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Caminhos da Comunicação: Tendências e Reflexões sobre o Digital
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E-book293 páginas3 horas

Caminhos da Comunicação: Tendências e Reflexões sobre o Digital

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Sobre este e-book

Caminho. Uma direção ou passagem que serve de ligação/comunicação entre dois ou mais lugares; via. É exatamente o que este livro pretende: servir de via para a reflexão e o debate em torno da Comunicação e dos impactos causados pelo digital nos processos de produção e consumo de informações e notícias, constituindo-se em uma tríade (pesquisa, comunicação organizacional e jornalismo).
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de nov. de 2020
ISBN9786558204091
Caminhos da Comunicação: Tendências e Reflexões sobre o Digital

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    Pré-visualização do livro

    Caminhos da Comunicação - Elizabeth Saad

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

    Dedicamos este livro a todos aqueles que acreditam na ciência enquanto pilar fundamental para a construção de uma sociedade democrática e justa, entre estes, nosso querido Valdir Silva, que sempre esteve ao lado da pesquisa e da produção científica.

    Prefácio

    Não basta vivermos em tempos interessantes. É necessário explicá-los.

    Em meados dos anos 90, a Agência Estado, o braço de informações em tempo real do Grupo Estado, era um dos locais privilegiados em nosso país para testemunhar o impacto das novas tecnologias de comunicação nas empresas, na sociedade civil e no trabalho. Sob a direção de Rodrigo Mesquita, centenas de jornalistas, técnicos de computação e diletantes variados (meu caso) exploravam as inúmeras possibilidades que a World Wide Web iria oferecer para as empresas de comunicação. E no meio da redação estava uma jovem professora da USP, Elizabeth Saad, tentando organizar o caos. Aquele tempo passou, a web invadiu praticamente todas as esferas da existência, mas Beth não desistiu da tentativa de buscar o fio da meada entre tecnologia, comportamento humano, organizações e a comunicação, como atestam os diversos textos reunidos nesta obra. O COM+, grupo de estudos fundado e dirigido por Beth, ocupa-se há tempos de construir pontes entre as práticas de mercado, o método científico e a teoria. Uma tarefa inglória em um país marcado pela falsa dicotomia entre o quem sabe faz, quem não sabe ensina, reflexo daquele nosso descaso por educação, tão bem cantado por Renato Russo em Perfeição. A teoria aperfeiçoa a prática, e a execução da prática alimenta a teoria. Esse é o espírito que norteia o livro que o leitor tem em mãos (ou na sua tela). O tema é complexo, e os autores não ignoram que estão produzindo recortes sobre os diversos aspectos das tecnologias digitais na vida cotidiana, nas empresas e na sociedade. As plataformas tecnológicas possibilitam interações que são, antes de tudo, simbólicas. Mas com consequências muito concretas no nosso bem-estar pessoal, na economia e na política. Para dar conta desse fenômeno, é necessário recorrer não apenas ao campo da Comunicação fechado em si mesmo, como ainda acontece em alguns departamentos universitários, mas dialogar com outras áreas, como a Economia, a Filosofia e a Ciência Política. Esse é o chamado da primeira parte da obra, lembrando que é impossível entendermos a centralidade dos meios digitais sem contextualizar a evolução do capitalismo turbinado do final do século XX e suas consequências: a instabilidade, o reinado do efêmero e a negação da atividade coletiva. A explosão do uso das tecnologias digitais responde ao cansaço dos indivíduos, a sua busca por visibilidade e uma afirmação, muitas vezes de forma violenta, do valor da sua individualidade – mesmo que às custas do enfraquecimento da esfera pública. Esse fenômeno se manifesta de forma diferente em indivíduos e organizações, e este é o foco do conjunto de textos da segunda parte do livro, que examina o impacto da economia baseada em dados nas empresas. Nesse caso, não se trata de examinar apenas o aparecimento de novas fontes de receitas, mas também da estruturação de novos mercados, compostos por vendas, publicidade e relacionamento com os consumidores por meio de tecnologias de monitoramento muito além do imaginado nas maiores distopias da literatura contemporânea. Estivesse Foucault vivo, talvez escrevesse um Vigiar e Vender. Na sua ausência, temos o conceito do Capitalismo de Vigilância e a ideia de que os mercados do futuro não vão se articular somente ao redor de fluxos financeiros, mas principalmente de fluxos de dados. Nesse cenário, o centro do palco deixa de ser ocupado pelo produto da sua empresa, mas sim pela narrativa sobre o que os consumidores poderão atingir usando sua marca. E cada narrativa é cuidadosamente personalizada em função dos dados que as empresas recolhem sobre você. Os influenciadores digitais são essa narrativa tornada carne, pelos menos enquanto não surgem avatares do tipo retratado em Blade Runner 2049 e obras do gênero. Ao final, um retorno ao métier no qual conheci Beth: o jornalismo. As barreiras econômicas eram um obstáculo formidável para a competição na área, mas o avanço das tecnologias digitais reduziu a dependência do capital necessário para quem queira tornar pública a sua versão da realidade. Dessa forma, as organizações jornalísticas precisam se apoiar cada vez mais na confiança e na inovação para manter sua relevância e as receitas que garantem sua continuidade. Essa inovação passa não apenas pelos meios utilizados, muito deles novos (smartphones), mas também pela maneira como os objetos das reportagens são escolhidos – não mais com base apenas no critério pessoal do repórter ou editor, mas principalmente pela sua validação dos algoritmos e bases de dados das empresas de tecnologia. Da mesma forma, a visibilidade de cada matéria, o destaque que ela terá dentro da página/grade/home page também depende da sua capacidade de adaptação aos critérios matemáticos das grandes plataformas de indexação e distribuição de conteúdo. A existência dessas organizações depende agora muito mais de conhecimento dessas fórmulas do que de capital para organizar e publicar o trabalho dos jornalistas segundo os princípios clássicos que orientaram a profissão. Isso vale para a mais diversas áreas, algumas bastante sensíveis, como a de saúde, objeto de um estudo de caso nessa parte do livro. Tentar abarcar os múltiplos impactos das tecnologias digitais sobre a comunicação e os diversos segmentos que compõem essa atividade em uma única interpretação é certamente uma tarefa inglória e fadada ao fracasso. Mas é sim possível, trabalhando com seus diversos retalhos, costurar a trama que compõe os tempos interessantes que vivemos. É isso que os pesquisadores do COM+, sob o olhar atento da Beth, conseguiram fazer neste livro. Tiveram melhor sorte que nós, jornalistas naqueles tempos iniciais da revolução digital. Mas duvido que tenham se divertido tanto... Boa leitura!

    Marcelo Coutinho

    Doutor em Sociologia pela USP

    Coordenador do mestrado profissional em Administração da Eaesp-FGV

    Sumário

    Introdução 13

    PARTE 1

    A PESQUISA NA SOCIEDADE DIGITALIZADA 19

    EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS PARA A PESQUISA NAS AMBIÊNCIAS DIGITAIS 21

    Elizabeth Saad

    COMPLEXIDADE E TRANSVERSALIDADE: UMA PROPOSTA PARA PENSAR A COMUNICAÇÃO DIGITAL 33

    Cinara Moura

    SOBRE HIPERCOMUNICAÇÃO E HIPERCONEXÃO: SOBREPESO DIGITAL, CANSAÇO E VISIBILIDADE CONTEMPORÂNEA 49

    João Francisco Raposo

    A FRAGMENTAÇÃO DA ESFERA PÚBLICA E SUA MEDIAÇÃO PELO ALGORITMO: DISCURSO DE ÓDIO, VIOLÊNCIA DA POSITIVIDADE E NOVAS LITERACIAS 63

    Daniela Osvald Ramos

    PARTE 2

    A COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES NA ERA DOS DADOS 81

    COMUNICAÇÃO, VISIBILIDADE E ORGANIZAÇÕES: REFLEXÕES E APONTAMENTOS SOBRE A COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL DE DADOS 83

    João Francisco Raposo

    PUBLISHERS DE CONTEÚDO NO AMBIENTE DIGITAL: AS MARCAS NO PAPEL DE INFLUENCIADORAS DIGITAIS 97

    Carolina Frazon Terra

    NARRATIVAS DE MARCAS NO AMBIENTE DIGITAL: UM HÍBRIDO DE FORMATOS E LINGUAGENS DOS MUNDOS DA PUBLICIDADE E DO EDITORIAL 113

    Daniele Cristine Rodrigues

    PARTE 3

    O CENÁRIO DE UM JORNALISMO EM TRANSFORMAÇÃO 129

    SUJEITO DADOS NO JORNALISMO: MEDIAÇÃO E AGENTE MIDIATIZADOR 131

    Mayanna Estevanim

    O CONCEITO DE INOVAÇÃO DENTRO DA PESQUISA EM JORNALISMO NO BRASIL 157

    Stefanie C. da Silveira

    MODELOS DE NEGÓCIOS JORNALÍSTICOS EM MOBILIDADE: ALGUMAS LIÇÕES DE THE NEW YORK TIMES 173

    Isadora Ortiz de Camargo

    SAÚDE NO YOUTUBE: JORNALISMO VERSUS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 191

    Ligia Trigo

    SOBRE OS AUTORES 205

    Introdução

    A concepção desta coletânea resultou de um momento de discussão e revisão das atividades de pesquisa e extensão do Grupo de Pesquisa COM+ nos últimos meses de 2019. Desde a sua criação, em 2006, nosso foco esteve voltado para as transformações ocorridas por conta da digitalização generalizada da sociedade e, em especial nas atividades de informação, comunicação e mídia. Sempre tivemos em perspectiva que, dada a típica impermanência provocada pelo digital entranhado ao social, a pesquisa acadêmica só teria sentido se assumisse uma postura resiliente ante a mutação; e, também, se focasse em temáticas que refletissem a práxis do social. Ainda tínhamos em perspectiva a importância de uma postura epistemológica de antecipação e monitoramento de tendências como um valor para nossas atividades.

    Ao longo dos anos fomos adquirindo alguma maturidade para trafegar pela diversidade temática que o campo da comunicação foi adquirindo, à medida que seu papel de centralidade no tecido social digitalizado foi se consolidando. Com tal ampliação se incorpora, também, a diversidade de dispositivos e sistemas sociotécnicos oriundos de campos transversais à comunicação, mas essenciais para a sua prática. E, novamente, amplia-se nosso campo de ação acadêmica.

    Diferentes campos do conhecimento – a exemplo das Ciências Sociais, da Filosofia, das Ciências da Informação, da Informática, da Arquitetura e Urbanismo – passam a integrar o espectro epistemológico da atividade de pesquisa com foco no digital. Ao mesmo tempo, tal transversalidade trouxe para o grupo de pesquisadores do COM+ a preocupação com a vigilância epistemológica e o rigor de nossos métodos de pesquisa.

    Pesquisar tal comunicação amplificada num contexto digitalizado, sob o nosso ponto de vista, requer uma razoável resiliência nas escolhas das abordagens teóricas, dos métodos de pesquisa, das formas de análise de dados e, especialmente na disseminação dos resultados e na busca de inovação de conhecimentos e práxis para além dos limites formais do campo de per si.

    Muitos de nossos encontros ao longo dos anos recentes foram dedicados a questionar rumos, a discutir tal ou qual vertente epistemológica seria nossa base, ou sobre qual subcampo da comunicação deveríamos nos debruçar. Obviamente não chegamos a um posicionamento único, pois a escolha subjacente sempre foi olhar para o ecossistema comunicativo de forma ampla e atuante numa rede interconectada de outros ecossistemas transversais. Por outro lado, assumimos como mantra visões de vanguarda do pensamento comunicacional brasileiro, a exemplo do Prof. Muniz Sodré (2014)¹ que caracteriza a comunicação contemporânea como uma pós-disciplina e, como tal, inserida num amplo espectro de saberes.

    Esta coletânea traduz tais escolhas de pesquisa a partir de um tripé temático interconectado: o entendimento dos múltiplos fenômenos comunicativos que ocorrem numa sociedade em constante digitalização; a práxis e a legitimação destes fenômenos nos ambientes organizacionais e institucionais; e o impacto e transformação dos processos de produção e consumo de informações e notícias que alimentam a própria sociedade.

    Assim, organizamos o conteúdo em três partes que agregam trabalhos recentes dos pesquisadores do COM+, alguns apresentados em congressos nacionais e internacionais da área e outros ainda inéditos: A pesquisa na sociedade digitalizada; A comunicação nas organizações na era dos dados; e O cenário de um jornalismo em transformação

    A primeira parte – A pesquisa na sociedade digitalizada – reúne as discussões sobre um cenário social mais amplo e bastante convulsionado. O texto Experiências e desafios para a pesquisa em ambiências digitais, apresenta as reflexões de Elizabeth Saad, coordenadora do COM+, sobre as questões que surgem a cada novo projeto de pesquisa ou a cada nova orientação de mestres e doutores – quais as escolhas teóricas e metodológicas mais adequadas para cada especificidade. Propomos ali a aceitação de hibridismos como um caminho epistemológico resiliente que pode abrigar a diversidade temática do pesquisar no digital. Também é proposto um olhar mais atento à vertente teórica dos Internet Studies como um lócus possível para a sustentação de pesquisas no digital.

    Na sequência, temos o texto da pesquisadora Cinara Moura – Complexidade e Transversalidade: uma proposta para pensar a comunicação digital –, que avança sobre nossas discussões de fundamentação. O texto reflete sobre a comunicação como campo capaz de ler as trocas simbólicas que ocorrem diante de novas tecnicidades digitais, onde o entendimento de conceitos como os da complexidade e da transversalidade tornam-se fundamentais. Se, por um lado, assumimos a complexidade enquanto paradigma de pensamento, a transversalidade manifesta-se como um movimento capaz de nortear novas elaborações acerca da comunicação contemporânea, que busca auxílio em outros aportes teóricos, mas mantém o princípio da centralidade comunicacional. Na reflexão sobre a tríade comunicação, complexidade e transversalidade a intenção é jogar luz a uma abordagem mais experimental, múltipla e capaz de gerar linhas de fuga às teorias que já não explicam os novos fenômenos da sociedade digitalizada em sua totalidade. 

    Seguem-se dois textos que evocam aspectos reflexivos da contemporaneidade recente – a visibilidade e as decorrentes transformações na esfera pública.

    João Francisco Raposo oferece-nos o texto Sobre hipercomunicação e hiperconexão: ‘sobrepeso’ digital, cansaço e visibilidade contemporânea, partindo de uma reflexão sobre a chamada sociedade do cansaço (HAN, 2017) como um lugar de hiperconexão, hipercomunicação e hipervisibilidade fomentadas pelas mídias digitais. O autor traz uma reflexão crítica sobre nosso mundo digitalizado e de tamanha overdose informacional, fundamentando a teoria com termos e exemplos contemporâneos que ilustram nossa atual vida tecnológica. 

    Já o texto da pesquisadora Daniela Osvald Ramos – A fragmentação da esfera pública e sua mediação pelo algoritmo: discurso de ódio, violência da positividade e novas literacias – também parte da hipótese de Han (2017), para quem a violência digital na era da hipercomunicação é uma violência resultante, entre outros fatores, do excesso de positividade, ou seja, da publicação ininterrupta de todo o tipo mensagens. Uma das suas expressões mais visíveis contemporaneamente é o discurso de ódio, que se utiliza dos formatos de comunicação digital, mediados, por sua vez, pelos algoritmos, para se realizar. Para isso a pesquisadora também recorre ao pensamento semiótico de Lotman (2013) para fundamentar uma tipologia da cultura sobre discurso de ódio e liberdade de expressão. E vai a campo com os resultados de um survey sobre violência na internet, feito em 2018, cujo resultado aponta para o discurso de ódio como a violência mais percebida naquele determinado período da amostra. Suas conclusões retomam Han (2017) com a hipercomunicação no ambiente de algoritmos gerando o pensamento-cálculo e que novas literacias serão necessárias neste cenário para um encaminhamento democrático no ecossistema midiático: literacias para os dados e para os algoritmos.

    A segunda parte desta coletânea – A comunicação nas organizações na era dos dados – volta-se para os ambientes de organizações e instituições que passam a integrar em seus planejamentos e ações o uso do big data e os consequentes surgimentos de influenciadores e novas narrativas. Inicia-se com o texto de João Francisco Raposo, Comunicação, visibilidade e organizações: reflexões e apontamentos sobre a comunicação organizacional, discutindo sobre a dinâmica da chamada era dos dados, que opera por intermédio da captura de atenções dos usuários e da quantificação de nossas ações em um ambiente de mídia caracterizado pela digitalização. Por meio de um estudo bibliográfico, o autor discute, ainda, sobre conectividade, visibilidade e engajamento para buscar compreender a lógica e o papel das organizações em tal panorama. 

    Uma vez que as organizações mergulham nos processos de dataficação e nas consequentes possibilidades de uso desse fluxo para alavancar o relacionamento com públicos, clientes e audiência em geral, novas estratégias de atuação surgem como necessárias. Nesse sentido, a pesquisadora Carolina Frazon Terra nos apresenta o texto "Publishers de conteúdo no ambiente digital: as marcas no papel de influenciadoras digitais", com uma reflexão sobre comunicação organizacional contemporânea, a caracterização do que é influência e quem são os influenciadores digitais e, por fim, o que faz com que uma marca se torne uma publisher ou uma agente influenciadora nas plataformas de mídias sociais. Para isso a autora recorre à condição digital de que o consumo contemporâneo adquire, à visibilidade no ambiente digital e à gestão de relacionamentos na contemporaneidade. Avançando sobre os novos papéis das marcas na cena digital, a pesquisadora Daniele Rodrigues nos traz o texto Narrativas de marcas no ambiente digital: um híbrido de formatos e linguagens dos mundos da publicidade e do editorial, em que discute sobre elementos que constituem um novo modelo narrativo para a produção de conteúdo para marcas no ambiente digital, valendo-se da tríade TICs para a produção de histórias mais factíveis e participação de novos interlocutores em busca de amplificação com endosso. A autora parte do pressuposto de que a produção de conteúdo se torna híbrida entre as áreas da comunicação social, favorecida pelo protagonismo de interlocutores, como os influenciadores digitais, e pela riqueza de plataformas, formatos e linguagens.

    A terceira e última parte, O cenário de um jornalismo em transformação, discute a produção e o consumo de informação e notícias engendrada em ambientes digitalizados nos quais a audiência é ativa e, por consequência, os processos de produção e distribuição de conteúdo passam por novos espaços de atuação, a exemplo das plataformas.

    A convivência da produção jornalística com o mundo dos dados requer o entendimento e a incorporação de conceitos não rotineiros dos processos

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