamentos no bairro de Gowanus. Eu só tinha estado no Brooklyn algumas vezes antes, mas conheci a área muito bem naquele dia.

    Até agora, o incidente mais perigoso foi quando um skatista atravessando a rua, a meio quarteirão de distância, evitou por pouco ser atropelado por um táxi, e depois colidiu com um pedestre que voltava do trabalho para casa. Quando cheguei lá, o garoto estava correndo, e o motorista do táxi tinha fugido. Além de uma canela machucada, o pedestre estava bem. Ele passou uns bons três minutos reclamando sobre como a cidade—todo o país—estava virando um inferno, mas eventualmente consegui com que ele se acalmasse e seguisse o seu caminho.

    Algumas vezes ao longo do dia, eu via um dos outros novatos andando em sua rota e acenando. Nós deveríamos ficar distantes de nossos rádios, a menos que fosse necessário. Eu sabia seus nomes, mas nenhum de nós teve tempo de se conhecer.

    Meia hora antes do final do turno, o policial Scott Goodwin, que estava no mesmo carro que nos deixou naquela manhã, me viu e atravessou a rua.

    Como vai, Frank? ele perguntou.

    Bem sem complicações, na verdade.

    Eu acho que nós somos sortudos. disse ele, sorrindo enquanto ele entrava em sintonia comigo.

    Como assim? perguntei.

    Eles chamam o turno de seis às duas de ‘rolha’ . O pior que eu vi hoje foi quando algum idiota roubou a vaga de estacionamento de uma senhora. ele fez uma careta. Eu tive de o convencer a não apresentar queixa quando ela jogou o sapato nele e o acertou na cabeça.

    Soltei uma risada curta. E você não chamou reforço?

    Sorrindo, ele disse: Eu deveria, afinal, Gowanus é suposto ser um dos bairros mais violentos do Brooklyn. ele inclinou a cabeça. Talvez seja apenas uma rolha matinal.

    Eu disse: Eu queria o turno da noite das dez às seis.

    Por que você quer isso? ele perguntou, me dando um olhar preocupado. É quando os traficantes de drogas e os gangsters saem para brincar. Você estaria arriscando sua vida.

    Sim. eu disse. Mas eu me tornei um policial para acabar com esse tipo de coisa.

    Eu conhecia o tipo de Goodwin, conheci muitos deles na academia. Ele provavelmente se tornou um policial pelo status que o distintivo dava a ele. Ele iria sair das ruas em alguns anos e ser designado para o administrativo. Imaginei que sua primeira tarefa depois da patrulha a pé seria fazer registros ou ir para os suprimentos.

    Guerreiro, hein? Goodwin piscou quando ele disse isso. Então, qual é a sua história? Sangue azul correndo em suas veias? Você andou com uma gangue e reconheceu os seus erros pelo caminho? Ou o quê?

    Nada disso. eu disse. Na verdade, cresci em um bairro decente em um subúrbio de Trenton.

    "Jersey boy , hein?"

    Balancei a cabeça. Meu pai é contador e minha mãe na maior parte do tempo é voluntária.

    E se cansou do tédio? Goodwin disse, e eu olhei para ele. Ele estalou os dedos. "Deixa eu adivinhar. Você assistiu a muitos filmes policiais quando era criança e pensou ‘é aí que está a ação’?

    Pressionei meus lábios juntos. A última coisa que eu queria era que os outros policiais pensassem que eu tinha algo a provar. Ninguém queria estar perto de um ‘herói’. Eu não tinha intenção de ser pego em uma batalha ou perseguição de carros; não tinha vontade de morrer. Ainda assim, sempre fui fascinado com a solução de quebra-cabeças. Eu consumia romances de mistério e normalmente conseguia descobrir o final bem antes do tempo.

    Estou certo? Goodwin perguntou.

    Caminhamos até o final do parque e viramos a esquina no fim do quarteirão, passando por um complexo de apartamentos.

    Eu admiti: Ganhei a feira de ciências no colégio com uma apresentação forense.

    Aha. Futuro detetive. ele apontou um polegar para si mesmo. Eu vou para a administração. ‘Capitão’ Goodwin soa bem, não é?

    Soltei uma risada rápida. Você não vai fazer muito nome distribuindo multas de estacionamento.

    É verdade, ele disse, mas há outras maneiras de ser notado além de fazer grandes detenções…

    Os cacos de vidro que caíram na calçada a uma dúzia de metros à nossa frente nos assustaram.

    Imediatamente, minha mão foi para o meu coldre e eu examinei a área. Apontei para o segundo andar, avistando a janela quebrada. Ouvi gritos vindo do apartamento e uma jardineira voou para a rua, explodindo em mil pedaços com o impacto.

    Goodwin aproximou-se mais do edifício, afastou-se do caminho de mais objetos em queda e colocou o receptor de rádio na boca e comunicou à central.

    Ele se identificou e informou nossa localização, então disse à operadora: Algum tipo de perturbação, doméstica, eu acho.

    A operadora respondeu: Vocês precisam de reforço, policial Goodwin?

    Nós podemos lidar com isso.

    Prossiga com cuidado.

    Ele me bateu no braço com as costas da mão. Parece que você finalmente encontrou alguma ação. Você quer liderar?

    Eu balancei a cabeça afirmativamente e apontei para a entrada. Fui diretamente para debaixo da janela quebrada. Enquanto nos aproximávamos, fiquei olhando para o caso de o ocupante jogar mais alguma coisa de lá para fora.

    A porta do prédio estava trancada, então pressionei a campainha do síndico.

    Um momento depois, uma voz trêmula disse: Olá?

    Polícia. eu disse.

    Você chegou aqui rápido. Eu acabei de ligar… o síndico disse.

    O que está acontecendo?

    Um cara acabou de subir para o apartamento da Stella Markowit no 201. Eu já o vi algumas vezes antes. Acho que é o namorado dela. Parece que eles estão se matando.

    Deixe-nos entrar. Vamos lidar com isso.

    A porta se abriu e eu corri para dentro, Goodwin um passo atrás.

    As escadas estavam à esquerda, e eu as subi de dois em dois degraus, sem me incomodar com o elevador ao lado delas.

    Quando nos aproximamos da porta do apartamento, vacilei quando algo pesado bateu na parede, o baque ecoando pelo corredor. Ouvi gritos, tanto masculinos quanto femininos.

    Droga. disse Goodwin. Nós arrombamos a porta?

    Balancei negativamente a cabeça, mas coloquei minha mão no coldre da minha arma. Com a outra mão, bati na porta.

    Aqui é a polícia. Vocês precisam de ajuda? Abram.

    Não houve resposta ao meu pedido, mas ouvi o que soou como pratos quebrando.

    Assentindo para Goodwin, mudei de modo que minhas costas estavam voltadas para a porta. Olhando para trás, apontei para o ponto logo abaixo da maçaneta e chutei. Nós praticamos isso dessa maneira algumas vezes na academia.

    A madeira, um pinheiro frágil, lascou sob a força do meu chute. A maçaneta se afastou do trinco, e a porta girou para dentro, batendo contra a parede com um estalo alto.

    Goodwin, de pé do outro lado da porta com a arma apontada, girou para a abertura, agachando-se. Ele colocou um pé para dentro para impedir que a porta se voltasse contra nós e obscurecesse nossa visão.

    Polícia. Estamos entrando. Se vocês têm alguma arma, joguem no chão agora.

    Puxei minha arma e fiquei um passo atrás de Goodwin, escaneando o que eu podia ver do apartamento da porta. Não havia ninguém na minha linha de visão, mas eu podia ouvir alguém gritando.

    Eu vou matar você, sua cadela louca!

    Imediatamente, toquei no ombro de Goodwin para que ele soubesse que eu estava bem atrás dele, e que precisávamos chegar lá rápido.

    Ele se levantou e deu alguns passos medidos para dentro, arma levantada.

    Repito: é a polícia. Todos parem o que estão fazendo e se deitem no chão.

    Passamos por um corredor curto até a sala de estar, e foi aí que Goodwin gritou: Não se mexa!

    Corri para apoiá-lo; e perifericamente, observei tudo na sala.

    Era um apartamento típico de aluguel barato. Nenhum dos móveis combinava, e o pouco que havia parecia velho e de segunda mão.

    Fomos treinados para procurar pessoas escondidas atrás de sofás ou nas esquinas, se você não for cuidadoso, alguém poderá sair e atacar enquanto você estiver de costas.

    Havia apenas duas pessoas lá.

    Um homem alto e corpulento, empunhando uma faca de cozinha ensanguentada, estava em pé sobre uma mulher deitada de costas no chão. Havia sangue ao redor de suas pernas. Seu estômago estava inchado e percebi que ela estava dando à luz.

    O homem passou uma perna por cima da mulher e segurou a faca acima da cabeça.

    Se afaste, policial. ele rosnou. Você não tem ideia do que ela está fazendo? Ela é louca, não entende?

    Foi então que percebi que as mãos da mulher estavam amarradas na mesa da cozinha. Ela estava gritando, apesar da dor do parto ou do medo da morte iminente, não estava claro.

    Era óbvio que o homem estava tendo algum tipo de surto psicótico.

    Abaixe a faca! gritou Goodwin.

    Eu não posso. Você não entende. Eu tenho que parar ela.

    A mulher soltou um grito que soou como se estivesse sendo rasgada em dois, e vi que o bebê estava coroando.

    Goodwin disse: Viemos ajudar. O bebê está chegando. Se afaste e nós podemos ajudar.

    Vocês não podem ajudar. Vocês não podem parar ela. Deixa eu fazer o que tenho que fazer.

    A mulher gritou mais uma vez e a cabeça do bebê saiu dela.

    Naquele momento, o homem elevou a faca para o alto. Seus olhos estavam fixos na mulher.

    Goodwin disparou duas vezes no peito do homem antes que ele pudesse esfaqueá-la. O homem gritou, voando até a parede. A faca caiu no chão ao lado da mulher.

    Quando Goodwin correu para ajudá-la, corri até o homem, minha arma apontada para ele e verifiquei se ele ainda estava vivo. Ele estava, mas sua respiração era superficial, ele estaria morto em questão de minutos.

    A mulher gritou quando os ombros do bebê apareceram. Depois de desamarrar rapidamente os pulsos da mulher, Goodwin se posicionou para ajudar o bebê a nascer, ajoelhando-se no sangue ao redor de suas pernas. Você está segura agora. Vamos lá, ele disse para ela. mais um empurrão e ele sai.

    Sugando uma respiração entrecortada, a mulher cerrou os dentes e se esforçou. Goodwin, com uma das mãos na cabeça da criança, uma das mãos nas costas, disse: Lá vem ele. quando o bebê emergiu.

    Não! o homem gritou. Ele pulou para cima com as mãos estendidas, os dedos enrolados em garras. Ele não me deu atenção, seu alvo era a mulher.

    Instintivamente, disparei, e antes de atirar, eu sabia que seria um tiro mortal. O sangue jorrou de seu peito.

    O grito repentino de trás de mim não veio da mulher, mas do bebê. Meu estômago revirou ao som horrendo. Surpreso, não consegui respirar por um momento, era como se uma mão poderosa estivesse apertando meus pulmões.

    Goodwin caiu para trás, escorregou no sangue da mulher e quase deixou cair o bebê. Ele conseguiu segurá-lo, mas acabou sentado, segurando o bebê no colo.

    A mulher gritou. Ela se sentou e deu um tapa em Goodwin.

    Então, o sangue espirrou de seu pescoço. Foi então que percebi que não havia sido um tapa. A mulher pegou a faca.

    Um olhar de surpresa apareceu no rosto de Goodwin enquanto ele tentava engolir ar. Lentamente, ele virou a cabeça para mim, como se me perguntasse o que havia acontecido.

    Sua boca se moveu e uma bolha de sangue saiu quando ele tentou falar. Pensei que ele tivesse dito meu nome, Frank, mas eu não podia ter certeza.

    Então a luz saiu de seus olhos e ele caiu no chão, o bebê deitado em cima dele.

    Chocado com o que havia acabado de ver, demorei a reagir.

    A mulher, me ignorando, levantou a faca acima da cabeça. Olhos no bebê, ela abaixou o braço em um movimento rápido.

    Duas balas dispararam da minha arma, ambas atingindo-a na cabeça.

    Houve um baque molhado quando o corpo dela bateu no chão, mas o único som que ouvi foi o choro contínuo do bebê que eu acabara de fazer órfão.

    Capítulo Dois

    Então seu líder Samyaza disse-lhes: Eu temo que talvez possais desviar-vos na realização deste pacto. E que só eu sofrerei por tão grave crime.

    Mas eles responderam-lhe e disseram: Nós todos juramos; que nós não mudaremos nossa intenção, mas executamos nosso pacto desejado. Então eles juraram todos juntos, e todos se amarraram (ou uniram) por mútuo juramento.

    –Livro de Enoque 6:3-6

    O celular tocou e eu pulei da cama. Parecia que havia uma bola de aço dentro da minha cabeça saltando para fora do interior do meu crânio. Gemi e peguei o celular antes que ele tocasse novamente, acidentalmente derrubando a meia garrafa de uísque que eu estava trabalhando na noite passada até desmaiar.

    Xinguei, Merda. em seguida consegui apertar o botão para atender antes que tocasse pela terceira vez.

    Hollingsworth. eu disse, minha voz ainda grossa por causa do sono e do álcool. Eu esfreguei meus olhos e olhei para o relógio. Porra são duas da manhã. É melhor que alguém esteja morto.

    Frank, é o Verne. Eu sei que você está de licença, mas você precisa ir para a delegacia imediatamente. A coisa está feia.

    Deixa eu adivinhar … Corregedoria?

    Sim, alguns engravatados apareceram há meia hora esfregando um mandado na minha cara.

    Meu coração acelerou. Oh?

    Eles estão mexendo nas coisas da sua mesa agora. É só uma questão de tempo até eles te intimarem. Eu acho que seria melhor para você se você estivesse aqui.

    Um pouco mais de vinte e cinco anos como policial, e eu só tive que disparar minha arma em duas ocasiões. Quando atirei e matei Stella Markowitz e seu namorado, Jared Tomko, esse foi no meu primeiro dia de serviço, e foi quase o último. Não por causa dessas mortes, mas por Scott Goodwin. Se eu tivesse reagido mais rápido ou se tivesse conseguido pegar a faca, ele poderia estar vivo hoje.

    Na segunda vez que usei a arma, matei um monstro. Lawrence Bukowski tinha sido um cara mal. O que ninguém entenderia é que foi necessária a possessão bastarda de um anjo caído para torná-lo verdadeiramente maligno.

    Não me arrependi de tê-lo matado, mas não conseguia explicar as circunstâncias que me levaram a disparar uma bala no cérebro dele.

    Eu esperava ficar atolado de papelada pela Corregedoria. Dei o máximo de respostas que eu pude no meu relatório oficial, mas era óbvio que eles não gostaram do que eu disse.

    O Capitão Verne Ritzik foi superintendente da delegacia nos últimos dez anos, e por todo esse tempo, ele me deu tanto espaço quanto eu precisava para fazer meu trabalho. A única vez que ele me disse algo sobre isso foi: Só não se enforque.

    Agora pensei que tinha feito exatamente isso.

    Respirando fundo, eu disse: Obrigado pelo alerta, Capitão. Eu estarei aí assim que puder.

    ***

    Se eu estava caindo, eu estava determinado a dar o melhor de mim. Depois de barbear o crescimento de três dias do meu rosto, tomei um banho quente e vesti o terno que usava nos dias que ia ao tribunal.

    Tomando alguns analgésicos para tentar silenciar a minha cabeça que gritava, entrei no meu carro, empurrando as embalagens de cheeseburger do assento do último turno tarde da noite que eu tinha feito. Liguei o carro e fui para a delegacia.

    Fazia algumas semanas desde que eu tinha visto Kyle Chase e seus amigos indo para o Colorado. Eu disse a eles que os contactaria se tivesse alguma informação sobre a Sociedade Internacional de Exorcistas, até agora eu não tinha nada.

    Eu não havia voltado à delegacia desde que fui para Wisconsin para dizer à esposa do Chase que ele estava morto. Depois de enviar meu relatório por e-mail, entrei em contato com um amigo no escritório do assessor do condado para denunciar as atividades da Sociedade de Exorcistas, a maioria dos quais tinha sido ilícita. A maioria dos distritos do governo estava sem dinheiro, e eles guardaram a informação.

    Eles, por sua vez, haviam avisado a Receita Federal, que rapidamente congelou todas as contas associadas à Sociedade e seus membros.

    Com o padre Webber morto, a organização não tinha ninguém para juntar os cacos ou combater os ataques. Se havia algum sacerdote que não tivesse sido morto no cargueiro quando afundou, eles estavam se tornando escassos.

    Tinha algumas licenças acumuladas, e as tirei para me recuperar do meu encontro com Lawrence. Pelo menos, esse foi o meu motivo oficial.

    Passei a última semana procurando nas ruas, conversando com todos os informantes que já usei e liguei para todos os policiais com quem já trabalhei, mas não havia nenhum sinal do padre Putnam, o segundo em comando do padre Webber; o homem que o matou e aos outros padres afundando o cargueiro no lago Michigan.

    Desisti de encontrar o padre Putnam em Chicago. Percebi que ele provavelmente tinha saído da cidade. Sem nenhuma pista, minha frustração me pegou na noite passada.

    Com meia dúzia de copos de uísque, pensei em desistir da polícia e sair para encontrar Chase e os outros. Dedicaria todo o meu tempo para lutar contra os Sentinelas. Eles mataram o Vanderburgh. Era a segunda vez que perdia um parceiro e eu precisava me vingar.

    Cortar laços não era a resposta. Eu perderia a maioria dos meus contatos e recursos se eu desistisse. Mesmo que eu não tenha muita coisa fora de Chicago, eu ainda conhecia muita gente em todo o país na comunidade policial.

    Se eu fosse colocado em licença administrativa, suspenso ou demitido, muitos dos meus colegas não poderiam mais receber minhas chamadas, mesmo que quisessem.

    A melhor maneira de eu ajudar Chase e os outros era manter meu distintivo. De alguma forma, eu tinha que convencer a Corregedoria de que tudo o que eu tinha feito nas últimas semanas tinha sido acima de qualquer suspeita, que agi dentro dos limites da lei, que a morte de Lawrence Bukowski tinha sido uma morte justa.

    Colocando-me na posição da Corregedoria, tentei pensar sobre que tipo de perguntas eles me fariam. Lembrei-me do que escrevi em meu relatório, as partes que deixei de fora. Acostumado com a sala de interrogatório, eu pensei nos furos que a minha própria história poderia ter.

    Quando cheguei ao estacionamento da delegacia, achei que estava bem preparado para qualquer coisa que

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