A Donzela Caçadora: O Diabólico DeVere, Livro 2
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Sobre este e-book
** Melhor romance digital pelo Library Journal **
Vale tudo no amor e no rapto...
Vesta Chambers, mimada e paparicada desde a morte de sua mãe, está se preparando para a sua estreia na sociedade, quando vê o seu pai retornando de Londres com uma esposa! Com o seu mundo virado de cabeça para baixo, Vesta acompanha a sua madrinha, Diana, até Londres, onde fica apaixonada no instante em que põe os olhos no capitão Hewett DeVere, comandante dos Décimos Sétimos Dragões da Luz.
O capitão Hew DeVere, irmão mais novo do padrinho de Vesta, o diabólico visconde Ludovic DeVere, retornou da guerra americana com cicatrizes pelo corpo, desiludido e ansioso para se estabelecer em uma vida tranquila e respeitável. Quando Hew volta a sua atenção para a viúva Diana Chambers, Vesta se prepara, tomando medidas extremas para provar o quão errado ele está. Mas Hew não sobreviveu ao pior da guerra apenas para sucumbir às artimanhas de Vesta.
Uma hilariante comédia romântica, que coloca uma pretensa caçadora contra um herói galante, em uma épica guerra de vontades.
Victoria Vane
Victoria Vane is a multiple award-winning romance novelist and history junkie whose collective works of fiction range from wildly comedic romps to emotionally compelling erotic romance. Victoria also writes historical fiction as Emery Lee and is the founder of the Romantic Historical Fiction Lovers Goodreads group and the Romantic Historical Lovers book review blog. She lives on the east coast of Florida.
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A Donzela Caçadora - Victoria Vane
Dedicatória
Esta pequena história é dedicada a todos aqueles que escolheram esperar!
Agradecimentos
Um grande muito obrigada à minha família, pelo incentivo e apoio contínuos e, em especial, à minha resignada editora, Tara Chevrestt.
MELHOR ROMANCE DIGITAL DE 2012, PELO LIBRARY JOURNAL
––––––––
A série O Diabólico DeVere
é uma variação da evolução do libertino, ou da reforma do libertino, exceto por não começar com o dito libertino como personagem principal — um recurso incrivelmente inteligente de Vane e que permite que ela feche o cerco em torno de DeVere sem muito revelar a princípio. Nos dois primeiros livros, DeVere é um mestre em marionetes, reorganizando a vida de seus amigos. Mas, em segundo plano, os leitores percebem que há nele mais do que o patife pervertido que veem. No momento em que descobrimos sua história, ficamos envolvidos. A série é erótica e sexy e, às vezes, você quer agitar os personagens até chacoalhar os seus dentes, mas é absolutamente maravilhosa. Deve ser lida, ao mesmo tempo em que se delicia com bombons. E com um ventilador! — Marlene Harris, para o Library Journal.
Capítulo Um
Thornhill Park, Yorkshire, 1783
— Eu simplesmente não posso acreditar! — lamentou-se Vesta. — Papai foi a Londres um dia e volta uma semana mais tarde com uma esposa? Como ele pôde? E sem sequer me consultar! E aquela... aquela... espertinha é pouco mais velha do que eu!
— Vesta, minha querida, eu entendo como você se sente depois de ser a única alegria dele por tanto tempo, mas não é o fim do mundo. — respondeu sua madrinha, Diana. — Você não deve desprezar o seu pai por se casar novamente. Afinal, ele lamentou a morte de sua mãe por muito mais tempo do que a maioria os homens teria feito. Além disso, ele ainda é jovem e, sem dúvida, renovou a esperança em ter um herdeiro... especialmente por ela ser uma esposa tão jovem.
Vesta contraiu os lábios, assumindo uma expressão de repugnância.
— Foi por isso que ele se casou com ela, você não acha? Simplesmente para ter um herdeiro?
— Não duvido que esta seja uma parte dos motivos dele.
— Mas ele precisaria agir como um idiota quando está com ela? — perguntou Vesta, com as lágrimas ardendo em seus olhos. — Phoebe isto e Phoebe aquilo, e minha querida e doce Phoebe. É o suficiente para me fazer vomitar.
— Eu sei, querida — tranquilizou-a a mulher mais velha, acariciando o cabelo de Vesta. — Mas tudo indica que foi uma união de amor.
— Mas essa é uma mudança muito grande! Ela já virou toda a casa de cabeça para baixo — observou Vesta, com particular rancor, sobre a mudança abrupta nos hábitos do pai, a demora em se levantar, o deitar-se mais cedo e o entusiasmo diminuído pelos negócios da propriedade — Por que ele fez algo tão insano quando estávamos tão felizes antes? — choramingou Vesta.
— Eu sei, eu sei. — Diana trouxe para si o pequeno corpo da moça, em um abraço aconchegante e maternal. — Deve ser muito difícil para você, meu cordeirinho, mas você deve pelo menos tentar ser feliz, pelo o bem de seu pai.
— Mas, e você, tia Di? Sequer considerei o quanto isso pode afetar a sua posição. Eu simplesmente não consigo suportar! — Os lábios de Vesta tremeram. — Olhe, você praticamente administra a casa desde que mamãe... — Ela se interrompeu para fungar. — Eu estava certa de que, com o tempo, papai lhe pediria... — soluçou Vesta.
Sua tia Diana, na verdade sua madrinha e prima em segundo grau, lhe servira como mãe substituta nos últimos três anos. Ela também ajudara a administrar a casa e, frequentemente, agia como anfitriã para o pai dela. Fazia todo o sentido que o seu pai acabasse se casando com ela. — E, agora, papai não me acompanha mais nas cavalgadas durante as manhãs, porque a querida Phoebe não cavalga. Nem joga gamão antes de dormir, porque não podemos jogar a três. Ele arruinou tudo! — Ela se jogou na cama para se entregar totalmente à sua cena.
— E a minha estreia na sociedade? Ele esqueceu tudo? — continuou ela. O seu corpo estremeceu novamente. O declarado propósito de seu pai em ir a Londres duas semanas antes era conseguir uma casa para a temporada seguinte. Em vez disso, ele voltou com a sua própria esposa, depois de terem se conhecido apenas três dias antes. Vesta estava em lágrimas, verdadeiramente perplexa pelo fato de que um homem, próximo de seus quarenta anos, tivesse feito algo tão tolo quanto se casar com uma jovem como a detestável Phoebe. A circunstância a enchia de ressentimento e raiva.
Havia apenas uma resposta para aquilo. Depois de vários minutos soluçando, Vesta se levantou.
— Vou fugir! — chorou Vesta. — Eu a odeio! Eu odeio os dois!
Diana tirou um lenço de linho com rendas nas bordas e enxugou as faces marcadas de lágrimas de Vesta.
— Calma, calma, querida. Certamente há um arranjo melhor a ser feito. Está na hora de sua apresentação na sociedade, e seu pai já garantiu uma casa para a temporada. Talvez você e eu pudéssemos ir a Londres juntas? O que você acha disso?
— Você está falando sério, tia Di? — Vesta assoou o nariz ruidosamente. — Apenas você e eu?
— Por que não, querido cordeirinho? Não estive na capital há quase cinco anos. Certamente que eu apreciaria uma mudança de ares depois de ter ficado enterrada no campo por tanto tempo. Imagine as compras, os pontos turísticos e, claro, há muito a preparar para a sua estreia na sociedade.
— Seria um prazer e tanto, não acha? — disse Vesta. — Mas, e papai? Ele permitiria? Eu nunca estive sem ele em lugar mais distante do que Leeds e nunca durante a noite.
— Não se preocupe com seu o pai. — Diana acariciou o rosto de Vesta. — Vou falar com ele imediatamente e convencê-lo de que é a melhor solução para todos.
***
— Você tem certeza, Diana? — perguntou sir Edward quando ela lhe falou sobre a sua ideia. — Vesta é uma garota teimosa e pode ser uma responsabilidade maior do que você deseja.
Embora a opinião dele fosse boa e adequada, Diana não pôde deixar de achar que o seu comportamento denotava tanta vontade de permanecer em seu ninho de amor quanto Diana desejava ir embora.
— Não antevejo problemas com Vesta — disse ela, confiante. — Ela e eu passamos a nos entender muito bem nesses últimos três anos. Você sabe, ela se tornou quase uma filha para mim. — Ou melhor dizendo, a filha que quase tive.
Ele a estudou por um longo momento, considerando-a pensativamente.
— Você não está partindo porque... — Ele parecia confuso. — Veja, eu esperava que você e Phoebe...
— Nos tornaríamos amigas? — terminou ela, com um sorriso forçado. — Mas é claro que seremos! — Quando o inferno congelar.
— Estou satisfeito — disse ele. — Você tem sido uma parte muito importante em nossas vidas. Eu temia... — Ele deu de ombros, impotente.
— Não seja ridículo, querido Edward. — Ela soltou uma risada frágil. — Estou muito contente por você estar tão feliz. — Só espero que você não morra de um ataque do coração devido ao entusiasmo pelos seus novos deveres de marido.
— Tem certeza de que é isso que deseja, Diana? Deixar Thornhill?
Ela brincou com as suas luvas, recusando-se a encontrar o olhar dele.
— Há muito me nego uma viagem a Londres. Meus vestidos estão tristemente fora de moda e, certamente, apreciarei a mudança de ares depois de ter ficado enterrada no campo por tanto tempo.
— Muito bem — disse ele. — Você vai encontrar a casa confortavelmente mobiliada e com todos os empregados. Irei, é claro, prover uma mesada generosa para o que qualquer uma de vocês venha a precisar. Se algum imprevisto acontecer, você só precisa procurar DeVere.
— DeVere? Visconde DeVere? — Diana não pôde evitar a contração de desagrado que o nome lhe trouxe aos lábios. Fazia cinco anos desde que o vira pela última vez, e considerava ser cedo demais para encontrá-lo novamente. — Garanto-lhe que não precisaremos de nada dele. Na verdade, temo que até mesmo a mais remota associação com aquele vadio possa impedir Vesta de frequentar os melhores salões. — Era uma desculpa plausível e seria aquela que ela iria manter.
Edward franziu a testa.
— Você não acha que está sendo um pouco dura, Di? Ele é o padrinho de Vesta, afinal de contas.
Ela riu.
— Eu só me pergunto o que minha querida prima Annalee estava pensando ao permitir uma coisa dessas!
A expressão fechada de Ned se acentuou.
— Oh, não fique tão furioso, Edward! Eu sei que ele é seu amigo, mas você sabe tão bem quanto eu que a reputação dele é a mais baixa possível, e ele se diverte com isso. Vesta pode ser a afilhada dele, mas quanto menos contato, melhor.
— Você não deve acreditar em tudo que ouve sobre ele.
— Que triste! Só preciso acreditar na metade para me sentir ofendida. Além disso, não baseio as minhas opiniões puramente em rumores. Tive contato suficiente com o homem para ter uma completa medida dele. — Ela quase mordeu a língua por sua pobre escolha de palavras. Completa medida, de fato. As lembranças ainda a abalavam, mesmo cinco anos depois.
— Certamente você ainda não o considera culpado por...
— Por Reginald? Não completamente. — Diana caminhou até a janela e olhou para a