8 passos da excelência: um guia prático de como levar sua organização para um novo patamar de resultados

De Raimundo Godoy, Felipe Pires e Natalia Godoy Porto

Alcançar a Excelência é o desejo de todo gestor de negócio. O desafio de empreender requer um movimento constante rumo ao desenvolvimento e à ampliação de forças da organização. Empresas excelentes crescem porque avançam e voam em busca dos seus sonhos. Após décadas de experiência, identificamos que para chegar lá é necessário trilhar um caminho baseado em 8 importantes passos.

1 - Ambição: Onde queremos chegar?
2 - Governança: Como devemos nos organizar para a alcançar
a ambição?
3 - Evidências: Quais são as evidências que me mostram que a
ambição é possível?
4 - Produtividade: O que precisa ser feito e onde devemos
focar?
5 - Qualidade Técnica: O time é capaz?
6 - Disciplina: Qual será a disciplina necessária?
7 - Retorno: Qual o retorno esperado e os impactos para os
próximos anos?
8 - Transparência: Como atender o compliance e comunicar
de forma adequada?

Este livro tem como objetivo ser o ponto de partida para trilhar de forma simples e direta este caminho.

Boa jornada!

• Idioma: Português
• Editora: Escola de Gestão Aquila
• Data de lançamento: 13 de mai. de 2020
• ISBN: 9786599000720

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PASSO 1

AMBIÇÃO

ONDE QUEREMOS CHEGAR?

O mundo é movido pelas ambições, pelos sonhos e por uma visão de futuro. Precisamos nos perguntar sempre onde estamos, como estamos e onde queremos chegar. Com as organizações, não é diferente. Empresas são feitas de pessoas e elas vivem de sonhos e realizações nunca antes alcançadas. Estão aqui para voar alto!

Erroneamente vinculada à cobiça ou ao poder, a ambição é compreendida no nosso contexto como um desejo profundo de alcançar objetivos e de obter sucesso em nossas vidas. Ser ambicioso é desenvolver talentos e lutar de forma contínua para buscar o desenvolvimento e ampliar as forças. Empresas, assim como as pessoas, não podem ficar paradas. Devem buscar continuamente realizações importantes, para que, ao final de um exercício, possam olhar para trás e comemorar: alcançamos o que foi planejado!

Um bom início para definir a ambição é visitar o passado, nossa fonte de conhecimento mais relevante, e nos perguntar: Nos últimos 5 anos, quais foram as nossas realizações? Como foram alcançadas? Quais e quantos erros cometemos? Recomendamos buscar responder o que poderia ser feito diferente, se voltássemos no tempo.

A ambição precisa ser materializada em valores financeiros: Quanto minha empresa deseja faturar no futuro? Qual será o meu tamanho? Ela deve ser palpável, materializável, provocar a imaginação e desafiar as pessoas. É exatamente isso que as empresas excelentes fazem: desafiam todos a todo momento. São pessoas, processos e tecnologias fora da zona de conforto!

Assim, a ambição de qualquer empresa é alcançar a excelência. Esse é o nosso grande desafio. Para isso, precisamos construir um caminho alinhado a esse propósito e que passe por uma metodologia para a elaboração de um bom planejamento estratégico.

Quem não planeja e não cria suas próprias estratégias será planejado nas estratégias dos outros. Tomemos como exemplo um gestor de marketing de uma empresa que, ano após ano, procrastina o desenvolvimento de novas estratégias de penetração no mercado e de aumento da base de clientes. Em algum momento, a área comercial, por motivos óbvios, planejará as estratégias de marketing em contrapartida à inércia da área que deveria fazê-lo. Se bem-sucedida, passará a ditar as regras e o planejamento de marketing da empresa.

Qualquer que seja o modelo de planejamento estratégico, a base que o sustenta é qualidade total, que significa entregar o melhor serviço ou produto ao menor custo.

"A qualidade é a nossa melhor

garantia da fidelidade do cliente,

a nossa mais forte defesa

contra a competição e o único

caminho para o crescimento

e para os lucros!"

Jack Welch, ex-presidente da General Eletric

1.1 Por que as estratégias falham?

É comum empresas realizarem o planejamento estratégico e ele não gerar os efeitos esperados. Identificamos diferentes causas para essa realidade:

• os objetivos não são traduzidos em projetos e metas,

• as responsabilidades não são claras,

• as metas não são desdobradas,

• os executores não estão envolvidos,

• os executivos não abraçam o plano ou o plano

de incentivos não está alinhado às metas,

dentre outras razões.

Vários livros e artigos ensinam a formular e a sistematizar estratégias. Não pretendemos ensinar a desenvolvê-las, mas provocar uma reflexão sobre como as organizações as têm formulado e se, de fato, elas estão sendo traduzidas em resultados. Nosso objetivo é oferecer um caminho seguro para que as estratégias saiam do papel e permitam às organizações dar um salto em seus resultados.

Algumas estatísticas são importantes para que tal reflexão seja mais assertiva.

De acordo com Kaplan e Norton (2008), em livro publicado pela Harvard Business Review Press, 90% das estratégias falham em função da baixa implementação:

Figura 01: Estatística Harvard Business Review

Além disso, segundo (Homkes, Sull e Sull 2015), em artigo na Harvard Business Review, o que motiva essa baixa implementação é a difusão e a aceitação de crenças tidas como verdades absolutas, mas que merecem ressalvas. São