Teoria e Prática da Comunicação
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A Teoria da comunicação é uma reflexão científica, o seu estudo é muito recente. Apesar disso, o seu objeto de estudo, a comunicação, é muito antigo. O que acontece devido à introdução dos meios de comunicação de massas que fazem com que os cientistas foquem o olhar na comunicação.
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Teoria e Prática da Comunicação - Miguel D'Addario
Segunda edição
2020
CE
ÍNDICE
INTRODUÇÃO À EDIÇÃO
HISTÓRIA
TEORIA DA COMUNICAÇÃO
A COMUNICAÇÃO COMO SISTEMA
SOCIOLOGIA E COMUNICAÇÃO
O PROCESSO SOCIAL DE COMUNICAÇÃO
FENOMENOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
SINAIS
TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO – INFORMAÇÃO
NOVAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO
GLOSSÁRIO DE TERMOS E DEFINIÇÕES
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO À EDIÇÃO
A teoria é um conjunto de construções interrelacionadas que serve para explicar algo e que constitui uma visão sistemática da comunicação. A teoria ajuda-nos a compreender, ou seja, a explicar factos. A teoria não se opõe à prática. A teoria surge da prática. É elaborada a partir do conhecimento. As teorias são dinâmicas, uma vez que a realidade muda e as teorias sofrem alterações para a conseguirem explicar. A teoria parte da realidade e depois serve para fazer a sua verificação. A teoria da Comunicação estuda a capacidade que determinados seres vivos possuem para se interrelacionarem com outros seres vivos e partilhar informações.
O objeto da teoria da comunicação
• Objeto material de estudo: aquele cujo estudo se encontra relacionado com a disciplina > os processos de comunicação.
• Objeto formal: a perspetiva a partir da qual é abordado o estudo do objeto material > interação e partilha como atividade significativa.
A Teoria da comunicação é uma reflexão científica, o seu estudo é muito recente. Apesar disso, o seu objeto de estudo, a comunicação, é muito antigo. O que acontece devido à introdução dos meios de comunicação de massas que fazem com que os cientistas foquem o olhar na comunicação.
Os pesquisadores desenvolveram o interesse pela comunicação devido ao aparecimento dos meios de comunicação de massas e ao seu impacto na sociedade. As dificuldades em abordar o tema surgem na heterogeneidade do próprio comportamento comunicativo, ou seja, quando falamos em comunicação, referimo-nos a termos muito diferentes; e multidisciplinar, uma vez que quando falamos em comunicação, abordamos as diferentes disciplinas onde esta surge.
Por vezes, é apresentada uma definição muito ampla de comunicação, o que constitui uma dificuldade. Outras vezes aconteceu o contrário, sendo apresentada uma definição muito limitada, como dizer que «a comunicação é a linguagem».
Outra dificuldade reside no desenvolvimento das tecnologias, na velocidade da mudança (Tics).
Por exemplo, o boom das redes sociais atualmente, as compras na internet, a utilização da internet para efetuar downloads de músicas e filmes, a comunicação e a ação humana encontram-se muito próximos.
Além disso, a comunicação não é meramente humana, pelo que existe uma diferença entre o humano e o animal.
A solução passa por compreender estes elementos como parte de um conjunto que compreende diferentes aspetos.
Existem duas tradições que abordam esta questão
• A tradição filosófica: separa o ser humano dos restantes seres vivos. O ser humano é o único com capacidade para falar porque tem alma (teologia).
• A tradição biológica: concentra-se naquilo que é comum e por vezes é levado a um extremo violento. Sabemos que as formas de comunicação humana constituem formas sofisticadas que se encontram presentes nos animais. Esta última inclui os estudos de etologia. A comunicação no ser humano não só desempenha uma função, como também se encontra ao serviço da cultura, dos valores, etc.
A capacidade comunicativa é alcançada quando:
• Um ser vivo consegue realizar um comportamento que pode ser compreendido como um conjunto de estímulos indicativos de algo.
• Outro ser vivo consegue entendê-los sem o desencadear de uma resposta reativa (resposta primária).
Quando é que podemos dizer que existem seres comunicativos?
• Quando ocorre um comportamento que envolve pelo menos dois agentes.
• Quando estes têm a capacidade de interagir.
• Quando utilizam sinais indicativos de algo.
A comunicação não é um comportamento coercivo, pelo contrário, é um comportamento que pretende influenciar, convencer ou persuadir, mas que não atua de forma direta.
As vantagens do processo comunicativo são as seguintes:
• Adiantar-se aos efeitos da ação e exercer a sua liberdade no comportamento (liberdade para agir).
• Adaptação (sobrevivência).
• Reduzir a aleatoriedade do comportamento.
• Caminho menos difícil em termos de tempo e energia.
Os riscos do processo comunicativo são os seguintes:
• Que os sinais não sejam captados.
• Que as expressões não sejam compreendidas.
• Que o outro não aceite utilizando a sua liberdade.
A comunicação permitiu transmitir conhecimentos.
O sentido da evolução é a prevalência da comunicação para substituir outras formas de interação. Muitas vezes comunicamos por «gosto».
Diferenças entre a comunicação animal e humana
• Utilização do corpo na comunicação: o ser humano conseguiu criar um número muito maior de expressões. Mas também de expressões mais qualitativas, requintadas, gesticuladas. Por exemplo: articular a linguagem, atitude postural, linguagem gestual (surdos mudos), para linguística (entoação, volume).
• Elaboração de objetos artificiais para utilizar na comunicação: as espécies animais utilizam somente o corpo e aquilo que é fornecido pela natureza (urina de cães, canto dos pássaros). O ser humano consegue fabricar objetos que sirvam de suporte à comunicação; para criar outro tipo de sinais ou traduzi-las, ampliá-las, transmitir (fibra ótica, telefone).
• Utilização da linguagem e outros sistemas sofisticados de sinais (ícones, gráficos) capacidade de abstração, alcance da comunicação. A comunicação animal é do tipo instrumental (biológica) e a comunicação humana é um objetivo em si mesma (social) e aprendida (nascemos com as capacidades, mas depois aprendemos a desenvolvê-las).
Na evolução humana existem dois fatores de mudança: a sociedade e a cultura. O ser humano comunica porque gosta de comunicar e outras vezes com objetivos. A cultura ensina-nos a comunicar, com quem, quais são os padrões de comunicação. A comunicação encontra-se na base de toda a interação social (seja micro ou macro). A teoria da informação também conhecida como teoria matemática da comunicação (inglês: mathematical theory of communication) ou teoria matemática da informação, é uma proposta teórica apresentada por Claude E. Shannon e Warren Weaver no final da década dos anos 1940. Esta teoria encontra-se relacionada com as leis matemáticas que regem a transmissão e o processamento da informação e trata de medir informações e representações da mesma, como também da capacidade dos sistemas de comunicação para transmitir e processar informações.
HISTÓRIA
A teoria da informação surgiu no final da Segunda Guerra Mundial, nos anos quarenta. Teve início com Claude E. Shannon através de um artigo publicado no Bell System Technical Journal em 1948, com o título Uma teoria matemática da comunicação
(texto completo em inglês). Nesta época, procurou utilizar de forma mais eficiente os canais de comunicação, através do envio de uma quantidade de informações por um determinado canal e da medição da sua capacidade; procurou a transmissão adequada das mensagens. Esta teoria é o resultado de trabalhos iniciados na década de 1910 por Andrei A. Markovi, seguido por Ralp V. L. Hartley em 1927, que foi o percursor da linguagem binária. Por sua vez, Alan Turing em 1936, realizou o esquema de uma máquina com capacidade para processar informações com a emissão de símbolos e, finalmente, Claude Elwood Shannon, matemático, engenheiro eletrónico e criptógrafo americano, conhecido como «o pai da teoria da informação», juntamente com Warren Weaver, contribuiu para o culminar e assentar da Teoria Matemática da Comunicação de 1949 - que atualmente é conhecida mundialmente por todos como a Teoria da Informação-. Weaver conseguiu dar uma dimensão superior à abordagem inicial, criando um modelo simples e linear. Fonte/ codificador/ mensagem do canal/ descodificador/ destino. A necessidade de uma base teórica para a tecnologia da comunicação resultou do aumento da complexidade e da massificação dos canais de comunicação, tais como, o telefone, as redes de telétipo e os sistemas de comunicação por rádio. A teoria da informação também inclui todas as restantes formas de transmissão e armazenamento de informação, inclusive a televisão e os impulsos elétricos que são transmitidos nos computadores e na gravação ótica de dados e imagens. A ideia é garantir que o transporte massivo de dados não seja de modo algum uma diminuição de qualidade, inclusive se os dados forem comprimidos de alguma forma. Idealmente, os dados podem ser restaurados na sua forma original quando chegarem ao destino. Em alguns casos, no entanto, o objetivo é permitir que os dados sejam, de alguma forma, convertidos para a transmissão em massa, sejam recebidos no ponto de destino e sejam facilmente transformados no formato original, sem perder as informações transmitidas.
Shannon
O modelo sugerido por Shannon é um sistema geral de comunicação que parte de uma fonte de informação da qual, através de um transmissor, é emitido um sinal, que se desloca por um canal, embora durante a viagem possa sofrer interferências por algum ruído. O sinal sai do canal, chega a um recetor que descodifica as informações para serem transformadas posteriormente em mensagens transmitidas ao destinatário. Com o modelo da teoria da informação tentamos determinar a forma mais económica, rápida e segura de codificar uma mensagem, sem que a presença de ruídos perturbe a sua transmissão. Para isso, o destinatário deve compreender o sinal corretamente; o problema é que, mesmo que exista o mesmo código pelo meio, não significa que o destinatário consiga captar o significado que o emissor pretenda dar à mensagem. A codificação pode referir-se tanto à transformação de voz ou imagem em sinais elétricos ou eletromagnéticos, como a encriptação de mensagens para garantir a privacidade. Uma definição fundamental na teoria da informação é que a quantidade de informações presentes numa mensagem é um valor matemático bem definido e mensurável. O termo quantidade não se refere à quantidade de dados, mas à probabilidade de uma mensagem, dentro de um conjunto de mensagens possíveis, ser recebida. Naquilo que se refere à quantidade de informação, o valor mais alto é atribuído à mensagem que menos probabilidades tem de ser recebida. Se souber com certeza que uma mensagem vai ser recebida, a sua quantidade de informação é zero.
Outro aspeto importante dentro desta teoria é a resistência à distorção causada pelo ruído, a facilidade de codificar e descodificar, além da velocidade de transmissão. É por isto que dizemos que a mensagem veicula vários sentidos, e o destinatário extrai o sentido que deve atribuir à mensagem, desde que exista o mesmo código em comum. A teoria da informação tem algumas limitações, como a aceitação do código. O significado que queremos transmitir não é tão importante como o número de alternativas necessário para definir o facto sem ambiguidade. Se a seleção da mensagem for abordada somente entre duas alternativas diferentes, a teoria de Shannon postula arbitrariamente que o valor da informação é um só. Esta unidade de informação é denominada de bit. Para que o valor da informação seja um bit, todas as alternativas devem ser igualmente prováveis e estarem disponíveis. É importante saber se a fonte de informação tem o mesmo grau de liberdade para escolher qualquer possibilidade ou se encontra sob alguma influência que a induza a uma determinada escolha. A quantidade de informação aumenta quando todas as alternativas são igualmente prováveis ou quanto maior for o número de alternativas. Só que na prática da comunicação real nem todas as alternativas são igualmente prováveis, o que constitui um tipo de processo estocástico denominado de Markoff. O subtipo de Markoff explica que a cadeia de símbolos se encontra configurada de modo a que qualquer sequência desta cadeia seja representativa de toda a cadeia completa. A Teoria da Informação ainda se encontra relacionada atualmente com uma das tecnologias em voga, a Internet. Deste ponto de vista social, a Internet representa benefícios significativos potenciais, uma vez que proporciona oportunidades sem precedentes para dar poder aos indivíduos e ligá-los a fontes cada vez mais ricas de informação digital. A Internet foi criada a partir de um projeto do departamento de defesa dos Estados Unidos denominado de DARPANET (Defense Advanced Research Project Network) iniciado em 1969 e cujo objetivo principal era a pesquisa e desenvolvimento de protocolos de comunicação para redes de área ampla para ligar redes de transmissão de pacotes de diferentes tipos com capacidade para resistir às condições de funcionamento mais difíceis, e continuar a funcionar ainda com a perda de parte da rede (por exemplo, em caso de guerra). Estas pesquisas resultaram no protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), um sistema de comunicações muito sólido e robusto sob o qual são integradas todas as redes que constituem aquilo que conhecemos atualmente como a Internet. O enorme crescimento da Internet deve-se em parte por ser uma rede baseada em fundos governamentais dos respetivos países que compõem a Internet, o que permite ter um serviço praticamente gratuito. No início de 1994, teve início um crescimento explosivo das empresas com objetivos comerciais na Internet, dando assim origem a uma nova etapa no desenvolvimento da rede. Descrito em traços gerais, o TCP/IP coloca em pacotes a informação que pretende enviar e retira-a dos pacotes para a utilizar quando é recebida. Estes pacotes podem ser comparados a envelopes de correio; o TCP/IP guarda as informações, fecha o envelope e na parte de fora escreve a morada do destinatário e do remetente. Através deste sistema, os pacotes circulam através da rede até chegarem ao respetivo destino; já ali, o computador de destino retira o envelope e processa as informações; caso seja necessário, enviará uma resposta ao computador de