Educação Física Escolar: Crianças em Movimento Aprendendo Criticamente o Viver Social
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Sobre este e-book
Nos tempos/espaços da Educação Física, pensar a educação do corpo em movimento, mediado pela ação da consciência, é compreender as intencionalidades da relação entre o ensino e a aprendizagem em um movimento de superação das dicotomias/fragmentações de "corpo–mente", considerando assim, o corpo/aluno/movimento em sua totalidade nas práticas pedagógicas.
Nessa perspectiva, temos a criança/aluno, como condição existencial, que se movimenta, aprende e interage em suas ações e nas relações que estabelece com o mundo e com o outro por meio das linguagens simbólicas, sinestésicas, verbais e não verbais de suas vivências.
Logo, as discussões apresentadas nesta obra surgiram a partir de uma pesquisa qualitativa, que contou com a revisão da literatura sobre o ensino da Efei e buscou investigar os conhecimentos/saberes inerentes às práticas pedagógicas na educação infantil (EI), sem perder de vista as especificidades da Educação Física (EF) em relação aos conteúdos e práticas, relacionados à educação do corpo em movimento.
No percurso de investigação, consideramos a educação do corpo em movimento mediado pela ação da consciência nas práticas pedagógicas da EF, aproximando essa concepção junto às tendências pedagógicas que buscam ampliar os sentidos/significados das práticas pedagógicas no contexto escolar. Para tanto, contamos com os pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica como referencial teórico, observando as contribuições teórico-metodológicas dessa teoria no movimento "contraditório" entre ensino e aprendizagem e na relação escola e sociedade.
Assim, no decorrer desta obra, o leitor terá oportunidade de refletir sobre possibilidades de ensino da EF no contexto da EI, principalmente em relação às intencionalidades educativas a partir da concepção da educação do corpo em movimento. Essa perspectiva busca superar práticas espontâneas e assistemáticas no âmbito da Efei, por meio de práticas pedagógicas sistematizadas para apropriação dos saberes escolares nas formas mais elaboradas, visando promover o desenvolvimento, a aprendizagem e a humanização das crianças, ou seja, para que possam aprender criticamente o viver social.
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Educação Física Escolar - Deivide Telles de Lima
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS, pelo dom da vida, por Sua presença constante e pelas incontáveis graças.
Agradeço à minha amada esposa, Aline, pelo apoio de todos os dias, pelo amor edificante, pelo cuidado e dedicação realizados com tanto esmero em nossa família.
Agradeço aos meus filhos, Larissa e João Paulo, por fazer parte de minha vida com carinho sincero e amor despretensioso, paciente e compassivo.
Agradeço ao Prof. Dr. Evandro Antonio Corrêa, pelas palavras escritas no prefácio deste livro. Pela grande contribuição em minha formação profissional, sendo exemplo de dedicação e compromisso com a Educação e pelo apoio amigo e fraterno, presente nos momentos de trabalho, estudos e reflexões no campo da Educação Física.
Agradeço aos professores que compartilharam seus saberes e experiências com muita dedicação e contribuíram com a elaboração deste livro: Guilherme Polônio Modenese, José Francisco G. de Oliveira, Marcelo Marolla Garcia, Marcelo Augusto M. Cardoso, Marcia M. Moschetta Monteiro, Rosangela M. Lanza Rodrigues, Leandro F. Garcia, Rosangela Ap. Gomes do Amaral, Sônia R. Correia Brancaglião, Renato Gomes do Amaral, Silvio Ricardo Maciel, Valéria C. Zanato Migliorini.
Agradeço ao Prof. Me. Mateus Henrique Turini, pelo apoio metódico e pela parceria no exercício dialético do pensar.
Por fim, agradeço à minha orientadora Prof.ª Dr.ª Dagmar Aparecida Cynthia França Hunger, pela parceria nesta obra, mas, sobretudo, pela relevância de seus ensinamentos em minha formação. Por seu exemplo de compromisso com a construção de uma educação de qualidade, por meio da formação dos professores, do estímulo à pesquisa e da produção dos conhecimentos científicos.
Muito obrigado!
Quem acende uma luz é o primeiro a se beneficiar da claridade.
(G. K. Chesterton)
Prefácio
O corpo e a educação sempre foram alvos de reflexões em diferentes tempos e espaços da sociedade e em suas revoluções culturais, econômicas e sociais. Atualmente, percebe-se a preocupação com o corpo e a temas relacionados a ele, como: beleza, preservação da juventude, modelos corporais, tecnologia, educação, entre outras questões.
Por sua vez, a Educação Física tem se debruçado para compreender as possibilidades do corpo na sociedade contemporânea e como abordá-lo no contexto escolar e, especificamente, na educação infantil.
Sob o olhar da Pedagogia Histórico-Crítica e das tendências críticas da Educação Física, os autores se desafiaram a pensar como se configura o ensino da Educação Física na Educação Infantil, na perspectiva da educação do corpo em movimento.
A concretização desse tema e seus desdobramentos é fruto de um processo de discussão a partir de uma perspectiva que pensa a criança em sua totalidade, por meio do corpo, que é sensível, transversalizado pela percepção do movimento e mediado pela consciência que o aluno constrói em suas aprendizagens, superando as dicotomias e fragmentações do corpo.
Cumpre registrar que as diferentes práticas pedagógicas relacionadas à educação do corpo em movimento devem compreender o corpo em todas as suas formas de movimento e expressão, objetivando um trabalho intencional, de forma sistematizada na Educação Física na Educação Infantil, afim de tornar a criança reflexiva, crítica e autônoma.
Para tanto, é necessário a compreensão do corpo construído historicamente e as sutis transformações ocorridas como fundamento que agrega no debate referente ao caráter identitário e em suas composições (biológica, filosófica, social, cultural) para o desenvolvimento de suas potencialidades, aprendizagens e humanização.
Pela riqueza da temática tratada referente às possibilidades sobre a educação do corpo em movimento, um corpo vivo, que interage com o meio físico e cultural, que sente dor, prazer, alegria, medo, com seus valores, crenças, sentimentos, um corpo que vive e convive com demais corpos na escola e para além dela, tece-se uma leitura significativa e singular desta obra.
Singularidade que se expressa sobretudo por tratar a educação do corpo em movimento, em coletividade com professores e alunos, desafio que objetiva conhecer o aluno como um ser integral, que faz, compreende, sente e fala sobre as diversas possibilidades mediadas pelo corpo em suas relações de interdependência com o outro, com a sociedade em uma construção histórica.
Por isso torna-se imprescindível dar destaque ao ensino da Educação Física na Educação Infantil, com apoio nos pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica, em que o propósito dos autores do livro é contribuir com as práticas pedagógicas dos professores e despertar o interesse do aluno sobre a educação do corpo em movimento, em uma relação com ele mesmo, com o mundo, com o lugar e com o tempo.
Este livro oferece instrumentos para pensar o corpo e a necessidade de compreende-lo como fruto de relações com o(s) outro(s) corpo(s), lugar do contato privilegiado com o mundo. Mas o corpo não pode ser visto sempre da mesma forma ao longo da vida de um indivíduo, pois é ao mesmo tempo emissor e receptor, que produz sentidos em dado tempo e espaço, que está em contaste movimento na relação temporal e espacial.
Acredito que o sentido mais exato proposto aqui é refletir sobre a ação pedagógica da e na Educação Física na Educação Infantil, tendo em vista a educação do corpo em movimento, com a intencionalidade de propiciar a consciência do aluno com o mundo, desenvolver habilidades e competências referente ao corpo com a responsabilidade de formar o cidadão capaz de posicionar-se criticamente nas mais diversas configurações da Educação Física, a forma como afetam a educação e frente às intencionalidades de modelação que podem ocorrer do corpo. Assim, o corpo passa a ser o elemento de ligação entre o aluno e os outros alunos, com o professor, a escola, família, sociedade, ou seja: resulta das interrelações com o mundo e se moldam a partir da interação com os outros corpos, mesmo sendo propriedade do indivíduo.
Para além de roteiros prontos, os autores não tiveram a pretensão de elaborar uma nova abordagem da e para Educação Física, mas repensar as questões que envolvem a educação, o corpo, o movimento e a Educação Física, e como se estabelecem essas interações na prática pedagógica, nos saberes da docência e nos diferentes processos educativos.
Nesse repensar, o livro apresenta os caminhos percorridos em defesa da educação do corpo em movimento, considerando a ideia de processo, de construção histórica, de entrelaçamento das relações de interdependência formadas entre os corpos, renovado a cada instante em sua construção individual e coletiva, na formação do aluno como um ser integral e um agente de transformação social.
É com grande satisfação que convido os leitores a caminharem pelas ideias apresentadas pelos autores, manifestando a esperança de que as ideias discutidas auxiliem as práticas pedagógicas dos professores em busca de possibilidades que apontem para uma nova relação entre ensino e aprendizagem, na qual o corpo é a maior riqueza como prática de liberdade.
Prof. Dr. Evandro Antonio Corrêa
Jaú- SP, Brasil
Setembro de 2019.
APRESENTAÇÃO
Em 2012, ao ingressar na Rede Municipal de Educação da cidade de Jaú-SP, no cargo de professor de educação básica II (PEB II), Educação Física (EF), a sensação de insegurança foi um dos sentimentos que permearam aquele momento. Isso porque, junto das alegrias e otimismo das expectativas pelo ingresso na profissão docente, encontrava-se o fato inédito de trabalhar com um público completamente peculiar, crianças de 3 a 6 anos da educação infantil (EI).
Nesse contexto, observei que minha formação inicial em EF, os conhecimentos das disciplinas cursadas, as referências e subsídios para desenvolver o trabalho na EI não eram suficientes. Pois, de certa maneira, os referenciais dessa formação eram voltados para os aspectos de desenvolvimento motor, biológicos/fisiológicos, de rendimento/performance, dos esportes e seus fundamentos técnicos, dentre outros. Também fizeram parte dessa formação inicia, os jogos, as ginásticas e danças, mas ainda assim todos esses conteúdos eram voltados para outras faixas etárias e grupos, e não para a EI.
No âmbito das estruturas organizacionais da Rede Municipal em questão, o ano de 2012 pode ser considerado um marco para a EF daquele município. Era a primeira vez que a prefeitura municipal contava com a presença de professores especialistas de EF para todos os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI).
Assim, as crianças matriculadas nas respectivas etapas da EI — maternal II (MII), jardim I (JDI) e jardim II (JDII), passaram a ter duas aulas (50 minutos cada) semanais de EF com o professor especialista. Esse fato pode ser visto em um primeiro momento como um avanço e um reconhecimento tanto para a EF como para a EI; entretanto, esse momento de mudanças trouxe também algumas incertezas e indefinições, já que o município em questão não apresentava recursos norteadores e/ou capacitações/formações para esses professores¹ ingressantes e grande parte dos professores não tinha nenhuma experiência docente na EI nem tampouco uma formação inicial e/ou continuada que oferecesse suporte para sua atuação.
Em termos de Rede Municipal de Educação, talvez por se tratar do primeiro ano com a presença do professor especialista de EF na EI, constatava-se a ausência de um currículo formal/específico ou prescrito que abordasse a EF e as especificidades no contexto da EI e que considerasse as características e particularidades do próprio município. Consequentemente, os professores de EF que atuariam nesse contexto não tinham referenciais do município para sua atuação.
Enquanto professor, possuindo naquele momento pouca experiência nessa etapa, busquei aproximação/integração e trocas de experiências com os demais professores que atuariam na referida rede com as mesmas atribuições que eu; mas a maioria dos colegas encontrava-se na mesma situação.
Desse modo, nas trocas com os demais professores sobre a prática pedagógica em relação a: o que e o como ensinar? quais objetivos? quais conteúdos trabalhar?
etc., observei que entre os professores, além da insegurança perante os novos desafios, as expectativas/objetivos desses professores com as aulas de EF em grande parte se limitavam apenas aos aspectos relativos ao desenvolvimento motor das crianças. Assim, devo admitir —, foi um início com muitas dificuldades.
No bojo dessa realidade de dificuldades e incertezas, ingressei no cargo de professor de EF com aulas na EI para crianças de 3 a 6 anos. Logo nos primeiros meses de trabalho, devido a dificuldades e incertezas, comecei a me sentir insatisfeito com o desenvolvimento de minha prática pedagógica e com dúvidas em relação aos sentidos e intencionalidades das práticas pedagógicas da EF no contexto da EI. Esse sentimento, em parte, era consequência da falta de clareza sobre os objetivos/funções da EF na EI, sobre a criança e seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, sobre as concepções de educação e a função da escola, em especial na EI. No entanto, vejo que foram essas inquietações que me impulsionaram a refletir sobre temas como — educação, escola, corpo, EF, infância, sociedade etc.
Porém as dificuldades não me fizeram desistir, e no ano de 2017, as inquietações ganharam consistência e tornaram-se motivações para entender de forma mais elaborada os aspectos fundantes que circundam a Efei. Foi então que dei início a uma investigação, cujo as discussões, reflexões e resultados deram origem a este livro.
Desse modo, os problemas encontrados em minha prática pedagógica transformaram-se em uma problematização científica, tendo como objeto de estudo — o ensino da Efei. Assim, em parceria com a professora Dagmar Hunger, discutiremos nesta obra, EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: crianças em movimento aprendendo criticamente o viver social, o ensino da Efei na perspectiva de educação do corpo em movimento, tendo como referencial teórico os pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica.
— Deivide Telles de Lima
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Sumário
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: POSSIBILIDADES DE ENSINO À LUZ DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
1.1 A pedagogia histórico-crítica e o saber sistematizado
1.1.1 Os momentos da prática pedagógica na pedagogia histórico-crítica
1.2 A educação do corpo em movimento na efei
1.3 As práticas pedagógicas na efei à luz da pedagogia histórico-crítica e da psicologia histórico-cultural
1.3.1 Os conteúdos e a sistematização das atividades de ensino na efei
CAPITULO 2
LEGISLAÇÃO, DOCUMENTOS E AS INSTRUÇÕES NORMATIVAS DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR NA EFEI
2.1 A legislação brasileira e o lugar da educação física na educação infantil
2.2 A BNCC e a Efei: um novo cenário que se apresenta
2.3 O currículo e o ppp: implicações no planejamento da prática pedagógica da Efei
CAPÍTULO 3
CAMINHOS DA PESQUISA
3.1 Natureza e abordagem teórica da pesquisa
3.2 Universo da pesquisa
3.3 Participantes da Pesquisa
3.4 Técnicas de Coleta
3.5 Os encontros do grupo de professores participantes da pesquisa
3.6 Procedimentos para análise de dados
CAPÍTULO 4
UM OLHAR SOBRE AS PRÁTICAS DOCENTES DA EF NA EI
4.1 O currículo e o PPP
4.2 Planejamento, os referenciais e as concepções teóricas
4.3 Os conteúdos trabalhados na Efei
4.4 As dificuldades/necessidades nas atividades relacionadas à educação do corpo em movimento na Efei
4.5 As orientações didático-curriculares enquanto proposta
(produto educacional aplicação)
4.5.1 A aplicabilidade das atividades de ensino
CAPÍTULO 5
O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES NA ÓTICA